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Infecçõe� Bacteriana� d� Pel� (tecid� subcutâne�) A Pele: Foliculite: . É uma infecção de pele que se inicia nos folículos pilosos . Causa pústulas brancas ou amareladas . Geralmente, é motivada por uma infecção bacteriana ou fúngica, mas também pode ser causada por vírus e, até mesmo, por uma inflamação de pelos encravados . A infecção se apresenta no formato de pequenas espinhas, de pontas brancas, em torno de um ou mais folículos pilosos . A maioria dos casos de foliculite é superficial, mas pode coçar e doer . Normalmente, a inflamação do pelo se cura sozinha, mas casos mais graves e recorrentes merecem atenção e tratamento com um dermatologista, pois podem levar a perda permanente do pelo e cicatrizes ● Sintomas: grandes áreas avermelhadas; lesões elevadas com pus amarelado no meio; as partes atingidas ficam muito sensíveis e doloridas; apresentando em alguns casos dor intensa. As chances de cicatrizes são maiores nesses casos, e pode haver destruição do folículo piloso ● Possíveis Causas: fricção do barbear ou de roupas apertadas; calor e suor, como o causado pelo uso de luvas ou botas de borrachas; certas condições da pele, com dermatites e acnes; curativos de plásticos ou fita adesiva em contato com áreas do pelo ● Agente causador: Staphylococcus Aureus, ou, ocasionalmente por Pseudomonas aeruginosa (quando foliculite da banheira de hidromassagem) ● Caracterização Clínica: é caracterizada por coceira, vermelhidão local e pus, podendo ocorrer em qualquer região do corpo que possua pelos ● Tratamento: Clindamicina a 1%, loção ou gel. Como na maioria das vezes as foliculites são causadas por S. aureus, pode-se aplicar clindamicina a 1%, em loção ou gel 2 vezes/dia por 7 a 10 dias. Alternativamente, faz-se a lavagem com peróxido de benzoíla a 5%, durante o banho, por 5 a 7 dias. No acometimento cutâneo extenso, há necessidade de antibióticos sistêmicos (p. ex., cefalexina, 250 a 500 mg por via oral, 3 a 4 vezes/dia, por 10 dias). Se essas medidas não resultarem em cura, ou a foliculite recidivar, procede-se para a coloração e cultura de Gram das pústulas para descartar a etiologia do S. aureus (SAMR) gram-negativo ou resistente à penicilina. e realiza-se também cultura da narina para afastar a presença de estafilococos. O exame dos pelos com hidróxido de potássio é indicado para evidenciar foliculite causada por fungos. A foliculite por sauna ou imersão em água quente geralmente regride de forma espontânea, sem tratamento. Entretanto, é necessária uma adequada clarificação da água para prevenir recidivas e proteger outros indivíduos da infecção Foliculites Superficiais: → Foliculite Estafilocócica: é o tipo mais comum. Ocorre quando os folículos pilosos são infectados por bactérias, mais comumente pela Staphylococcus aureus. É caracterizada por coceira, vermelhidão local e pus, podendo ocorrer em qualquer região do corpo que possua pelos. Embora os estafilococos vivam na pele o tempo todo, podem causar problemas quando entram no corpo por meio de um corte ou outro ferimento. Isto pode ocorrer por arranhões ou lesões na pele → Foliculite por Pseudomonas (foliculite de banheira quente): as bactérias Pseudomonas aeruginosa proliferam em ambientes aquáticos nos quais os níveis de cloro e o pH não são bem regulados, como banheiras de hidromassagem e piscinas aquecidas. A infecção aparece entre oito horas e cinco dias após a exposição à bactéria. São erupções vermelhas que coçam e, mais tarde, bolhas com pus também podem aparecer. Áreas que ficam úmidas por mais tempo são as mais propensas à infecção, como as cobertas pela roupa de banho → Pseudofoliculite da Barba: inflamação dos folículos pilosos na área da barba. Os pelos raspados, ao crescerem, se curvam e voltam para o interior da pele. Afeta principalmente homens negros, na face e pescoço. Pessoas que fazem