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Julia Paris Malaco – UCT16 SP2 – doenças da tireoide Anatomia A glândula tireoide consiste em dois lobos laterais volumosos conectados por um istmo relativamente fino, geralmente localizados abaixo e anteriormente à laringe. A tireoide é dividida em lóbulos, compostos de 20 a 40 folículos uniformemente distribuídos, por um septo fibroso e estreito, revestidos por um epitélio cuboide a colunar e repletos com tiroglobulina PAS-positiva. Em resposta aos fatores hipotalâmicos, o TSH (tireotrofina) é liberado pelos tireotrofos da adeno- hipófise para dentro da circulação. Suas relações anatômicas são: Ao lado passa o nervo laringeo-recorrente Fica logo atrás da traqueia (se cresce pode causar compressão da traqueia, se crescer exageradamente pode comprimir o esôfago) Fisiologia A síntese dos hormônios da tireoide ocorre nos folículos tireoideanos (também chamados de ácinos), estruturas esféricas cujas paredes são compostas por uma camada única de células epiteliais. O centro oco de cada folículo é preenchido com uma mistura pegajosa de glicoproteínas, denominada coloide. O coloide mantém um suprimento de 2 a 3 meses de hormônios da tireoide. As células foliculares que cercam o coloide sintetizam uma glicoproteína, chamada de tireoglobulina, e enzimas para a síntese dos hormônios da tireoide. A unidade morfofuncional na tireoide é o folículo tireoidiano, todo o folículo é rodeado por capilares. Em volta do folículo tireoidiano estão presentes as células parafoliculares, que são as células C, que também produzem calcitonina – Este hormônio promove a absorção de cálcio pelo sistema esquelético e inibe a reabsorção de osso pelos osteoclastos. A tireoide é altamente vascularizada. Dentro das células foliculares está presente o coloide, que concentra grande quantidade de iodo. Essa célula possui uma bomba (bomba sódio-iodeto) que permite a entrada do iodeto na célula, ao entrar ele sofre alguns processos através da TPO (enzima tireoperoxidase), esses processos são: Oxidação Organificação Acoplamento do iodo Se não ocorrer esses processos não ocorre a formação do hormônio tireoidiano. O iodo ao ser ingerido, fica na corrente circulatória como iodeto, e a partir da bomba de sódio-iodeto, ele entra na célula, ocorrendo: A primeira fase - oxidação - onde o iodeto encontra o TPO: iodeto + TPO iodo. Esse iodo já dentro da célula, se junta também ao TPO e realiza a segunda fase - organificação – essa fase ocorre da seguinte forma: a célula por si só já tem a presença de tireoglobulina com seus radicais tirosil dentro dela, o iodo junto com o TPO, Julia Paris Malaco – UCT16 ele consegue se ligar aos radicais tirosil. O iodo + TPO ligado ao tirosil forma o complexo MIT e DIT, ligados a tireoglobulina: iodo + TPO + tirosil MIT, DIT, tireoglobulina. A substancia inteira formada dentro da célula durante a segunda fase (MIT, DIT e tireoglobulina, sai da célula e vai para o coloide. O coloide está cheio de moléculas separadas de tireoglobulina, MIT, DIT e etc. Quando o complexo cai no coloide, a TPO realiza a terceira fase - acoplamento – a enzima tireoide peroxidase remove um elétron do iodo e adiciona o iodo à tirosina na molécula de tireoglobulina. A adição de um iodo à tirosina cria a monoiodotirosina (MIT). A adição de um segundo iodo cria a di-iodotirosina (DIT). MIT e DIT, então, sofrem uma reação de acoplamento. Uma MIT e uma DIT combinam-se para formar o hormônio da tireoide tri-iodotironina, ou T3 (observe a mudança de tirosina para tironina no nome). Duas DIT unem-se para formar a tetraiodotironina (T4 também conhecida como tiroxina). também conhecida como tiroxina): TPO acopla DIT + MIT formando T3, e DIT + DIT formando T4. O T3 e T4 formados ainda estão ligados a tireoglobulina. Quando o corpo precisa do hormônio tireoidiano, a célula (folículo tireoidiano) capta parte do coloide, fazendo uma endocitose (retira um pedaço dele). Ao fazer isso, o lisossomo intracelular vai pegar esse pedaço que foi tirado do coloide e quebrar a ligação separando a tireoglobulina dos hormônios T3 e T4, mandando eles para a circulação enquanto a tireoglobulina permanece dentro da célula para começar um novo ciclo É lançado muito mais T4 do que T3 (20x mais): o T3 é o hormônio tireoidiano ativo, a o T4 não. Então o T4 precisa ser convertido em T3 na periferia para ter a ação do T3 e funcionar, essa conversão é feita pela desiodinase tipo 1. Existem medicações que inibem TPO impedindo todas a fazes e não ocorrendo a formação de hormônio, usados no tratamento do hipertireoidismo Doença de Hashimoto é uma doença que possui o anticorpo anti-TPO, ou