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PROCESSO ADMINISTRATIVO: - Fases históricas da administração Profª Mestre Camila Rodrigues Barbosa Nemer Na enfermagem, o enfermeiro incorpora em sua formação profissional, o saber de várias ciências. Dentre elas, a ciência da administração contribui como uma parcela que se concretiza, principalmente na administração do pessoal de enfermagem. As teorias de administração e os serviços de enfermagem As influências Influência dos filósofos Desde os tempos da Antiguidade, a filosofia sugere muitos dos conceitos atuais de Administração... SÓCRATES Para Sócrates a Administração é uma habilidade pessoal separada do conhecimento técnico e da experiência. PLATÃO Analisou os problemas políticos e sociais decorrentes do desenvolvimento social e cultural do povo grego. Em sua obra A república expõe a forma democrática de governo como a preferida na administração em negócios públicos. Discípulo de Platão, no livro Política, sobre a organização do Estado, distingue as três formas de administração pública: Monarquia ou governo de um só (que pode redundar em tirania); Aristocracia ou governo de uma elite (que pode descambar em oligarquia); Democracia ou governo do povo (que pode degenerar em anarquia). ARISTÓTELES Defende o governo absoluto em função de sua visão pessimista da humanidade. Na ausência do governo, os indivíduos tendem a viver em guerra permanente e conflito interminável para obtenção de meios de subsistência. No livro Leviatã, assinala que o povo renuncia a seus direitos naturais em favor de um governo que, investido do poder a ele conferido, impõe a ordem, organiza a vida social e garante a paz. Thomas Hobbes Thomas Hobbes Teoria do Contrato Social: concebeu o homem enquanto indivíduo bom e pacífico mas deturpado pela vida em sociedade. No contrato social, os bens são protegidos e a pessoa, unindo-se às outras, obedece a si mesma, conservando a liberdade. O pacto social pode ser definido quando "cada um de nós coloca sua pessoa e sua potência sob a direção suprema da vontade geral” Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1885): nascidos na Prússia, falecidos em Londres. Marxismo: concedia ao poder político e ao Estado a força de dominação econômica do homem sobre o homem. O Estado vem ser uma ordem coativa imposta por uma classe social exploradora. História da humanidade é uma história de luta de classes. Fenômenos históricos são o produto das relações econômicas entre homens. Marx e Engels Influência da Organização da Igreja Católica Com a queda do Império Romano em 476 d.C, a Igreja Católica passou a constituir a maior organização da sua época. Através dos séculos, as normas administrativas e princípios de organização pública foram-se transferindo das instituições dos Estados para as instituições da nascente Igreja Católica e para as organizações militares. Ao longo dos séculos, a Igreja Católica foi estruturando sua organização, com uma hierarquia de autoridade, seu estado-maior e sua coordenação funcional para assegurar integração. A organização hierárquica da Igreja é tão simples e eficiente que sua enorme organização mundial pode operar sob o comando de uma só cabeça executiva: o Papa, cuja autoridade coordenada lhe foi delegada de forma mediata por uma autoridade divina superior. A organização militar também influenciou o aparecimento das teorias da Administração e estruturas organizacionais. Filósofo chinês Sun Tzu (544 a.C – 496 a.C), mais conhecido por sua obra A Arte da Guerra, composta por 13 capítulos de estratégias militares. A Organização Linear tem suas origens na organização militar dos exércitos da Antiguidade e da época medieval. Um só chefe, níveis de comando. Influência da organização militar O principio da unidade de comando (pelo qual cada subordinado só pode ter um superior) é o núcleo das organizações militares. A escola hierárquica – ou seja, os escalões hierárquicos de comando com graus de autoridade e responsabilidade – é um aspecto típico da organização militar utilizado em outras organizações. Influência da organização militar Século XVIII: dicotomia entre Saber pensar e saber fazer Criação de um estado-maior (staff) para assessorar o comando (linha) militar. Os oficiais de assessoria (staff) cuidavam do planejamento e os de linha se incumbiam da execução das operações de guerra. Os oficiais formados no estado-maior eram transferidos para posição de comando (linha) e novamente para o estado-maior. Influência da organização militar Outra contribuição da organização militar é o princípio de direção, que preceitua que todo soldado deve saber perfeitamente o que se espera dele e aquilo que ele deve fazer. Mesmo Napoleão Bonaparte, o general mais autocrata da história militar, nunca deu uma ordem sem explicar seu objetivo e certificar-se de que o haviam compreendido corretamente, pois estava convencido de que a obediência cega jamais leva a uma execução inteligente. Influência da organização militar O general prussiano Karl von Clausewitz (1780-1831) é considerado o pai do pensamento estratégico. Clausewitz considerava a disciplina um requisito básico para uma boa organização. Para ele, a organização requer um cuidadoso planejamento, no qual as decisões devem ser científicas e não apenas intuitivas. O administrador deve aceitar a incerteza e planejar de maneira a minimizar seus efeitos. Influência da organização militar Francis Bacon (1561-1626), filósofo e estadista inglês e fundador da Lógica Moderna baseada no método experimental e indutivo, mostra a preocupação prática de se separar experimentalmente o que é essencial do que é acidental ou acessório. Bacon antecipou-se ao princípio conhecido em Administração como princípio da prevalência do principal sobre o acessório. Influência das Ciências René Descartes (1596-1650), filósofo, matemático e físico francês, considerado o fundador da Filosofia Moderna, criou as coordenadas cartesianas. Livro: O Discurso do Método no qual descreve seu método Filosófico denominado método cartesiano, cujos princípios são: 1. Princípio da dúvida sistemática ou da evidência. Consiste em não aceitar como verdadeira coisa alguma enquanto não se souber com evidência - clara e distintamente - aquilo que é realmente verdadeiro. Com essa dúvida sistemática evita-se a prevenção e a precipitação, aceitando-se apenas como certo o que seja evidentemente certo. 2. Princípio da análise ou de decomposição. Consiste em dividir e decompor cada dificuldade ou problema em tantas partes quantas sejam possíveis e necessárias à sua adequação e solução e resolvê-las cada uma, separadamente. Influência das Ciências 3. Princípio da síntese ou da composição. Consiste em conduzir ordenadamente nossos pensamentos e nosso raciocínio, começando pelos objetivos e assuntos mais fáceis e simples de se conhecer, para passarmos gradualmente aos mais difíceis. 4. Princípio da enumeração ou da verificação. Consiste em fazer recontagens, verificações e revisões tão gerais que se fique seguro de nada haver omitido ou deixado à parte. Vários princípios da Administração, como os da divisão do trabalho, da ordem e controle, estão contidos nos princípio cartesianos. O método cartesiano teve influência decisiva na Administração: a Administração Científica, as Teorias Clássica e Neoclássica tiveram muitos de seus princípios baseados na metodologia cartesiana. Influência das Ciências Galileu Galilei (1564-1642) e Isaac Newton (1643-1727). Galileu observou fatos isolados para estabelecer leis capazes de prever acontecimentos futuros. Da mesma forma que para Newton existe no mundo físico existe uma variedade de forças – gravitacional, nuclear, magnética,elétrica, etc. Ao saber como elas atuam, pode-se saber o que acontecerá. Na administração: algumas forças são econômicas, outras são tecnológicas, culturais, sociais, demográficas, políticas, etc. Essas forças atuam sobre organizações, pessoas, valores, processos, etc. A Administração como ciência permite saber o que vai acontecer na organização quando entendemos as forças envolvidas. Influência das Ciências 1780 a 1860: 1ª Revolução Industrial ou revolução do carvão e do ferro. 