depilação com cera na área do biquíni, podem desenvolver pseudofoliculite na virilha. Este processo leva à inflamação e, às vezes, geram cicatrizes → Foliculite Pitirospórica: comum em adolescentes e homens adultos, é causada por um fungo que causa espinhas, pápulas avermelhadas e coceira. Pode acometer o dorso, tórax anterior, o pescoço, ombros, braços e face Foliculites Profundas: atingem todo o folículo piloso → Sicose Barba: pequenas inflamações, que se apresentam como pústulas, aparecendo primeiro no lábio superior, queixo e mandíbula. Podem se tornar recorrentes, surgindo com o barbear diário. Em casos mais graves, podem deixar cicatrizes → Foliculite por Bactéria Gram-Negativa: costuma se desenvolver quando a pessoa usa antibióticos por longo tempo para tratar acne. Esses medicamentos alteram o equilíbrio normal da pele, fazendo com que as bactérias gram-negativas se desenvolvam. Na maioria das pessoas não há grandes problemas, principalmente após cessar o uso dos medicamentos. Em alguns casos, elas podem se espalhar pela face e causar lesões graves → Furúnculos e Carbúnculos: ocorrem quando os folículos pilosos são profundamente infectados por bactérias estafilocócicas. Geralmente, se inicia repentinamente como pápulas vermelhas e doloridas. A pele circundante também pode estar vermelha e inchada. Na evolução enche-se de pus e cresce gradualmente, tornando-se cada vez mais dolorida. No estágio final rompe e pode drenar secreção purulenta. Lesões pequenas costumam curar sem deixar cicatrizes. O carbúnculo é um aglomerado de furúnculos que, muitas vezes, ocorre na parte de trás do pescoço, ombros, costas e coxas. São infecções mais profundas e graves do que um único furúnculo. Quase sempre deixam cicatrizes → Foliculite Eosinofílica: acomete principalmente pessoas infectadas pelo vírus HIV. É caracterizada por manchas avermelhadas e feridas com pus que podem coçar, principalmente na face e nos braços. As feridas costumam se espalhar e deixam a pele das áreas afetadas mais escuras do que a cor normal. A causa exata da foliculite eosinofílica não é conhecida, embora possa envolver o mesmo fungo responsável pela foliculite pitirospórica Impetigo: . É uma infecção superficial da pele . O impetigo é uma infecção muito comum, que afeta a camada mais superficial da pele . O impetigo é contagioso. A infecção se espalha por meio de contato físico de uma criança com a outra. A pele do adulto é mais resistente. Traumas da pele, tais como cortes ou rachaduras, facilitam o desenvolvimento da infecção. Roupas e toalhas também podem ser fatores de risco para transmissão da doença, mas são bem menos importantes que o contato direto ● Caracterização Clínica: impetigo não bolhoso - agrupamentos de vesículas ou pústulas que se rompem e formam uma crosta melicérica; impetigo bolhoso - agrupamentos de vesículas ou pústulas que aumentam rapidamente formando bolhas (elas se rompem expondo grandes áreas, melicéricas ou crostosas) ● Tratamento: prescrição de antibióticos, derivados de penicilina, eritromicina e cefalexina. Em casos mais brandos da doença, também são recomendadas a utilização de pomadas à base de mupirocina ● Agente causador: Staphylococcus aureus (acometendo crianças de todas as idades) ou Streptococcus do grupo A (acometendo, mais comumente, crianças de 3 a 5 anos) → Impetigo não Bolhoso: manifesta-se como agrupamentos de vesículas ou pústulas que se rompem e formam uma crosta melicérica (exsudato da base da lesão) sobre a lesão pústulas - crosta → Impetigo Bolhoso: é similar, exceto que tipicamente as vesículas se alargam de modo rápido para formar bolhas. Estas se rompem expondo grandes áreas, melicéricas ou crostosas macular - vesícula - postular - crosta Ectima: - É uma forma ulcerativa de impetigo - É uma infecção piogênica, ou seja, produtora de pus, que acomete a pele de forma profunda. Por ter caráter profundo, pode