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Micoses superficias e cutâneas


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Profª Drª Thaís Dalzochio
Micoses superficiais e cutâneas
Micoses superficiais
MICOSES SUPERFICIAIS
 Causadas por fungos que invadem apenas a superfície da pele ou a haste dos pelos
 Não invadem a camada córnea da pela
 Não gera resposta inflamatória
 Manchas superficialmente na pele
 Nódulos nos pelos
 Pitiríase versicolor
 Piedra branca e negra
 Tinea negra
Malassezia E PITIRÍASEVERSICOLOR
 Pitiríase versicolor: causada pela Malassezia furfur
 Doença crônica que atinge a camada superficial da pele
 Lesões características: bem demarcadas de coloração esbranquiçada, rosadas ou
marrons e encobertas por uma fina camada de escamas furfuráceas.
 A cor das lesões varia de acordo com a pigmentação da pele do paciente,
exposição da área afetada ao sol e a severidade da doença.
 Outra forma da infecção é caracterizada pela formação de pápulas foliculares e
pústulas localizadas nas costas, peito e parte superior dos braços.
 Lesões que causam coceira e aparecem frequentemente após a exposição ao sol.
 A M. furfur também tem sido implicada como agente causadora da caspa e dermatite seborreica
 Fungemia: alguns casos de infecções da corrente sanguínea por M. furfur têm sido reportados em pacientes
neonatos e adultos recebendo alimentação parenteral rica em lipídeos.
 Estes pacientes também podem apresentar embolia pulmonar e lesões em outros órgãos.
Depende da condição do hospedeiro
- Predisposição genética
DIAGNÓSTICO
 A amostra pode ser coletada por raspagem ou colocando-se uma fita adesiva transparente sobre as lesões.
 Exame direto: amostra pode ser corada rapidamente com K-tinta ou azul de metileno.
 Presença de estruturas leveduriformes aglomeradas (cachos de uva) e hifas curtas confirma o diagnóstico. Tais
características microscópicas dispensam o uso de cultura para confirmação do diagnóstico.
Exame microscópico direto obtido de lesões de
pitiríase versicolor, com hifas curtas e numerosas
leveduras globosas em torno de bulbo piloso,
sugestivas de Malassezia spp. Técnica de Jarbas
Porto (fita adesiva corada com azul de metileno).
DIAGNÓSTICO - CULTURA
 Necessária apenas em casos de suspeita de fungemia por M. furfur ou outra espécie de Malassezia.
 Cultura da ponta do cateter também é recomendada para auxiliar no diagnóstico.
 Devido à sua natureza lipofílica, é essencial a presença de óleos vegetais (oliva) ou outras substâncias gordurosas
(tween) para estimular o crescimento do microrganismo.
 Sabouraud com dextrose, cicloheximida e azeite de oliva.
 Meio de Dixon contém glicerol e monooleato
 Cresce em 3-7 dias a 30-37 °C
 Colônias amarelo-marrom cremoso
TRATAMENTO
 Uso tópico de imidazois
 Lesões extensas: tratamentos orais com cetoconazol ou itraconazol.
 Tratamentos profiláticos uma a duas vezes por semana são necessários para evitar o reaparecimento da doença.
PIEDRAS – PIEDRA BRANCA
 Micose superficial causada pelo Trichosporon spp.
 Afeta exclusivamente os pelos humanos.
 O pelo afetado desenvolve um nódulo que adere em sua superfície
 Não há alterações patológicas e comprometimento da pele vizinha.
 Pode atingir cabelos, pelos axilares e pubianos, assim como barba e bigode.
 Distribuição: mundial, mas é mais comum em regiões tropicais e subtropicais.
DIAGNÓSTICO
 A observação microscópica dos pelos afetados
tratados com KOH revela a presença de hifas hialinas,
artroconídios e blastoconídios (raros).
 Normalmente não é necessária a cultura para o
isolamento do fungo.
PIEDRAS – PIEDRA PRETA
 Semelhante à piedra branca, afeta os pelos do corpo através da formação de nódulos pretos e endurecidos.
 Agente causador: fungo demáceo Piedraia hortae (filamentoso).
