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Hormônios Hipofisários e da Função Ovariana

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Nota de aula da disciplina Imunorradiobiologia Clínica 
HORMÔNIOS HIPOFISÁRIOS E DA FUNÇÃO OVARIANA 
 
 A avaliação dos hormônios implicados nas funções das gônadas é essencial para o 
diagnóstico de disfunção endócrina e o conhecimento de sua etiologia. Por outro lado, são 
importantes para avaliar a capacidade de resposta terapêutica e para efetuar o 
seguimento dos tratamentos endócrinos destinados a conseguir a fertilidade. O perfil 
hormonal é relevante, portanto, na avaliação de várias fases da vida do homem e da 
mulher. Na mulher a glândula alvo do hormônio gonadotrófico é o ovário. O ovário tem 
duas funções, a primeira é produzir óvulos, e a outra, secretar hormônios (estrógeno e 
progesterona). No homem, a glândula alvo do hormônio gonadotrófico é o testículo. Como 
o ovário, o testículo tem um papel duplo: produção de esperma e de hormônios 
andrógenos (testosterona). Hormônios hipofisários estimulam a produção de hormônios 
testiculares, que, por sua vez, regulam a produção de hormônio hipofisário, por feedback. 
 
HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE (FSH) E HORMÔNIO LUTEINIZANTE (LH): 
 O hipotálamo secreta GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas), em pulsos, 
inicialmente durante o sono, e por fim também durante as horas de vigília. Os hormônios 
ovarianos fazem loops (alça) de retroalimentação para a hipófise e desenvolvem 
características sexuais que distinguem homens e mulheres. Os pulsos de GnRH 
estimulam a hipófise a secretar LH e FSH, que, por sua vez, estimulam as gônadas a 
aumentarem de tamanho e a secretar esteróides sexuais, que circulam e promovem o 
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. Na mulher, o hormônio FSH 
estimula a produção de óvulos, no homem o mesmo hormônio estimula a produção de 
esperma. Na mulher o hormônio LH assegura que o óvulo seja emitido no seu caminho 
para o útero e que outro hormônio chamado Progesterona seja secretado pelo sistema 
reprodutor feminino. O mesmo hormônio LH realiza uma função totalmente diferente no 
homem, estimulando as células para a secreção da Testosterona. 
 Mecanismo de Retroalimentação negativa (LH/FSH/Testosterona) 
O hormônio testosterona secretado pelos ovários/testículos em 
resposta ao LH possui o efeito recíproco de impedir a secreção 
adeno-hipófise de LH. Em maior parte isto resulta pelo efeito direto da 
testosterona sobre o hipotálamo para diminuir a secreção de GnRH 
que, por sua vez, determina a redução correspondente na secreção 
adeno-hipofisária de LH e FSH. A diminuição de LH, então, reduz a 
secreção de testosterona pelos ovários/testículos. Portanto, sempre 
que houver secreção muito grande ou muito pequena de testosterona 
esse efeito de retroalimentação negativa irá operar através do 
hipotálamo e da adeno-hipófise até que a secreção de testosterona 
atinja seu nível funcional normal. Acredita-se que a testosterona 
também tenha um fraco efeito de retroalimentação negativa atuando 
diretamente sobre a adeno-hipófise na diminuição da secreção de LH. 
 
