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Proteínas As proteínas são as macromoléculas orgânicas mais abundantes das células, fundamentais para a estrutura e função celular. Elas são formadas por aminoácidos ligados entre si e unidos através de ligações peptídicas. Aminoácidos: São moléculas orgânicas que possuem, pelo menos, um grupo amina - NH2 e um grupo carboxila - COOH em sua estrutura. As proteínas são compostas por carbono, hidrogênio, nitrogênio e oxigênio, sendo que praticamente todas elas possuem enxofre. Elementos como ferro, zinco e cobre também podem estar presentes. Todas as proteínas são formadas por um conjunto de 20 aminoácidos, arranjados em sequências específicas variadas. As principais funções das proteínas são: • Fornecimento de energia; • Estruturação da célula; • Catalisador de funções biológicas, na forma de enzimas; • Regulação de processo metabólicos; • Armazenamento de substâncias; • Transporte de substâncias; • Construção e reparação dos tecidos e músculos; • Defesa do organismo, na forma de anticorpos; • Produção de hormônios e neurotransmissores. Carboidratos Carboidrato é um composto formado basicamente por carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O). Por isso, quimicamente, recebe o nome de hidrato de carbono, cuja fórmula geral é Cx(H2O)y. Tratam-se de abundantes biomoléculas na natureza, também chamadas de glicídios ou açúcares. Monossacarídeos: São carboidratos constituídos por aldoses, que possuem o grupo aldeído (-CHO) na cadeia, e cetoses, que possuem o grupo funcional cetona (C=O). De acordo com o número de carbonos, os monossacarídeos são classificados em trioses (3C), tetroses (4C), pentoses (5C), hexoses (6C) e heptoses (7C). A glicose é uma aldohexose produzida na fotossíntese. Já a frutose é uma cetohexose encontrada nas frutas. Oligossacarídeos: Os oligossacarídeos correspondem aos carboidratos solúveis formados por mais de um monossacarídeo unidos por ligações O-glicosídicas. Fazem parte desse grupo os dissacarídeos, junção de dois monossacarídeos, e os trissacarídeos, que correspondem à união de três monossacarídeos em uma molécula. A maltose é um dissacarídeo que faz parte do malte utilizado na produção de cerveja. A rafinose é um trissacarídeo encontrado em alimentos, como o feijão. Polissacarídeos: Os polissacarídeos são vários monossacarídeos unidos por ligações glicosídicas em uma longa cadeia polimérica. Exemplos: • Amido: reserva energética dos vegetais. • Glicogênio: reserva energética dos animais. • Celulose: componente estrutural da parede celular dos vegetais. Os três polissacarídeos acima são polímeros que possuem fórmula molecular (C6H10O6)n, pois são formados pela união de várias moléculas de glicose. Principais funções dos carboidratos: • Fornecimento de energia; • Armazenamento energético; • Estruturação celular. Lipídios Os lipídeos são moléculas orgânicas insolúveis em água e solúveis em certas substâncias orgânicas, tais como álcool, éter e acetona. Essas biomoléculas são compostas por carbono, oxigênio e hidrogênio. Estrutura dos lipídios: Os lipídios são ésteres, isso quer dizer que são compostos por uma molécula de ácido graxo e uma de álcool (glicerol ou outro). • Carotenoides: São pigmentos alaranjados presentes nas células de todas as plantas que participam na fotossíntese junto com a clorofila, porém desempenha papel acessório; Fonte de vitamina A; Os carotenoides também trazem benefícios para o sistema imunológico e atuam como anti-inflamatório. • Ceras: Esse tipo de lipídeo é altamente insolúvel e evita a perda de água por transpiração. São constituídas por uma molécula de álcool (diferente do glicerol) e 1 ou mais de ácidos graxos. • Fosfolipídios: São os principais componentes das membranas das células, é um glicerídeo (um glicerol unido a ácidos graxos) combinado com um fosfato. • Glicerídeos: Podem ter de 1 a 3 ácidos graxos unidos a uma molécula de glicerol (um álcool, com 3 carbonos unidos a hidroxilas-OH). O exemplo mais conhecido é o triglicerídeo, que é composto por três moléculas de ácidos graxos. • Esteroides: São compostos por 4 anéis de carbonos interligados, unidos a hidroxilas, oxigênio e cadeias carbônicas. Funções dos lipídios: • Reserva de energia: utilizada pelo organismo em momentos de necessidade, e está presente em animais e vegetais; • Isolante térmico: nos animais as células gordurosas formam uma camada que atua na manutenção na temperatura corporal, sendo