 Infecções geralmente localizadas na cabeça, mas podem acometer barba, bigode e pelos da região pubiana.
 Pode afetar os membros da mesma família através do compartilhamento de pentes e escovas de cabelo.
 Distribuição: América Central e Sul e Sudeste Asiático.
DIAGNÓSTICO
 Visualização microscópica do pelo afetado (KOH ou K-tinta).
 A presença de nódulos escuros contendo estruturas fúngicas
acastanhadas e algumas vezes ascósporos, confirma a identificação do
agente.
 A cultura confirma o diagnóstico e pode ser realizada em agar
sabouraud contendo cicloheximida e antibióticos (cloranfenicol).
 As colônias são pretas e demoram de 2-3 semanas para aparecerem na
superfície do meio.
TRATAMENTO
 Consiste no corte dos pelos.
 Raramente há a necessidade do uso de agentes antifúngicos (terbinafina).
TINEA NIGRA
 Infecção fúngica benigna da camada córnea da pele.
 Também denominada tinea nigra palmaris, pitiríase nigra e ceratomicose negra palmar.
 Aparecimento de manchas negras ou amarronzadas, com bordas bem definidas.
 Normalmente acometem a palma das mãos e mais raramente a região plantar ou outras
superfícies da pele.
 Não há reação inflamatória ou descamação da região afetada.
 Distribuição: mundial, porém mais comum em regiões tropicais, principalmente América Central e
do Sul, África, Sudeste Asiático e Austrália.
 Agente etiológico: Hortaea werneckii.
Várias reclassificações desde sua
descrição em 1921 no Rio de Janeiro.
-Cladosporium werneckii
-Exophiala werneckii
-Phaeoannellomyces werneckiiFungo saprófita encontrado 
no solo e em madeira em 
decomposição.
DIAGNÓSTICO
 Exame direto
 Microscopia dos raspados das lesões em KOH ou K-tinta, preferencialmente mantidas a 4° C overnight.
 Observar a presença de hifas acastanhadas com septos regulares e ramificadas.
 Lembrar que a tinta Parker dificulta a visualização da pigmentação das hifas demáceas.
 Cultura
 Escamas da pele podem ser inoculadas diretamente em agar Sabouraud dextrose.
 Presença de antibióticos não prejudicam o isolamento do fungo.
 Incubar por até 30 dias → crescimento lento.
 Colônia do tipo leveduriforme (mucoide) e de cor preto-olivácea.
Tratamento: antifúngicos tópicos.
Micoses cutâneas
 São as micoses mais frequentes no homem.
 Infecções fúngicas que acometem os tecidos queratinizados, como pele, unhas e pelos, destruindo os tecidos
 Reação imunológica do hospedeiro
 Raramente penetram no hospedeiro causando infecções profundas em tecidos e órgãos.
✓ Dermatofitoses (Tineas)
✓ Dermatomicoses (Hialo-hifomicose e feo-hifomicose)
✓ Candidíase muco-cutânea
✓ Otomicoses
✓ Ceratomicose
DERMATOFITOSES
 Infecções produzidas por três gêneros específicos de fungos:
 Epidermophyton
 Trichophyton
 Microsporum
 Não há invasão dos tecidos em condições normais do hospedeiro.
 A presença do fungo e seus produtos metabólicos induzem uma reação alérgica/inflamatória no hospedeiro.
Capacidade de causar infecções em unhas, pele e pelos
Utilização da queratina como nutriente para o
seu crescimento
DERMATOFITOSES
 A severidade da doença depende da espécie de dermatófito envolvido.
 Queratina e dermatófitos
 Queratina são moléculas proteicas de alto peso molecular.A composição varia de acordo com a origem.
 Cabelo: grande quantidade de cisteína
 Pele: grande quantidade de metionina
Essas diferenças podem explicar a predileção dos dermatófitos
por alguns locais do corpo humano e a preferência por alguns
animais.
DERMATÓFITOS
 Antropofílicos
 Hospedeiros são os seres humanos
 Geofílicos
 Podem ser encontrados no solo e utilizam queratina a partir do tecido morto
 Zoofílicos
 Espécies que se adaptaram ao parasitismo em animais.
 Induzem forte reação na pele do hospedeiro onde houve contato com o animal infectado.
