1º Período - Unidade I - SP1

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UNIFIMES - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS CURSO 
DE MEDICINA 
 TUTORIA 
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CURSO DE MEDICINA - 1ª PERÍODO 
UNIDADE I 
 
 
SITUAÇÃO PROBLEMA 1: “PARA QUE ESTAMOS AQUI” 
 
Data da entrega: 27/08/2021 
Tutora: Prof(a) Marina. 
Discentes: 
Ana Paula Jangarelli 
Antônio Taciano Matias Filho 
Braulio Augusto N de Melo(Relator) 
Enoque Silvério da Costa 
 Geisy Natiele Borges Ribeiro 
 Jamel Carlos Andrade 
Marcos Antônio de Castro Teixeira Júnior 
Marcos Vinicius Fonseca da Silva(Coordenador) 
Rogério Goulart Paes 
Vinicius Vilela Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MINEIROS-GO 
2021 
 
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SITUAÇÃO PROBLEMA 1: “PARA QUE ESTAMOS 
AQUI” 
 
 
Relatório apresentado ao Centro 
Universitário de Mineiros como requisito 
parcial para obtenção de nota na disciplina 
especial de Tutoria do Primeiro período do 
Curso de Medicina. Orientado pelo 
professora Marina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINEIROS-GO 
2021 
 
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Sumário 
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 4 
2. OBJETIVOS ................................................................................................................ 5 
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: ................................................................................... 5 
3. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 6 
3.1 Objetivo 1: ................................................................................................................. 6 
3.2 Objetivo 2: ............................................................................................................... 10 
3.3 Objetivo 3: ............................................................................................................... 11 
3.4 Objetivo 4: ............................................................................................................... 12 
3.5 Objetivo 5: ............................................................................................................... 12 
3.6 Objetivo 6: ............................................................................................................... 13 
4. CONCLUSÃO........................................................................................................... 13 
5. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 1615 
 
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1. INTRODUÇÃO 
Ética Médica é um elemento crucial para o bom estabelecimento da relação médico-
paciente e para a compreensão dos limites da atuação profissional do médico, enquanto a 
Bioética permite a ampliação da reflexão sobre diversos temas, ajudando nas decisões do 
dia -a dia. Este trabalho avaliou a opinião e conhecimento sobre o assunto entre professore e 
estudantes do curso de medicina. 
 
 
 
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2. OBJETIVOS 
 
 
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
 
OBJETIVO 1: Principais elementos da história da medicina; 
OBJETIVO 2: Compreender a importância dos métodos científicos na pesquisa 
clínica (ética e bioética); 
OBJETIVO 3: Descrever carreira pública e privada, remuneração (qualidade de 
vida); 
OBJETIVO 4: Importância da relação multidisciplinar da pratica clínica; 
OBJETIVO 5: Definir moral ética e bioética; 
OBJETIVO 6: Identificar a importância da epidemiologia e sua importância para 
medicina; 
OBJETIVO 7: Sintetizar sobre transporte de substancias através das membranas 
celulares; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. DESENVOLVIMENTO 
 
3.1 Objetivo 1: Principais elementos da história da medicina; 
 
Para efeitos de marco histórico, a Medicina foi atribuída ao Grego Hipócrates, 
que se dedicou a estudar os sintomas de doenças e a evolução delas em outros 
pacientes, com o objetivo de ter bases teóricas para investigar as doenças relacionadas a 
problemas físicos na Grécia Antiga. 
Hipócrates ficou conhecido como o maior crítico da Medicina Moderna, pois 
contestava as correntes filosóficas, que tinham como base uma hipótese: apenas os 
deuses eram determinantes para todas as causas das doenças. 
Assim, devido a seu empenho em catalogar e estudar as enfermidades, as áreas 
da Medicina vêm se tornando uma atividade dos homens e não dos deuses. 
Contudo, foi na civilização egípcia, momento anterior ao de Hipócrates, que a 
Medicina teve outros grandes avanços, graças à possibilidade da mumificação de faraós. 
Essa técnica de preservação dos corpos tornou possível que importantes avanços 
na pesquisa do corpo humano fossem conhecidas, e estudos realizados com mais afinco, 
tendo como finalidade desvendar o funcionamento da Medicina. 
Quinhentos anos depois de Hipócrates, ainda na Antiguidade, outro filósofo que 
contribui para a evolução da Medicina e seu desenvolvimento, foi o grego Galeno. Ele 
residia na cidade de Roma e defendia o estudo e a observação do meio ambiente e a 
relação entre os seres humanos, como forma para identificar as causas das enfermidades 
relacionadas a problemas físicos. 
Galeno foi autor de mais de 400 livros, sendo 70 títulos dedicados à Medicina, e 
responsável por criar parâmetros de pesquisas que foram utilizadas nos anos seguintes. 
Depois dos estudos de Galeno, as pesquisas e filosofias acerca da medicina 
ficaram estagnadas por um longo período. Esse fato também tem relação com a atuação 
 
