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Leticia Martinussi SITUAÇÃO PROBLEMA 6: ENDOCARDITE ENDOCARDITE INFECCIOSA Endocardite infecciosa (EI) é uma infecção microbiana das valvas cardíacas ou do endocárdio mural, que leva à formação de vegetações compostas de fragmentos trombóticos e organismos, frequentemente associados à destruição dos tecidos cardíacos subjacentes. • Se caracteriza por colonização ou invasão de um agente microbiano nas valvas cardiacas e no endocárdio mural → rsultando na formação de vegetações volumosas e friáveis, assim como na destruição dos tecidos cardíacos subjacentes. • Causas comuns: prolapso da valva mitral, cardiopatias congenitas, valvas cardiacas artificiais e dispositivos implantáveis (ex: marca passo e desfribiladores) • Fatores predisponentes: neutropenia, imunodeficiência, neoplasia maligna, imunopressão terapeutica, diabetes e uso de alcool ou fármacos intravenosos • Classificada em aguda e subaguda crônica ENDOCARDITE AGUDA: • Inicio rápido • Em paciente com valvas cardiacas normais, que podem ser saudaveis e talvez apresentar história de uso de subtancias psicoativas intravenosas, ou podem estar debilitados, infecção destrutiva turbulenta causada com frequência por um microrganismo altamente virulento que ataca uma valva previamente normal. Essa infecção é capaz de causar morbidade e mortalidade substanciais mesmo com antibioticoterapia e cirurgia apropriada. ENDOCARDITE SUBAGUDA: • Evoluem ao longo de alguns meses • Geralmente os pacientes tem valvas cardiacas anormais • A maioria se recupera após ser medicado ENDOCARDITE BACTERIANA: • Valva mitral apresenta vegetações destrutivas que erodiam as margens livres da cuspide valvar. • O desenvolvimento de cepas de microrganismos resistentes em razão do uso indiscriminado de antibióticos e o aumento da população de pacientes imunossuprimidos tem dificultado a classificação da EI em casos agudos e subagudos. ETIOLOGIA • A faixa etária acometida pela endocardite infecciosa tem se elevado, acomentendo mais pacientes idosos atualmente • Maior expectativa de vida → doenças valvares degenerativas • Menor incidencia de doença reumática em individuos mais jovens • O uso de drogas injetáveis corresponde um dos principais fatores de risco para a endocardite infecciosa em adultos e jovens • A população pediatrica acometida se deve a cardiopatias congênitas • A endocardite nosocomial ocorre em pacientes que apresentam cateteres venoso profundo e marca-passos transvenosos. Essa endocardite é causa princiapalmente em ambiente hospitalar. PATOLOGIA • A porta de acesso à corrente sanguinea pode ser uma infecção evidente, um procedimento dentário ou cirurgico que cause uma bacteriemia transitória, injeção de uma substância contaminada diretamente no sanfue, ou fonte oculta na cavidade oral ou no intenstino • As valvas mitral e aórtica são afetadas mais comumente pela infecção, embora o coração direito tambem possa ser envolvido, especialmente nos usuários de subtâncias intravenosas LESÕES VEGETATIVAS: • Consistem em uma coleção de microorganismos e restos celulares entremeados em faixas de fibrina do sangue coagulado. • Podem ser únicas ou multiplas. • Podem crescer até alcancar vários centimetros e geralmente estão frouxamente aderidoas às bordas livres da superfície valvar. • Os focos infecciosos liberam continuamente bactérias na corrente sanguínea e são uma fonte de bacteriemia persistente PRINCIPAIS DOENÇAS ASSOCIADAS AS LESÕES DAS VALVAS CARDÍACAS Doença reumática valvar: se manifesta na forma de estenose fibrótica deformante da valva atrioventricular esquerda (mitral) → basicamente a única causa de estenose adquirida da valva atrioventricular esquerda. Doença valvar degenerativa: afetam a integridade da matriz extracelular das valvas. Regurgitação aórtica: insuficiência da valva aórtica que causa fluxo reverso do sangue da aorta para o ventrículo esquerdo durante a diástole. Estenose aórtica: estreitamento da valva aórtica, obstruindo o fluxo sanguíneo do ventrículo esquedo para a aorta ascendente durante a sístole. Regurgitação mitral: insuficiencia da valva aórtica, obstruindo o fluxo sanguíneo do ventrículo esquerdo para a aorta ascendente durante a sístole. Estenose mitral: estreitamento do orifício mitral que obstrui o fluxo sangúineo do AE para o VE. Prolapso da valva mitral: abulamento das cúspides da valva mitral para o AE durante a sístole. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Em mais de 80% dos casos, o período de incubação até o inicio dos sintomas é de cerca de 2 semanas ou menos. • Entretanto, quando a infecção é causada por candida, o período de incubação chega até 5 meses. • Os sintomas iniciais de EI podem ser: febre, sinais de infecção sistêmica, alterações das caracteristicas de um sopro cardiaco preexistente, indícios de disseminação embólica das lesões vegetativas Forma aguda: a febre geralmente ocorre em picos e causa calafrios. Forma subaguda: a febre comumente é baixa, tem inicio gradativo e frequentemente esta acompanhada de outros sinais sistemicos de infecção, inclusive crescimento do baço, anorexia, mal estar e latergia. DIAGNÓSTICO • Nãp pode ser estabelecido por nenhum teste isolado. • Se baseia no exame clínico, nos resultados dos exames laboratoriais e do ecocardiograma. • Critérios de DUKE: padronizam a avaliação dos pacientes com quadro suspeito de EI, que incorpora os resultados da hemocultura e do exame cardiográfico, as manifestações clíninas e os dados laboratoriais.
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