 As dosagens de FSH e LH têm indicação nos adultos de ambos os sexos no 
estudo e classificação de hipogonadismo. Se estiverem elevados, indica hipogonadismo 
hipergonadotrófico (Síndrome de Klinefelter). Se diminuídos, será sugestivo de falência 
hipofisária (hipogonadismo hipogonadotrófico). Podem ser solicitados na avaliação do 
ciclo ovulatório da mulher, na avaliação do desenvolvimento puberal em meninos e 
meninas e infertilidade em ambos os sexos. 
 Todos os hormônios liberados durante o ciclo menstrual são segregados em 
quantidades diferentes. FSH e LH apresentam valores baixos 3-4 dias antes da 
menstruação, ascendem durante o começo da fase folicular mantendo-se altos até o pico 
ovulatório na metade do ciclo, e diminuem paulatinamente durante a fase lútea. Após o 
pico de LH a ovulação se produz entre 16 e 48 horas seguintes. 
“A menstruação depende de uma complexa rede de comunicação 
hormonal entre os ovários, o hipotálamo, e a glândula pituitária (hipófise) 
no cérebro. O hipotálamo segrega um hormônio que libera gonadotrofina 
(GnRH), que desencadeia a produção do hormônio estimulador dos 
folículos (FSH) pela hipófise. O FSH então estimula o crescimento dos 
folículos do óvulo (pequeno saco ou glândula excretora) nos ovários, para 
provocar a ovulação. À medida que os folículos crescem, o estrogênio é 
produzido e lançado no sangue. Esta reação em cadeia não é uma via de 
mão única. O estradiol, um dos estrógenos ovarianos na corrente 
sanguínea, também age sobre o hipotálamo, causando uma alteração no 
GnRH. A seguir, esse hormônio modificado estimula a hipófise a produzir 
o hormônio luteinizante (LH), o qual provoca a eclosão dos folículos e a 
liberação do óvulo. Após o óvulo ser expelido, também a progesterona é 
produzida pelos folículos, os quais se transformam em corpo lúteo.” 
 
 
 
 No estudo da infertilidade, na mulher, permite avaliar a presença ou não de 
ovulação pelo achado de elevados níveis que ocorre na metade do ciclo (coletas diárias 
entre o 11º e 17º dias do ciclo). No homem, os valores normais de LH e altos de FSH são 
indicativos de falência espermatogênica. 
 Para o diagnóstico da menopausa precoce e fase inicial, as concentrações desses 
hormônios são fundamentais, onde seus valores estão bastante elevados. 
 Os níveis encontrados em mulheres em reposição são em geral acima da faixa de 
normalidade para a faixa etária. 
 Durante toda a infância e período pré-puberal, o LH se mantém em ambos os 
sexos em valores mais ou menos estáveis. No homem, ao iniciar o desenvolvimento dos 
caracteres sexuais secundários, LH, FSH e Testosterona se elevam. Na mulher, o FSH e 
o Estradiol começam a aumentar com o desenvolvimento puberal, sendo que o FSH 
atinge níveis basais de adulto antes do LH e Testosterona (LH se eleva mais tardiamente, 
após o início do desenvolvimento puberal). 
 Nas amenorreias secundárias (doença ovariana policística, insuficiência ovariana 
prematura), lesões por irradiação ou química, e menopausa, os níveis de LH e FSH estão 
elevados. 
 
VARIAÇÕES INTRA-
INDIVIDUAIS (FSH) 
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS 
 (FSH) 
EFEITO DE DROGAS 
 (FSH) 
 
 Picos no meio do ciclo 
menstrual. 
Diminui na obesidade, má nutrição, jejum 
prolongado. 
 Os níveis na fase folicular aumentam 
com a idade nas mulheres que 
menstruam. 
Aumenta: L-dopa, clomifeno, 
cetoconazol. 
 Diminui: Contraceptivos orais, 
estrógenos e fenotiazidas. 
 
VARIAÇÕES INTRA-
INDIVIDUAIS (LH) 
VARIAÇÕES 
FISIOLÓGICAS (LH) 
EFEITO DE DROGAS (LH) 
 Durante o dia valores mais 
altos, próximos ao 
adormecer; Mais baixo no 
final da tarde. 
 Na mulher; seus picos mais 
pronunciados são antes da 
ovulação. 
Aumenta: Insuficiência 
renal; “stress” psicológico. 
 Diminui: Obesidade; Fome 
(jejum prolongado); 
Altitudes elevadas; 
Exercícios pesados; 
Enfermidades agudas. 
Aumenta: Clomifeno, Propranolol (nos
homens) 
Cetoconazol 
 Diminui: Contraceptivos orais, Testosterona, 
Estrógenos, Fenotiazinas, Digoxina, 
Progesterona, 
Tetrahidrocanabinol. 
 
