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VIGILÂNCIA EM SAÚDE A vigilância em saúde tem por objetivo a observação e a análise permanentes da situação de saúde da população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo-se a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde - processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação e disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde - visa o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública - visa a prevenção e o controle de riscos, de agravos e doenças, promoção da saúde - tem por objetivo a análise permanente da situação de saúde da população e a garantia da integralidade da atenção HISTÓRIA E CONCEITOS - o termo “vigilância” surgiu no contexto da saúde pública no final do século XIX - resultante do conhecimento e da expansão da microbiologia e de saberes sobre a transmissão de doenças infecciosas - historicamente relacionado aos conceitos de saúde e de doença de cada época e lugar - resultante de práticas de atenção enfermos e aos adotados para impedir a disseminação das doenças - a primeira vez que o termo foi usado foi em 1955 pelo programa nacional de vigilância em poliomielite nos EUA A vigilância em saúde possui 2 características essenciais: - a observação contínua - a coleta sistemática Hipócrates, ao entender que as doenças eram causadas pela natureza de um determinado lugar, concluiu que a coleta de dados para a saúde deveria considerar o território, o ambiente natural e as pessoas - por ele, foram introduzidos os conceitos de: → doença aguda: cura ou morte; curta duração (3 meses) ex. maioria das doenças virais (dengue, gripe) → doença crônica: cura ou trata a longo maior (mais de 3 meses) ex. diabetes, hipertensão → epidemias: doença de caráter transitório que ataca simultaneamente grande número de indivíduos em uma determinada localidade → endemias: doença infecciosa que ocorre habitualmente e com incidência significativa em dada população e/ou região doença esperada em determinada região, independentemente da época Na era pré-industrial foi introduzida a legislação sobre a Vigilância em Saúde Pública, adotando-se o conceito de notificação compulsória de doenças infecciosas - sempre declarar (mesmo que não tenha aparecido nenhuma doença listada) Com a Revolução Francesa, a saúde da população passou a ser responsabilidade do Estado, iniciando- se o conceito de bem-estar social → Estado de bem-estar social: é um tipo de organização política, econômica e sociocultural que coloca o Estado como agente da promoção social e organizador da economia nessa orientação, o Estado é o agente regulamentador de toda a vida e saúde social, política e econômica do país, e a ele compete garantir serviços públicos e proteção à população O grande marco (1968), a 21ª Assembleia Mundial da Saúde, adotou o conceito de vigilância populacional - 3 principais aspectos da vigilância: → a coleta sistemática de dados pertinentes → a consolidação e a avaliação ordenada desses dados → a rápida disseminação dos resultados àqueles que necessitam conhecê-los para tomada de decisão - definiu-se, assim, que vigilância é informação para ação No Brasil, as primeiras medidas de vigilância remontam ao período colonial - ações sistemáticas de vigilância, prevenção e controle de doenças foram organizadas apenas no século XX, por meio de programas verticalizados, com a formulação, a coordenação e a execução de ações realizadas diretamente pelo Governo Federal - sua estrutura dava-se sob a forma de campanhas A V Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1975, propôs a criação de um sistema de Vigilância Epidemiológica no País (SNVE), o qual instituiu a notificação compulsória de casos e/ou óbitos de algumas doenças em todo o território nacional, que entrou em vigor no ano de 1976 Em meados dos anos de 1980, discutia-se a necessidade de descentralização e de maior articulação dos serviços de Vigilância das 3 esferas de Governo A criação do SUS (1988) desencadeou novos arranjos institucionais, resultando na criação da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, quando se intensifica o processo normativo de descentralização das ações de vigilância VIGILÂNCIA EM SAÚDE - Vigilância Epidemiológica - doenças transmissíveis e não transmissíveis - Vigilância Sanitária - cosméticos, restaurantes → tudo que circula e que é consumido pela população - Vigilância da situação de saúde - comportamento dos indicadores de saúde (diminuição da mortalidade infantil, aumento da taxa de obesidade…) → situação de saúde de uma maneira geral - Vigilância ambiental - água, solo - Vigilância da saúde do trabalhador - Promoção da saúde - oferecimento de mecanismos para manter ou melhorar a saúde de pessoas que não são doentes, que já são saudáveis → isso implica na prevenção de doenças → ex. prevenção de doenças (específicas) - pedir uma mamografia a uma senhora de 65 anos → promoção de saúde: os objetivos não visam uma doença, uma população, uma faixa etária, uma região → as ações são destinadas a toda a comunidade