seja inibe o TPO impedindo toda a formação dos hormônios, por isso o paciente com Hashimoto tem hipotireoidismo O TSH estimula todo o ciclo porque o folículo tireoidiano possui receptores de TSH. Existe uma medicação (carbonato de lítio, usado na psiquiatria) que interage na função do TSH e acaba prejudicando na função hormonal podendo levar a hipotireoidismo porque acaba inibindo o estimulo necessário do TSH para estimulação das células da tireoide O eixo Hipotálamo libera o TRH estimulo chega a hipófise que libera TSH chega a tireoide que libera T3 e T4. Ao excesso de T3 e T4 ocorre um feedback negativo que avisa ao hipotálamo para diminuir a liberação de TRH. O controle da secreção dos hormônios da tireoide segue o padrão hipotalâmicohipofisário-glândula endócrina periférica típico. O hormônio liberador de tireotrofinas (TRH) do hipotálamo, controla a secreção do hormônio da adeno-hipófise, tireotrofina, também conhecida como hormônio estimulador da tireoide (TSH, do inglês, thyroid- stimulating hormone). O TSH, por sua vez, atua na glândula tireoide para promover a síntese hormonal. Os hormônios da tireoide geralmente atuam como um sinal de retroalimentação negativa para evitar a hipersecreção. Julia Paris Malaco – UCT16 Se o problema ocorre diretamente na tireoide (seja por doença ali ou alguma outra alteração direta da tireoide), teremos um hipertireoidismo primário, onde a própria doença faz com que ocorra a produção dos hormônios, sem controle da própria tireoide – T3 e T4L alto, TSH baixo – porque vai estar ocorrendo liberação de T3 e T4 em excesso e ainda mandando estimulo para o feedback negativo no hipotálamo hipófise, então eles vão diminuir a liberação de TSH mas T3 e T4 vão continuar sendo liberados por conta da doença que está fazendo isso. Se o problema ocorre na hipófise (doença, tumor ou qualquer alteração direta da hipófise), teremos um hipertireoidismo secundário – T3 e T4L alto, TSH alto – a doença na hipófise vai sem querer estimular muito a liberação de TSH sem controle, o que consequentemente libera mais T3 e T4, mesmo com o feedback negativo, não sera o suficiente para inibição do TSH que esta ocorrendo por conta da doença, fazendo com que os dois fiquem altos. Então, liberação de TSH pela hipófise estimulando a tireoide e liberando T3 e T4. T4 é liberado 20x mais que T3. T4 é convertido em T3 na periferia pela enzima desiodinase tipo 1. Existem situações clinicas e farmacológicas que inibem a desiodinase tipo 1 (principalmentes respostas inflamatórias ocorrendo no paciente) impedindo a conversão periférica de T4 em T3. Nesses casos, ocorre um desvio que leva o T4 a sofrer ação da desiodinase tipo 3, sendo convertido em RT3 (T3 reverso), que é biologicamente sem função (essecaso pode ser chamado de síndrome do eutireoideo doente, síndrome do T3 reverso). Isso ocorre principalmente nessas situações: uso de propiltiuracil, uso de iodo e amiodarona, uso de propranolol, uso de glicocorticoides, inflamação, sepse. Unidade funcional da tireoide? Folículo tireoidiano Hormônio que estimula tireoide? TSH Enzima mais importante na produção de T3 e T4? TPO Qual hormônio tem mais ação biológica? T3 Enzima que converte T4 e T3? Desiodinase tipo 1 Drogas que inibem o TPO? Propiotiuracil e metimazol Drogas que inibem desiodinase tipo 1? Glicocorticoide, amiodarona, iodo, propranolol, inflamação, sepse Funções dos hormônios da tireoide O hormônio tireoidiano tem diversos efeitos celulares, incluindo a regulação positiva do catabolismo de carboidratos e lipídios e a estimulação da síntese proteica em uma ampla variedade de células. O resultado final desses processos é um aumento na taxa metabólica basal. Uma das funções mais importantes do hormônio tireoidiano é seu papel fundamental no desenvolvimento cerebral do feto e do recém- nascido. A ação principal dos hormônios da tireoide nos adultos é prover substrato para o metabolismo oxidativo. Os hormônios da tireoide são termogênicos e aumentam o consumo de oxigênio na maioria dos tecidos. O mecanismo exato não está claro, mas é parcialmente relacionado às mudanças no transporte de íons através das membranas mitocondrial e celular. Os hormônios da tireoide também interagem com outros hormônios para modular o metabolismo das proteínas, dos carboidratos e dos lipídeos. Nas crianças, os hormônios da tireoide são necessários para a expressão plena do hormônio do crescimento, ou seja, eles são essenciais para o crescimento e o desenvolvimento normais, principalmente do sistema nervoso. Nos primeiros anos após o nascimento, a mielina e a formação de sinapses requerem T3 e T4. Estudos citológicos sugerem que os