O término das menstruações também acarreta mudanças muito significativas nos 
níveis dos hormônios diretamente ligados ao ciclo, mudanças estas que podem começar 
a ocorrer algum tempo antes do término definitivo da perda sanguínea. 
Pode também ocorrer a inibição da liberação de LH e FSH, em condições como 
estágios avançados da infecção por HIV. 
Ensaios de LH apresentam reatividade cruzada com hCG. As subunidades BETA 
da gonadotrofina coriônica e do homônio luteinizante são bastante semelhantes no que 
diz respeito à composição dos seus aminoácidos. 
 Os níveis de LH e FSH podem ser suprimidos com o uso de anabólicos esteróides; 
níveis suprimidos de testosterona (homem), níveis suprimidos de estradiol (mulheres), 
simulando uma condição de hipogonadismo hipogonadotrófico. 
Anotar a data da última menstruação ou mês dagestação. Anotar sexo e idade. 
Coletar a amostra, preferencialmente, em jejum. 
 
Teste de estimulo de LH e FSH após LHRH: 
Indicação: Avaliação da reserva gonadotrófica e maturação das células hipofisárias 
produtoras de LH e FSH em indivíduos com retardo puberal ou hipogonadismo, avaliação 
da ativação do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal em crianças com suspeita de puberdade 
precoce, monitorização de terapia com análogo de LHRH, tumores hipotalâmicos. 
 Coletar amostra antes da aplicação do estímulo (Tempo 0 ou basal) 
 Injetar via endovenosa GnRH 100 μg (LHRH) 
 Coletar amostras após 15, 30, 60 e 90 minutos (variável de acordo com o solicitante). 
 Resposta normal observa-se aumento de LH e FSH em 2 a 3 vezes o valor basal 
 Resposta ao FSH e não resposta ao LH, indicativo de impúbere. 
 Crianças pré-púberes: observa-se incremento maior do FSH em relação ao LH. 
 Nenhuma resposta ao teste, indicativo de tumor produtor de estradiol/testosterona. 
 Pico de LH > 9,6 U/L (meninos) ou > 6,9 U/L (meninas), principalmente se associada 
a uma resposta do LH > FSH após GnRH → sugere padrão puberal de secreção de 
gonadotrofinas. 
 
 
http://www.laboratoriocentralmm.com.br 
 
 
ESTROGÊNIOS: 
 Grupo de hormônios sexuais que estimulam caracteres femininos. Estes hormônios 
são secretados principalmente pelos ovários e muito pouco pelo córtex da adrenal, 
durante a gravidez a placenta também secreta grande quantidade de estrogênios. No 
plasma os principais estrogênios são: β-estradiol, estrona e o estriol. Têm funções 
idênticas e estruturas químicas muito semelhantes, portanto, por este motivo podem ser 
considerados juntos, como um único hormônio. O hormônio estradiol além de ser mais 
potente que os outros dois também é mais abundante no plasma sanguíneo, sendo ele o 
principal hormônio estrogênio na mulher. 
 O Estradiol é o hormônio esteróide em circulação de mais potente ação 
feminilizante. É sintetizado no ovário e placenta da mulher adulta. Também é produzido a 
partir da testosterona de origem adrenal (na mulher) e testicular (no homem). Na 
menopausa os níveis de estrogênio mantêm-se baixos, aumentando na mulher o risco de 
osteoporose e cardiopatias. 
 O estradiol (E2) ao atingir a circulação liga-se à globulina transportadora de esteroides 
sexuais (SHBG) e à albumina, diminuindo sua taxa de metabolismo. Ao atingir a periferia 
o E2 é metabolizado a estrona (E1) e estriol (E3). 
 O estradiol tem importância no desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos 
e na própria fisiologia da reprodução. Na mulher adulta o LH, juntamente com o FSH, 
estimula a produção de Estradiol durante a primeira fase do ciclo menstrual, promovendo 
a maturação do folículo, sofrendo uma queda no pré-ovulatório e, voltando a ser 
produzido em quantidade elevada durante a segunda fase pelo corpo lúteo. Os níveis de 
Estradiol também diminuem a produção de LH via “feedback” negativo sobre o LHRH 
hipotalâmico. 
 Mecanismo de Retroalimentação negativa (LH/FSH/Estrógenos;Progesterona) 
O estrogênio exerce forte efeito inibitório sobre a produção de FSH e LH. 
Além disso, quando a progesterona está disponível, o efeito inibitório do 
estrogênio é multiplicado, embora a progesterona, por si só, tenha pouco 
efeito. Esse feedback pode ocorrer diretamente sobre a adeno-hipófise ou, 
em menor grau, sobre o hipotálamo, diminuindo a secreção de GnRH. 
Moreira, C. (2010) 
 
