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1ª PEÇA - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ESTÁGIO IV

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1ª PEÇA - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
AO JUIZO DA XX VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE CAMPOS DOS GOYTACAZES 
Execução Fiscal nº: 000000000000
		
	MARIA SEBASTIANA DE JESUS (falecida), representada neste ato por sua inventariante LOURDES MARIA DE JESUS, brasileira, solteira, inscrita no CPF sob o n.º 000.000.00000, portadora do RG de n.º 00.000.000-0, expedida pelo DETRAN/RJ (anexo 1), e do endereço eletrônico lourdesmj@email.com, residente e domiciliada na Rua das Acácias, n.º 68, casa 5, Bairro das Amendoeiras, Campos dos Goytacazes/RJ, CEP 00000-000, vem, por intermédio de sua advogada regularmente constituída por procuração em anexo (anexo 2), com endereço profissional Av Cesário de Melo, 3678, Campo Grande, Rio de Janeiro/RJ, CEP:00000-000, com fundamento nos artigos, 5º, XXXIV, a, combinado com o inciso XXXV, da CRFB/88 e Súmula 393, STJ, apresentar EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE contra a execução em epígrafe, pelas razões de fatos e de direitos a seguir expostas:
I - DO CABIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE 
	Verifica-se que estão presentes no presente caso os requisitos necessários da Súmula nº 393, do STJ, que enuncia: “A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória.” Considerando que a ilegitimidade nesse caso do excipiente é notória e possível de ser aferida pela simples conferência das datas de inscrição do crédito tributário em Dívida Ativa e a data de falecimento apontada na certidão de óbito da devedora, fato suficiente para que seja observado que o presente feito executivo deve ser extinto pela impossibilidade de convalidação do vício existente no título executivo extrajudicial, considerando-se, ainda, que a legitimidade, enquanto condição da ação, é matéria de ordem pública que pode ser avaliada pela EPE, desde que dispense outros meios de prova, que é o caso dos autos. Portanto, está claramente demonstrado o cabimento da presente Exceção de Pré-Executividade, de forma que, a partir de então, a Execução demonstrará a falta de pressupostos processuais e da condição da ação.
II - DOS FATOS 
	A excipiente foi citada para responder aos termos da presente inicial, a fim de dar cumprimento aos termos do art. 8º, da Lei 6830/80, para que realizasse o pagamento ou nomeasse bens à penhora no prazo de 5 dias. 	Ocorre que na Certidão da Dívida Ativa que instrui o mandado em referência identifica-se que o nome lançado como devedora é de MARIA SEBASTIANA DE JESUS, já falecida no momento da emissão da referida CDA, conforme é possível se notar da data nela contida e pela data do óbito constante da certidão em anexo (anexo 3), fato suficiente para demonstrar a impossibilidade de prosseguimento do presente feito executivo contra seu Espólio, conforme se demonstrará pelos fundamentos jurídicos a seguir aduzidos, que demonstrarão a necessidade de extinção deste processo ante a incorreção do título executivo extrajudicial. 
III - DO DIREITO 
	O entendimento firmado pela jurisprudência do STJ é no sentido da impossibilidade de alteração do polo passivo da imputação tributária após o início da execução fiscal mediante emenda ou substituição da CDA, mesmo no caso de sucessão tributária (.AgInt no AREsp 1007347 / PR) Não se concebe a substituição do sujeito passivo no título executivo constituído, pois alteração corresponderia a um novo lançamento tributário, sem que fosse conferido ao novo devedor a oportunidade de exercer a impugnação na Via administrativa ou mesmo pagar o débito antes da ação de execução (Resp 169 57 90/SP).Assim, fica comprovada que a alteração desejada pelo EXCEPTO transborda simples correção de erro material ou formal da CDA que instrui a execução fiscal, encontrando óbice ao prosseguimento da execução por ausência de pressuposto de constituição e desenvolvimento válido do processo, ficando evidenciada a carência de ação por ilegitimidade ad causam, o que impõe a extinção sem resolução do mérito, na forma do art. 924, I , CPC, por indeferimento da inicial. 
IV - DOS PEDIDOS 
	Ante o exposto, requer: 
1. Intimação do EXCEPTO para que se manifeste sobre o teor da presente; 
2. Acolhimento da presente Exceção de Pré-Executividade para que se delcare a carência de ação ante a ilegitimidade passiva ad causam, com a consequente extinção da execução fiscal, na forma do artigo 924, I, CPC; 
3. A condenação do EXCEPTO nas custas processuais e honorários de sucumbência, na forma do art. 85, § 3º, do CPC. 
Nestes termos,
Pede deferimento.
Campos dos Goytacazes, 19 de julho de 2021
Dafne Guimarães Pinheiro
OAB XXXX (Matrícula: 2016330102)

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