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da Igreja Católica, que condenou por muitos anos os estudos relacionados à evolução da 
Medicina e da sociedade como um todo. 
Ainda na Idade Média, por exemplo, a cura para diversas enfermidades era 
realizada através da sangria. Esse método consta da colocação de sanguessugas em cima 
da pele para que elas possam fazer a “limpeza” das impurezas. 
Entre os séculos 5 e 15, durante a Idade Média, na Europa, foram desenvolvidos 
os primeiros medicamentos para o tratamento de algumas doenças. 
A manipulação de um anestésico foi uma importante descoberta, feita de uma 
mistura de suco de alho, ópio, cicuta, vinagre e vinho, que era ministrado para o 
paciente, a fim de prepará-lo para os procedimentos cirúrgicos. Caso a mistura não fosse 
ministrada na dose certa de cada ingrediente, a receita poderia ser também perigosa, 
pois poderia levar o paciente a óbito. 
Nessa época, somente em caso de risco de morte eram indicadas as cirurgias, já 
que não eram procedimentos considerados seguros, devido à falta de conhecimento, 
infraestrutura, e até a inexistência de uma higiene adequada. A situação era tão precária 
que barbeiros faziam as cirurgias com os mesmos utensílios que utilizavam durante o 
trabalho. 
Nesse cenário, a evolução da Medicina só foi reiniciadaa partir do Renascimento 
Cultural. Esse movimento proporcionou uma mudança na corrente de pensamento da 
época, e introduziu uma ampla valorização pela busca do conhecimento. Foi em meados 
do século 16 que os testes de laboratório tiveram início, e foram realizados de maneira 
mais profunda, com avanços de grande relevância para a fisiologia e anatomia. 
Já no século 17, William Harvey marcou a evolução da Medicina com a 
descoberta do sistema circulatório do sangue. O fato foi extremamente relevante, 
porque alterou os conceitos de anatomia, e trouxe outras ciências de apoio à Medicina, 
como a Farmácia e a Biologia. 
 
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No século 19, os avanços na Medicina ficaram ainda maiores a partir da invenção 
do microscópio acromático. Com ele, foi possível fazer a identificação das bactérias como 
causadoras de alguns tipos de doenças. 
Com o passar dos anos, as ciências médicas estão se consolidando como 
fundamentais para o cotidiano dos seres humanos. Ela se dividiu em variados 
departamentos de atuação e encontrou novas maneiras para tentar elevar o bem-estar e 
a qualidade de vida das pessoas. 
A evolução da Medicina no mundo ficou ainda mais nítida no século 20, com o 
desenvolvimento e as mudanças proporcionadas pelo avanço tecnológico, que 
proporcionaram a criação de equipamentos para o diagnóstico de enfermidades. 
Evolução da Medicina no Brasil e no mundo. 
A partir do século 20, a Medicina entra em uma nova era, principalmente devido à 
estrutura do que foi denominado de clínicas médicas. Essa estrutura de clínicas, como a 
conhecemos até hoje, surgiu com Hipócrates, idealizador da anamnese como etapa inicial 
do exame médico dos pacientes. 
 “É necessário começar pelas coisas mais importantes e aquelas mais facilmente 
reconhecíveis. É necessário estudar tudo aquilo que se pode ver, sentir e ouvir”, 
determinou o grego. 
Nessa época, a verificação médica já incluía inspeção do corpo, palpação e 
ausculta. Mas, a medição da temperatura, por exemplo, era realizada tocando as mãos 
sobre o peito do paciente. Dessa maneira, uma estrutura parecida com as clínicas de 
Hipócrates surgiu somente a partir do século 17. 
Já no século 18, o médico austríaco Leopold Auenbrugger introduziu o exame físico 
enriquecido pela introdução da percussão do tórax. Leopold pesquisou e criou suas 
observações com estudos de cadáveres, e deram origem a comprovações publicadas em um 
livro em seu país de origem. 
 
