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MICROBIOLOGIA II

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MICROBIOLOGIA II – Fungos e Vírus
· FUNGOS: se diferenciam das bactérias por serem eucarióticos, apresentarem esteróis na membrana celular, sua parede celular não possui peptideoglicanos e sim quitina, os esporos são reprodutivos sexuais e assexuais e seu metabolismo é heterotrófico; aeróbico ou anaeróbico facultativo.
•Características: 
- Estruturas vegetativas: as colônias dos fungos são descritas como estruturas vegetativas, porque são compostas de células envolvidas no catabolismo e no crescimento. 
· Fungos filamentosos e fungos carnosos: possuem filamentos chamados hifas; as hifas aéreas geralmente sustentam os esporos reprodutivos, se em condições favoráveis, as hifas crescem formando um micélio.
· Leveduras: são fungos unicelulares, não filamentosos. As leveduras de brotamento dividem-se formando células desiguais. No brotamento a célula parental forma uma protuberância (broto) na superfície externa, à medida que o broto se alonga o núcleo da célula se divide e por fim o broto acaba se separando. 
As leveduras de fissão, dividem-se produzindo duas novas células iguais. São capazes de crescimento anaeróbico facultativo.
· Fungos dimórficos (duas formas de crescimento): tais fungos podem crescer tanto na forma de fungos filamentosos, como na forma de leveduras.
- Ciclo de vida: tanto a reprodução assexuada como a sexuada dos fungos ocorrem pela formação de esporos. Os esporos são formados a partir das hifas aéreas e podem ser sexuais ou assexuais. 
• A fase sexuada dos fungos é denominada teleomórfica ou perfeita e a fase assexuada, anamórfica ou imperfeita. 
• A maior parte das leveduras reproduz-se assexuadamente por brotamento ou gemulação e por fissão binária. No processo de brotamento, a célula-mãe origina uma gêmula, o blastoconídio, que cresce e recebe um núcleo após a divisão do núcleo da célula-mãe. Na fissão binária, a célula-mãe divide-se em duas células de tamanhos iguais.
· Esporos assexuais: são formados pela mitose e subsequente divisão celular
· Esporos sexuais: resulta da reprodução sexuada, consistindo de três etapas:
• Plasmogamia: um núcleo haploide de uma célula doadora +(positiva), penetra no citoplasma da célula receptora –(negativa) ;
• Cariogamia: os núcleos + e – se fundem e formam um núcleo zigoto diploide;
• Meiose: o núcleo diploide origina um núcleo haploide, esporos sexuais.
- Adaptações nutricionais: o fungos são quimio-heterotróficos, ou seja, absorvem nutrientes
- Crescimento e Reprodução:
· FILOS DE FUNGOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA: 
· Zigomicetos: ou fungos de conjugação, são fungos filamentosos saprofíticos, que apresentam hifas cenocíticas. 
- os esporos sexuais são zigósporos; um zigósporo é um esporo grande no interior de uma parede espessa. Esse tipo de esporo resulta da fusão de núcleos de duas células que são morfologicamente similares.
· Ascomicetos: ou fungos de saco, incluem fungos com hifas septadas e algumas leveduras; Seus esporos assexuais normalmente são conídios produzidos em longas cadeias a partir do conidióforo.
- o termo conídio significa pó, esses esporos são facilmente liberados da cadeia formada no conidióforo ao menor contato e flutuam no ar como poeira.
- um ascósporo se origina da fusão do núcleo de duas células que podem ser morfologicamente similares ou diferentes; os esporos são produzidos no asco (saco).
· Basidiomiceto: também possuem hifas septadas; inclui fingos que produzem cogumelos. 
- basidiósporos são formados externamente em um pedestal, basídio; alguns dos basidiomicetos produzem conidiósporos assxeuais. 
· DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS: qualquer infecção de origem fungica é chamada de micose;
· Micoses Sistêmicas: são infecções fúngicas profundas no interior do corpo; normalmente são causadas por fungos que vivem no solo; a inalação dos esporos é a forma de transmissão; 
· Micoses Subcutâneas: são infecções fúngicas localizadas abaixo da pele, causadas por fungos saprofíticos que vivem no solo e na vegetação; a infecção ocorre por implantação direta dos esporos ou de fragmentos de micélios em uma perfuração na pele;
· Dermatófitos: fungos que infectam apenas a epiderme, o cabelo e as unhas (micoses cutâneas); os dermatófilos secretam queratinase, uma enzima que degrada queratina; a infecção é transmitida entre humanos ou entre animal e humano por contato de direto ou contado com fios e células epidérmicas infectadas; 
· Micoses superficiais: fungos se localizam ao longo dos fios de cabelos e em células epidérmicas superficiais; essa infecções prevalecem em climas tropicais; 
· Infecções por leveduras: ou candidíases, frequentemente são causadas por Candida albicans e podem ocorrer como candidíase vulvovaginal ou como “sapinho”, uma candidíase mucocutânea. 
· MICOSES SUPERFICIAIS E CUTÂNEAS: 
· Micoses superficiais e cutâneas compreendem as micoses superficiais, dermatofitoses, candidíases mucocutâneas e dermatomicoses causadas por outros fungos filamentosos não dermatófitos e leveduras não Candida spp.
· As micoses superficiais são definidas como crescimento fúngico nos tecidos epiteliais, sem invasão do tecido vivo. 
· Pitiriasis Versicolor: é uma infecção fúngica da pele, caracterizada por lesões hipocrômicas ou hipercrômicas causada por Malassezia spp. que são leveduras lipofílicas. 
- A Malassezia faz parte da biota normal da pele, em condições são perfeitamente esclarecidas, o crescimento se axecerba, o fungo produz filamentos e determina manifestações clínicas.
- Apresenta-se como máculas, finamente descamativas, de tamanho, forma e cor variáveis, observados mais em áreas seborreicas do corpo. Pode ocorrer em lugares inusitados como pênis, pálpebras e região submamária.
- A hipocromia das lesões tem sido atribuída à presença de ácido azelaico, enquanto a hiperpigmentação relaciona-se ao aumento e distribuição dos melanossomas. 
- Geralmente é assintomática, de caráter crônico.
- O diagnóstico clínico pode ser complementado pelo exame com a lâmpada de Wood quando se evidência fluorescência amarelada e pelos sinais da unhada de Besnier e do estiramento de Zileri para facilitar a visualização da descamação. 
- A partir do diagnóstico microscópico pode-se analisar células leveduriformes redondas ou ovaladas, isoladas ou agrupadas, com brotamento típico em boliche ou garrafa e filamentos de parede espessa, septados, curtos, curvos e irregulares.
- O cultivo é feito em meio que contêm ácidos graxos de cadeia longa, incubados a temperatura de 35-37ºC. Em dois a quatro dias se desenvolvem colônias de textura cremosa, de cor creme a marrom-claro, aspecto mucoide com superfície lisa a rugosa. 
· Tinea Nigra (Tinha Negra): é uma infecção assintomática, superficial, benigna, caracterizada por lesões maculares, pouco descamativas de cor marrom negro, mais comum nas regiões palmar e plantar, mas outras áreas podem ser acometidas. 
- O agente é o fungo melanizado Hortaea werneckii, já foi isolado do solo e areia da praia. 
- Diagnóstico diferencial deve ser feito com melanoma, nevus e fitotomelanose. 
- O crescimento na primeira semana é leveduriforme, com textura cremosa, cor negra-olivácea brilhante. Após a segunda semana, aparece o micélio aéreo e pode haver alteração de cor para cinza-escuro, marrom ou negra.
· Piedra Branca: é uma infecção fúngica, superficial benigna, que se caracteriza pela presença de nódulos claros ao redor dos pelos, de qualquer parte do corpo, causada por Trichosporon spp. 
- Ocorre mais comumente nos cabelos, o hábito de prender os cabelos molhados após o banho, o uso de cremes são condições que mantem a umidade dos cabelos por mais tempo, favorecendo a micose.