hormônios da tireoide regulam a montagem dos microtúbulos, uma parte essencial do crescimento neuronal. Os hormônios da tireoide também são necessários para o crescimento ósseo adequado. As ações dos hormônios da tireoide são, em grande parte, observáveis nas pessoas que secretam muito ou pouco hormônio. Os efeitos fisiológicos que são sutis em pessoas que apresentam secreção hormonal normal se tornam exagerados nos pacientes com disfunções endócrinas. Pacientes com excesso ou deficiência dos hormônios da tireoide podem apresentar Julia Paris Malaco – UCT16 diminuição da tolerância ao calor ou ao frio e distúrbios de humor, além de outros sintomas. Tireotoxicose X hipertireoidismo A tirotoxicose é um estado hipermetabólico causado por níveis circulantes elevados de T3 e T4 livres. Como essa condição é causada mais comumente pelo hiperfuncionamento da glândula tireoide, é frequentemente conhecida como hipertireoidismo. No entanto, em certas condições o suprimento excessivo está mais relacionado com a liberação excessiva do hormônio tireoidiano pré-formado (p. ex., na tireoidite) ou com uma fonte extratireoidiana, do que com o hiperfuncionamento da glândula. Logo, falando estritamente, o hipertireoidismo é somente uma (embora a mais comum) das causas da tirotoxicose. Tireotoxicose: não é uma doença da tireoide e nem da hipófise, mas sim um excesso de hormônio presente na periferia (por exemplo uma intoxicação exógena de iodo, fazendo uma intoxicação, ou uma inflamação da tireoide que pode expor o coloide e “vaza” T3) Hipertireoidismo: hiper função da tireoide, doença em si, alto patológico seja da tiroide ou da hipófise Hipertireoidismo Doença de Graves: Disturbio auto imune Bócio Multinodular tóxico: Doença idoso - Causa desconhecida Adenoma Tóxico (Doença de Plummer): Mutação de um grupo de folículo tireoidiano Clínica Insônia, nervosismo, intolerância ao calor, perda de peso, polifagia, hiperdefecação, tremor, taquicardia, queda de cabelo, pele quente e úmida. As manifestações clínicas do hipertireoidismo são variáveis e incluem mudanças conhecidas como estado hipermetabólico induzido pelo excesso de hormônio tireoidiano e pela superatividade do sistema nervoso simpático (i.e., um aumento no “tônus” β-adrenérgico). Os níveis excessivos do hormônio tireoidiano resultam em um aumento na taxa metabólica basal. A pele dos pacientes tirotóxicos tende a ser macia, quente e ruborizada por causa do fluxo sanguíneo aumentado e da vasodilatação periférica para aumentar a perda de calor. A intolerância ao calor é comum. A sudorese é aumentada por causa dos altos níveis de calorigênese. A taxa metabólica basal aumentada também resulta em perda de peso aumentada a despeito do apetite aumentado. As manifestações cardíacas estão entre as mais precoces e mais consistentes características do hipertireoidismo. Os indivíduos com hipertireoidismo podem ter um aumento do débito cardíaco, decorrente tanto da contratilidade aumentada do coração quanto da necessidade periférica de oxigênio aumentada. Taquicardia, palpitações e cardiomegalia são comuns. As arritmias, particularmente fibrilação atrial, ocorrem frequentemente e são mais comuns em pacientes idosos. Alguns indivíduos com tirotoxicose desenvolvem disfunção ventricular esquerda reversível e insuficiência cardíaca “de baixo débito”, conhecidas como miocardiopatias tirotóxica ou hipertireoidiana. No sistema neuromuscular, a superatividade do sistema nervoso simpático produz tremor, hiperatividade, labilidade emocional, ansiedade, incapacidade de concentração e insônia. Fraqueza muscular proximal e massa muscular diminuída são comuns (miopatia tireoidiana). Julia Paris Malaco – UCT16 Mudanças oculares frequentemente chamam a atenção para o hipertireoidismo. Um olhar fixo e arregalado e movimento lento da pálpebra superior estão presentes por causa da superestimulação simpática do levantador de pálpebra superior. No entanto, a oftalmopatia tireoidiana associada à proptose é vista somente na doença de Graves. No sistema gastrointestinal, a hiperestimulação sistêmica do intestino resulta em hipermotilidade, má absorção e diarreia. O sistema esquelético também é afetado. O hormônio tireoidiano estimula a reabsorção óssea, aumentando a porosidade do osso cortical e reduzindo o volume do osso trabecular. O efeito final é a osteoporose e um risco aumentado de fraturas em pacientes com hipertireoidismo crônico. Outros achados incluem atrofia do músculo esquelético, com infiltração gordurosa e infiltrados linfocíticos intersticiais focais; dilatação hepática mínima devida às alterações adiposas nos hepatócitos; e hiperplasia linfoide