atingir até a gordura subcutânea, deixando cicatrizes permanentes - O impetigo e o ectima causam dor leve ou desconforto. O prurido é comum e a coçadura dissemina a infecção, inoculando áreas adjacentes e distantes da pele ● Agente causador: Streptococcus pyogenes e, eventualmente, pelo Staphylococcusaureus ● Sintomas: o quadro tem início com uma área avermelhada e inchada, na qual se desenvolve uma pequena bolha que se rompe. Ela evolui formando uma ou várias úlceras, recobertas por crostas espessas e aderentes da cor de mel. Sua maior ocorrência se dá na metade inferior do corpo. Esta enfermidade possui uma variante denominada de ectima gangrenoso, que é causada por uma potente bactéria chamada Pseudomonas aeruginosa ● Tratamento: A base do tratamento é realizada com antibióticos dirigidos contra bactérias Gram-positivas, que podem ser administrados por vários dias Erisipela: . A erisipela é uma condição inflamatória que atinge a derme e o panículo adiposo (tecido celular subcutâneo) da nossa pele, com grande envolvimento dos vasos linfáticos . Infecção da camada mais profunda da derme e dos vasos linfáticos superficiais . A erisipela não é contagiosa, pois acontece quando bactérias que colonizam o corpo penetram através da pele por alguma entrada . Representa uma forma superficial da celulite, pois atinge predominantemente a derme e a parte superior da gordura subcutânea . Acomete, predominantemente, os membros inferiores de pacientes da terceira idade, cuja circulação venosa e linfática estão debilitadas. Porém, pode atingir pessoas de qualquer idade e outras regiões da pele . Habitualmente, a erisipela está relacionada a um fator chamado “porta de entrada”, como úlcera venosa crônica, pé de atleta, picada de insetos, ferimento cutâneo traumático e manipulação inadequada das unhas. Por meio desta porta de entrada, bactérias penetram na pele , atingindo as camadas cutâneas inferiores e se espalhando facilmente com muita velocidade ● Agente causador: Estreptococo beta-hemolítico do grupo A (ou, raramente, do grupo C ou G) ● Sintomas: o quadro tem início súbito com mal-estar geral, fadiga, febre e calafrios, antes mesmo do surgimento de sinais na pele infectada. Em seguida, instalam-se achados locais, como avermelhamento, dor, inchaço e aumento da temperatura. O aparecimento de adenomegalia inflamatória é comum. Em casos mais graves podem surgir formação de bolhas, escurecimento do segmento acometido e até quadros de septicemia, ou seja, infecção generalizada com risco de morte ● Tratamento: tendo como base o uso de antibióticos, repouso, elevação do membro afetado e tratar o fator desencadeante. O antibiótico mais usado é a penicilina procaína ou cristalina. Outros antibióticos podem ser administrados, na dependência do perfil de resistência bacteriana. Por vezes, faz-se necessária abordagem cirúrgica, removendo e drenando grandes áreas necróticas e com pus ● Caracterização Clínica: é caracterizada clinicamente por lesões em placas, elevadas, enduradas e sensíveis com margens bem delimitadas. Febre alta, calafrios e mal-estar frequentemente acompanham a erisipela. Há também uma forma bolhos macular - papular (com margens bem definidas) Celulite: . Endurecimento, edema, calor e sensibilidade . Limites imprecisos . Envolve o tecido subcutâneo, sendo mais profunda que a erisipela . É uma infecção bacteriana aguda da pele e tecido subcutâneo . Os estreptococos podem causar infecções difusas de rápida disseminação em razão das enzimas produzidas pelos organismos (estreptoquinase, desoxirribonuclease, hialuronidase) que rompem os componentes celulares que contêm e restringem a inflamação. A celulite estafilocócica é tipicamente mais localizada e, em geral, ocorre em uma ferida aberta ou abscesso cutâneo . A infecção é mais comum nos membros inferiores. A celulite é caracteristicamente unilateral; dermatite de