- Apresentam cor branca a creme, sendo que algumas são cerebriformes e franjadas. 
· Piedra Negra: é uma micose assintomática, caracterizada pela presença de nódulos escuros firmemente aderentes ao pelo causado pelo fungo melanizado Piedraia hortae.
- A doença é encontrada em ambos os sexos e somente o cabelo é parasitado. 
· Dermatofitoses: são lesões cutâneas provocadas por um grupo grande de fungos, comacentuadas diferenças na sua morfologia, mas com habilidade comum em degradar a queratina, denominados dermatófitos. As lesões no homem acontecem nas regiões queratinizadas do organismo, ou seja, pele e seus anexos, pelos e unhas.
- Se reproduzem assexuadamente e sexuadamente. Na fase assexuada, os dermatófitos se reproduzem por conídios, sendo enquadrados no grupo e fungos anamórficos. A fase sexuada é obtida em laboratório através de cruzamentos entre cepas. 
- Em cultivo, na fase assexuada os dermatófitos apresentam aspecto algodonoso, pulverulento, aveludado e pigmentação variável. 
- Segundo o gênero de dermatófito, as lesões podem localizar-se na pele, nos pelos e nas unhas (Tabela 67.1) e as dermatofitoses são denominadas ainda de acordo com o sítio afetado: tinea capitis (couro cabeludo), t. barbae (região da barba), t. corporis (pele glabra), t. cruris (região inguinal), t. pedis (pés), t. manuum (mãos), t. unguium (unhas).
- A atividade queratinolítica é devida a um conjunto de enzimas proteolíticas capazes de degradar a queratina: fungalisinas (metaloproteases-glicoproteinas) e subtilisina (serinaproteases).
- As lesões de dermatofitoses apresentam quatro etapas distintas: Após o contato do dermatófito com o hospedeiro tem-se um período de incubação variável dependente de vários fatores principalmente do hospedeiro; um período de invasão radial, em que há produção de enzimas, degradação da queratina e crescimento das hifas; período refratário, em que as hifas se fragmentam, produzindo estruturas de resistência, os artroconídios.
- No pelo, os dermatófitos invadem o folículo piloso, o pelo perde o brilho, torna-se quebradiço e cai.
- Na pele, os dermatófitos causam lesões com propagação radial, circulares, bem delimitadas, geralmente com centro descamativo e bordos eritematosos, microvesiculosos.
- Na unha, a infecção inicia-se pela borda livre, podendo atingir a superfície e a área subungueal. As unhas tornam-se branco-amareladas, porosas e quebradiças.
- Os dermatófitos são classificados em geofílicos, zoofílicos e antropofílicos.
- O cultivo é feito em ágar Sabouraud dextrose, acrescido de cicloheximida e cloranfenicol e a identificação final da espécie, pelas características macro e micromorfológicas.
- Os dermatófitos, apesar de não invadirem de maneira geral os tecidos não queratinizados, induzem a formação de anticorpos circulantes e a estados de hipersensibilidade.
· Candidiases Mucocutâneas: são infecções da pele, unhas ou mucosas causadas por leveduras do gênero Candida. 
- Candida faz parte da biota humana normal da mucosa oral, vaginal e do trato gastrointestinal, sob a forma de leveduras. 
- Candida albicans é a espécie mais comumente isolada.
- As manifestações na pele são localizadas nos espaços interdigitais das mãos, virilha e regiões submamárias. 
- As lesões podem ser úmidas esbranquiçadas ou eritematosas. 
- Nas onicomicoses por Candida spp., as unhas das mãos são mais acometidas. Elas se tornam sem brilho, espessadas, endurecidas com modificação da coloração para castanho-amarelada ou amarelo-esverdeada. 
- Na mucosa oral, é mais comum em recém-nascidos. As lesões são esbranquiçadas, aderidas à mucosa, deixando base avermelhada pela sua remoção, estão localizadas no palato mole, ponta da língua e bochechas. 
- Na mucosa vaginal, causa grande desconforto, provocando prurido e descarga vaginal caseosa esbranquiçada acompanhada por disúria. 