1860 a 1914: 2ªRevolução Industrial ou do aço e da eletricidade. Influência da Revolução Industrial Com a invenção da máquina a vapor por James Watt (1736-1819), teve início a primeira Revolução Industrial. Essa invenção foi determinante na mecanização da indústria e da agricultura e no consequente desenvolvimento dos sistemas fabris, de transporte e de comunicações. Ocorreram mudanças no sistema social e econômico, estabelecendo-se o controle capitalista sobre a maior parte das atividades econômicas. Influência da Revolução Industrial A substituição do ferro pelo aço como matéria – prima, a invenção do motor a combustão, os eventos de eletricidade e dos derivados do petróleo caracterizaram uma nova forma de produção entre 1860 e 1914. Nessa fase, surge o capitalismo financeiro e a substituição da tarefa artesanal pela atividade da máquina. As oficinas foram substituídas pelas fábricas; os homens pelas máquinas. Há o aumento da produção com baixa dos preços e o consequente aumento de consumo. Nas fábricas, começa a demanda de pessoal preparado para atender a essa nova modalidade de produção. Além dos donos do capital, surge uma nova classe social: o proletariado. Força de trabalho. Influência da Revolução Industrial Tem início uma luta de classes: de um lado os proprietários das fábricas e, de outro, os empregados oprimidos pelas péssimas condições de trabalho. Em 1802, é criada, pelo governo inglês, a primeira legislação trabalhista. Influência da Revolução Industrial Se considera que a Administração científica teve seu início em 1900, com Frederick W. Taylor, porém deve- se reconhecer que o pensamento administrativo nela contido remonta ao ano de 1776, quando Adam Smith já preconizava a aplicação dos princípios da especialização do trabalho, do controles dos resultados e da remuneração dos operários. O INÍCIO DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA AS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO E A ENFERMAGEM Frederick Winslow Taylor (1856-1915). Proposta básica: o aumento da produção pela eficiência do nível operacional. Preconizavam: a divisão do trabalho, a especialização do operário e a padronização das atividades e tarefas. O operário passava a saber cada vez menos do todo que constituía seu trabalho, para passar a saber cada vez mais a respeito da parte que lhe cabia. A TEORIA CIENTÍFICA Visando o aumento da produção, foram realizados estudos de “tempo e movimento”, que juntamente com a padronização determinavam o como fazer a tarefa e o tempo necessário para sua execução. Incentivo salarial e o prêmio compatível à produção. Seguidores da administração científica foram denominados de engenheiros da administração, e de suas propostas surgiu o conceito de “homem econômico”: o homem é motivado pela remuneração material (quanto maior a remuneração, maior a produção). A TEORIA CIENTÍFICA Estudos também sobre a adequação do ambiente físico ao trabalho, estudando as influências da iluminação, da ventilação, etc. na produção. Outra característica: a supervisão funcional. Com a especialização do operário, ocorreu também a especialização do elemento supervisor caracterizando a chamada autoridade funcional. Passando o trabalhador a se reportar a diferentes elementos supervisores de acordo com as diferentes tarefas que executava. A TEORIA CIENTÍFICA Estudo do tempo Supervisão funcional Padronização Fichas de instrução Prêmios por produção A TEORIA CIENTÍFICA Aspecto mecanicista: homem como uma peça de uma engrenagem, e não como um ser humano. Ênfase na especialização do operário como fator de produção. Pesquisas posteriores apontaram: que especialização do operário não significa aumento de produção. A não consideração das influências do grupo no desempenho individual e a não consideração da estrutura informal ou dimensão expressiva no comportamento dos grupos. Bloqueio da iniciativa e da criatividade. Considerada um Teoria prescritiva e normativa. Crítica à Teoria Científica ONDE ENCONTRAMOS? Teoria Científica e a enfermagem Na prática da administração de pessoal de enfermagem. A preocupação do como fazer, como preocupação constante da enfermagem enquanto prática profissional. A divisão do trabalho aliada à padronização de tarefas. A elaboração ou simples adoção de manuais de técnicas e de procedimentos. As escalas diárias de divisão de atividades estabelecem um método de trabalho funcionalista: típico da fase mecanicista da ADM. Assistência de enfermagem fragmentada em atividades, e para cada elemento