fundamental para animais que vivem em climas frios; • Ácidos graxos: estão presentes nos óleos vegetais extraídos de sementes, como as de soja, de girassol, de canola e de milho, que são usados na síntese de moléculas orgânicas e das membranas celulares. • Absorção de vitaminas: auxiliam a absorção das vitaminas A, D, E e K que são lipossolúveis e se dissolvem nos óleos. Nucleotídeos Os nucleotídeos são moléculas presentes nas células formadas por bases nitrogenadas, fosfato e pentose. A maior parte deles são encontrados unidos, formando os ácidos nucleicos. Uma pequena fração de nucleotídeos ocorre de forma livre. Eles participam de muitas reações do metabolismo celular, das quais se destacam: • Transferência de energia na forma de ATP • Mensageiros químicos • Armazenamento e transmissão da informação genética Estrutura: Um nucleotídeo é formado por três moléculas, as quais variam entre o DNA e o RNA: • Base nitrogenada: Bases purinas adenina (A) e guanina (G) e as bases pirimidinas citosina (C), uracila (U) e timina (T). • Grupo fosfato: (HPO4): Grupo químico derivado do ácido fosfórico. A única porção que não varia no nucleotídeo. • Pentose: Um açúcar de 5 carbonos. No DNA temos a desoxirribose e no RNA temos a ribose. O nucleosídeo é formado apenas pela base nitrogenada e a pentose, nele não ocorre o grupo fosfato. Ácidos nucleicos: São formados por unidades repetidas dos nucleotídeos. Assim, eles são constituídos por nucleotídeos. Em nossas células existem dois tipos de ácidos nucleicos, o DNA e o RNA. O DNA ou ácido desoxirribonucleico é uma molécula longa formada por duas fitas unidas constituídas por nucleotídeos. Ele é responsável por conter todas as informações genéticas. O RNA ou ácido ribonucleico possui apenas um filamento de nucleotídeos. Ele é responsável pela síntese de proteínas. Nos ácidos nucleicos, os nucleotídeos estão unidos entre si formando umpolinucleotídeo. A ligação ocorre entre o fosfato de um nucleotídeo e a pentose do nucleotídeo seguinte. Detalhadamente, a ligação se dá através da hidroxila (OH) presente no carbono 5 do grupo fosfato com a hidroxila do carbono 3 da pentose do outro nucleotídeo. Dizemos que esta é uma ligação fosfodiéster. Metabolismo Energético O metabolismo energético é o conjunto de reações químicas que produzem a energia necessária para a realização das funções vitais dos seres vivos. O metabolismo pode ser dividido em: • Anabolismo: Reações químicas que permitem a formação de moléculas mais complexas. São reações de síntese. • Catabolismo: Reações químicas para a degradação de moléculas. São reações de degradação. • A glicose (C6H12O6) é o combustível energético das células. Quando quebrada, libera a energia de suas ligações químicas e resíduos. É essa energia que permite a realização das funções metabólicas da célula. Rotas de síntese das biomoléculas Proteínas: A síntese proteica ocorre por meio de um processo de tradução, no qual a informação presente no RNAm, uma sequência de nucleotídeos, será traduzida numa sequência de aminoácidos, que dará origem a um polipeptídeo (proteína). Essa tradução é realizada pelo RNA transportador, o qual traduz cada série de códons (trincas de nucleotídeos) presente no RNA mensageiro em um aminoácido. O RNA tranportador apresenta uma trinca de nucleotídeos (anticódon), em uma de suasextremidades, e um aminoácido correspondente, na outra extremidade. O RNAt transportará o aminoácido específico até os ribossomos, estruturas celulares nas quais ocorre a síntese de proteínas, pareando seu anticódon ao códon complementar do RNA mensageiro. Carboidratos: Glicogênese: Processo bioquímico que transforma a glicose em glicogênio. • Ocorre virtualmente em todos os tecidos animais, mas é proeminente no fígado e músculos. • O músculo armazena apenas para o consumo próprio e só o utiliza durante o exercício, quando • O músculo armazena apenas para o consumo próprio e só o utiliza durante o exercício, quando há necessidade de energia rápida Lipídios: A síntese de fosfolipídeos acontece em duas etapas: • Na primeira etapa: dois ácidos graxos são ligados a um glicerolfosfato, produzindo um ácido fosfatídico. Essa reação acontece no citoplasma e é catalisada por uma aciltranferase ligada à membrana do reticulo endoplasmático. • Segunda etapa: acontece a diferenciação da cabeça polar dos fosfolipídeos pela inserção de inositol, serina, etanolamina, fomando diferentes fosfolipídeos. • No RE, são produzidos