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Estupro de Vulnerável - art 217-A, do Código Penal

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C A P Í T U L O I I - D O S C R I M E S S E X U A I S C O N T R A V U L N E R Á V E I S
O bem jurídico tutelado no crime do art. 217-A
é a dignidade do menor de 14 anos, do
enfermo e do deficiente mental, ou seja,
pessoas que possuam discernimento
reduzido.
Consumação: Consuma-se o crime com a
conjunção carnal ou com a prática de outro
ato libidinoso com pessoa vulnerável.
CRIMES CONTRA A
DIGNIDADE SEXUAL
Estupro de vulnerável 
(Art. 217-A, Código Penal)
Tipo subjetivo: Dolo -> abrange, além da
consciência da ação e do resultado, o nexo
causal entre eles, a vontade de praticar a
ação para obter o resultado, o conhecimento
sobre a menoridade da vítima, ou sobre sua
enfermidade ou deficiência mental, ou sobre
a ausência do necessário discernimento, ou,
por fim, sobre a impossibilidade de oferecer
resistência.
Há três situações caracterizadores da
vulnerabilidade:
Menores de 14 anos (a pessoa é
vulnerável até o dia anterior ao 14º
aniversário – critério etário).
Aqueles que, por enfermidade ou
deficiência mental, não têm o
necessário discernimento para a prática
do ato (permanentemente ou
temporária, congênita ou adquirida –
critério biopsicológico). (art. 217-A,§1°).
Aqueles que, por qualquer outra causa,
não podem oferecer resistência (exige
interpretação em sentido amplo, por
exemplo, pessoas em coma, em sono
profundo, anestesiadas ou sedadas,
deficientes físicos que, embora
conscientes não têm como se defender
da agressão sexual). (art. 217-A,§1°).
Modalidades comissiva e omissiva: É
praticado, via de regra, na forma comissiva
(por uma ação), todavia, há a possibilidade da
sua prática ser realizada pela via omissiva.
Um exemplo típico desta última modalidade é
da mãe que deixa a filha menor de catorze
anos ser estuprada pelo pai e nada faz para
impedir a ocorrência do crime (art. 13, §2º do
CP).
São sujeitos ativo e passivo do crime pessoas
de qualquer sexo. Mas como ofendidos
somente podem figurar aqueles que se
enquadrem na descrição de vulneráveis.
C A P Í T U L O I I - D O S C R I M E S S E X U A I S C O N T R A V U L N E R Á V E I S
Tentativa: Há a possibilidade da figura da
tentativa, todavia, é difícil a sua constatação.
Pode-se falar em estupro tentado quando o
agente, iniciando a execução, é interrompido
pela eficaz reação da vítima ou pela reação de
um terceiro que impede o contato íntimo. 
Obs.: Se o agente pretende praticar um ato de
penetração e não consegue, mas nesse
momento pratica toques na genitália da
vítima ou sexo oral, o crime será consumado,
pois os atos praticados já são suficientes
para a configuração do ato libidinoso.
CRIMES CONTRA A
DIGNIDADE SEXUAL
Elementos normativos: Ato libidinoso,
necessário discernimento e impossibilidade
de resistência.
De acordo com o disposto no art. 1º, VI, da Lei
8.072/1990, o estupro de vulnerável é
definido com crime hediondo.Classificação: Crime comum, material, doloso,
de dano, comissivo, plurissubsistente.
Pena: Reclusão, de 8 a 15 anos.
Se do estupro de vulnerável resultar a
morte,
Trata-se de crime preterdoloso, que o
resultado qualificador é atribuído ao
agente a título de culpa, de modo que há
dolo no estupro e culpa na morte. Caso
após ou durante o estupro o agente
decida matar a vítima, ou aceite sua
morte, haverá dolo na morte
configurando o homicídio. Nesse caso
haverá concurso entre o estupro e o
homicídio.
 -> Pena: Reclusão, de 20 a 30 anos.
Se houver lesão corporal de natureza
grave, que são as descritas no art. 129,
§§ 1º e 2º, CP.
Formas qualificadas: Há a previsão de duas
qualificadoras em razão de resultado:
-> Pena: reclusão, de 10 a 20 anos.

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