 As infecções causadas por dermatófitos são chamadas tinea.
 Existem atualmente duas classificações aceitas.
 Na classificação inglesa, todas as infecções são chamadas de tinea e o local de infecção é indicado pela palavra derivada do
latim. Ex: tinea corporis, tinea pedis, tinea cruris, tinea barbae.
 Na classificação francesa, a palavra tinha ou tinea é reservada apenas às infecções dermatofíticas queacometem o couro
cabeludo e a barba ou bigode.
 Pode-se ainda dividir as tineae de acordo com a apresentação clínica. Ex: Tinea tonsurante, Tinea Supurativa e Tinea Fávica.
INFECÇÃO DOS PELOS
 Os pelos são infectados através da penetração do fungo no folículo piloso.
 O processo infeccioso normalmente é secundário a uma infecção de pele.
 Após a infecção da raiz do pelo, o fungo pode se estender infectando a superfície ou
invadindo a parte interna do pelo.
 A infecção da parte externa do pelo (cutícula) é chamada ectotrix
 Típico de infecções pelo Microsporum canis.
INFECÇÃO DOS PELOS
 Outra forma de infecção é chamada de endotrix
 Envolve a penetração do fungo no pelo e seu crescimento no interior deste, onde o
fungo de fragmenta dando origem a artroconídios.
 Agente típico: Trichophyton tonsurans.
 No caso de endotrix por Trichophyton schoenleinii, observa-se o crescimento do
fungo no interior do pelo, porém sem a formação de artroconídios. No entanto,
é possível observar a formação de canais no interior do pelo.
Útil para a caracterização do fungo. Uma vez que o
pelo é imerso, bolhas de ar movem-se pelo interior dos
canais.
INFECÇÃO DOS PELOS
 T. schoenleinii é agente causador da tinea fávica
 Formação de crostas amareladas ao redor de um pelo.
Essas crostas são chamadas de escútulas e sua 
fusão leva à formação da crosta fávica.
Crostas formadas pelo aglomerado 
de hifas
INFECÇÃO DA PELE
 Coletivamente chamadas de epidermofitíases (classificação francesa).
 Podem ser classificadas de acordo com suas formas clínicas em:
 Herpes circinada (Tinea corporis)
 Lesões de grandes pregas (Tinea cruris)
 Lesões interdigitais (Tinea pedis e Tinea manum)
 Tinea imbricata
 Lesões no couro cabeludo (Tinea capitis) 
Epidermophyton floccosum
Trichophyton interdigitale
Trichophyton rubrum
Tinea pedis
Tinea cruris
T. rubrum, T. interdigitale e E. floccosum
Tinea imbricata ou Tokelau
Tinea corporis
M. gypseum e M. canis
ONICOMICOSES
 Infecção fúngica que invade a lâmina da unha.
 Quando causada por um dermatófito, é chamada de Tinea unguium.
 Também pode ocorrer devido à infecção por leveduras (Candida) e outros fungos além dos dermatófitos.
 As infecções provocam alterações na aparência das unhas afetadas e são, em geral, difíceis de tratar.
ONICOMICOSES
 Os dermatófitos mais comumente vistos em onicomicoses são:
 Trichophyton rubrum
 Trichophyton interdigitale
 Outros fungos incluem:
 Acremonium spp.
 Aspergillus spp.
 Fusarium spp.
 Scopulariopsis brevicaulis
 Onychocola canadensis
 Scytalidium dimidiatum
Apenas 50% das alterações nas
unhas são devidas a fungos
- Importante diagnosticar pelo
exame direto ou cultura
T. rubrum
T. tonsurans
DIAGNÓSTICO
 Escamas da pele e material das unhas
 Uso de um cartão preto facilita a visualização do material
 KOH: hifas típicas e artroconídios
a. Quantidade de amostra de unha adequada. b. 
inadequada
DIAGNÓSTICO
 KOH: cabelos infectados
Ectotrix – Microsporum canis e M. gypseum Endotrix – Trichophyton tonsurans
DIAGNÓSTICO
 Cultivo
 Análise macro e microscópica
 Em meio Sabouraud, nem sempre desenvolvem todas as características.
