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Ana Rita Cabral FITS – P4 / MÓD 1 1. Conhecer os cânceres de boca (epidemiologia, causa/fatores de risco, manifestações clínicas); 2. Compreender a fisiopatologia dos cânceres de boca; 3. Entender o diagnóstico e o estadiamento do câncer de boca; 4. Compreender a relação entre o câncer de boca e o HPV; 5. Relacionar o câncer de boca aos fatores psicológicos e imunológicos. Paciente do gênero masculino, pardo, 50 anos, residente na cidade de Jaboatão, foi encaminhado ao ambulatório de Engenho Velho, apresentando como queixa principal "dor na lateral da língua" há 90 dias. Durante o exame físico da cavidade bucal, pôde-se observar presença de uma lesão exofítica, séssil, localizada em bordo lateral da língua, apresentando contorno e superfície irregular, de consistência dura, com cerca de 2,5 cm de extensão, e áreas leucoplásicas. Na história clínica, refere ter mordido a língua e que a mesma permaneceu sangrando durante alguns minutos, e ficou bastante dolorida. No momento do ocorrido usou um analgésico, mas, mesmo assim, permaneceu com dor e sangramento durante a escovação dentária. Na história pregressa, referiu fumar 10 cigarros ao dia deste os 15 anos e ingerir álcool 4 a 5 vezes por semana. Ficava resfriado com frequência e, no último ano, havia gripado por 6 vezes. Andava deprimido desde a morte de seu melhor amigo e, por esta razão, chegou a perder 7 kg nos últimos 5 meses. Referiu ainda que no passado foi tratado pelo seu dentista de uma lesão bucal papilomatosa e confirmada na patologia como “HPV”, mas não havia feito o controle recomendado após o tratamento. Diante dos achados, chegou-se à hipótese diagnóstica de carcinoma de células escamosas de língua, não sendo excluída uma possível doença infecciosa. Foi realizada uma biópsia incisional e o histopatológico mostrou proliferação de células atípicas que invadiam o tecido conjuntivo subjacente e, por vezes, infiltrava feixes musculares. Ana Rita Cabral FITS – P4 / MÓD 1 • Representa 3% dos casos de câncer no mundo; • Acomete + os homens • Na faixa etária de 55 a 64 anos (30,64%) → acima dos 50 anos de idade. • De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), para o ano de 2030 a estimativa de casos novos está em torno de 27 milhões; • No Brasil, a estimativa para o biênio 2018-2019 é de 14.700 novos casos; • Homens: estimativa de 11.200 novos casos → quinto lugar como tipo de câncer mais comum • Mulheres: estimativa de 3.500 novos casos → décima segunda posição • A incidência do câncer bucal no Brasil é considerada uma das mais elevadas do mundo • + comum em brancos porém foram encontradas diferenças regionais nesta variável, a região Sul apresentou um percentual de 90,05% de indivíduos com cor da pele branca, já na região Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o maior percentual foi de indivíduos com cor da pele parda, respectivamente, 64,24%, 75,75% e 51,49%. • Isso indica que apesar da pele branca ser mais sensível aos raios solares ela não é um fator de risco considerável para o câncer de boca no Brasil, visto que a incidência de câncer de boca na região Nordeste é maior que na região Sul. • O câncer de boca tem evidenciado uma maior prevalência em indivíduos do sexo masculino, cor branca e faixa etária a partir de 50 anos de idade • No estudo de Martins et al (2014), observaram que os determinantes sociais, entre eles a educação, tem relação com o câncer de boca, os indivíduos que haviam completado só o ensino fundamental tinham maior incidência de câncer de boca do que os que completaram o ensino médio. Corroborando com estes achados, o estudo de Al-Kaabi et al(2015) observou que a população mais carente, apresentava menor educação sobre os sinais e sintomas do câncer de boca. • A localização anatômica mais acometida foi a língua no Brasil e em todas as regiões, seguida da base de língua, esses resultados corroboram com a maioria dos estudos epidemiológicos(7,16,3). Destaca-se que nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste o palato teve valores percentuais elevados. Outros estudos apresentam localizações anatômicas variadas, no estudo de Je’hannin-Ligier et al (2017) a tonsila (28,4%) foi