 A dosagem sérica do estradiol auxilia no diagnóstico da puberdade precoce no 
sexo feminino, nas irregularidades menstruais e infertilidade de ambos os sexos. 
 Valores aumentados: tumores ovarianos, tumores feminilizantes adrenais, 
puberdade precoce, doença hepática e ginecomastia masculina. 
 Valores diminuídos: insuficiência ovariana, menopausa, síndrome de Turner, uso 
de contraceptivos orais e gravidez ectópica. 
 O Estriol (E3) é o estrogênio mais importante da gravidez, representando mais de 
90% do estrógeno nas mulheres grávidas. Sua síntese requer a interação de enzimas da 
suprarrenal e do fígado fetais, além da placenta. Portanto, para a síntese deste estrogênio 
placentário é necessário um feto vivo com função adrenal adequada. O estriol livre ou não 
conjugado é sintetizado basicamente pela unidade feto-placentária, sendo indicador 
sensível da saúde fetal. Valores isolados são de difícil interpretação e tem baixo poder 
preditivo na avaliação de risco fetal (Indicador da integridade da unidade fetoplacentária), 
sendo mais importantes as medidas seriadas, e em conjunto a alfafetoproteína (AFP) e 
gonadotrofina coriônica humana (hCG). Liberado na corrente circulatória materna e 
excretado na urina. Coletar urina de 24 horas, se a dosagem for na urina. Também 
dosado no sangue (soro). 
O fígado fetal produz também um estrógeno denominado Estetrol (E4). Estetrol é 
um esteroide humano natural produzido exclusivamente durante a gravidez pelo fígado 
fetal. Estudos iniciais apontaram a dosagem desse elemento como sendo superior à de 
Estriol quanto a fornecer informações sobre a integridade fetal. Entretanto, na prática, a 
dosagem do E4 não demonstrou vantagens sobre a dosagem do E3. Sobre este hormônio 
o que se sabe atualmente é que E4 é menos potente do que E2 e exibe propriedades 
antagonistas em relação ao efeito proliferativo de E2 em células epiteliais mamárias. 
 Estrona (E1), secretado em pequenas quantidades pelo ovário e adrenal, a partir 
da conversão do estradiol e androstenediona. Sua dosagem tem interesse na avaliação 
de hiperplasia congênita virilizante da suprarrenal ou tumores adrenais, em conjunto com 
o estradiol. Avaliação de sangramentos vaginais pós-menopausa (devido a conversão de 
andrógenos circulantes). É um hormônio de fundamental importância na carcinogênese 
mamária e endometrial. No homem, avaliação de ginecomastia ou tumor produtor de 
estrona. Anotar sexo, idade e o período menstrual no momento da coleta da amostra. 
Seus valores apresentam nítido ritmo circadiano, devido à origem adrenal de parte de 
seus precursores. 
 