estase simula a celulite, mas geralmente é bilateral . A maioria das celulites é não purulenta. Contudo, ocasionalmente a celulite é acompanhada de uma ou mais pústulas, furúnculos ou abscessos , com ou sem secreção purulenta ou exsudato, sendo denominada purulenta ● Agente causador: Streptococcus pyogenes ou Staphylococcus aureus ● Sintomas: dor, calor, eritema de rápida disseminação e edema. Pode ocorrer febre, e linfonodos regionais podem aumentar em infecções mais graves ● Tratamento: antibióticos são o tratamento de escolha, e a escolha é feita por presença ou ausência de pus e outros fatores de risco de infecção graves e/ou resistentes. Os tratamentos geralmente não são administrados durante um período fixo, sendo mantidos até haver resposta clínica satisfatória — mas geralmente por não menos de 1 semana . Diferenciar celulite do membro inferior de trombose venosa profunda pela presença de calor na pele, vermelhidão, aspecto de casca de laranja e linfadenopatia . Não obter cultura da pele ou feridas; mas, na infecção grave ou complicada, hemocultura e possivelmente cultura tecidual Fasciite Necrosante: . Ocorre no tecido subcutâneo com necrose disseminada dos músculos e tecido adiposo . Fasciíte necrosante é infecção bacteriana destrutiva e rapidamente progressiva do tecido subcutâneo e fáscia superficial, associada a altos índices de morbimortalidade, se não tiver tratamento precoce . A fasciíte necrosante é uma infecção rara causada por bactérias extremamente agressivas, caracterizada pela destruição rápida e progressiva do tecido subcutâneo e da fáscia superficial (tecido conjuntivo que separa músculos da pele ● Agente causador: Streptococcus Hemolítico do grupo A e o Staphylococcus Aureus ● Sintomas: aparecimento de região vermelha ou inchada na pele e que aumenta ao longo do tempo; dor intensa na região vermelha e inchada, podendo também ser notada em outras partes do corpo; febre; surgimento de úlceras e bolhas; escurecimento da região; diarreia e náuseas; presença de pus na ferida ● Tratamento: O tratamento da fasciíte necrosante deve ser feito no hospital, sendo recomendado que a pessoa permaneça em isolamento por algumas semanas para que não haja risco de transmissão da bactéria para outras pessoas. O tratamento é feito com o uso de antibióticos por via endovenosa (na veia) para combater a infecção. No entanto, quando a infecção já está mais avançada e há sinais de necrose, pode ser indicada a realização de cirurgia para remover o tecido e, assim, combater a infecção Gangrena Gasosa: . A gangrena gasosa é uma infecção do tecido muscular com risco à vida causada . A gangrena gasosa resulta de infecção muscular por Clostridium perfringens, espécie bacteriana que em condições anaeróbicas (sem oxigênio), produz toxinas que causam necrose do tecido e sintomas associados. Essa bactéria pode ser flora normal de intestino, só causando problema quando infecta outras regiões ● Agente causador: Clostridium perfringens (e várias outras espécies de clostrídios) ● Sintomas: a gangrena gasosa causa dor intensa na área infectada. Inicialmente, a área fica inchada e pálida, depois fica avermelhada, cor de bronze e, finalmente, verde-escura. A área fica firme e sensível ao toque. Formam-se bolhas grandes. Bolhas gasosas podem ser visíveis dentro da bolha maior ou ser sentidas sob a pele, geralmente depois que a infecção progride. Líquidos drenados da ferida têm odor putrificado (fétido). As pessoas rapidamente ficam febris, suadas e muito ansiosas. Elas podem vomitar. A frequência cardíaca e respiratória muitas vezes se acelera. Em algumas pessoas, a pele fica amarelada, indicando icterícia . Esses efeitos devem-se às toxinas produzidas pelas bactérias. Normalmente, as pessoas permanecem despertas até um estágio muito avançado da doença, quando então apresentam uma grande queda da pressão arterial (choque ) e desenvolve-se