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RELATO DE CASO Samuel Orranes Ana Thays ALUNOS: RELATO DE CASO ATENDIMENTO ÉguaQuarto de Milha 8 Anos +/- Corrimento Nasal Há uma semana Penicilina e Dipirona Sódica EXAME FÍSICO TosseEdema e Endurecimento das Jugulares Estertores Úmidos Corrimento Nasal Bilateral Conjuntivite Edema Periorbital Depressão Febre Taquicardia Taquipnéia Temperatura Adulto: 37,5 ~38,5 Potro: 37,5 ~ 38,9 Frq. Card. Adulto: 20 ~ 44 Potro: 80 ~ 100 Frq. Resp.: Adulto: 37,5 ~38,5 Potro: 37,5 ~ 38,9 ATENDIMENTO ❑Amostra de 5ml de Sangue em EDTA com Anticoagulante: • Colhida da Veia Jugular; • Hemograma Completo; • Leve leucopenia; TRATAMENTO Ceftiofur Bromexina Flunixina Meglumina Fluidoterapia Solução de Ringer com Lactato de Sódio e Solução Glicofisiológica Mucolítico, Via IV 0,2 mg/kg, 1 vez ao dia por 7 dias Via IM, 2mg/kg, 1 vez ao dia por 7 dias Via IM, 1,1mg/kg, 2 vezes ao dia por 5 dias TRATAMENTO ❑ Melhora Clínica a partir do 3° dia de medicação: Corrimento Purulento Ausculta Pulmonar Estertores Febre Cedeu Animal continua Prostrado Hiporexia TRATAMENTO ❑ 6° Dia de Tratamento: ▪ Houve piora do quadro Hemodinâmico; ▪ Taquicardia; ▪ Dispneia; ▪ Edema nos Membros; ❑ 7° Dia: ▪ Animal entra em Choque; ▪ Após o óbito é submetido a Necropsia. NECRÓPSIA ❑ Exame Histopatológico: Traquéia Miocárdio Tecido Pulmonar Artérias Pulmonar e Aórtica NECRÓPSIA ❑ Mucosas: ▪ Congestão Moderada; ❑ Na Traquéia: ▪ Edema de mucosa acentuada com congestão; ❑ Pulmões: ▪ Úmidos, Pesados, Brilhantes; ▪ Congestos (Lobos Apicais) ❑ Coração: ▪ Pericárdio – 300ml líquido Sero-Hemorrágico; ▪ O músculo cardíaco apresentava áreas multifocais claras. NECRÓPSIA ❑ Coração: ▪ Pericárdio – 300ml líquido Sero-Hemorrágico; ▪ O músculo cardíaco apresentava áreas multifocais claras; ▪ Entre as artérias aorta e pulmonar havia área de proliferação de tecido firme, edematoso com coloração brancacenta com áreas acinzentadas multifocais; NECRÓPSIA ❑ Microscopia: ▪ Aorta: • Necrose Fibrinóide –Túnica Média e Íntima; • Infiltrado inflamatório linfocítico; • Camada íntima infiltrada por células inflamatórias e com necrose; ▪ Circulação Colateral com moderado Edema; ▪ Pulmão: • Edema alveolar, extensas Áreas de Hemorragia do Parenquima e Infiltrado Inflamatório; • Necrose de Coagulação e Infiltrado Inflamatório; (Camadas Adventícia e Submucosa da Traquéia) DIAGNÓSTICO ❑ Os achados levaram ao Diagnóstico Patológico de Arterite com distribuição Pansistêmica, levando a Traqueíte, Bronquiopneumonia, Pneumonia Intersticial e Miocardite, com possível etiologia Viral. Arterite Viral Equina REVISÃO DE LITERATURA Gênero: Arterivirus Família: Arteriviridae. Vasculites ARTERITEVIRAL EQUINA Enfermidade infecto-contagiosa RNA vírus Reação inflamatória na parede arterial Quando extensas e envolvem todos os órgãos e sistemas são classificadas como pansistêmicas. Dano endotelial ou trambose Podem afetar todos os tipos de vasos (JONES & HUNT, 1997) (MORRIS, 2000). ARTERITEVIRAL EQUINA Processo inflamatório nos vasos Infiltrados Neutrofílicos Liberam enzimas lisossômicas e outras citoplasmáticas Acarretam lesão direta das paredes vasculares. Extravasamento pela parede vascular e comprometimento do lúmen do vaso Edema, hemorragia, trombose e alterações isquêmicas nos tecidos supridos ARTERITEVIRAL EQUINA TRANSMISSÃO Equinos de todas as idades são suscetíveis; Potros desde o desmame até um ou dois anos de idade; Manifestando-se, sobretudo, de forma mais grave em cavalos adultos; A transmissão pode ocorrer de forma venérea ou respiratória; Contato com fetos abortados e placenta; O vírus também é eliminado na urina e no sêmen. TRANSMISSÃO Infecção se instala com maior frequência: Vias respiratórias; Aerossol; Via oral; Fômites; Água e alimentos contaminados por secreções e excreções dos enfermos; Contato direto com equinos infectados. SINAIS CLÍNICOS Período de incubação da doença é de 2 a 10 dias Hipertemia (até 41 °C) Corrimento nasal seroso Congestão e petéquias na mucosa nasal Lacrimejamento (epífora) Conjuntivite Edema palpebral (quemose) Movimentos frequentes de fechamento espástico das pálpebras (blefaroespasmo). Ceratite Tosse Dispneia Fraqueza acentuada Apatia Anorexia Comumente pode ocorrer diarréa e cólica Icterícia. SINAIS CLÍNICOS Em animais gravemente enfermos a dispneia e intensa como resultado do edema e congestão do pulmão. Edema dos membros. Os quadros mais graves geralmente são observados em animais muito jovens ou então bastante debilitados. As éguas infectadas podem apresentar abortamento entre o terceiro e o décimo mês de gestação, acompanhado ou não de outros sinais clínicos (Doll et ai., 1957). DIAGNÓSTICO ➢ Características clínicas; ➢ Laboratorialmente: • Hemograma • Os testes de fixação de complemento e soroneutralização e a cultura de tecidos são utilizados para a identificação do vírus e o diagnóstico diferencial. • Isolamento viral Leucopenia neutrofílica e linfocitária Pulmões e baço de fetos abortados e do baço de animais mortos DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Púrpura hemorrágica; Linfangite fúngica ou bacteriana; Lênfigo foliáceo Influenza; Rinopneumonite; Leptospirose; Mormo. TRATAMENTO Fenilbutazona, flunixina-meglumina; Terapia antimicrobiana; Tetraciclina na dose de 10 a 20 mg/kg, durante 7 a 10 dias, por via intramuscular, ou por via oral 50-100 mg/L de água ou misturada a ração quando são muitos os animais a serem tratados; Hidratação via intravenosa: fluidoterapia; Corticosteroides e diuréticos. PREVENÇÃO E PROFILAXIA Vacinação, com vírus atenuado, considerado inócuo. Isolamento de todos os equinos que chegam (quarentena) para observação e controle de endo e ecto parasitas. Na ocorrência de qualquer tipo de surto: Os equinos saudáveis que mantiverem contato com os doentes devem ser considerados fontes potenciais de doença. Forma de minimizar a disseminação da doença: Nenhum equino deve ser transferido para outro rancho, hípica, sítio ou mesmo a outro lugar na mesma fazenda. OBRIGADO!!!