fosfolipídeos que serão utilizados na formação de diversas membranas celulares. Nucleotídeos: A síntese de nucleotídeos pode acontecer de duas formas: pela síntese "de novo" que começa com seus precursores metabólicos: aminoácidos, ribose-5-P, CO2 e NH3; ou pelas vias de recuperação (salvamento), que podem ser a reconstrução a partir de bases, ou a fosforilação de nucleosídeos liberados na quebra dos ácidos nucléicos. Rotas de oxidação das biomoléculas Oxidação das proteínas: Reações importantes na oxidação dos aminoácidos: • Transfência de grupo amino; • Des/carbamilações; Cofatores envolvidos: • Piridoxal fosfato (vitamina B6 ) • Biotina (CO2 ) • Tetrahidrofolato (-C) • Adenosilmetina (-CH3 ) Oxidação de carboidratos: - Uma molécula de glicose é degradada em uma série de reações catalizadas enzimaticamente liberando duas moléculas de piruvato e a energia gerada é conservada na forma de ATP. gh Oxidação de lipídeos: • Lipólise é a quebra de triglicerídeos em glicerol 3 AGL. • Os AGL viajam no sangue até as fibras musculares e são quebrados por enzimas na mitocondria por ácidos aceticos, os quais são convertidos em acetil CoA. • A acetil CoA entra no ciclo de Krebs e na cadeia de transporte de elétrons. • A oxidação das gorduras requer mais oxigênio e produz mais energia do que a oxidação dos carboidratos. Oxidação de aminoácidos: Os ácidos nucléicos ingeridos não sofrem efeito das enzimas gástricas, mas no intestino delgado, ribonuclease e deoxiribonuclease I e II, que são secretadas no suco pancreático, hidrolisam os ácidos nucléicos, principalmente a oligonucleotídeos. Estes são então hidrolisados por fosfodiesterases, também secretadas pelo pâncreas, para a liberação de 5’- e 3’-mononucleotídeos. A maioria destes é hidrolisada a nucleosídeos por variáveis grupos específicos de nucleotidases ou por uma variedade de não-específicas fosfatases. Os nucleosídeos resultantes podem ser absorvidos intactos pela mucosa intestinal, ou eles podem ser submetidos a nucleosídeo fosforilases -nucleosidases (de purinas em geral, de pirimidinas em geral, de uridina e de timina) e fosforilisados então a bases livres. Doenças causadas por distúrbios metabólicos em animais Cetose Cetose é uma enfermidade metabólica dos ruminantes que ocorre em consequência de uma desordem no metabolismo energético dos ácidos graxos durante períodos de aumento de sua utilização hepática. A enfermidade ocorre pelo aumento das necessidades de glicose no organismo ou pela diminuição brusca da ingestão de carboidratos. Epidemiologia A doença ocorre em vacas de alta produção leiteira, geralmente, no primeiro mês após o parto, em ovinos e caprinos com gestação gemelar e, no Rio Grande do Sul, em novilhas e vacas de corte no terço final da gestação, principalmente no último mês. Em bovinos de corte a doença ocorre entre os meses de junho e setembro, no terço final da gestação em novilhas e vacas falhadas, que por não terem tido cria no ano anterior, encontram-se em ótimo estado nutricional no início do inverno. A enfermidade é desencadeada pela súbita restrição alimentar a que são submetidos os animais pela escassez de forragem que, normalmente, ocorre na região durante o inverno e/ou pelo manejo inadequado quando são colocados em áreas com baixa disponibilidade de forragem. Sinais clínicos Em vacas de corte prenhes os sinais clínicos caracterizam-se, inicialmente, por: • Hiperexcitabilidade; • agressividade e atitude de alerta; • tremores musculares e incoordenação com ataxia dos membros posteriores; • Ptialismo • Dispneia; • corrimento nasal seroso; • diminuição dos movimentos ruminais e constipação com presença de fezes de consistência aumentada. • Alguns animais podem apresentar temperatura de 40o - 40,5oC. Um a 4 dias após o início dos primeiros sinais, os animais ficam em decúbito esternal permanente e a morte ocorre 3-7 dias após o início da enfermidade. A maioria dos animais tratados antes de apresentarem decúbito permanente recuperam-se. Em vacas de alta produção leiteira a doença pode ocorrer como uma síndrome debilitante com gradual e moderada perda de apetite e queda na produção de leite, em um período de 2 - 4 dias. Os animais perdem peso rapidamente e apresentam- se deprimidos. Poucos animais morrem, mas se não são tratados, embora recuperem-se espontaneamente a produção de leite não retorna aos padrões anteriores. Podem ocorrer sinais clínicos da forma nervosa, que aparecem subitamente e são semelhantes aos que