o coma. A insuficiência renal e a morte seguem rapidamente. Sem tratamento, a morte ocorre em 100% das pessoas infectadas, geralmente dentro de 48 horas. Mesmo com tratamento, cerca de uma em cada quatro pessoas morre ● Tratamento: O tratamento é feito por meio de antibióticos e/ou cirurgias para a remoção de todo o tecido morto e infectado. São dadas altas doses de antibióticos, geralmente penicilina e clindamicina e todo o tecido infectado e morto é removido cirurgicamente. Cerca de uma em cada cinco pessoas com gangrena gasosa em um membrorequer amputação ● Caracterização Clínica: inflamação com inchaço nos tecidos no local da infecção, necrose tecidual, diminuição da circulação local (vasoconstrição) Diagn�tic� Laboratoriai� Material Clínico: ● Amostras de Exsudato de Lesão: superficial, profunda e operatória ● Biópsia → Observação: realizar antissepsia da região a ser coletada; coletar das margens e da profundidade da lesão (não purulenta) Lesão Aberta: Coleta e Processamento: . Descontaminar as margens e a superfície da lesão com clorexidina 2% ou sol. de PVPI a 10% . Limpar com solução fisiológica estéril . Coletar amostra na parte mais profunda da lesão, utilizando uma seringa e agulha (se não for possível, usar um swab com meio de transporte) . Semear por esgotamento em AS, MC, CHO Abscesso Fechado e Nódulos: Coleta e Processamento: . Fazer antissepsia com clorexidina 2% ou álcool a 70% ou sol. de PVPI a 10% . Limpar com solução fisiológica estéril . Aspirar o exsudato com agulha e seringa .Inocular AS, MC, CHO (semeadura por esgotamento) . Esfregaço para Gram Ferida ou Tecido de Pele Queimada: Coleta e Processamento: . A coleta deve ser realizada após desbridamento e descontaminação com solução fisiológica e gaze estéril da superfície da ferida . Deixar secar e realizar a biópsia para exame cultura . Coletar fragmento de tecido (biópsia) de 1 a 2 cm de extensão, na área queimada com sinais de infecção em um frasco estéril com meio de cultura líquido ou sol.fisiológica . O frasco deve ser pesado com o líquido antes de enviar para a coleta . Triturar manualmente ou com vórtex dentro do frasco enviado . Semear por diluição ou com alça calibrada em AS e MC . Incubar por 24 a 72h . Realizar a contagem e identificação das colônias . Relatar o UFC/g de tecido enviado . Não existe um valor de normalidade, por isso realizar o antibiograma independente do resultado Pústula de Vesícula: Coleta e Processamento: . Selecionar uma pústula íntegra . Fazer antissepsia com clorexidina 2% ou álcool a 70% e puncionar . Se a lesão for seca, com crosta, sem vesícula ou pústula evidente, remover o material superficial após antissepsia e passar firmemente o suabe estéril sobre a lesão . Ressuspender a amostra colhida com swab em volume pequeno de sol.fisiológica estéril . Homogeneizar e incubar em AS, MC por esgotamento . Realizar o esfregaço para Gram Biópsia: Coleta e Processamento: . Coletar em condições assépticas e representativo para microscopia e cultura . Transportar em frasco ou tubo estéril com 1mL de sol fisiológica estéril . Transferir para uma placa estéril e fragmentar com o auxílio de um bisturi . Colocar um fragmento em cada meio (AS, CHO) e semear . Realizar o esfregaço de um fragmento para Gram Transporte: → Swab sem meio de transporte: enviar imediatamente após a coleta → Swab com meio de transporte: enviar em temperatura ambiente (20--25ºC) até 8hrs após a coleta → Aspirados: em temperatura ambiente, até 2hrs ou injetar a amostra em frasco com meio de cultura apropriado → Biópsias: em temperatura ambiente, até 2hrs após a coleta Avaliação da Cultura: . Utilizar o Gram como referência para avaliar os microrganismos isolados na cultura e a qualidade da amostra . Identificar os microrganismos isolados e realizar o teste de sensibilidade aos antimicrobianos → número de células epiteliais > número de leucócitos = amostra não representativa → número de células epiteliais < número de leucócitos = amostra representativa . Se mais de 3 microrganismos forem isolados, deve-se identificar: ● a amostra coletada é de sítio estéril ● a amostra coletada é de boa qualidade . Identificar microrganismos que crescerem somente em CHO e não em AS . Considerar bacilo Gram + se for amostra coletada de sítio estéril ou biópsia . Considerar leveduras se houver predomínio ou isoladas de sítio estéril . Se isolar Streptococcus Pyogenes informar imediatamente o médico Identificação de Cocos Gram +: Tipo de Hemólise em Ágar Sangue: Reação Nagler: . O Clostridium perfringens produz uma alfatoxina, que é uma lecitinase. Se o organismo cresce em um meio que contenha a clara do ovo (lecitina), a atividade da enzima pode ser detectada como uma opacidade ao redor da linha de crescimento (à direita). Se uma antialfatoxina é aplicada na superfície da placa antes da inoculação do organismo, a ação da toxina é inibida (à esquerda). Este teste pode ser utilizado para confirmar a identificação de um isolado de Clostridium Exemplos de Como Reportar um Resultado: → Laudo 1: Material Clínico: abscesso de pele Resultado: Streptococcus Pyogenes → Laudo 2: Material Clínico: abscesso de pele Resultado: não houve crescimento de microrganismos na amostra examinada → Laudo 3: Material Clínico: secreção de incisão do sítio cirúrgico Resultado: houve isolamento apenas de microrganismos que fazem parte da microbiota habitual da pele → Laudo 4: Material Clínico: secreção de incisão do sítio cirúrgico Resultado: . Staphylococcus coagulase-negativa (algumas ou poucas colônias) . Corynebacterium spp. (muitas e numerosas colônias) ● Obs.: o teste de sensibilidade aos antimicrobianos não foi realizado, uma vez que os microrganismos isolados fazem parte da microbiota habitual do material clínico analisado Principais Bactérias x Causas: Streptococcus Pyogenes: ● impedigo não bolhoso ● erisipela ● celulite ● fasciite necrotizante Staphylococcus Aureus: ● furúnculo - carbúnculo ● impedigo bolhoso ● celulite Clostridium Perfringens: ● Gangrena Gasosa Relat� d� Cas� 1: Paciente feminina branca, de 32 anos, apresentou placa eritematosa, infiltrada, com uma pústula isolada sobre a lesão, no membro inferior direito (região da coxa), com dor e calor no local. Apresentava lesão semelhante, com tamanho menor, na perna esquerda. Sem sintomatologia sistêmica, a paciente havia sido tratada para "picada de aranha". Relatava cesariana cinco meses antes do início do quadro. O marido apresentava lesões semelhantes e também receberá o mesmo tratamento, sem boa resposta. Foi realizado exame bacterioscópico e bacteriológico da pústula e iniciado tratamento com cefalosporina de primeira geração (G+) por 14 dias. Na primeira semana de tratamento, o eritema regrediu Furúnculo Staphylococcus Aureus 2: Uma idosa de 80 anos apresenta erupção eritematosa, dolorosa e de rápida disseminação na perna. A erupção apresenta-se quente e sensível e a temperatura dela é de 38ºC. Celulite Streptococcus Pyogenes 3: Uma menina de 14 anos apresenta erupção eritematosa, dolorosa e de rápida disseminação na perna. A erupção apresenta-se quente e sensível e a temperatura dela é de 38C. Cocos Gram-positivos em cadeias foram observados em um aspirado da lesão. Na cultura do aspirado em ágar sangue desenvolveram-se colônias circundadas por uma zona clara de hemólise (beta). Celulite Streptococcus Pyogenes 4: Um homem de 20 anos caiu de sua motocicleta e sofreu uma fratura múltipla no fêmur. A fratura foi reduzida cirurgicamente e o ferimento debridado. Após 48h, ele apresentou febre (temperatura de 40°C) e o ferimento tornou-se necrótico. Foram observado crepitações e um odor fétido originado do ferimento. Anemia acentuada e uma contagem de leucócitos de 22.800 foram também verificadas Gangrena Gasosa Clostridium Perfringens