· MICOSES SUBCUTÂNEAS
· Os agentes de micoses subcutâneas vivem em estado saprofítico no solo, nos vegetais, nos vegetais e nos animais de vida livre e são parasitas acidentais do homem, que se infectam por ocasião de um traumatismo na pele. 
· Em geral, a micose se localiza na pele e no tecido subcutâneo, próximo ao ponto de inoculação. 
· Esporotricose: o agente etiológico é Sporothrix schenckii. É um fungo dimórfico, que vive principalmente no solo e vegetais, mas podem ser encontrados na água e em materiais orgânicos. 
· A forma clínica mais comum é a linfocutânea, que compromete pele, tecido cutâneo e pode chegar até gânglios linfáticos regionais. 
· A lesão formada é ulcerativa e podem aparecer nódulos que amolecem, rompem-se e eliminam pus.
· Apresenta distribuição universal, sendo mais frequente no Brasil, México, África do sul, Colômbia e América central. 
· É considerada uma micose profissional, acometendo mais jardineiros, floristas, mineiros, etc. A transmissão zoonótica é descrita em casos isolados ou em surtos. 
· O fungo possui baixa virulência, mas estudos mostram diferenças na virulência e na susceptibilidade a antifúngico entre as espécies do complexo S. schenckii.
· O diagnóstico pode ser feito direto de esfregaços de pus ou secreção corados pelos métodos de Gram ou Giemsa, revelando células leveduriformes, esféricas, ovoides, possuindo uma ou duas gêmulas. 
· No tratamento, utiliza-se principalmente iodeto de potássio, VO, em doses crescentes. 
· Cromoblastomicose: também conhecida como cromomicose, dermatite verrucosa. Os agentes etiológicos são fungos pigmentados (demácios) pertencentes ao gêneros: Fonsecaea Cladophialophora, Phialophora e Rhinocladiella. 
· No Brasil a espécie predominante é a Fonsecaea pedrosoi. 
· A infecção é caracterizada pela formação de nódulos cutâneos verrugosos de desenvolvimento lento. Posteriormente viram vegetações papilomatosas, que podem ou não se ulcerar, apresentando aspecto de couve-flor.
· As lesões são unilaterais e confinadas aos membros inferiores, mas também podem ocorrer nos membros superiores, face, orelha, pescoço, tórax, ombros e nádegas. 
· Localiza-se de preferência na pele e no tecido subcutêneo, às vezes, chega aos vasos linfáticos da região afetada.
· A micose é essencialmente tropical e subtropical.
· Os fungos possuem seu hábitat no solo e em vegetais e são frequentemente isolados de matéria orgânica como madeiras apodrecidas e lixo de florestas.
· É considerada micose ocupacional, relacionada com agricultores, lavradores, pois está relacionada à atividades em que o indivíduo fica exposto com frequência a traumas acidentais.
· O diagnóstico pode ser feito por exame microscópico do pus ou crostas das escamas e revela estruturas globosas, de cor marrom, de vido à melanina em suas paredes celulares. 
· Elementos septados em dois planos denominados corpo ou talo uniforme e corpos escleróticos são característicos da micose.
· Ao agentes da cromoblastomicose se desenvolvem lentamente, as colônias apresentam aspecto aveludado ou algodonoso, com hifas septadas escuras. 
· O tipo cladospório é caracterizado por conidióforos de comprimentos variados que suportam conídios unicelulares em cadeia, conectados por porções de parede celular.
· O tipo rinocladiela distingue-se por seus conidióforos simples, com células alargadas assumindo a forma de bastão. 
· O tipo fialófora apresenta célula conidiogênica distinta, chamada fiálide, em forma de ânfora ou de frasco, que ocorre na porção terminal ou ao longo do micélio. Os conídios, ovais e pequenos, formados na extremidade da fiálide, podem acumular-se ao redor, dando aparência de “flores em um vaso”.
· O gênero Fonsecaea apresenta frutificação dos três tipos, e os mais comuns são cladospório e rinocladiela. No Phialophora virefica-se apenas frutificação tipo fialófora, no gênero Cladosporium, somente frutificação do tipo cladospório e no Rhinocladiella a frutificação é do tipo rinocladiela.