PROGESTERONA: 
 Hormônio esteróide produzido pelo corpo lúteo do ovário durante a segunda fase 
do ciclo menstrual, pelas glândulas adrenais (em menor escala), e pela placenta (após a 
11ª semana de gravidez). 
 Sua importância clinica está na avaliação da ovulação e integridade funcional do 
corpo lúteo, no seguimento de gestação de alto risco e nos distúrbios menstruais. 
 Os níveis de progesterona estão baixos em homens e em mulheres anteriores à 
puberdade e após a menopausa ou na fase folicular. Fora da gestação, ou da segunda 
fase do ciclo menstrual, a concentração poderá estar elevada nos casos de tumor e de 
hiperplasia do córtex da suprarenal virilizante (deficiência da 21-hidroxilase). 
 Nos ciclos anovulatórios, os valores permanecem iguais aos da fase folicular. Na 
gravidez, os níveis baixos de progesterona podem indicar uma má função do corpo lúteo 
(aborto endócrino). 
VARIAÇÕES INTRA-
INDIVIDUAIS 
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS EFEITO DE DROGAS 
Na mulher, liberação em pulsos 
durante o dia e aumento 
gradativo após a ovulação. 
 
Alto na madrugada, mais baixo 
às 08:00hs da manhã. 
Aumenta: 
 Na gravidez, com gradual aumento na 
gestação até o seu término. 
 2ª fase do ciclo menstrual 
 Diminui: 
 Na bulemia, no exercício físico, no 
posprandial. 
 Diminui os seus valores na fase lútea com 
o decorrer da idade. 
Aumenta: 
 Clomifeno e com cetoconazol. 
 
 Diminui: Ampicilina; 
contraceptivos orais. 
 
 Anotar a data da última menstruação ou mês da gestação, sexo e idade no 
momento da coleta da amostra. 
 
Comparação entre os efeitos fisiológicos dos estrogênios e da progesterona: 
EFEITOS DO ESTROGÊNIOS EFEITOS DA PROGESTERONA 
cria um endométrio proliferativo mantém um endométrio secretor 
retenção de sal e de líquidos diurético natural 
depressão e dores de cabeça antidepressivo natural 
interfere nos hormônios da tireóide facilita a ação dos hormônios da tireóideaumenta os coágulos no sangue normaliza a coagulação sanguínea 
diminui a libido restaura a libido 
enfraquece o controle do açúcar no sangue normaliza os níveis de açúcar no sangue 
perda de zinco de retenção de cobre normaliza os níveis de zinco e de cobre 
aumenta os riscos de câncer do endométrio evita o câncer endométrico 
aumenta riscos de câncer da mama ajuda a prevenir o câncer da mama 
restringe um pouco a função dos osteoclastos estimula a construção óssea pelos osteoblastos 
reduz o tônus vascular restaura o tônus vascular normal 
aumenta riscos de doença na vesícula biliar necessária para a sobrevivência do embrião 
aumenta o risco de doenças autoimunes precursora dos corticosteróides 
 