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A verdade é que o estudo, inicialmente, não despertou muito interesse, no entanto, 
depois de ser traduzida para o francês, foi incorporado ao exame clínico. Esse foi o grande 
avanço estrutural das clínicas médicas, mas ocorreu apenas no século 19. 
Nessa fase, com invenções como o bisturi e o estetoscópio, a atuação dos médicos 
começou a ganhar contornos cada vez mais baseados em argumentações teóricas, o que 
possibilitava uma maior precisão nos diagnósticos. 
O próprio estetoscópio é a representação da evolução da Medicina ao longo dos 
anos, ganhando vários modelos até o formato biauricular e flexível que é utilizado nos dias 
de hoje. O termômetro de mercúrio e o aparelho de medir pressão arterial foram 
incorporadas pelos médicos no século 19, sendo esse um importante marco em relação ao 
século anterior. 
Assim, a evolução dos aparelhos técnicos relacionados à Medicina, veio a 
proporcionar diagnósticos mais acertados a partir do século 20. Isso porque, contando com a 
ajuda de melhores equipamentos, os médicos passaram a contar com recursos que 
facilitariam os diagnósticos por meio da identificação de padrões e sintomas que não podiam 
ser vistos antes, o que foi fundamental para a evolução da Medicina e da própria ciência. 
Ainda no século 20, a Medicina fez a incorporação de tecnologias importantes para a 
inovação na área, em especial no que diz respeito aos diagnósticos. Dessa forma, a eficiência 
da precisão da identificação de doenças, fez com que surgissem diversas novas maneiras de 
se chegar aos diagnósticos, o que fez com que a atuação dos médicos fosse mais eficaz e 
mais dinâmica. 
Assim, tanto no Brasil quanto no mundo, a evolução da Medicina se deu com a 
chegada de equipamentos para facilitar o diagnóstico, aumentam a qualidade de vida das 
pessoas e a longevidade da população. 
 
 
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3.2 Objetivo 2: Compreender a importância dos métodos científicos na pesquisa 
clínica (ética e bioética); 
 
 Os métodos científicos na pesquisa clínica, trouxeram grandes avanços nas 
diferentes ciências, e em especial nas ciências médicas. Sendo influenciada pelo o modelo 
biomédico, que possui com intuito de relacionar as causas e o processo de adoecimento. 
 Neste processo de investigação, o método é o caminho para se chegar em um 
determinado objetivo, sendo necessário etapas e rigor na sua realização, tal processo 
reiterado por Luft (2003), que elucida que método é a maneira de classificar a ação de 
acordo com alguns princípios, existindo a descrição do passo a passo a fim de atingir o 
determinado objetivo definido anteriormente, sendo do delineamento ou desenho do 
estudo feito por um pesquisador, o que também merece destaque. 
 Na construção do conceito de método é de suma importância na 
diferenciação do senso comum, o método científico e elucidado com a Ciência Moderna 
após a decadência da Idade Médio, onde no Renascimento os estudos biológicos passaram a 
crescer, principalmente em indagações relacionadas ao funcionamento do corpo (SOLHA, 
2014). 
 O processo elucidado da Ciência Moderna, mencionado pela autora citada no 
parágrafo anterior, é corroborado por Volpato (2013), que a ciência moderna surge somente 
no reconhecimento dos conhecimentos embasados em evidências empíricas, ou seja, na 
obtenção de alguma evidência “concreta”, reafirmando que o método científico parte de 
atividades sistemáticas e racionais, que com maior segurança e economia, permite alcançar 
o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, 
detectando erros e auxiliando nas decisões do cientista, mencionados por Marconi e Lakatos 
(2000) em seu livro que trata sobre a metodologia da pesquisa científica. 
 A relação do método científico, ética e bioética, estão relacionadas ao 
desenvolvimento da ciência por meio da pesquisa em prol de beneficiar os indivíduos em sua 
 