· Os tratamentos empregados com melhores perspectivas são: eletrocoagulação, tratamento cirúrgico, 5-fluorocitosina, tiabendazol, anfotericina B intralesional, crioterapia e intraconazol.
· Eumicetomas: micetomas são lesões produzidas por espécies de bactérias dos gêneros Actinomyces e Nocardia ou por fungos que nos tecidos formam emaranhado de filamentos ou hifas, conhecidos como grãos ou drusas. 
· Distinguem-se em micetoma actinomicótico (causado por bactérias) e o eumicótico (causado por fungos). A causada pelas bactérias fungiformes apresenta lesões tumorosas crônicas semelhantes às erupções de acne, com grandeexsudação, comprometimento ósseo e com dor. A infecção causada pelos fungos, produz lesões fisrtulosas, com pouca dor ou destruição óssea. 
· Os grãos de eumicetoma são de tamanho e morfologia variados, com coloração branca, branco-amarelada ou negra. Geralmente, há aumento de volume na região atingida, aparecimento de fístulas sinuosas e produção de pus com grãos. 
· Os agentes mais envolvidos são: Pseudoallescheria boydii (grãos brancos), Madurella grisea, Madurella mycetomatis (grãos negros), Acremonium falciforme, Acremonium Killiense, Acremonium recifei (grãos brancos) e Pirenochaeta romeroi (grãos negros).
· A tríade tumefação granulomatosa com formação de abscessos, fístula e eliminação de grãos é sugestiva de micetoma.
· O agente mais frequente do micetoma eumicótico é Madurella grisea. 
· A micose se localiza geralmente nos pés, nas pernas e nos braços, onde o fungo penetra por traumatismo. 
· Os agentes etiológicos vivem principalmente em vegetais, madeira e solo.
· Além de atingir pele e tecido subcutâneo, alguns podem lesar ossos.
· O diagnóstico clínico é confirmado pelo achado de grãos, de diferentes texturas, cores e tamanhos.
· O tratamento envolve drenagem cirúrgica, antimicóticos intralesionais e amputação radical do membro atingido (casos avançados). 
· Anfotericina B, miconazol, cetoconazol, intraconazol, tiabendazol e sulfas são utilizados e possuem vários resultados.
· Lobomicose: também conhecida como blastomicose de Jorge Lobo e blastomicose queloideana. O agente etiológico é o Lacazia Loboi, fungo não cultivável, portanto, de classificção incerta. 
· Caracteriza-se por apresentar lesões isoladas ou dissemindas na pele e nos tecidos subcutâneos, através de processo de autoinoculação ou via hematogênica.
· Lesões queloidiformes são características, a evolução é longa e o estado geral do paciente não é comprometido. 
· As formas clínicas são classificadas em queloidiforme, gomosa, ulcerada, verruciforme e infiltrativa. Dois ou mais tipos são comuns no mesmo pacientes. 
· O fungo penetra na pele através de traumatismos. Vale ressaltar a grande incidência da doença no pavilhão auricular, devido ao hábito de alguns indivíduos transportar apetrechos e cargas sobre os ombros, facilitando o traumatismo da região. 
· A doença acomete mais frequentemente seringueiros, garimpeiros e lavradores, predominando em indivíduos do sexo masculino em contato constante com solo e vegetais. 
· Em cortes de tecidos ou em exsudatos corados, o fungo é visualizado como células redondas de tamanho uniforme, com parede de duplo contorno. 
· Em lesões isoladas, a terapêutica indicada é a cirurgia, com retirada da lesão. Antifúngicos também estão sendo utilizados. 
· Rinosporidiose: doença caracterizada pela formação de granuloma vegetante, poliposo. Aparecem principalmente na região nasal e ocular. 
· Podem ser encontrados também na região vaginal, retal e peniana, assim como no conduto auditivo externo. 
· O agente etiológico é Rhinosporidium seeberi.
· Não possui cultivo em laboratório.

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