generalizada e linfadenopatia em pacientes com doença de Graves. O termo tempestade tireoidiana é usado para designar um início abrupto de hipertireoidismo grave. Esta condição ocorre mais comumente em pacientes com doença de Graves subjacente e resulta provavelmente de uma elevação aguda nos níveis das catecolaminas, que pode ser encontrada durante infecção, cirurgia, interrupção de medicamentos antitireoidianos ou qualquer forma de estresse. Os pacientes estão frequentemente febris e apresentam taquicardia fora da proporção da febre. A tempestade tireoidiana é uma emergência médica: Um número significativo de pacientes não tratados morre de arritmias cardíacas. O hipertireoidismo apatético se refere à tirotoxicose ocorrendo em idosos, nos quais a idade avançada e as várias comorbidades podem ofuscar as características típicas do excesso de hormônio tireoidiano visto em pacientes mais jovens. Diagnóstico Um valor baixode TSH é geralmente confirmado com a mensuração do T4 livre, o qual está esperadamente aumentado. Em um paciente ocasional, o hipertireoidismo resulta predominantemente de níveis circulantes de T3 aumentados (“toxicose de T3”). Nestes casos, os níveis de T4 livres podem estar diminuídos e a mensuração direta do T3 sérico pode ser útil. Em casos raros de hipertireoidismo associados à hipófise (secundários), os níveis de TSH estão normais ou aumentados. A determinação dos níveis de TSH após a injeção do hormônio liberador de tirotrofina (teste de estimulação do TRH) é usada na avaliação dos casos de hipertireoidismo com mudanças equivocadas no nível sérico basal de TSH. Um aumento normal no TSH após a administração de TRH exclui o hipertireoidismo secundário. Uma vez que o diagnóstico de tirotoxicose tenha sido confirmado por uma combinação de ensaios de TSH e níveis do hormônio tireoidiano livre, a mensuração da captação do iodeto radioativo pela glândula tireoidiana pode ser valiosa na determinação da etiologia. Por exemplo, pode haver captação difusamente aumentada em toda a glândula (doença de Graves), captação aumentada em um nódulo solitário (adenoma tóxico) ou uma captação diminuída (tireoidite). Doença de graves Doença auto imune – TRAb + (anticorpo anti- receptor de TSH) Acomete mais mulheres, pega dos 20 a 50 anos Fisiologicamente, TSH atua no seu receptor. Na doença de graves, o receptor do TSH está ali mas quem atua nele é o TRAb e não o TSH. A doença de Graves é caracterizada pela interrupção da auto tolerância aos autoantígenos tireoidianos, de modo mais importante o receptor de TSH. O resultado é a produção de múltiplos autoanticorpos, incluindo: Imunoglobulinas estimuladoras da tireoide: O anticorpo IgG se liga ao receptor de TSH e mimetiza a ação do TSH, estimulando a adenil ciclase e aumentando a liberação de hormônios tireoidianos. Quase todos os indivíduos com a doença de Graves têm níveis detectáveis deste autoanticorpo. A imunoglobulina estimuladora da tireoide é relativamente específica para a doença de Julia Paris Malaco – UCT16 Graves, em contraste com os anticorpos para a tiroglobulina e a peroxidase tireoidiana. Imunoglobulinas estimuladoras do crescimento da tireoide: Também direcionadas para o receptor de TSH, as imunoglobulinas estimuladoras do crescimento da tireoide têm sido implicadas na proliferação do epitélio folicular tireoidiano. Imunoglobulinas inibidoras da ligação do TSH: Estes anticorpos antirreceptores de TSH evitam que o TSH se ligue normalmente ao seu receptor nas células epiteliais tireoidianas. Fazendo isso, algumas formas de imunoglobulinas inibidoras da ligação do TSH mimetizam a ação do TSH, resultando na estimulação da atividade das células epiteliais tireoidianas, enquanto outras formas podem, na verdade, inibir a função tireoidiana. Não é comum encontrar a coexistência de imunoglobulinas estimulatórias e inibitórias no soro de um mesmo paciente, um achado que poderia explicar por que alguns pacientes com a doença de Graves têm episódios de hipotireoidismo. A doença de Graves é a causa mais comum de hipertireoidismo endógeno. Ela é caracterizada por uma tríade de achados clínicos: Hipertireoidismo decorrente de aumento hiperfuncional difuso da tireoide. Oftalmopatia infiltrativa com exoftalmo resultante. Dermopatia infiltrativa localizada, algumas vezes chamada de mixedema prétibial, que está presente em uma minoria de pacientes. Manifestações típicas Bócio difuso: reação antígeno anticorpo em toda a tireoide Exoftalmia (oftalmia de graves): o volume dos tecidos conjuntivos retro-orbitais e dos músculos extraorbitais está aumentado. Essas alterações deslocam o globo ocular para a frente e podem interferir