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coletividade, preservando os aspectos biopsicossociais. A reflexão pertinente está no uso do 
método científico e da própria ciência em prol de prejudicar a vida. 
 Neste sentido, a pesquisa e o fazer científico de forma ética e bioética, 
associa-se com a credibilidade da sociedade científica, não se valendo de criar risco a 
humanidade em prol de justificar na necessidade em prol da ciência. O rigor do método 
também é aplicado nas relações éticas e bioética, o seu desvio por parte de pesquisadores 
necessita ser investigado, analisado e julgado, pois em prol da ciência e do seu 
desenvolvimento não se pode levar ao processo de aniquilação a vida de todos os seres. 
 
 
 
 
3.3 Objetivo 3: Descrever carreira pública e privada, remuneração (qualidade de 
vida); 
É nítida a diferença de satisfação entre médicos que atuam no setor privado em 
relação aos que atuam no setor público. Asprincipais críticas sobre o ambiente de trabalho 
do setor público, é a frequente falta de estrutura, como por exemplo: leitos, equipamentos e 
estrutura física). Muitos dos médicos que atuam no setor público, estão lá apenas para 
garantir os benefícios que o setor oferece como aposentadoria, auxílios diversos, 
estabilidade; do que pelo serviço á população. Já os profissionais que atuam no setor 
privado, tem um grau de motivação superior, visto que estão trabalhando em ambientes 
mais estruturados, ter a liberdade de escolher os horários de atendimento em suas 
atuações. De acordo com um levantamento, segundo a (agenciabrasil.ebc.com.br), os 
médicos que atuam apenas no setor privado ou em ambos os setores, ou seja, privado e 
público, ganham mais do que aqueles que atuam apenas no SUS. Médicos que atuam 
exclusivamente no sistema público 37% ganham menos que R$ 8 mil reais mensais. Já os 
médicos que atuam apenas no setor privado, essa porcentagem cai para 21,8%. 
 
 
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3.4 Objetivo 4: Importância da relação multidisciplinar da pratica clínica; 
O profissional de saúde, durante e após sua formação, deverá compreender o 
paciente em seu sistema, relações e cultura. É de suma importância a compreensão do 
processo de organização da vida do paciente. E é aí que entra uma equipe multidisciplinar 
(SALDANHA, 2013). 
Como o nome sugere, a característica da multidisciplinaridade é o foco nas múltiplas 
áreas de conhecimento, pensando no bem do paciente. A compreensão subjacente ao 
Programa Saúde da Família está utilizando a intervenção multidisciplinar sobre os agravos à 
saúde da população. Sendo assim, reunindo diversas áreas da medicina, tais como, controle 
do diabetes mellitus, controle da Hipertensão, dermatologia sanitária, saúde bucal, 
assistência farmacêutica básica, pneumologia sanitária e área técnica de alimentação e 
nutrição, essas áreas irão buscar contribuir de forma significativa para a concepção e 
sistematização de todas as ações relativas à atenção básica (ASSIS, 2002). 
Um exemplo que pode ser citado, na qual é observado um trabalho multidisciplinar, 
são os tratamentos de câncer, mais especificamente nos casos terminais, na qual médicos e 
enfermeiros entram em campo para tenta minimizar a dor e efeitos colaterais do paciente, 
nutricionista também são solicitados para organizar uma dieta ao paciente, evitando 
vômitos e náuseas. Além disso, enfermeiros são solicitados para realizar visitas domiciliar em 
prol da administração correta das medicações endovenosa (SALDANHA, 2013). 
Já em outra ocasião, podemos citar o psicólogo hospitalar, que contribui no processo 
de humanização dos pacientes internados, buscando a evolução do quadro clínico e 
emocional, verificando as condições do paciente e dos familiares. Além disso o psicólogo 
tem como importante função mediar as relações entre os profissionais de saúde e o paciente 
(SALDANHA, 2013). 
 