o sítio mais comum, e conforme Hora et al(2003) após a língua (31,5%) a principal localização foi o lábio inferior (25,7%). Esses dados mostram que quanto a localização as causas mais prováveis de câncer de boca no Brasil seja o uso do tabaco e do álcool. O número de casos novos de câncer da cavidade oral esperados para o Brasil, para cada ano do triênio 2020-2022, será de 11.200 casos em homens e de 4.010 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 10,70 casos novos a cada 100 mil Ana Rita Cabral FITS – P4 / MÓD 1 homens, ocupando a quinta posição. Para as mulheres, corresponde a 3,71 para cada 100 mil mulheres, sendo a décima terceira mais frequente entre todos os cânceres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer da cavidade oral em homens é o quinto mais frequente nas Regiões Sudeste (13,58/100 mil), Centro-Oeste (8,94/100 mil) e Nordeste (7,65/100 mil). Nas Regiões Sul (13,32/100 mil) e Norte (3,98/100 mil), ocupa a sexta posição. Para as mulheres, é o décimo primeiro mais frequente na Região Nordeste (3,75/100 mil) e o décimo segundo na Região Norte (1,69/100 mil). Já nas Regiões Sudeste (4,12/100 mil) e Centro-Oeste (2,90/100 mil), ocupa a décima terceira posição. Na Região Sul (4,08/100 mil), ocupa a décima quarta posição. • Multifatorial → fatores ambientais, principalmente ao estilo de vida dos indivíduos. • Profissão, local de residência, nutrição e predisposição genética. • Quanto aos hábitos pessoais indivíduos que fazem uso concomitante de álcool e tabaco possuem uma maior predisposição para neoplasias malignas em região de cabeça e pescoço. • A exposição solar excessiva também pode ser um fator de risco considerável • Mascar betel (mistura de semente de areca – um gênero de palmeira –, folhas de Piper betle –um tipo de pimenteira – e, geralmente, tabaco. Há outras variações desta mistura). A semente de areca libera substâncias altamente cancerígenas • Infecção pelo papilomavírus humano (HPV) tipo 16 • Exposição à radiação solar (para o câncer de lábio) • Indivíduos com excesso de gordura corporal Ana Rita Cabral FITS – P4 / MÓD 1 • Indivíduos imunodeprimidos O habito de fumar e consumir bebidas alcoólicas são considerados fatores de risco para o câncer bucal. Neste estudo, estes hábitos foram observados de modo regular na maioria dos casos, sendo que 62,52% eram fumantes e 48,77% consumiam bebida alcoólica. De acordo com Scheidt et al (2012), o tabaco e o álcool, são os principais fatores de risco para desenvolver o câncer de boca e possuem efeito sinérgico. O tabaco apresenta mais de 50 substâncias com potencial carcinogênico e o efeito do álcool para o desenvolvimento do câncer ainda não está esclarecido. O álcool promove a hiperploriferação celular e a produção de metabólitos como o acetaldeído, que tem ação carcinogênica, além de reduzir a defesa do sistema imunológico e interferir na reparação do DNA. Em relação a bebidas alcoólicas, evidências mostram que o acetaldeído, o principal e mais tóxico metabólito do álcool, interrompe a síntese e o reparo do DNA e, portanto, pode favorecer a carcinogênese. Além disso, maior exposição ao etanol também induz o estresse oxidativo por meio do aumento da produção de oxigênio com potencial reativo e genotóxico. Sugere-se, ainda, que o álcool possa funcionar como um solvente, favorecendo a penetração celular de carcinogéneos dietéticos ou ambientais (por exemplo, tabaco) ou interferindo nos mecanismos de reparo do DNA. Pessoas que consomem bebidas alcoólicas em altas quantidades também podem ter dietas carentes de nutrientes essenciais, como o folato, tornando os tecidos-alvo mais suscetíveis aos efeitos carcinogênicosdo álcool. O excesso de gordura corporal (definido pelo IMC, circunferência de cintura e relação cintura/quadril elevados) aumenta o risco de desenvolver câncer de boca. Os mecanismos específicos para descrever essa relação ainda não estão esclarecidos. No entanto, o excesso de gordura corporal está associado a alterações metabólicas e endócrinas, como hiperinsulinemia e níveis elevados de estrogênio. A insulina e o estrogênio estimulam a multiplicação celular e inibem a apoptose, levando à proliferação celular aumentada. Além disso, a