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DIREITO URBANISTICO
1 - A incorporadora Desmantelo LTDA adquiriu um grande imóvel na região urbana do Município Alpha. Sabendo que o município só é atingido por fortes chuvas durante dos a três meses por ano, desenvolveu um projeto de loteamento e apresentou o projeto ao Poder Executivo Municipal. Com a documentação apresentada, a administração publicou a aprovação do projeto, porém sem realizar inspeção no local do imóvel que já foi uma plantação de arroz por força da quantidade de água superficial durante o período das chuvas.
Sabendo que o período chuvoso se aproximava, o titular do empreendimento iniciou as vendas para que os potenciais compradores não vissem os riscos que as águas pluviais ocasionavam aos imóveis.
a) Existe impedimento para o início das vendas apenas com a aprovação do projeto publicado pela administração municipal?
RESPOSTA: Sim, tendo em vista o que dispõe o art. 37 da Lei 6.766/79 a venda ou promessa de venda de parcela de loteamento não pode ser realizada antes que se proceda ao registro em cartório, ao passo que se realizada antes de tal ato tem-se a prática de crime contra a Administração Pública, infração esta prevista no e art. 50, inciso I da Lei 6.766/79.
b) Existe irregularidade na aprovação realizada pelo município?
RESPOSTA: Sim, o projeto foi aprovado de forma irregular, visto que de acordo com o que dispõe o inciso I do parágrafo único do art. 3º na aprovação do projeto, “não é permitido o parcelamento de solo em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas”, se percebe pela leitura de tal dispositivo que a aprovação do projeto se deu de forma irregular, não tendo o município realizado inspeção, o que permitiria perceber tal situação, pois não forma realizadas as obras necessárias que permitissem o correto escoamento das águas. 
c) Qual seria o procedimento adequado a ser tomado pelo empreendimento para que as irregularidades apresentadas no caso não ocorressem?
RESPOSTA: Primeiramente, em razão do que dispõe o art. 6° da lei 6.766/79, o responsável pelo empreendimento deveria ter solicitado a Prefeitura que definisse as diretrizes para o uso do solo, traçado dos lotes, etc., para que a partir dai se procedesse a elaboração do projeto dentro das diretrizes estabelecidas pelo poder Público, como determina o art. 9º da lei 6.766/79, para então realizar os melhoramentos e obras necessárias nele para resolver problemas como os das inundações e alagamentos no período chuvoso, visto que somente após a aprovação do projeto este deve ser devidamente registrado no Cartório de imóveis, dentro do prazo de 180 dias, conforme o art.18 da lei 6.766/79, para só após tal procedimento se poderia iniciar as vendas.
2 - A Região Metropolitana do Cariri foi criada por Lei Complementar Estadual 78 de 2009 e é composta por 9 municípios. Utilizando a Constituição do Estado do Ceará como base e a lei instituidora, como se faz o planejamento das atividades definidas como de interesse comum entre os municípios? 
RESPOSTA: Conforme se extrai da leitura do art. 3°, I, da Lei Complementar nº 78 de 2009 bem como do art. 32, I, da Constituição do Estado do Ceará o planejamento será feito de forma global ou setorial, sempre observando as questões territoriais, ambientais, econômicas, culturais, sociais e institucionais bem como o desenvolvimento urbano, local e regional, sustentável e participativo, devendo tal planejamento ser elaborado por meio do Conselho Deliberativo conforme dispõe o art. 43, § 3° da Constituição Estadual, o qual no que diz respeito à Região Metropolitana do Cariri denomina-se Conselho de Desenvolvimento e Integração da Região Metropolitana do Cariri - CRMC, conforme o art. 5°, inciso II, da referida lei complementar, sendo este conselho responsável pela adequação administrativa dos interesses metropolitanos e do apoio aos agentes responsáveis pela execução das funções públicas de interesse comum, que será regulado mediante Decreto do Chefe do Poder Executivo, tendo competência para definir as atividades, empreendimentos e serviços admitidos como funções de interesse comum metropolitano. 
3 - O levantamento da Abrelpe mostra que, de 2016 para 2017, o despejo inadequado do lixo aumentou 3%. A produção de lixo no Brasil também aumentou no ano passado. Cada brasileiro gerou 378 kg de resíduos no ano, um volume que daria para cobrir um campo e meio de futebol.
Junto com esse aumento do lixo produzido, também subiu a quantidade de resíduos que vão parar em lixões, com impactos negativos para o meio ambiente e para a saúde pública. Estudo afirma que o país gasta R$ 3 bilhões por ano com o tratamento de saúde de pessoas que ficaram doentes por causa da contaminação provocada pelos lixões.
"Os impactos dos lixões, que contaminam a água, contaminam o solo e poluem o ar, afetam diretamente a saúde de 95 milhões de pessoas, sejam as que vivem no entorno desses lixões, muito próximos, ou aquelas que consomem ou a água ou os alimentos produzidos nessas áreas que estão contaminadas, trazendo uma série de problemas de saúde", afirma Carlos Silva Filho, diretor-presidente da Abrelpe.
Segundo os dados da Abrelpe, 90% das cidades brasileiras têm coleta de lixo, mas só 59% usam aterros adequados.
(fonte: https://g1.globo.com/natureza/noticia/2018/09/14/brasil-tem-quase-3-mil-lixoes-em-1600-cidades-diz-relatorio.ghtml)
Considerando a notícia acima, responda:
a) Qual o fundamento legal para a existência de lixões mesmo após a determinação da Lei 12.305/2010 quanto à adequação dos aterros?
RESPOSTA: O prazo inicial previsto para o fim dos lixões e a instalação de instrumentos que garantam a destinação correta dos resíduos sólidos era de até 4 (quatro) anos após a data de publicação da Lei 12.305/10, conforme expressa o art. 54 desta referida legislação, todavia por tal implementação ser onerosa para os municípios, e não tendo este sido cumprido no prazo estabelecido tem-se o Projeto de Lei 2289/2015, que estende a data-limite para que os lixões sejam desativados, o qual dispõe que para as capitais e regiões metropolitanas, bem como os municípios de fronteira que tem mais de 100 mil habitantes deveriam ter dado fim aos lixões até 2019, enquanto que cidades com população entre 50 e 100 mil habitantes têm até 31 de julho deste ano para o fazer para resolver essa questão, já os municípios com menos de 50 mil habitantes tem até 31 de julho de 2021. 
b) Qualquer resíduo pode ser considerado resíduo urbano? Existe destinação e tratamento específico?
RESPOSTA: A Lei 12.305/2010 traz em seu art. 13 a classificação do que se considera resíduo urbano dispondo que estes são classificados pelo inciso I quanto a sua origem, ao passo que os resíduos urbanos são os resíduos domiciliares, que abrangem os originários de atividades domésticas em residências urbanas; e os resíduos de limpeza urbana, aqueles originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana. No que diz respeito à destinação dos resíduos existe uma diferenciação quanto à destinação e tratamento especifico de acordo com sua classificação, em especial no que tange aos perigosos e não perigosos, conforme leciona o art. 13, II, da Lei 12.305/2010, ao passo que o art. 3º, VII, estabelece a destinação final ambientalmente adequada, a qual inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes, devendo ser observadas normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;

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