3.5 Objetivo 5: Definir moral ética e bioética; 
 
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Ética é “o conjunto de princípios que norteiam a conduta humana na sociedade” 
(KARA-JUNIOR, Newton, 2013), ou seja, são pensamentos e reflexões que iram guiar e 
avaliar caráter e ações individuais, e mesmo que o comportamento humano e a construção 
de valores sejam feitos a partir de compartilhamentos sociais, nada impede que aspectos 
éticos sejam impostos, como é o caso da medicina, onde se tem o código de ética médica 
que “é um conjunto de regras que definem limites na relação do médico com pacientes e 
com seus pares, pois a prática médica envolve muito mais do que somente os aspectos 
técnicos” (KARA-JUNIOR, Newton, 2013). Segundo o dicionário online de português, bioética 
significa um “conjunto de problemas levantados pela responsabilidade moral dos médicos e 
biólogos em suas pesquisas e na aplicação destas.”, ou seja, é a parte da ética que focaliza 
em indagações referentes à vida humana, sendo baseada em quatro princípios, a 
beneficência, não maleficência, autonomia e justiça, que de acordo com Celeno, P. C(2019, 
p.6), na beneficência o médico tem a obrigação de produzir benfeitorias, tentando equilibrar 
a relação risco-benefício ao paciente; a não maleficência leva o princípio de não agredir o 
paciente, tentando evitar danos ao cliente; autonomia determina que o paciente tem o 
direito de tomar decisões ao que se refere ao processo de saúde-doença e pôr fim a justiça 
determina a distribuição justa e universal de bens e benefícios em tudo que se refere à 
saúde. 
 
3.6 Objetivo 6: Identificar a importância da epidemiologia e sua importância para 
medicina; 
 Epidemiologia pode ser definida como a ciência que estuda o processo saúdedoença 
em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das 
enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas 
específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que 
sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde (GOMES 
2015, p. 7 apud ROUQUAYROL; GOLDBAUM; SANTANA, 2013). Visto isso, percebe-se que ela 
se torna extremamente importante para a medicina, pois, amplia o olhar clinico para além 
 
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das concepções que são apenas biológicas (Torres, Carlos Henrique Duarte Alves e 
Czeresnia,2003), por ter uma constituição interdisciplinar que envolve conhecimentos sobre 
ciências biológicas, exatas e humanas, direcionando melhor o médico a condutas mais 
certeiras. 
 
3.7 Objetivo 7: Sintetizar sobre transporte de substancias através das membranas 
celulares; 
É notório que várias partes das moléculas (ex: glicose, aminoácidos, nucleotídeos) e 
íons, também conhecidos como solutos, entram e saem das células através de proteínas 
especializadas no transporte, sendo muito seletivas. O transporte de solutos pode ser 
passivo, ou seja, sem gasto de energia, ou ativo, com gasto de energia. O transporte passivo 
não gasta energia (ATP) pois o transporte ocorre a favor de um gradiente de concentração, 
as moléculas ou íons, atravessam a membrana do lado mais concentrado para o menos 
concentrado. Além de poder ocorrer o transporte através da difusão simples ou facilitada. O 
transporte ativo é o contrário, pois o soluto é transportado do meio menos concentrado 
para o lado mais concentrado com o uso de energia (ATP). 
O transporte passivo-difusão simples, ocorre sem a participação de proteínas 
transportadoras. Já o transporte passivo-difusão facilitado, é o transporte passivo que 
acontece através de proteínas. Além dos transportes citados, vale ressaltar a osmose, que é 
a passagem de água através de uma membrana biológica, do meio menos concentrado em 
um soluto para o lado mais concentrado em soluto, sem que haja gasto de energia, é um 
tipo de transporte passivo. (ABERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; 
WALTER, P. Biologia Molecular da Célula. Artmed, 2017). (JUNQUEIRA. L. C. & CARNEIRO, J. 
Biologia Celular e Molecular. Ed. Guanabara. 2015). 
A respeito da Bomba de sódio e potássio, a sua principal função consiste no transporte de 
íons de potássio e sódio contra os respectivos gradientes de concentração. O transporteé 
realizado necessariamente devido às diferenças de concentrações desses íons dentro e fora 
da célula. A importância dessa movimentação traduz-se na manutenção negativa do 
 