obesidade também estimula a resposta inflamatória, favorecendo a carcinogênese. • Lesões (feridas) na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, que podem apresentar sangramentos e estejam crescendo. • Manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas • Nódulos (caroços) no pescoço • Rouquidão persistente • Dificuldade de mastigação e de engolir • Dificuldade na fala • Sensação de que há algo preso na garganta • Dificuldade para movimentar a língua Ana Rita Cabral FITS – P4 / MÓD 1 Definida como uma placa branca com risco aumentado de malignização que não pode ser classificada como nenhuma outra lesão branca, acredita-se que sua prevalência mundial esteja ao redor dos 2%, porém existe diferenças regionais que fazem esse número variar em função do gênero. A leucoplasia é muito mais comum em fumantes, o álcool é considerado um fator de risco independente e as evidências da participação do HPV são controversas. Podem ser divididas em homogêneas(LH) e não homogêneas (LNH), as LNH também são chamadas de leucoeritroplásicas. A leucoplasia verrucosa é um tipo de leucoplasia não homogênea26. Temos ainda a leucoplasia verrucosa proliferativa(LVP), que é um subtipo da leucoplasia verrucosa, porém com caracterizada por ser multifocal, resistente aos tratamentos propostos e com alta taxa de malignização27. Acredita-se que sua taxa de malignização esteja ao redor de 1% para todos os tipos de leucoplasias existentes, a presença de displasia epitelial no exame histopatológico é considerado o fator de risco mais importante para avaliar seu potencial de malignização24. Apesar da recomendação de tratamento das leucoplasias não há evidências que sua remoção cirúrgica interfira na ocorrência de lesões malignas. Ana Rita Cabral FITS – P4 / MÓD 1 CEB é uma doença em que a predisposição genética (por exemplo, existências de disfunções em genes de reparo) exerce um papel essencial na sua patogênese. O desenvolvimento e progressão de lesões potencialmente malignas e carcinomas na cavidade bucal está associado ao acúmulo de alterações genéticas, incluindo, por exemplo, deleções, amplificações e mutações, que levam tanto a ativação de oncogenes ou a inativação de genes supressores tumorais. Nesse sentido, a exposição celular crônica a carcinógenos pode danificar genes ou até cromossomos, como descrito acima, podendo desencadear uma série de mutações genéticas consecutivas, amplificação de oncogenes (por exemplo, Ciclina D1, EGFR) que promovem a proliferação e sobrevivência celular desregulada bem como a inativação de genes supressores tumorais (por exemplo, p53, p16, PTEN) envolvidos na regulação do ciclo celular. O acúmulo dessas alterações genéticas pode levar ao desenvolvimento de lesões potencialmente malignas (displásicas) e posteriormente o câncer propriamente dito. No caso do CEB, estima-se que sejam necessárias 6-10 mutações para as células tornarem-se malignas, o que normalmente requer anos de exposição à carcinógenos para ocorrer uma combinação de mutações apropriadas que culminariam na transformação neoplásica. Dessa maneira, a evolução de uma célula normal para uma célula maligna define um período de tempo caracterizado como estágio potencialmente maligno, uma fase precoce do processo de carcinogênese41. Desse modo, o CEB é resultado do acúmulo de mutações genéticas/epigenéticas, as quais são transmitidas às gerações celulares subsequentes, até o momento em que uma célula mutada torna-se independente, exibindo crescimento autossuficiente e autônomo, não respondendo a sinais proliferativos inibitórios, o que resulta em um tumor apresentando crescimento não controlado. As células neoplásicas, portanto, escapam da morte celular programada e replicam-se infinitamente através do processo de imortalização pelo alongamento de seus telômeros. A esse processo proliferativo desenfreado das células mutadas, dá-se o nome de expansão clonal. Durante a etapa de expansão clonal acontecem inúmeras outras mutações devido à desregulação dos mecanismos de proliferação e diferenciação celulares. Essas mutações adicionais são responsáveis pela heterogeneidade e progressão tumoral. Dessa maneira, a massa neoplásica torna-se heterogênea e individual. Em