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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO GABRIEL FARINA GIOVANI TURMA 149 CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS MOMENTOS METABÓLICOS: INTEGRAÇÃO METABÓLICA DOCENTE: EDUARDO BELTRÃO RECIFE, 25 DE AGOSTO DE 2021 • Metabolismo pós-prandial A principal fonte energética corporal, após uma refeição, é a glicose e a taxa glicêmica normal, em período pós-prandial, é de até 140mg/dl. Sendo assim, via de regra, a glicose absorvida pelos epitélios do intestino é enviada ao fígado, os aminoácidos são metabolizados parcialmente no próprio intestino e os triglicerídeos, por sua vez, presentes nos quilomícrons, são lançados no sistema linfático para serem distribuídos pelo organismo. No fígado, a glicose, pode obter diversos caminhos, como a conversão em glicogênio pela glicogênese, a conversão em piruvato e lactato pela glicólise ou ser utilizada na via das pentoses-fosfato para a composição de NADPH. O piruvato pode ainda sofrer oxidação e ser transformado em acetil- CoA, que pode ser convertido em triglicerídeos ou em CO2 e água no ciclo de Krebs. Muitos órgãos utilizam a glicose, com intermédio do fígado, de diversas maneiras: o cérebro depende quase exclusivamente da glicose como fonte de ATP para o seu funcionamento, o tecido adiposo que primeiro a converte em glicerol, que faz parte dos triglicerídeos, e o músculo que a utiliza na glicólise e no ciclo de Krebs ou então que a converte em glicogênio. O lactato e piruvato produzidos em outros tecidos, através da glicólise, são captados pelo fígado e oxidados a CO2 ou convertidos em triglicerídeos. Como no estado pós-prandial há fornecimento de glicose, a qual pode ser utilizada no fígado, existe interrupção do ciclo de Cori e não ocorre a gliconeogênese. Na metabolização de aminoácidos no fígado, devido à baixa afinidade das enzimas envolvidas, esses têm de estar presentes em alta concentração para que ocorra um significativo catabolismo. Entretanto, as enzimas aminoacil-tRNA sintetases (aaRS) possuem maior afinidade, permitindo que a síntese proteica ocorra enquanto os aminoácidos estão presentes. Quando estão em excesso podem ser completamente oxidados em CO2, água e ureia ou formar intermediários que podem ser integrados nos processos de síntese de ácidos graxos. Os triglicerídeos provenientes da dieta atingem a corrente sanguínea sendo hidrolisados em grande quantidade pela lipase, presente principalmente no tecido adiposo. Os ácidos graxos libertados são absorvidos pelos adipócitos e são novamente esterificados com o glicerol-3-fosfato, proveniente do processo de glicólise, para formarem triglicerídeos que são armazenados nos próprios adipócitos na forma de gordura. Os triglicerídeos restantes, após ação da lipoproteína lipase, são transportados da corrente sanguínea para o fígado, onde são quebrados por uma lipase do lisossoma. Os ácidos graxos libertados sofrem o processo de esterificação anterior, embora o glicerol-3-fosfato também seja proveniente do glicerol livre, formando-se triglicerídeos. A produção dessas moléculas ocorre por este processo, a partir da dieta e da produção de novo a partir da glicose e dos aminoácidos, e são empacotados em VLDL que são lançadas na corrente sanguínea. As VLDL e os quilomícrons disputam pelos sítios de ligação da lipoproteína lipase e, após a ligação, há formação de ácidos graxos que podem ser usados novamente para formar os triglicerídeos e serem armazenados nos adipócitos. Após o consumo de uma refeição, a glicose proveniente da dieta é absorvida pelos órgãos periféricos. No momento prandial e pós prandial, os níveis de insulina se elevam muito, devido a maior concentração de glicose no organismo, algo percebido pelas células beta do pâncreas, através dos GLUT-4, responsáveis pela produção da insulina. A libertação desse hormônio durante e após a ingestão de uma refeição permite o decorrer do metabolismo dos nutrientes no fígado, músculo e tecido adiposo Relação entre glicose, aminoácidos e ácidos graxos em vários tecidos durante o estado pós prandial. Bibliografia - Lehninger - Princípios de Bioquímica – Ed. Sarvier - Devlin, T.M. - Bioquímica Dirigida por Casos Clínicos – Ed. Edgard Blucher Ltda.
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