executor é determinada uma ou mais tarefas. Dessa forma, o elemento executor se distancia do todo, que é a assistência de enfermagem, para se fixar na parte, que é a tarefa. Teoria Científica e a enfermagem Henry Fayol (1841-1925). Visava à eficiência da organização pela adoção de uma estrutura adequada e de funcionamento compatível com essa estrutura. Seguidores dessa teoria foram denominados de “anatomistas” e “fisiologistas” da organização, pela ênfase que davam à estrutura e funcionamento. A TEORIA CLÁSSICA Em toda empresa coexistem 6 funções: Técnica Comercial Financeira De segurança Contábil Administrativa: sendo esta a função de prever, organizar, coordenar, comandar e controlar. A TEORIA CLÁSSICA FUNÇÃO ADMINISTRATIVA Prever: perscrutar o futuro e traçar o programa de ação. Organizar: constituir o duplo organismo, material e social da empresa. Comandar: dirigir o pessoal. Coordenar: é ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços. Controlar: velar para que tudo corra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas. A TEORIA CLÁSSICA Levando em consideração a variável pessoas, definiu princípios gerais de: Divisão do trabalho; Autoridade e responsabilidade; Disciplina; Unidade de comando; Unidade de direção Unidade da subordinação do interesse particular ao interesse geral; Remuneração do pessoal; Centralização Hierarquia; e Equidade Levando em consideração a variável recursos materiais, definiu princípios gerais de: Ordem: um lugar pra cada coisa, e cada coisa em seu lugar. A TEORIA CLÁSSICA Influenciada pelas estruturas organizacionais militares e eclesiásticas, concebeu a organização como uma estrutura rigidamente hierarquizada, estática e limitada. Divisão horizontal do trabalho ou seja, agrupamento de atividades afins: departamentalização. Divisão vertical: estabelecia a hierarquia da autoridade determinando a chamada autoridade de linha, se concretizando pela subordinação integral de um indivíduo ao seu chefe imediato. A TEORIA CLÁSSICA Caráter prescritivo e normativo por determinar com regras e normas o comportamento do administrador. Se preocupou, unicamente, com a estrutura formal da organização, não admitindo a existência da estrutura informal, que é constituída pelas pessoas e suas relações. Crítica à Teoria Clássica ONDE ENCONTRAMOS? Teoria Clássica e a enfermagem Nas instituições de saúde, a estrutura rigidamente hierarquizada estabelece a subordinação integral de um indivíduo a outro, e de um serviço a outro. A enfermagem, como um desses serviços, reproduz na sua estruturação o modelo maior. Comumente os organogramas nos serviços de enfermagem mostramlinhas de subordinação integral, definidas e compatíveis com o poder atribuído, pela organização, às pessoas que integram esse serviço. Pessoas e relações interpessoais não são devidamente consideradas, e as propostas de trabalho resultam em atividades rotineiras com avaliações exclusivamente quantitativas. Preocupação com a quantidade de trabalho desenvolvido é maior do que com a qualidade. Teoria clássica e a enfermagem Início da década de 1930, a teoria da ADM começa enfatizar a variável pessoas. Preocupação com o homem no trabalho (aspecto psicológico) e com os grupos (aspecto sociológico). Entre outros fatores, determinada pelas necessidades de humanização e democratização na administração de pessoal e pelo desenvolvimento das chamadas ciências humanas (psicologia e sociologia). A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS Um experiência realizada em 1924 mostrou que o fator psicológico (relacionamento do indivíduo com o chefe imediato) interferia na produtividade dos trabalhadores de forma mais acentuada do que o fator fisiológico (influência da iluminação na produção). Recompensas sociais como fator determinante do desempenho dos indivíduos. Chamar atenção para: Importância da organização informal. Importância da cooperação entre os trabalhadores nos resultados da produção. Trabalho como atividade tipicamente grupal. Incompatibilidade existente entre os objetivos da organização e os indivíduos que nela trabalha, e para os conflitos resultantes dessa incompatibilidade. Motivação humana, liderança, comunicação, dinâmica de grupo. O “homem