consequência, essas células neoplásicas adquirem características aberrantes como, por exemplo, intenso potencial de proliferação, invasão e metástase. Fica evidente que a melhor definição que se pode dar às células tumorais de um CEB, não é a simples ideia de proliferação descontrolada, mas sim sua capacidade de evadir aos processos de morte celular. Este conceito reforça a constatação da alta mortalidade dos pacientes acometidos por esta neoplasia e a dificuldade do controle de crescimento e metástase da mesma pelas atuais modalidades terapêutica. Ana Rita Cabral FITS – P4 / MÓD 1 http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004- 52762013000300002 • Inspeção: alterações da cor e do formato, fissura e ocorrência de lesões. • Palpação: bidigitalmente → textura, flexibilidade, consistência dos teci do s superficiais e subjacentes. O padrão ouro para se estabelecer o diagnóstico do câncer de boca permanece sendo a biópsia, apesar de tentativas de se descobrir outros sistemas de diagnóstico como a fluorescência clínica. Citologia esfoliativa: Nessa técnica, o médico raspa a superfície de uma área suspeita e coloca sob uma lâmina de vidro o tecido coletado. A amostra é marcada com um corante de modo que as células cancerígenas possam ser visualizadas ao microscópio. Se qualquer uma das células aparecer anormal, a região será biopsiada. A vantagem dessa técnica é que é fácil, e cada área com aparência ligeiramente anormal pode ser avaliada. Às vezes não é possível ver a diferença entre células cancerígenas e células anormais, ou seja, que não são câncer são denominadas células displásicas, nesse caso a biópsia deve ser realizada. Biopsia incisional: Esse é o tipo mais comum de biópsia para a região da boca ou garganta. Essa biópsia pode ser realizada em consultório médico ou no centro cirúrgico, dependendo da localização do tumor. Quando o procedimento é realizado no consultório, a área ao redor do tumor é anestesiada. Se o tumor acomete camadas profundas, a biopsia é feita numa sala cirúrgica, com o paciente sob anestesia geral. O cirurgião utiliza o endoscópio para, através de instrumentos especiais, remover pequenas amostras do tecido. Biópsia aspirativa por agulha fina: Na biópsia aspirativa por agulha fina, o médico utiliza uma agulha muito fina, para aspirar algumas células do tumor, que são posteriormente enviadas para análise. Essa técnica não é utilizada em áreas suspeitas da boca ou da garganta, mas às vezes é necessária quando um paciente, por exemplo, tem uma massa cervical que pode ser sentida na palpação ou visualizada na tomografia computadorizada. Esse procedimento pode ser útil em diversas situações, como, por exemplo, diagnosticar a causa de uma massa cervical, determinar a extensão e comprometimento da doença, e, avaliar uma recidiva. http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-52762013000300002 http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-52762013000300002Ana Rita Cabral FITS – P4 / MÓD 1 http://www.oncoguia.org.br/conteudo/biopsia-para-diagnostico-do-cancer-de-boca-e- orofaringe/959/279/ Para analisar a extensão do tumor Alguns exames de imagem, como a tomografia computadorizada, também auxiliam no diagnóstico, e, principalmente, ajudam a avaliar a extensão do tumor. O exame clínico associado à biópsia, com o estudo da lesão por tomografia (nos casos indicados) permitem ao cirurgião definir o tratamento adequado. As lesões muito iniciais podem ser avaliadas sem a necessidade de exame de imagem num primeiro momento. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/biopsia-para-diagnostico-do-cancer-de-boca-e-orofaringe/959/279/ http://www.oncoguia.org.br/conteudo/biopsia-para-diagnostico-do-cancer-de-boca-e-orofaringe/959/279/ Ana Rita Cabral FITS – P4 / MÓD 1 file:///C:/Users/55829/Downloads/Estadiamento%20TNM%20(%20resumo%20simplificado)%20- %20C%C3%A2ncer%20de%20boca.pdf MOURA, R. M. V. Sistema de estadiamento TNM simplificado. Março/2018. • Cirúrgico • Radioterapia • Quimioterapia Cirurgia A cirurgia deve permanecer como terapia de escolha para o CCE bucal, sendo que a modalidade varia de acordo com a extensão clínica ou estádio da doença na apresentação, variando de uma excisão