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Medicina veterinária – Unisc Técnica Cirúrgica - Profº Maúricio Ovariohisterectomia eletiva – Castração fêmea Isadora Henn 2021 Etapas pré-incisão: 1. MPA 2. Separar luvas 3. Qual fio irei usar 4. Instrumentos utilizados 5. Posicionar paciente 6. Tricotomia do xifoide ao púbis 7. Identificar visualmente o umbigo e dividir o abdômen caudal em 3 partes. 8. Colocar fios de monitorização 9. Induzir anestesia 10. Fazer acesso 11. Passar lidocaína no tubo de intubação 12. Intubar o paciente 13. Antissepsia 14. Pano de campo Etapas incisão: 1. Fazer uma incisão de 4 a 8 cm de pele e subcutâneo para expor a linha alba. Em cadelas: fazer a incisão imediatamente caudal ao umbigo, no terço cranial do abdome caudal. · Cadelas com tórax profundo (dobermann) ou naquelas com útero alongado, estender a incisão cranial e/ou caudalmente para permitir a exposição, sem tração excessiva. · Em gatas: o corpo uterino é localizado mais caudal, o que torna mais difícil a exposição, assim, fazer a incisão da parede no terço médio do abdômen caudal. 2. Colocar uma pinça de Allis de cada lado da linha alba e tracionar para fora, fazer uma incisão para abrir a cavidade abdominal. 3. Introduzir uma tesoura de Mayo fechada pela incisão e verificar aderências craniais e caudais, estender a incisão cranial e caudal com tesoura de Mayo. 4. Ovário direito: com o dedo indicador direito, procurar o rim direito, contornar o rim, palpar a bolsa ovariana direita (cerca de 2 cm caudal do rim) e corno uterino, tracionar, GERALMENTE o corno uterino direito para fora da cavidade abdominal. 5. Confirmar que é o corno uterino até a bolsa ovariana ou a bifurcação uterina. 6. Segurar a bolsa ovariana entre os dedos e realizar uma tração medial e caudal, identificando o ligamento suspensor do ovário. 7. Com compressas umedecidas, exponho o ligamento suspensor, vasos ovarianos e corno uterino. 8. Usar um afastador de Farabeuf na parede, realizando uma tração lateral e cranial, expondo o ovário. 9. Fazer um orifício no ligamento largo. 10. Posicionar duas pinças hemostáticas traumáticas de Krile abaixo do ovário, com as pontas voltadas para o exterior da cavidade. 11. Colocar a terceira pinça Krile reta após o ovário, e seccionar o ligamento e vasos ovarianos entre a bolsa ovariana e a segunda pinça proximal com o bisturi ou tesoura de Metzembaum. 12. Posicionar o fio de sutura absorvível sintético proximamente de forma circunferencial no pedículo ovariano, adjacente a pinça mais proximal. 13. Montar a primeira laçada do nó de cirurgião, fechar o nó, soltar a pinça mais proximal e apertas o nó no sulco formado pela pinça Krile. 14. Fazer outra ligadura da mesma forma para o outro lado do pedículo. 15. Segurar o pedículo com uma pinça anatômica e soltar a segunda pinça, devolver o pedículo para seu local anatômico observando possíveis sangramentos. 16. Tracionar o corno uterino externamente e identificar a bifurcação uterina, acompanhar o corno uterino contralateral e realizar a ligadura da mesma forma descrita. 17. Identificar a cérvix uterina, colocar 3 pinças de Krile distais a cérvix (em animais maiores, colocar as pinças uma para cada lado). 18. Seccionar com o bisturi entre a 2ª e 3ª pinças distais (permanecem duas no coto uterino). 19. Transfixar o fio (mesmo usado na ligadura do pedículo ovariano) na região central do corpo uterino, adjacente a pinça mais proximal, envolver o corpo uterino com fio em forma de 8, e montar o nó de cirurgião. 20. Soltar a pinça mais proximal e aperta o nó no sulco formado pela pinça, fazer mais 5 a 6 nós e realizar outra ligadura com os nós voltados para o outro lado do coto uterino. 21. Tracionar uma porção do omento maior e revestir o coto uterino com esse omento, fixando com o fio de sutura. 22. Inspecionar a cavidade abdominal em busca de sangramento nos pontos de ligadura. 23. Abrir a bolsa ovariana e avaliar a integridade do ovário removido. Sutura/fechamento interno: 1. Colocar uma pinça de Allis de cada lado da linha alba, realizar a sutura em padrão Sultan com fio absorvível sintético na linha alba, iniciando caudalmente na incisão. 2. Ao terminar a sutura, checar os espaços entre os pontos introduzindo uma pinça hemostática de Hasted entre os pontos. Se a pinça entrar na cavidade realizar um novo ponto nessa região. Sutura/fechamento externo: 1. Realizar uma sutura em padrão contínuo simples no tecido subcutâneo com fio absorvível sintético, ancorando a bainha externa do músculo reto abdominal. 2. Fazer a dermorrafia com fio não absorvível sintético monofilamentar em padrão isolado simples 3. Realizar a limpeza da pele e aplicação de tintura de benjoin na periferia da incisão, cobrir a ferida cirúrgica com gaze e micropore. Pós-operatório e complicações: · Os pontos de pele devem ser retirados entre 7 a 10 dias após a cirurgia; · Devem ser administrados analgésicos e anti-inflamatórios: · Meloxicam (anti-inflamatório) · Tramadol (analgésico) · Dipirona (analgésico) · O paciente deve ser impedido de acessar a ferida cirúrgica com o uso de curativo, colar elisabetano e/ou roupa cirúrgica. · As complicações estão relacionadas tanto com o ato operatório como o pós-operatório.