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Subnutrição e transtornos alimentares

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CURSO DE NUTRIÇÃO
DISCIPLINA DE FISIOPATOLOGIA
 
EQUIPE: JOSIVÂNIA CANDIDO, MARIA GRACIELLY,
MAYARA MORAIS E ROBERTA AMANDA
Termo incluído no conceito de desnutrição.
Utilizado para definir as deficiências de nutrientes ou peso
inadequado do corpo em relação à idade ou altura.
Desnutrição proteico-calórica (DPC): Condição de depleção das
reservas energéticas corporais e das proteinas teciduais e, em
geral, acompanhada por deficiências de micronutrientes.
 
 
Primeira infância: Período mais vulnerável para nanismo
e subnutrição aguda.
Gravidez: Bebês com baixo peso ao nascer ( < 2,5 kg)
representam em torno de 11 % de todos os nascidos
vivos a cada ano).
Crianças com > 5 anos de idade: 
Adolescentes e adultos: DPC rara e costuma ser
associada a doenças primárias.
 Nanismo
 Subnutrição aguda
Diminuição no consumo calórico
Redução adaptativa no gasto energético
Declínio nas atividades lúdicas e físicas
Apatia e irresponsividade manifestas 
Redução do crescimento longitudinal 
Deficiências de micronutrientes 
 (subnutrição crônica -nanismo)
Defesa imunológica diminuída
Falha da homeostase (hipoglicemia e
hipotermia)
Queda na concentração de hemoglobina e
na massa de eritrócitos
 Diminuição do potássio corporal total
Motilidade intestinal diminuída e
proliferação bacteriana intestinal
Ingestão total com pelo menos 2x as necessidades de proteína
e 1,5x as da energia
Crianças com nanismo: Alimentos com densidade energética
entre 1 e 1,5kcal/g
Crianças com subnutrição: Alimentos com densidade
energética entre 1,5 e 2kcal/g
Lipídeos: manter entre 35% e 45% (4,5% ômega 6 e 0,5% de
ômega 3)
Proteínas: Um terço deve vim de proteínas de alta qualidade.
Fibras (insolúveis), fitatos e polifenóis: Manter baixo
Vitaminas e minerais: Fortificação ou suplementação
Transtorno alimentar restritivo/
evitativo
Outro transtorno alimentar
especificado 
Transtorno de ruminação 
Pica
Ortorexia 
Os transtornos alimentares são caracterizados por uma
perturbação persistente na alimentação ou em comportamentos
relacionados com a alimentação que resultam em prejuízo
significativo à saúde física e à função psicossocial. 
Anorexia nervosa (AN) 
Bulimia nervosa (BN) 
Transtornos alimentares 
Transtorno de compulsão 
alimentar (TCA) 
É uma síndrome de autoinanição,
caracterizada pela perda de peso a
um nível menor que 85% do peso
corporal estimado. 
Restritivo (AN-R) 
Compulsão periódica/
purgativa (AN-P) 
Anorexia nervosa (AN) 
Incidência relacionada a
 idade e ao sexo. 
Prevalência ao longo da
vida de mulheres e
homens. 
 Fatores de risco 
Genético, fisiológico,
ambiental e temperamental. 
A prevalência entre mulheres
jovens é de
aproximadamente 0,3%. 
Epidemiologia 
Meninas e mulheres de 15 a
19 anos de idade. 
Fisiopatologia 
Baixa massa corporal, caquéticos
e aparência pré-púbere
Complicações cardiovasculares 
Desnutrição proteico-energética
Complicações gastrointestinais
 Perda óssea 
 Hormônios da tireoide 
Alterações hepáticas
Complicações renais
Tratamento 
Abordagem multidiciplinar,
intervenções psiquiátricas,
psicológicas, médicas e nutricionais 
Dieta com teor muito baixo 
de lipídeos 
Tratamento nutricional 
Hipercarotenemia 
Deficiência de tiamina 
Deficiência de zinco 
Concentração da urina 
Necessidade de ferro 
Episódios recorrentes de compulsão alimentar, seguidos
por comportamentos compensatórios inapropriados para
evitar o ganho de massa corporal.
bulimia nervosa (bn)
MECANISMOS COMPENS.
INAPROPRIADOS: 
 