PROLACTINA: 
 A prolactina (PRL) é um hormônio produzido pela hipófise anterior e a sua 
secreção é regulada por fatores de inibição e de liberação do hipotálamo (fatores neurais 
e endócrinos). Do ponto de vista de peso molecular, existem três formas principais em 
circulação: monômero de 23kDa, dímero (big prolactin) de 45kDa e macroprolactina (big-
big prolactin) de peso molecular acima de 150kDa. Em condições normais ou em 
pacientes com hiperprolactinemia sintomática, predomina em circulação a forma 
monomérica. Exibe flutuação diurna e responde a vários estímulos. Liberação em pulsos 
durante o dia; 2 a 3 vezes mais alto à noite e mais baixo ao entardecer. Os níveis 
aumentam após as refeições, após uma forma de estresse, como a hipoglicemia e as 
convulsões, durante o sono, após atividade física e após o coito ou a estimulação mamilar 
vigorosa. A coleta deve, preferencialmente, ser feita no final da manhã (9 às 12 h), e no 
mínimo 1 hora após a última refeição. 
 A avaliação da prolactina tem importância no estudo da galactorréia, dos distúrbios 
menstruais de qualquer etiologia e na infertilidade conjugal. No homem, nos casos de 
impotência sexual (devido sua ação inibidora da espermatogênese), ginecomastia e 
hipogonadismo. E em todo paciente portador de tumor hipofisário. 
 Quase não se modifica no ciclo menstrual. Na puberdade há uma elevação na 
mulher, talvez devido à elevação de estrogênios. É alto nas crianças, caindo para valores 
de adulto aos 12 anos. Diminui com o passar da idade. 
 Os valores elevados podem também ser causados por: meningite, herpes zóster, 
trauma da parede do tórax, doença sistêmica (insuficiência renal ou cirrose). As drogas 
que comumente aumentam a prolactina incluem: anticoncepcional com alto teor de 
estrógeno, diazepam, opiáceos, antidepressivos, fenotiazinas e neurolépticos. 
 Os fatores que diminuem a concentração de prolactina incluem a administração de 
L-dopa e bromocriptina. 
 É importante anotar a data da última menstruação ou o mês da gestação, sexo e 
idade da coleta da amostra. Recomenda-se repouso do paciente por 20-30 minutos antes 
da coleta da amostra. 
Atenção: Na abordagem diagnóstica da hiperprolactinemia, merecem atenção especial: o 
efeito gancho, a macroprolactina e situações fisiológicas, farmacológicas e patológicas). 
O efeito gancho (efeito hook) se caracteriza pela presença de valores falsamente 
baixos/normais de prolactina, quando a concentração deste hormônio no paciente é muita 
elevada, podendo causar saturação na capacidade de ligação de alguns imunoensaios. 
Nessa situação, uma nova dosagem da PRL após diluição do soro a 1:100 resultará em 
um aumento dramático no valor de seu nível sérico. O efeito gancho deve ser excluído em 
qualquer paciente com um macroadenoma e níveis séricos de PRL <200ng/mL. 
A macroprolactina resulta de um excesso de prolactina de alto peso molecular 
(macroprolactina ou big big prolactina) com biodisponibilidade e bioatividade baixas, visto 
que a maioria dos pacientes não apresenta os sintomas clássicos de hiperprolactinemia e, 
habitualmente não requerem tratamento. Em geral, é formada por um complexo entre a 
prolactina monomérica e um anticorpo anti-IgG, com baixa atividade biológica. 
A hiperprolactinemia é vista em cerca de 40% dos pacientes com hipotireoidismo 
primário que ocasionalmente desenvolvem acentuada hiperplasia das células tireotróficas, 
simulando adenoma hipofisário, ou ainda em pacientes em uso de drogas que elevam a 
prolactina, em estado gestacional, insuficiência renal e hepática, e prolactinoma e 
macroprolactinemia. 
A prolactina maior de 250 ng/mL ocorre na maioria dos casos de prolactinomas 
(65%). Alguns indivíduos com tumores não funcionantes podem apresentar valores de 
prolactina abaixo de 100 ng/mL, necessitando, portanto, de investigação por imagem para 
obtenção de melhor diagnóstico. 
A macroprolactinemia pode ser encontrada em qualquer faixa etária e em homens, 
ainda que seja mais comum entre mulheres em idade fértil; e pode causar elevação de 
prolactina para qualquer nível. 
A pesquisa de macroprolactina é realizada por precipitação do polietilenoglicol 
(PEG), método de triagem mais empregado, por sua simplicidade, boa reprodutibilidade e 
correlação com o método de referência. O teste tem como base a observação de que a 
exposição de imunoglobulinas a concentrações definidas de PEG levam à sua 
insolubilização. O PEG precipita a macroprolactina, cujos níveis no sobrenadante, 
portanto, se reduzem. O teste é feito com a mistura de 250µL de soro do paciente com 
250µL de uma solução de 250g/L de PEG 6000 em água, mantida a 4°C. Homogeneiza 
por agitação por 1 minuto centrifuga-se por 5 minutos a 9.500g. A quantidade de 
prolactina existente no sobrenadante é medida no mesmo ensaio empregado na rotina. 
Esse novo valor de prolactina é comparado ao inicial – obtido antes do soro ser submetido 
ao tratamento com PEG -, e determina-se a porcentagem de recuperação do hormônio. 
Recuperações > 60% classificam a amostra como tendo predomínio de formas 
monoméricas (indicativas da ausência de macroprolactina), e recuperações ≤30% como 
predomínio de formas de alto peso molecular (presença de macroprolactina). Os valores 
entre 30 e 60% de recuperação são classificados como indeterminados e devem ser 
submetidos à cromatografia numa coluna de gel filtração para melhor definição. 
Interferentes: bloqueadores do receptor de dopamina, antidepressivos, drogas para 
tratamento de hiperprolactinemia e neurolépticos. O predomínio de formas de alto peso 
molecular não implica, necessariamente, em níveis normais de formas monoméricas, ou 
seja, o paciente pode ter hiperprolactinemia devido tanto ao aumento da macroprolactina 
como da prolactina monomérica. 
 