com a função dos músculos extraoculares. o Infiltração marcante do espaço retroorbital por células mononucleares, predominantemente células T; o edema inflamatório e inchaço dos músculos extraoculares; o acúmulo de componentes da matriz extracelular, especificamente glicosaminoglicanos hidrofílicos, como o ácido hialurônico e o sulfato de condroitina; o números aumentados de adipócitos (infiltração gordurosa). A superatividade simpática produz um olhar fixo e arregalado e pálpebra superior lenta. Mixedema pré tibial: processo inflamatório que causa alteração – se apresenta como um espessamento escamoso e um endurecimento Baqueteamento digital e unhas de plummer O aumento da tireoide pode ser acompanhado pelo fluxo sanguíneo aumentado através da glândula hiperativa, frequentemente produzindo um “bruit” (sopro vascular) audível e frêmitos. A doença de Graves (hipertireoidismo) e a tireoidite de Hashimoto (hipotireoidismo) representam os dois extremos dos distúrbios tireoidianos autoimunes Morfologia: A glândula tireoide está, em geral, simetricamente aumentada por causa da hipertrofia e hiperplasia difusas das células epiteliais foliculares da tireoide. Diagnóstico Função tireoidiana o T4L alto (não é necessário pedir T3) o TSH suprimido (muito baixo) Na dúvida pedir anticorpo anti-receptor de TSH (TRAb), presente em 100% dos casos Exame complementar o Cintilografia da tireoide – captação difusa o RAIU 24h Devido ao estímulo contínuo dos folículos tireoidianos pelas imunoglobulinas estimuladoras da tireoide, a captação de iodo radioativo está aumentada e o mapeamento do radio-iodo mostra captação difusa de iodo. Julia Paris Malaco – UCT16 Tratamento: medicamentoso, radioblaçao, cirurgia. A doença de Graves é tratada com bloqueadores-β, os quais são direcionados para os sintomas relacionados com o aumento do tônus β- adrenérgico (p. ex., taquicardia, palpitações, tremulação e ansiedade) e por medidas objetivando a diminuição da síntese do hormônio tireoidiano, como a administração de tionamidas (p. ex., propiltiouracil), ablação por radio-iodo e intervenção cirúrgica. Hipotireoidismo As doenças da tireoide incluem condições associadas à liberação excessiva de hormônios tireoidianos (hipertireoidismo), aquelas associadas à deficiência do hormônio tireoidiano (hipotireoidismo) e as lesões de massa da tireoide. O hipotireoidismo é causado por qualquer desarranjo estrutural ou funcional que interfira com a produção de níveis adequados do hormônio tireoidiano. Dependendo da origem do hipotireoidismo: se ele surge de uma anormalidade intrínseca na própria tireoide ou se ocorre como resultado de uma doença hipofisária ou hipotalâmica. O hipotireoidismo primário é responsável pela grande maioria dos casos de hipotireoidismo e pode ser acompanhado por um aumento no tamanho da glândula tireoide (bócio). O hipotireoidismo primário pode ser congênito, adquirido ou autoimune. Primário congênito, adquirido ou autoimune): decorrente de problemas diretos na tireoide Hipotireoidismo congenito (primario) Deficiência endêmica de iodo na dieta. erros inatos do metabolismo tireoidiano (bócio desormonogenético). Qualquer um dos múltiplos passos que levam à síntese do hormônio da tireoide pode estar deficiente, como transporte do iodo para dentro dos tirócitos, organificação do iodo (ligação do iodo aos resíduos de tirosina da proteína de armazenamento, tiroglobulina) e acoplamento de iodotirosina para formar T3 e T4 hormonalmente ativos. Mutações no gene da TPO: causa mais comum de bocio disormonogenetico. Síndrome de Pendred (gene SLC26A4): hipotireoidismo associado a surdez congenita. o a pendrina, é um transportador de ânions expressado na superfície apicaldos tirócitos e no ouvido interno. o a pendrina é uma proteina encontrada na superficie apical do tireoicito, que forma o foliculo tireoidiano que tem funçao de fazer mobilizaçao do iodo para que o mesmo possa ser liberado no coloide, sem a pendrina o iodo não consegue chegar ate la. Nessa sindrome ocorre inatividade da pendrina, deixando o iodo em niveis normais na corrente sanguinea mas impedindo que ele chege ao coloide consequentemente impede a formaçao de T3 e T4. Agenesia e hipoplasia tireoidiana Mutações na linhagem germinativa do TSH Síndrome da resistência ao hormônio tireoidiano: distúrbio autossômico dominante raro, causado por mutações herdadas no receptor do hormônio tireoidiano, que suprimem a habilidade do receptor de se ligar ao hormônio tireoidiano. Os pacientes demonstram resistência generalizada ao hormônio tireoidiano, a despeito dos altos níveis de T3 e T4 circulantes. Já que a hipófise também é resistente à