 Agar lacrimel ou batata.
 Provas bioquímicas/fisiológicas
 Identificação do dermatófito
DIAGNÓSTICO
Trichophyton spp.
 Dermatófito que habita
 Solo
 Animais
 Seres humanos
 Principal causa de infecções
 Pelos, pele e unhas
 Pode causar doença invasiva em pacientes imunocomprometidos
 Principais agentes das dermatofitoses
-T. rubrum
-T. mentagrophytes
-T. intedigitale
-T. schoenleinii
-T. tonsurans
-T. verrucosum
-T. violaceum
T. rubrum - ANTROPOFÍLICO
A maioria das cepas produz colônias com textura cotonosa (crescimento lento). A superfície
geralmente é branca, podendo se tornar rosa com o passar do tempo. O reverso é tipicamente
vermelho-vinho.Todavia, coloração marrom a amarelo esverdeado pode ser observada.
Hifas hialinas. Microconídios de forma piriforme (forma de lágrima/gota) dispostos lateralmente na hifa. Ausência de hifas
em espiral. Raros macroconídios (em forma de lápis/charuto).
T. rubrum
Trichophyton mentagrophytes – ZOOFÍLICO (RATOS, COELHOS) E 
ANTROPOFÍLICO
Colônias podem ter variação na cor de creme a
amarelo. Superfície plana granulosa devido à
abundância de macro e microconídios. O reverso
também pode variar de amarelo a vermelho
acastanhado.
Trichophyton mentagrophytes
Microconídios esféricos aglomerados e hifas hialinas septadas e ramificadas. Pode-se encontrar
hifas em espiral. Raros macroconídios em forma de charuto.
T. rubrum X T. mentagrophytes
 Microconídios
 T. rubrum: forma de lágrima e aderidos às hifas
 T. mentagrophytes: aglomerados de microconídios esféricos.
 Outros testes
 T. rubrum: urease negativa
 Teste da perfuração do cabelo: negativa
 Cabelo estéril é inoculado com a espécie de Trichophyton e examinado após um período de crescimento para verificar se o fungo invadiu
ou perfurou o cabelo.
Trichophyton verrucosum – ZOOFÍLICO (GADO, CAVALOS)
Colônias são geralmente pequenas (crescimento lento) e planas. A
coloração varia de creme a cinza. O reverso é frequentemente
não pigmentado, de cor amarelada.
Microconídios e macroconídios
raros ou ausentes.
Trichophyton tonsurans - ANTROPOFÍLICO
A superfície pode ser branca, bege, esverdeada ou amarelada. O
aspecto pode variar de aveludado a pulverulento.
Presença de hifas septadas e numerosos microconídios de formas
variadas (alongados, piriformes ou claviformes) aderidos às hifas.
Macroconídios raros.
Trichophyton interdigitale
Superfície cotonosa a arenosa, com coloração esbranquiçada. Reverso
marrom ou amarelo.
Hifas hialinas septadas e ramificadas.
Microconídios abundantes
piriformes e unicelulares.
Macroconídios clavados e em forma
de charuto.
Trichophyton schoenleinii
 Antropofílico
 Transmissão de pessoa a pessoa (intrafamiliar)
 Parasita do couro cabeludo, mas pode afetar outros sítios
 Tinea capitis
 Tratamento prolongado
Trichophyton schoenleinii
Colônias que variam de branco a castanho e
pregueadas. Pigmentação reversa incolor ou
amarelo claro.
Hifas hialinas septadas
em forma de
candelabros. Ausência de
macro e microconídios.
Epidermophyton floccosum - ANTROPOFÍLICO
 Única espécie patogênica do gênero
 Infecta pele e unhas
 Restrito às áreas cornificadas, não vivas, do epitélio
 Sem habilidade para penetrar tecidos em paciente imunocompetentes
 Infecção invasiva foi reportada em pacientes imunocomprometidos.
 Altamente contagioso
Crescimento moderado, (10 dias) com superfície amarelo mostarda ou
acastanhada. As colônias podem ter aspecto aveludado ou pulverulento e
apresentar “dobras” (pregueado) com o crescimento. O reverso pode ser
amarelado ou alaranjado.