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potencial de repouso da célula. Desse modo, a bomba realiza essa função internalizando 2 
íons de potássio (K+) e externalizando 3 íons de sódio (Na+). O fato de bombear mais cátions 
(cargas positivas) para fora (3 sódios) do que para dentro (2 potássios) irá assegurar a 
manutenção do potencial elétrico celular. Além dessa função, essa estrutura também possui 
o controle do volume hídrico da célula, uma vez que aumenta a concentração extracelular de 
sódio garantindo um gradiente osmótico favorável à saída de água da célula. Como 
resultado, tem-se um volume citosólico estável. Portanto, a manutenção de alta 
concentração de potássio dentro da célula, por sua vez, é importante para a síntese de 
proteína e respiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5. CONCLUSÃO 
 
Após discussão a respeito do reconhecimento dos aspectos da introdução à medicina 
e sua importância para vida acadêmica, foi possível compreender que essa ferramenta é de 
suma importância no dia a dia dos acadêmicos contribuindo para o entendimento e o 
direcionamento a ser tomado frente as questões que envolvem a saúde. Foi possível 
entender e diferenciar ética e bioética e as características dos principais indicadores de 
saúde, bem como a importância do envolvimento da equipe multidisciplinar. 
 
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 6. REFERÊNCIAS 
 
 KARA-JUNIOR, Newton. A influência da ética, da moral e do bom senso nas 
controvérsias da medicina. 2013. Celeno, P. C. Semiologia Médica, 8ª edição. [Digite o 
Local da Editora]: Grupo GEN, 2019. 9788527734998. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734998/. 
 
 Acesso em: 2021 ago. 23. Torres, Carlos Henrique Duarte Alves e Czeresnia, DinaA 
 
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institucionalização da epidemiologia como disciplina na Faculdade de Medicina da 
Universidade Federal do Rio de Janeiro. História, Ciências, Saúde-Manguinhos 
[online]. 2003, v. 10, n. 2 [Acessado 23 Agosto 2021] , pp. 525-548. Disponível em: . 
Epub 06 Jan 2004. ISSN 1678-4758. https://doi.org/10.1590/S0104-
59702003000200003. 
 
 Gomes, Elainne Christine de Souza Conceitos e ferramentas da epidemiologia / 
Elainne Christine de Souza Gomes – Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2015. 83 p. 
 
 Porter, Roy 1992 História do corpo. Em Peter Burke (org.), A escrita da história. Săo 
Paulo, Unesp, pp. 291-326. 
 Bloch, Marc 1976 Introdução a história Med. Lisboa, Europa-América/Mem-Martins. 
 
 ASSIS, Ana Marlúcia Oliveira et al. O Programa Saúde da Família: contribuições para 
uma reflexão sobre a inserção do nutricionista na equipe multidisciplinar. Revista de 
Nutrição, v. 15, p. 255-266, 2002. 
 SALDANHA, Shirlei de Vargas; ROSA, Aline Badch; CRUZ, Lilian Rodrigues da. O 
psicólogo clínico e a equipe multidisciplinar no Hospital Santa Cruz. Revista da SBPH, 
v. 16, n. 1, p. 185-198, 2013. 
 (AMABIS, J.M; MARTHO, G.R. Fundamentos da Biologia Moderna. 3ª ed. São Paulo. 
Editora Moderna, v. único, 2003.) (LINHARES, S; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia. 1ª 
ed. São Paulo. Editora Àtica, v. único, 2008). 
https://doi.org/10.1590/S0104-59702003000200003
https://doi.org/10.1590/S0104-59702003000200003