social”. A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS Os abusos fizeram com que ela se transformasse numa forma paternalista de ADM. Onde na busca de harmonias, os conflitos eram abafados, e os confrontos entre o empregado e a administração, ignorados. “Ideologia manipulatória da empresa capitalista num determinado momento histórico do seu desenvolvimento”. Crítica à teoria da Relações humanas ONDE ENCONTRAMOS? Teoria das relações humanas e a enfermagem Liderança como estratégia de condução de grupo. A comunicação adequada entre os enfermeiros e os demais membros do grupo de enfermagem ou do grupo multiprofissional considerada como fator relevante para a continuidade e otimização da assistência de enfermagem. Papéis isolados em relação à MOTIVAÇÃO: enfermeiro procura incentivar e estimular o pessoal da equipe, mas às vezes o serviço não tem essa Filosofia. Teoria das relações humanas e a enfermagem Max Weber (1864-1920). Ele estudou organizações sob o ponto de vista estruturalista com enfoque na “racionalidade”, isto é, na adequação dos meios utilizados nas organizações segundo os resultados almejados. Visava organizar, detalhadamente, a empresa e controlar rigidamente suas atividades. A TEORIA BUROCRÁTICA A burocracia não constituía um sistema social, mas um tipo especial de autoridade e poder. Necessidade de estabelecer novos sistemas de controle de pessoal. O comportamento do homem passa a ser preestabelecido, e o treinamento minucioso desse comportamento é feito nas próprias organizações. As emoções não fazem parte do comportamento estabelecido. A TEORIA BUROCRÁTICA Visa a eficiência organizacional como objetivo básico, detalha pormenorizadamente como as coisas deverão ser feitas, prevê detalhes do funcionamento organizacional. Caráter racional e sistemática divisão do trabalho. Impessoalidade nas relações humanas, considerando os indivíduos apenas em função dos cargos e funções que exercem na organização. Determinação de procedimentos e rotinas; Profissionais caracterizam-se pela especialização técnica, pela remuneração condizente com o cargo, pela nomeação pelo chefe imediato e pelo fato de não participarem do capital da organização. A TEORIA BUROCRÁTICA As críticas a essa teoria são chamadas de disfunções: Exagero apego às regras, normas e regulamentos, transformando-os de “meios” em “fins”. Valorização maior para as normas e regras do que para o contingente humano. Impessoalidade no relacionamento humano. Necessidade de exibir símbolos que evidenciem o poder dos participantes. Crítica à teoria burocrática ONDE ENCONTRAMOS? Teoria burocrática e a enfermagem Os serviços de enfermagem seguem o modelo da instituição; O pessoal de enfermagem passa a ter características de técnicos especializados, com comportamentos e posições definidos pelo grupo que detém o poder na organização. Prática administrativa estanque baseada em regras e normas obsoletas com poucas perspectivas de mudanças. Teoria burocrática e a enfermagem Preocupação com o processo e dinâmica organizacional ou seja, para o comportamento organizacional. Ênfase na variável pessoas. Behavior: comportamento. Ênfase no “homem administrativo” visando à “maneira satisfatória” na realização do trabalho, e não à “melhor maneira”. Foco na Motivação humana. A teoria comportamentalista A teoria comportamentalista Teoria de Maslow – necessidade humanas: forneceu subsídios para fundamentação da Teoria comportamentalista. Fatores motivacionais mais eficientes e duradouro no desempenho do trabalhador. Teoria X e Y de McGregor: concebendo os estilos dos administradores segundo os pressupostos a respeitos do comportamento humano. Teoria x: o homem como um ser insolente, preguiçoso, irresponsável, dependente e resistente a mudança, teria um chefe duro, autoritário, inflexível, e com rígidos sistemas de controle. Teoria y: o homem como um ser responsável, adepto do trabalho, criativo e independente propiciando um estilo de chefia aberta, dinâmica, inovadora e democrática. As decisões poderiam ser descentralizada, haveria maior participação dos trabalhadores e a auto avaliação poderia ser adotada. A teoria comportamentalista Relatividade da Teoria da Motivação Humana que é seu referencial básico e a