ocorrem em vacas de corte. Patologia Na necropsia o fígado apresenta-se amarelado e as lesões histológicas caracterizam-se por marcada degeneração gordurosa dos hepatócitos. Nos demais órgãos não são observadas lesões de significado patológico. Diagnóstico O diagnóstico é realizado pela epidemiologia, sinais clínicos e pela determinação de corpos cetônicos na urina ou no soro. Em bovinos deve ser feito o diagnóstico diferencial com outras enfermidades que cursam com sinais clínicos nervosos como raiva, listeriose, tristeza parasitária, intoxicação por Senecio spp. e intoxicação por Claviceps paspali, que são enfermidades que ocorrem em várias categorias de animais e não somente em vacas prenhes. No caso de vacas de alta produção leiteira, quando a enfermidade apresenta-se inicialmente como uma síndrome debilitante, deve ser feito o diagnóstico diferencial de outras enfermidades que cursam com perda do apetite e emagrecimento progressivo e que podem, secundariamente, produzir cetose como indigestões e retículo-pericardite traumática. Controle e profilaxia Vacas e vaquilhonas que estão na primeira fase da doença podem recuperar-se quando são transferidas para pastagens ou suplementadas com feno e melaço. O uso de medicamentos que aumentem a glicemia e restabeleçam o apetite e a ingestão de alimentos, pode ser eficiente na recuperação dos animais. A administração endovenosa de 500ml de solução de glicose a 50% pode recuperar rapidamente os animais pela hiperglicemia imediata que ocorre porém em muitos casos a medicação deve ser repetida várias vezes. O uso de glicerina ou propileno glicol na dose de 225g duas vezes ao dia durante 2 dias, seguido de 110g diariamente por mais 2 dias, por via oral ou misturado ao alimento e precedido de injeção de glicose é também eficiente no tratamento da enfermidade. A administração de 10mg de dexametasona produz estado hiperglicêmico por 4 - 6 dias em animais doentes. Insulina associada a glicose ou glicocorticóides na dose de 200 - 300 UI por animal, repetida em 24 - 48 horas, é eficiente, principalmente no início dos sinais clínicos.Anabolizantes têm sido recomendados com sucesso no tratamento da enfermidade. Em bovinos de alta produção leiteira os tratamentos mencionados anteriormente são eficientes e poucos animais morrem em consequência da enfermidade. Lipidose hepática felina A lipidose é causada pelo acúmulo de gordura no fígado do gato. Apesar do nome complicado, não é um problema raro. O problema leva ao mau funcionamento do órgão e, consequentemente, afeta todo o organismo do animal. “Quando mais de 50% das células do fígado acumulam gordura, configura-se o quadro de lipidose hepática”, explica a especialista. As células de gordura, nesse caso, comprometem o desempenho do fígado, e o animal, pouco a pouco, adoece. Causas da lipidose hepática felina Apesar da lipidose em gatos ter sua origem no acúmulo de gordura, não só pets obesos sofrem com o problema. O excesso de peso é, sim, um fator de risco, mas a nutrição inadequada é uma das maiores causas da doença. Sintomas da lipidose hepática em gatos Perceber os sintomas da lipidose hepática felina é o primeiro passo para um diagnóstico precoce e, consequentemente, um tratamento efetivo. Por isso, cabe ao tutor ficar de olho e notar se o peludo não está bem. Entre os principais sintomas de problemas no fígado em gatos, os veterinários citam: • Apatia; • Anorexia; • Vômito; • Diarreia; • Fraqueza, • Icterícia (aspecto amarelo na pele e nas mucosas, principalmente gengiva e área dos olhos). Diagnóstico e tratamento Ao encontrar um gato com suspeita de lipidose hepática, o médico irá analisar os sintomas. Além disso, o histórico do bichinho, observando sinais como a obesidade ou privação de alimentos. Os pets que foram abandonados possuem chances de desenvolver a doença, já que sua nutrição provavelmente não teve a atenção correta durante um bom tempo. Para um diagnóstico preciso, alguns testes são necessários. Ultrassom e exames de sangue são procedimentos que auxiliam na hora de descobrir a doença. A lipidose hepática felina tem tratamento feito através da alimentação. O veterinário irá receitar uma dieta específica, que deve ser seguida à risca para uma boa recuperação. Em alguns casos, a terapia pode envolver ração hepática para gatos. Porém, dependendo do caso, o especialista pode receitar remédios ou suplementação, com uso de vitaminas. 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