 (Vômitos autoinduzidos, uso
indevido de laxantes, diuréticos,
jejum, exercícios excessivos)
CONSUMO COMPULSIVO 
(INGESTÃO EXAGERADA)
EVITAR GANHO DE MASSA
CORPORAL
Ingestão em um pequeno intervalo de tempo;
Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio;
A – Episódios recorrentes de compulsão alimentar ( 1 vez por semana - 3
meses)
1.
2.
B – Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes;
C - A autoavaliação é indevidamente influenciada pela forma e pela massa
corporal;
D - Perturbações ;
bulimia nervosa (bn)
CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO DA AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (DSM-5):
Prevalência: mulheres (2%) e homens (0,5%) (Hay et al.,2014).
Manifestações iniciais:
A BN ocorre com frequências semelhantes em países industrializados;
Associada a um risco elevado de mortalidade: taxa bruta de mortalidade -
de 2% por década (APA, 2013).
 - Adolescência ou no início da idade adulta;
 - Raros: pré-púberes e de início tardio (após os 40 anos)
bulimia nervosa (bn)
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
bulimia nervosa (bn)
PRINCIPAIS FATORES DE RISCOS
Associa-se com características de Temperamento, 
Ambientais, Genéticas e Fisiológicas.
Associados a complicações clínicas, morbidade e mortalidade
significativas;
Os sinais e sintomas clínicos da BN são mais difíceis de detectar;
 Quando há prática de vômitos, pode haver evidências clínicas como:
I. ALTERAÇÕES PELE E ANEXOS:
- Cicatrizes no dorso da mão usada para estimular o reflexo de
vômito (sinal de Russell);
- Hipertrofia da glândula parótida;
- Erosão do esmalte dentário com aumento das cáries dentárias que
resultam da presença frequente de ácido gástrico na boca.
bulimia nervosa (bn)
FISIOPATOLOGIA
bulimia nervosa (bn)
FISIOPATOLOGIA
II. ALTERAÇÕES GASTROINTESTINAIS
- Queixas gastrointestinais:
Dor de garganta, a disfagia, o refluxo gastrointestinal,
a esofagite, a hematêmese leve (vômito de sangue).
- Uso abusivo de laxantes:
Episódios de diarreias, cólicas abdominais, sangramento retal, prolapso retal,
constipação.
III. ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS
- Anemia (30%) dos casos;
- Anemia Ferropriva - Deficiência de ferro ou sagramento retal
 (uso de laxantes).
bulimia nervosa (bn)
FISIOPATOLOGIA
- Monitorar a massa corporal;
- Evitar dietas com restrição de energia;
Dieta equilibrada:
Macronutrientes 
Carboidratos ( 50 - 55%) - ofereça fonte de fibras insolúveis;
Proteínas (15 - 20%) - fontes de alto valor biológico;
Lípideos (cerca de 30%) - fontes de ácidos graxos essenciais;
Micronutrientes
Suplemento multivitamínico/minerálico - 100% QDR.
bulimia nervosa (bn)
TRATAMENTO
 Transtorno de Compulsão Alimentar
É um transtorno caracterizado
por episódios frequentes de
compulsão alimentar em que
há um consumo excessivo de
alimentos em um curto período
de tempo sem medidas
compensatórias inapropriadas
(como purgação), destinadas a
evitar o ganho de peso (massa
corporal);
A ingestão geralmente acontece em
um período de duas horas 
A prevalência do TCA é de
aproximadamente 3,5% em mulheres
e 2% nos homens
O indivíduo tem a sensação de falta
de controle sobre a ingestão durante
o episódio
Leve: 1 á 3 episódios de compulsão alimentar por semana;
Moderado: 4 á 7episódios de compulsão alimentar por
semana;
Grave: 8 á 13 episódios de compulsão alimentar por semana;
Extremo: 14 ou mais episódios de compulsão alimentar por
semana.
 PRINCIPAIS Fatores de risco
Obesidade 
História familiar de distúrbios
alimentares
História de agressão física
Baixa autoestima
 
NÍVEIS DE GRAVIDADE
Pode resultar em obesidade ou sobrepeso;
Diminuição na qualidade de vida;
Maiores níveis de comorbidade psiquiátrica;
Desconforto gastrointestinal;
Fisiopatologia 
Alguns sintomas incluem: azia, diarreia, dor abdominal,
náuseas e regurgitação ácida.
Comer mais rapidamente do que o
normal;
Comer até se sentir
desconfortavelmente cheio;
Comer uma grande quantidade de
alimentos na ausência de sensação
física de fome;
Isolamento social;
Sintomas depressivos.
.
 
SINAIS E SINTOMAS TRATAMENTO
Aconselhamento nutricional e o
manejo dietético;
Psicoterapia;
Medicação.
Terapia comportamental;
RYTTER, M. J.; KOLTE, L.; BRIEND, A.; FRIIS, H.; CHRISTENSEN, V. B. The immune system
in children with malnutrition--a systematic review. PLoS One. 2014 Aug
25;9(8):e105017. doi: 10.1371/journal.pone.0105017.
MAHAN, L. K.; RAYMOND, J. L. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 14ª
edição.Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
SHILS, M.E.; SHIKE, M.; ROSS, A.C.; CABALLERO, B.; COUSINS, R.J. Nutrição
Moderna na Saúde e na Doença. 11ed. São Paulo: Manole, 2016.

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