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Celiotomia Abertura cirúrgica visando acesso à cavidade abdominal e órgão para fins diagnósticos e/ou terapêuticos. · Celiotomia x Laparotomia: A celiotomia tem como incisão cirúrgica primordial a linha alba enquanto a laparotomia usa a incisão pelo flanco. · Dividida em 3 regiões (Epigástrica, mesogástrica e hipogástrica) e oito sub-regiões. · Tipos de incisão: 1. Quanto a direção: a. Longitudinal b. Transversa c. Oblíqua 2. Quanto a posição em relação a cicatriz umbilical: a. Pré-umbilical: estômago, fígado, pâncreas e porções iniciais do trato intestinal. b. Retro-umbilical: bexiga urinária e porções terminais do trato intestinal. c. Pré-retro-umbilical: ovário-salpingo-histerectomia e celiotomias exploratórias. d. Paracostal: Cirurgias renais. 3. Quanto a posição em relação a linha medial: a. Mediana b. Paramediana (paralela) i. Transretal: sobre o músculo reto do abdômen ii. Pararretal: Lateral ou medial · Celiotomia de Kehr: Associa 2 tipos de incisões (mediana e paracostal) Técnica cirúrgica - Celiotomia mediana Pré-operatório · Tricotomia da região abdominal ventral · Antissepsia · Jejum prévio · Decúbito dorsal Trans-operatório · Antissepsia definitiva; · Posicionamento do 1º pano de campo; · Diérese: Incisão cutânea na linha média ventral (extensão e localização conforme desejado) podendo ter início próximo ao processo xifóide e estendendo-se caudalmente até o púbis; · Posicionamento do 2º pano de campo; · Incisão do tecido subcutâneo (se necessário divulsão sobre a linha média) para a exposição da fáscia externa do músculo reto abdominal; · Identificação e incisão da linha alba; · Hemostasia; · Sustentação da parede abdominal (Pinças Allis); · Incisão em estocada com o bisturi; · Identificação da presença de órgãos e aderências perto da incisão; · Ampliação da incisão cranial e caudalmente (tesoura) · Rompimento ou retirada do ligamento falciforme. · Exploração da cavidade. · Cães machos: Pinçar o prepúcio e o prender caudalmente.Incisão paramediana na região. Celiorrafia · 1º plano: fáscia do m. Reto abdominal e peritônio. Pontos simples separados, em “X” ou associação dos dois utilizando fios 2-0 a 0 absorvíveis (Dexon, Vicryl) ou inabsorvíveis (náilon, supramid). · 2º plano: Aproximação do tecido subcutâneo.Pontos contínuos intradérmicos com ancoragem a cada dois pontos ou pontos simples separados usando fios 3-0 a 0 absorvíveis (Dexon, Vicryl). · 3º plano: Pele. Pontos simples separados ou Wolff (U deitado) usando fios 3-0 a 0 inabsorvíveis (náilon 2-0 a 4-0) Pós-operatório · Hidratação · Analgesia · AINES · Antibióticoterapia · Hemograma · Controle das mucosas aparentes · Temperatura · Curativo e colar Elizabetano Complicações pós-operatórias · Deiscência de sutura · Evisceração/eventração · Hemorragia interna por ligaduras inadequadas · Sintomas: Queda do hematócrito e proteínas, abaulamento abdominal, abdominocentese, liquido hemorrágico · Peritonite · Ascite · Aderências · Pancreatite traumática Reintervenção cirúrgica · Lavagem abdominal– Sol. fisiológica aquecida · Remover coágulos · Reavaliar ligaduras Orquiectomia Extirpação cirúrgica do testículo, bi ou unilateral · Indicações: Conveniência, controle populacional (eletivas), epididimites, orquites, neoplasias (terapêuticas). · Existem dois tipos de técnica para a realização da orquiectomia: a orquiectomia aberta, indicada para pacientes com mais de 20 kg, e a orquiectomia fechada, para pacientes com menos de 20 kg, porém a técnica empregada no ato cirúrgico varia de acordo com o cirurgião e as necessidades anatômicas patológicas de cada animal. · A abordagem cirúrgica é feita por incisão na região pré-escrotal, escrotal ou perineal para exposição dos testículos e após a exposição, pode ser adotada a técnica aberta ou fechada · Nos cães são utilizados os método pré-escrotal e perineal, sendo que no método de abordagem perineal o deslocamento do testículo é mais dificultoso devido à incisão caudal. · Nos gatos, a abordagem escrotal associada ao método aberto é mais utilizada. Técnica cirúrgica - Técnica fechada · Incisão cutânea, da túnica dartus e fáscia espermática consecutivamente, permitindo a exposição da túnica vaginal parietal. · O testículo é exteriorizado e a fáscia espermática e ligamento escrotal são juntamente incisionados na porção proximal do testículo. · Com o auxílio de compressa de gazes, o tecido adiposo e a fáscia que circunda a túnica vaginal são rebatidos para uma melhor exteriorização do testículo e assim o cordão espermático é exposto para permitir a sua ligadura. · A agulha é inserida entre o ducto deferente e o músculo cremaster onde é realizada a transfixação e logo depois o cordão espermático é transeccionado distal a ligadura e liberado para a região inguinal. Técnica aberta · A túnica vaginal é incisada permitindo a realização de uma transfixação dos componentes do cordão espermático exteriorizado. · Após a ligadura, o plexo pampiniforme e ducto deferente são transeccionados, retornando a região inguinal. · A vantagem desse método é que as ligaduras são diretas e logo, mais seguras. Sua principal desvantagem é a abertura de uma extensão da cavidade peritoneal além de necessitar de um maior tempo cirúrgico. Castração perineal · Deve ser realizada utilizando a mesma técnica para a orquiectomia pré-escrotal aberta, utilizando uma incisão na linha média da pele e no tecido subcutâneo dorsal ao escroto, na região perineal, ventral ao ânus. · O testículo deve ser impulsionado em direção a incisão onde terá a fáscia espermática e túnica vaginal incisionada. Síntese · Aposição tecidual por planos · Redução espaço morto (simples contínuo ou isolado) · Subcutâneo · Pele (simples isolado ou wolf) Ovário-salpingo-histerectomia (OSH) Celiotomia com ablação dos ovários, trompas e útero · Indicações: Conveniência, piometra, torção, prolapso ou rompimento uterino. · 3 abordagens para a execução: videolaparoscopia, pela lateral do abdômen (flanco) (desuso) e método tradicional (linha média ventral). Técnica cirúrgica Pré-operatório · Decúbito dorsal · Jejum prévio · Antissepsia prévia · Tricotomia Trans-operatório · Celiotomia mediana retro-umbilical ou pré retro umbilical se necessário; · Exposição dos órgãos (Manual ou por gancho) · Perfuração do corpo uterino em ambos os lados perto da cérvix para ligar as artérias e as veias uterinas; · Ligadura dos pedículos ovarianos com auxílio de pinças hemostáticas (três pinças) e material de sutura absorvível; · Técnica das três pinças: Utiliza-se duas pinças hemostáticas aplicadas no pedículo ovariano em sentido proximal ao ovário e uma pinça hemostática pelo ligamento próprio do ovário. Dessa maneira, a pinça proximal serve como sulco para a ligadura, a pinça média mantém o pedículo para essa ligadura e a pinça distal evita refluxo de sangue após a transecção.Realizar uma ligadura posicionando o fio de sutura, em forma de oito, proximal as pinças do pedículo ovariano, conduzindo a ponta afiada da agulha pelo meio do pedículo e dando a volta por um dos seus lados. A agulha deve ser reconduzida pelo mesmo orifício na mesma direção e dá-se a volta pela outra metade do pedículo. Esta ligadura deve ser firmemente apertada, ao mesmo tempo em que se remove a pinça que se encontra mais afastada do ovário, comprimindo fortemente o pedículo. · Seccionamento do pedículo entre a pinça hemostática e o ovário na totalidade. · Realizar no ovário oposto, Localizando o corno uterino esquerdo até ao corpo uterino, em seguida acompanhando o corno uterino direito, até encontrar o ovário em questão. · Fazer janela no ligamento largo (cuidado com vasos) · Colocação das pinças hemostáticas · Ligadura dos pedículos uterinos (em forma de 8) · Secção do corpo uterino; · Recolocação do coto uterino na cavidade abdominal; · Laqueadura da parede abdominal em três planos: 1) peritônio, fáscia e músculo; 2) subcutâneo com pontos tipo cushing; 3) Pele com pontos separados simples com fio não absorvível · Cerrar a incisão em um padrão de sutura cortado com fio absorvível ouum padrão de sutura ininterrupta com fio não absorvível.
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