retroalimentação dos hormônios tireoidianos, os níveis de TSH também tendem a ser altos. Hipotireoidismo adquirido (primario) Ablação induzida por cirurgia ou radiação do parênquima da tireoide. Drogas (metimazol, propiltiouracil, lítio, ácido p-aminosalicílico). Hipotireoidismo autoimune (primario) O hipotireoidismo autoimune é a causa mais comum de hipotireoidismo em áreas do mundo com iodo suficiente. A grande maioria dos casos de hipotireoidismo autoimune é decorrente da tireoidite de Hashimoto. Anticorpos circulantes, incluindo anticorpos antimicrossomais, antiperoxidase tireoidiana e antitiroglobulina, são encontrados neste distúrbio e a tireoide está geralmente aumentada (bociosa). O hipotireoidismo autoimune pode ocorrer isoladamente ou em conjunto com a síndrome poliendócrina autoimune (APS), tipos 1 e 2. Julia Paris Malaco – UCT16 Secundário doença hipofisária ou hipotalâmica - problemas no eixo O hipotireoidismo secundário (ou central) é causado pela deficiência de TSH e, muito mais raramente, pela deficiência do TRH. Qualquer uma das causas do hipopituitarismo (p. ex., tumor hipofisário, necrose hipofisária pós- parto, trauma e tumores não hipofisários) ou de danos hipotalâmicos por tumores, trauma, terapia de radiação ou doenças infiltrativas pode causar hipotireoidismo central. Clínica do hipotireoidismo Cretinismo O cretinismo se refere ao hipotireoidismo que se desenvolve no período da lactância. As características clínicas do cretinismo incluem desenvolvimento prejudicado do sistema esquelético e do sistema nervoso central, manifestado por retardo mental grave, estatura baixa, características faciais grosseiras, língua projetada e hérnia umbilical. A gravidade do prejuízo mental no cretinismo parece estar relacionada com o tempo em que a deficiência tireoidiana ocorre no útero. Normalmente, hormônios maternais, inclusive T3 e T4, atravessam a placenta e são críticos para o desenvolvimento cerebral do feto. Se há uma deficiência tireoidiana materna antes do desenvolvimento da glândula tireoide fetal, o retardo mental é grave. Em contraste, a redução nos hormônios tireoidianos maternos mais tardiamente na gravidez, após o desenvolvimento da tireoide fetal, permite o desenvolvimento normal do cérebro. Mixedema Hipotireoidismo que se desenvolve em crianças mais velhas ou em adultos. Os aspectos clínicos do mixedema são caracterizados por lentidão das atividades física e mental. fadiga generalizada apatia e preguiça mental - o que pode mimetizar a depressão nos estágios iniciais da doença. As funções de linguagem e intelectuais se tornam lentas. Intolerancia ao frio frequentemente acima do peso. A atividade simpática diminuída resulta em constipação e sudorese diminuída. A pele desses pacientes é fria e pálida devido à redução do fluxo sanguíneo. O débito cardíaco reduzido provavelmente contribui para o encurtamento da respiração e a capacidade de exercício reduzida - Os hormônios tireoidianos regulam a transcrição de diversos genes sarcolêmicos, como as ATPases de cálcio, cujos produtos codificados são críticos para a manutenção do débito cardíaco eficiente. Além disso, o hipotireoidismo promove um perfil aterogênico – aumento dos níveis de colesterol total e lipoproteína de baixa densidade (LDL) –, provavelmente contribuindo para as taxas de mortalidade cardiovascular adversa nesta doença. Morfologia: Histologicamente há um acúmulo de substâncias matriciais, como os glicosaminoglicanos e o ácido hialurônico, na pele, no tecido subcutâneo e em vários pontos viscerais. Isso resulta em edema não depressível, um alargamento e engrossamento das características faciais, aumento da língua e aprofundamento da voz. Diagnóstico: A mensuração dos níveis séricos de TSH é o teste de mapeamento mais sensível para este distúrbio. O nível de TSH está aumentado no hipotireoidismo primário como resultado da perda da inibição retroativa do TRH e da produção de TSH pelo hipotálamo e pela hipófise, respectivamente. O nível de TSH não está aumentado em pessoas com hipotireoidismo decorrente de doença hipotalâmica ou hipófise primária. Os níveis de T4 estão diminuídos em indivíduos com hipotireoidismo de qualquer origem. Tireoidite de hashimoto A tireoidite de Hashimoto é caracterizada por falência gradual da tireoide devido à destruição autoimune da glândula tireoide. A tireoidite de Hashimoto e a doença de Graves são os dois distúrbios mediados imunologicamente mais comuns da tireoide. Este distúrbio é mais prevalente entre 45 e 65 anos de idade e é mais comum em mulheres do que em homens. A suscetibilidade aumentada da tireoidite de Hashimoto está associada a polimorfismos