Hifas septadas sem a produção de microconídios, o que o diferencia dos demais dermatófitos. Macroconídios
(abundantes) apresentam paredes finas com 2 a 5 células com aspecto clavado, (forma de raquete) base larga e
extremidade distal arredondada, aderidos às hifas.
Microsporum spp.
 Fungo filamentoso, queratinofílico
 Infecta principalmente
 Cabelo
 Pele
 Espécies são principalmente geofílicas ou zoofílicas
 Microsporum audouinii, M. canis, M. gypseum, M. nanum, M. cookei.
Microsporum canis
 Zoofílico
 Prevalente em crianças
 Tinea
 Capitis
 corporis Crescimento moderado (7 dias). Superfície do crescimento com aspecto
aveludado. Pode apresentar sulcos radiais. A coloração é tipicamente amarelo
claro na periferia do crescimento. O reverso é pálido a amarelo ouro e tende a
se tornar acastanhado com o passar do tempo.
Microsporum canis
Hifas septadas que produzem numerosos macroconídios. Os macroconídios são
alongados, fusiformes e possuem uma parede grossa. Possuem geralmente 6 ou mais
compartimentos. Microconídios em forma de lágrima são raramente encontrados ao
longo dashifas.
Microsporum gypseum
As colônias são geralmente planas e amareladas com aspecto pulverulento e centro
com aspecto cotonoso. O reverso pode ser amarelado, alaranjado ou acastanhado.
Microsporum gypseum
Hifas hialinas, septadas e ramificadas onde microconídios clavados podem ser encontrados. Macroconídios são fusiformes,
com paredes finas e contêm de 3 a 6 células internas. São geralmente numerosos e possuem as pontas arredondadas
(diferentemente do M. canis).
DERMATOMICOSES
 Infecções da pele, unhas e pelos semelhantes às causadas por dermatófitos.
 Uma grande variedade de fungos filamentosos e leveduras pode causar esse tipo de infecção.
• Dermatomicoses causadas por fungos negrosFeo-hifomicoses
• Dermatomicoses causadas por fungos
hialinos
Hialo-hifomicoses
DERMATOMICOSES
 Unhas são os locais mais afetados (principalmente dos pés), mas podem afetar a pele também.
 Principais agentes envolvidos: Scytalidium dimidiatum (Nattrassia mangifera) e Scytalidium hyalinum.
 Correta identificação é importante e não devem ser confundidos com dermatófitos.
 Outras espécies: Scopulariopsis brevicaulis, Fusarium sp., Curvularia sp.
 Fungos sensíveis à cicloheximida e não crescem em meios seletivos para dermatófitos (micosel). Deve-se usar agar
sabouraud sem este agente para o isolamento destes fungos.
Resistência natural à maioria dos antifúngicos
Localização
Agentes Unha Pele Interdigital-
pés
Inguino-
crural
Palmo 
plantar
Acremonium x x x
Aphanoascus
flavescens
x x x
Fusarium x x
Paecilomyces x x
Pyrenochaeta unguis-
hominis
x
Scopulariopsis
brevicaulis
x
Trichoderma x
Trichosporon x
AGENTES DE HIALO-HIFOMICOSES
Fiálides são cilíndricas ou elipsóides
que dão origem aos conídios, que são 
fusiformes e podem ser encontrados 
em cadeias.
Paecilomyces sp.
Células conidiogênicas simples
ou agrupadas. Conídios de
parede rugosa
frequentemente em cadeia.
Scopulariopsis brevicaulis
Localização
Agentes Unha Pele Interdigital-pés Inguino-crural Palmo plantar
Alternaria x x x x
Chaetomium globosum x x
Cladophialophora bantiana x
Cladophialophora oxysporum x
Curvularia x
Exserohilum x
Nattrassia mangifera x x x x
Phoma eupyhrena x
Scytalidium dimidiatum x x
AGENTES DE FEO-HIFOMICOSES
Alternaria sp.
Scytalidium dimidiatum
Presença de artroconídios e 
hifas com septos escuros.
CANDIDÍASE MUCO-CUTÂNEA
 Causada por leveduras do gênero Candida.