forma bipolar de conceber a organização. Relatividade: questionamentos sobre todos os indivíduos possuem as mesmas necessidade, e estas serem passíveis de hierarquização. A forma bipolar significa conceber a estrutura formal da organização de forma isolada, ou seja independente da estrutura informal. Crítica à teoria comportamentalista ONDE ENCONTRAMOS? Teoria comportamentalista e a enfermagem Adoção de estilos de chefia compatíveis com os pressupostos da teoria X. Centralização de decisões e do poder na cúpula administrativa. Um administrador que adota pressupostos da teoria y, em organizações embasadas na teoria x, deve realizar uma ampla discussão sobre os valores que estão implícito, sem isso, esse administrador terá insucesso. Teoria comportamentalista e a enfermagem Desenvolveu-se na década de 1960. Fundamentou-se em três premissas básicas: os sistemas existem dentro dos sistema; os sistemas são abertos; e as funções de um sistema dependem de sua estrutura. Sistema: é um conjunto de unidades reciprocamente relacionadas. Se caracteriza pela: proposição de objetivos, globalismo ou totalidade do sistema, entropia e homeostasia. A teoria de sistemas Os objetivos fazem com que o arranjo das partes do sistema não ocorram ao acaso. O sistema reage, globalmente, quando uma de suas partes é estimulada. Pela característica da entropia, o sistema tende para o desgaste e para a desintegração. Pela homeostase o sistema tende ao equilíbrio dinâmico entre suas partes. A teoria de sistemas Quanto à natureza os sistemas podem ser: abertos ou fechados. Fechados: não intercambiam com o meio ambiente, não interferem e nem recebem interferência. Abertos: intercambiam matéria e energia com o meio ambiente, restaurando suas perdas de energia. Parâmetros do sistema aberto: Entrada ouinsumo Processamento ou transformação Saída ou resultado Retroalimentação ou retroinformação Ambiente Homem funcional: relacionamento interpessoal com outras pessoas como um sistema aberto. As organizações são consideradas um sistema de papéis, e os indivíduos constituem os atores que desempenham esses papéis. A teoria de sistemas Fora de alvo ainda. Crítica a teoria de sistemas ONDE ENCONTRAMOS? Teoria de sistemas e a enfermagem Propostas organizacionais inovadoras, estruturas com características da teoria de sistemas. Organizações como subsistemas do sistema maior, no caso, é o sistema de saúde, e com ele intercambiam matéria e energia, O subsistema organizacional seleciona e aceita, do sistema maior, apenas insumos compatíveis com suas políticas e diretrizes. Teoria de sistemas e a enfermagem Condições em que uma organização opera são ditadas de fora para dentro da empresa, ou seja, ambiente externo à organização influencia na sua estruturação e nos processos organizacionais. Existe um relação funcional entre as variáveis ambientais (independentes), e as várias técnicas administrativas (dependentes). Critérios de ajuste entre a organização e o ambiente e a tecnologia. A teoria contingencial As organizações sofrem de forma simultânea e antagônica, a ação de dois fenômenos: Diferenciação: divisão das organizações em suas partes competentes, as quais desenvolvem atividades específicas e interagem com o meio ambiente no que diz respeito à essas atividades. Integração: o esforço convergente da organização em unir os esforços das partes divididas para a consecução dos objetivos da organização. Tecnologia uma variável importante: pois todas as organizações dependem de algum tipo de tecnologia incorporada à bem físico ou incorporada por pessoas. A tecnologia permeia toda a atividade de produção e de prestação de serviços, determinando não só a natureza da estrutura e do comportamento organizacional, como também a eficiência dos meios utilizados e a eficácia de seus resultados. A teoria contingencial Pouco percebida na prática da ADM, sem muita visibilidade dos aspectos negativos. Pontos positivos: não admite conceitos absolutos, mas sim relativos. Crítica a teoria contingencial Um ou mais administradores, mas não nas políticas e diretrizes institucionais. Pouco abordada na enfermagem ainda. Teoria contingencial e a enfermagem Referências
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