TESTE DE ESTÍMULO DE PROLACTINA APÓS TRH 
Avaliação da secreção de prolactina em suspeita de hipopituitarismo ou de prolactinoma. 
(avaliação da reserva hipofisária de prolactina). 
• jejum de no mínimo 4 horas, 
• repouso de 20 minutos com veia puncionada, 
• coletar a amostra basal, 
• administrar TRH (200μg) via endovenosa, 
• coletar amostras de sangue nos tempos 15, 30, 45 e 60 minutos. 
 
 
PROLACTINA - POOL : 
• Repouso de 30 minutos, 
• Coletar 3 amostras com intervalos de 20 minutos entre as coletas. 
 . Para fugir de influências emocionais sugere-se a colheita, com intervalo de 30 
minutos, e a dosagem quer das duas amostras, quer de um “pool” preparado com partes 
iguais de soro (não utilizar plasma). 
HORMÔNIOS EM CRIANÇAS 
• LH ≤ 0,7 U/L (ambos sexos) 
• FSH ≤ 3,0 U/L (ambos sexos) 
• Testosterona ≤ 19 ng/dL (meninos) 
• Estradiol ≤ 21 pg/mL (meninas) 
• Progesterona < 0,3 ng/mL (meninas) 
 
HORMÔNIO ANTI-MULLERIANO (AMH) - é uma substância produzida por células dos 
folículos ovarianos. 
Mulheres em idade fértil: teste de AMH + estradiol e FSH 
 → estimar a reserva de ovário (tempo restante para conceber) 
 → avaliação da função ovariana 
 → predição do início da menopausa 
 
 Pode estar elevado na síndrome do ovário policístico (>4.0 ng/mL) devido ao aumento 
do número de folículos. 
 Pode estar elevado em câncer de ovário → pode ser usado como marcador tumoralauxiliando na avaliação da resposta ao tratamento e monitorar a recorrência. 
 
 Em casos de genitália ambígua → integração de testes cromossômicos, testes 
hormonais, exames de imagem para ajudar a determinar o sexo do bebê. 
 
Normal:1.5 - 4.0 ng/ml 
 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: 
 Procedimentos hormonais CRIEP 
 Procedimentos RHESUS 
 Manual de exames de Laboratório. 
 Vilar, L;Naves, LA; Casular,LA. Hiperprolactinemia-problemas no diagnóstico. Brasília Med. 42(1/2):41-47, 2005. 
 Livros básicos sobre Endocrinologia.

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