 Manifestações clínicas mais comuns:
 Candidíase cutânea
 Intertriginosa: comum nas axilas, virilha, região inter e submamária, interglúteo
 Pelo uso da fralda
 Onicomicoses
 Exposição constante das mãos à umidade. Podem ser acompanhadas por infecções bacterianas secundárias
 Candidíase oral
 Associada à deficiências imunológicas severas (diabetes, leucemias, HIV). Ocorrem placas esbranquiçadas ma mucosa da boca
 Candidíase genital
 Comum na mulher. Ocorrem prurido vaginal intenso, dor, secreção.
 Candidíase mucocutânea crônica
 Forma persistente da candidíase mucocutânea que afeta pele, unhas e mucosas. Acomete normalmente crianças e pacientes com problemas de imunidade.
OTOMICOSES
 Infecções superficiais localizadas no canal auditivo externo.
 São agudas ou subagudas e, normalmente, acompanhadas de inflamação, prurido, descamação e desconforto.
 É comum a esfoliação do epitélio superficial com liberação de massas contendo hifas, supuração e dor.
 Geralmente, a otomicose é uma micose recorrente.
 Pode-se utilizar acetato de alumínio 5% para diminuir o inchaço e remover o material que se forma.
 Tratamento: nistatina, clotrimazol e econazol.
DIAGNÓSTICO
 Exame direto: examinar o material da lesão com KOH ao microscópio. Observar a presença de hifas e em alguns
casos, elementos de frutificação do fungo.
 Cultura: agar sabouraud com dextrose e incubação a 30ºC. Não utilizar meios contendo cicloheximida, pois a
grande maioria dos fungos causadores de otomicoses é sensível a este agente. Contudo, a adição de antibióticos
(cloranfenicol, gentamicina) é recomendável para evitar a contaminação por bactérias.
 Principais fungos envolvidos:
 Aspegillus fumigatus, A. niger, Candida albicans e tropicalis.
CERATOMICOSE
 Ceratomicose ou ceratite micótica é uma infecção da córnea causada por fungos filamentosos ou leveduras.
 Fator de risco mais importante: trauma, geralmente envolvendo materiais de plantas.
 Outros: doença crônica da superfície ocular, uso de lentes de contato, cirurgia, excesso de anestésico para a córnea e
imunodeficiências.
 Tratamento: prolongado, envolvendo o uso de colírios com antifúngicos (natamicina, anfotericina B) ou
tratamentos sistêmicos (fluconazol em caso de leveduras).
 Pode ser necessária cirurgia que vai desde a raspagem da córnea até a retirada da mesma.
DIAGNÓSTICO
 Exame direto
 Demonstração do fungo em material do raspado da córnea e seu isolamento em cultura.
 KOH ou gram
 Materiais coletados com swab são normalmente insatisfatórios
 Cultura
 Inocular em agar sabouraud dextrose e BHI com sangue de carneiro (10%) e incubar a 30ºC. 
 Evitar meios contendo cicloheximida.
 Principais fungos envolvidos
 Acremonium spp., Aspergillus flavus, A. fumigatus, A. niger, Bipolaris spp., Candida albicans, Curvularia spp, Exserohilum spp., Fusarium
spp.
Achado clínico: úlcera 
da córnea
Fusarium spp.
Acremonium spp.
Curvularia sp.
Aspegillus flavus
REFERÊNCIAS
 ANVISA – Manual de identificação de fungos de importância médica. Disponível em: <
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/microbiologia/mod_7_2004.pdf>.
 FUENTEFRIA, A. M.; DALLA LANA, D. F.; OLIVEIRA, O. L .M.; PAGNUSSAT, V. Atlas de Micologia Médica. Porto Alegre: 
Editora Letra, 2019.
 JAWETZ, E.; MELNICK, J. L.; ADELBERG, E. A. Microbiologia médica. 25ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
 MORAES, R. G.; LEITE, I. C.; GOULART, E. G. Parasitologia e Micologia Humana. 5ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2008.
 TRABULSI, L.R.; ALTERTHUM, F. (eds). Microbiologia. 6ed. São Paulo: Atheneu, 2015.
PROFª DRª THAÍS DALZOCHIO
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/microbiologia/mod_7_2004.pdf