local até uma remoção mais ampla. Relata-se a ocorrência de metástase cervical oculta em 10% a 26% dos pacientes, justificando a indicação do tratamento efetivo do pescoço. Relata-se que 40% a 45% dos pacientes com lesão em fases III ou IV, consideradas passíveis de remoção pela cirurgia, apresentariam recidiva loco-regional ou à distância. A RT deve ser a modalidade terapêutica de escolha para o CCE bucal, quando o paciente não apresentar condições clínicas para ser submetido à cirurgia ou não aceitar os possíveis defeitos que esta pode deixar. Todos os pacientes com CCE bucal avançado necessitam de RT adjuvante, sendo ela pré ou pósoperatória, sugerindo que a RT pré- operatória aumenta o risco de complicações na cirurgia. A RT pré-operatória não traz vantagens para a sobrevida do paciente, além de dificultar a realização da cirurgia em um intervalo menor do que seis semanas após o término da RT. A QT adjuvante ou paliativa para lesões primárias de CCE bucal, quando estas se apresentam muito grandes ou irressecáveis, tem sido indicada sem que se tenha verificado redução na taxa de mortalidade ou melhora no prognóstico. Sugeriu-se um protocolo baseado na administração de cisplatina intra-arterial concomitantemente à radiação. file:///C:/Users/55829/Downloads/Estadiamento%20TNM%20(%20resumo%20simplificado)%20-%20Câncer%20de%20boca.pdf file:///C:/Users/55829/Downloads/Estadiamento%20TNM%20(%20resumo%20simplificado)%20-%20Câncer%20de%20boca.pdf Ana Rita Cabral FITS – P4 / MÓD 1 Cerca de 70% dos pacientes com cânceres nessas regiões carregam o vírus Estudos realizados pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) em associação com a empresa farmacêutica Merck Sharp & Dohme avaliaram dentre outras coisas, as características da infecção por HPV em anus, mucosas genitaise mucosas bucais no público masculino e como a infecção se desenvolve e evolui para o câncer. Os resultados mostraram que 24 tipos de HPV podem ser associados a lesões orais malignas. Os tipos 6 e 11 estão associados a infecções predominantemente benignas com aparência escamosa e verrugosa no tecido no epitélio oral interno e externo. Já os tipos 16 e 18 são mais agressivos e apresentam características carcinogênicas. Ao considerar o potencial de carcinogênese, os tipos 6 e 11 são de baixo, os tipos 31, 33 e 35 de risco intermediário e os tipos 16 e 18 de alto risco. Ana Rita Cabral FITS – P4 / MÓD 1 Ana Rita Cabral FITS – P4 / MÓD 1 http://revistafacesa.senaaires.com.br/index.php/revisa/article/view/532/448 http://revistafacesa.senaaires.com.br/index.php/revisa/article/view/532/448 Ana Rita Cabral FITS – P4 / MÓD 1 http://revistas.icesp.br/index.php/RCO/article/view/364/293 https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/11714/1/21483278.pdf Um sistema imune que é eficiente ele cuida do indivíduo para atuar contra tumores, ou seja, necessitamos de um sistema imune sem problemas para que algumas funções, http://revistas.icesp.br/index.php/RCO/article/view/364/293 https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/11714/1/21483278.pdf Ana Rita Cabral FITS – P4 / MÓD 1 como a capacidade de reparo do DNA danificado por agentes carcinogênicos, por exemplo, ocorram com eficiência ⇒ ele funciona como um vigilante, reconhecendo e destruindo células. Existe a teoria chamada de “Teoria da Vigilância Imunológica”, ela basicamente diz que a célula maligna é reconhecida pelo sistema imunológico quando existe a expressão de um determinado antígeno “anormal” na superfície da célula alterada. As células responsáveis por fazer essa vigilância, seriam os linfóticos T CD4+, CD8+, macrofagos e células NK). Quando essas células vão combater as células alteradas, elas acabaram gerando uma espécie de união das células que foram geneticamente modificadas com capacidade para malignidade, além disso, se unem a esse aglomerado células imunes, vasos sanguíneos ⇒ em resumo: se forma um tecido bem complexo com o equilíbrio alterado. A presença desse tecido contribui para alterações na evolução tumoral. https://www.scielo.br/j/rpc/a/WxFGJRbsLscsJ8bxB4vjwNc/?lang=pt https://www.scielo.br/j/rpc/a/WxFGJRbsLscsJ8bxB4vjwNc/?lang=pt
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