em múltiplos genes associados à regulação imunológica, sendo o mais significativo a ligação Julia Paris Malaco – UCT16 aos polimorfismos do antígeno associado ao linfócito T citotóxico 4 (CTLA4). O CTLA4 é um regulador negativo das respostas da célula T e, não surpreendentemente, os polimorfismo do gene CTLA4 resultam em nível reduzido da proteína ou de sua função e estão associados a uma predisposição para a doença autoimune. Outro determinante genético da suscetibilidade para a tireoidite de Hashimoto, recentemente descrito, é o polimorfismo funcional no gene da proteína tirosina fosfatase-22 (PTNP22) que codifica uma tirosina fosfatase linfoide, também conhecida por inibir a função da célula T. A suscetibilidade a outras doenças autoimunes, como diabetes tipo 1, tem sido associada a polimorfismos tanto no CTLA4 quanto no PTNP22. Patogenia Doença de Hashimoto é uma doença que possui o anticorpo anti-TPO, ou seja inibe o TPO impedindo toda a formação dos hormônios, por isso o paciente com Hashimoto tem hipotireoidismo. A tireoidite de Hashimoto é causada por uma interrupção na auto tolerância aos autoantígenos tireoidianos. Isso é exemplificado pela presença de autoanticorpos circulantes contra a tiroglobulina e a peroxidase tireoidiana na grande maioria dos pacientes com Hashimoto. A indução da autoimunidade tireoidiana é acompanhada por uma depleção progressiva dos tirócitos por apoptose e substituição do parênquima tireoidiano por infiltração celular mononuclear e fibrose. Múltiplos mecanismos imunológicos podem contribuir para a morte da célula tireoidiana, inclusive: Morte celular mediada por célula T citotóxica CD8+: as células T citotóxicas podem causar destruição dos tirócitos. Morte celular mediada por citocinas: a ativação excessiva de células T leva à produção de citocinas inflamatórias TH1, como o interferon-γ na glândula tireoide, resultando em recrutamento e ativação de macrófagos e danos aos folículos. Ligação de anticorpos antitireoidianos (anticorpos antitiroglobulina e antiperoxidase tireoidiana) seguida por citotoxicidade mediada por célula, dependente de anticorpos. Morfologia: A tireoide está, com frequência, difusamente aumentada. A cápsula intacta e a glândula estão bem demarcadas das estruturas adjacentes. A superfície de corte é pálida, amareloamarronzada, firme e um tanto nodular. O exame microscópico revela uma infiltração extensiva do parênquima por um infiltrado inflamatório mononuclear contendo pequenos linfócitos, plasmócitos e centros germinativos bem desenvolvidos. Os folículos tireoidianos são atróficos e são revestidos em muitas áreas por células epiteliais distinguidas pela presença do citoplasma abundante, eosinofílico e granular, chamadas de células de Hürthle. Estas são uma resposta metaplásica do epitélio folicular cuboide baixo normal à lesão em andamento. Em amostras de biópsia aspiradas com uma agulha fina, a presença de células de Hürthle em conjunto com uma população heterogênea de linfócitos é característica da tireoidite de Hashimoto. Julia Paris Malaco – UCT16 Na tireoidite de Hashimoto “clássica”, o tecido conjuntivo intersticial está aumentado e pode ser abundante. Uma variante fibrosa é caracterizada por atrofia folicular tireoidiana grave e fibrose densa “semelhante a queloide”, bandas largas de colágeno acelular abrangendo o tecido tireoidiano residual. Na tireoidite de Hashimoto a fibrose não se estende além da cápsula da glândula. O parênquima tireoidiano remanescente demonstra características de tireoidite linfocítica crônica. Clínica Aumento indolor da tireoide. O aumento da glândula é geralmente simétrico e difuso, mas em alguns casos pode ser suficientemente localizado para provocar uma suspeita de neoplasia. O hipotireoidismo se desenvolve gradualmente - Em alguns casos, no entanto, ele pode ser precedido por tirotoxicose transitória causada pelo rompimento dos folículos tireoidianos, com a liberação secundária dos hormônios tireoidianos (“hashitoxicose”). Durante esta fase, os níveis de T3 e T4 livres estão elevados, o TSH está diminuído e a captação de iodo radioativo está diminuída. Com a manutenção do hipotireoidismo, os níveis de T3 e T4 caem acompanhados por um aumento compensatório no TSH. Indivíduos com tireoidite de Hashimoto estão sob risco aumentado de desenvolver outras doenças autoimunes, tanto endócrinas (diabetes tipo 1, adrenalite autoimune) quanto não-endócrinas (lúpus eritematoso sistêmico, miastenia grave e síndrome de Sjögren). Eles também estão sob risco aumentado de desenvolver linfomas não- Hodgkin de células B, especialmente linfomas da zona marginal do tecido linfoide associado à mucosa (linfomas de MALT). Tireoidite subaguda (granulomatosa) Este distúrbio é mais comum entre as idades de 40 e 50 e, como outras formas de tireoidite, afeta significativamente com mais frequência as mulheres do que os homens Acredita-se que a tireoidite subaguda seja disparada por uma infecção viral. A maioria dos pacientes tem um histórico de infecções do trato respiratório superior logo antes do início da tireoidite. A doença tem uma incidência sazonal, com as ocorrências tendo pico no verão, e grupos de casos têm sido relatados em associação com coxsackievírus, caxumba, sarampo, adenovírus e outras doenças virais. Embora a patogenia da doença não esteja clara, um modelo sugere que ela resulta de uma infecção viral que leve à exposição a um antígeno tireoidiano ou viral, o qual é liberado secundariamente aos danos no tecido hospedeiro induzidos pelo vírus. Este antígeno estimula os linfócitos T citotóxicos, os quais danificam então as células foliculares tireoidianas. Em contraste com a doença tireoidiana autoimune, a resposta imunológica é iniciada pelo vírus e não é autoperpetuante, logo o processo é limitado. Julia Paris Malaco – UCT16 Morfologia: A glândula pode estar unilateral ou bilateralmente aumentada e firme, com cápsula intacta. Ela pode ser levemente aderente às estruturas circundantes. Em um corte, as áreas envolvidas são firmes e amarelo-esbranquiçadas e se sobressaem da substância tireoidiana marrom, normal e mais flexível. Histologicamente, as alterações são pontuais e dependem do estágio da doença. No início da fase inflamatória ativa, folículos espalhados podem ser inteiramente destruídos e substituídos por neutrófilos formadores de abscessos. Posteriormente, os aspectos mais característicos aparecem na forma de agregados de linfócitos, macrófagos ativados e plasmócitos próximos aos folículos tireoidianos colapsados e danificados. Células gigantes multinucleadas envolvem grupos nus ou fragmentos de coloide, daí a designação tireoidite granulomatosa. Em estágios mais tardios da doença, um infiltrado inflamatório crônico e fibrose podem substituir o foco da lesão. Estágios histológicos diferentes são, às vezes, encontrados na mesma glândula, sugerindo ondas de destruição ao longo de um período de tempo. Clínica A tireoidite granulomatosa (de Quervain) é a causa mais comum de dor tireoidiana. Há um aumento variável da tireoide. A inflamação tireoidiana e o hipertireoidismo são transitórios, geralmente diminuindo em 2 a 6 semanas. Níveis séricos altos de T3 e T4 e níveis séricos baixos de TSH durante esta fase. A captação de iodo radioativo está diminuída. Retorno da função tireoidiana (6 a 8 semanas) Tireoidite linfocítica (indolor) subaguda A tireoidite linfocítica subaguda, que também é chamada de tireoidite indolor, geralmente chama a atenção clínica por causa do hipertireoidismo leve, do aumento bocioso da glândula, ou de ambos. Embora ela possa ocorrer em qualquer idade, é mais frequentemente observada em adultos de meia-idade e é mais comum em mulheres. Um processo da doença, semelhante à tireoidite indolor, pode ocorrer durante o período pósparto em mais de 5% das mulheres (tireoidite pós-parto). As tireoidites indolor e pós-parto são variantes da tireoidite de Hashimoto, já que a maioria dos pacientes tem anticorpos antiperoxidase tireoidiana circulantes ou histórico familiar de outros distúrbios autoimunes. Um terço dos casos pode evoluir para hipotireoidismo aparente ao longo do tempo, e a histologia da tireoide também é rememorativa da tireoidite de Hashimoto. Morfologia: Exceto por um possível aumento simétrico leve, a tireoide parece normal no exame macroscópico. As características histológicas mais específicas consistem em infiltração linfocítica com centros germinativos hiperplásicos no parênquima tireoidiano e ruptura espalhada e colapso dos folículos tireoidianos. Diferentemente do que ocorre na síndrome de Hashimoto franca, a fibrose e a metaplasia das células de Hürthle não são características proeminentes. Clínica Indivíduos com tireoidite indolor podem apresentar bócio indolor, hipertireoidismo aparente ou ambos. Alguns pacientes mudam de um estado hipertireoidiano para o hipotireoidismo antes da recuperação. A tireoidite pósparto pode se parecer com a doença de Graves, cuja incidência também está aumentada na condição de gravidez. Oftalmopatia infiltrativa e outras manifestações da doença de Graves são, contudo, ausentes na primeira. Como declarado, até um terço dos indivíduos afetados eventualmente progridem para o hipotireoidismo aparente em um período de 10 anos.
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