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LICENCIATURA EM LETRAS – PORTUGUÊS / INGLÊS 
 
PRÁTICA DE ENSINO: TRAJETÓRIA DE PRÁXIS 
(PE:TP) 
 
 
 
POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1 
 
 
 
TEXTO DISSERTATIVO 
O PROFESSOR SOB AMEAÇA: COMO ENFRENTAR A VIOLÊNCIA? 
 
 
 
 
Dalvenira Pedro Celestino Vasconcellos - RA:1965535 
 
 
 
 
Taubaté 
2020 
O PROFESSOR SOB AMEAÇA: COMO ENFRENTAR A VIOLÊNCIA? 
 
As experiências do professor André, relatadas no texto, são amostras fiéis do 
que acontece no cotidiano da maioria dos professores, especialmente de escolas 
públicas. 
Segundo uma reportagem feita por João Pedro Soares (2019), para a Deutsche 
Welle, um levantamento feito com mais se 100 mil professores e diretores de escola 
do segundo ciclo do Ensino Fundamental e do Ensino Médio (alunos de 11 a 16 anos), 
elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico 
(OCDE), afirma que o Brasil lidera um ranking de violência nas escolas. 
O autor ainda relata que, segundo o levantamento, que considera dados de 
2013, “12,5% dos professores ouvidos relataram ser vítimas de agressões verbais ou 
de intimidação de alunos ao menos uma vez por semana” (SOARES, 2019), ou seja, 
os dados consideram não só violências físicas, mas também verbais, que não são 
menos graves, e costumam ser gatilhos para partir para as agressões físicas. 
Pelo texto sobre o professor André, observa-se que, geralmente, os 
professores e diretores das escolas “improvisam” meios para lidarem com a situação, 
ora aprovando os alunos indisciplinados para se livrarem deles, ora as próprias vítimas 
se mudando de escola, ora se afastando por licença médica, e até mesmo 
abandonando as próprias residências, recomeçando a vida em outro lugar. 
Como não existe um consenso sobre a solução para o problema, professores, 
diretores e outros trabalhadores da Educação buscam soluções que, por muitas 
vezes, exigem urgência, e como exigem urgência, por vezes não são atitudes bem 
pensadas. 
O ideal é que exista uma política única e eficaz sobre o problema, protocolos 
que garantissem soluções imediatas. Somente punição não resolve: formas de 
prevenção, olhares mais profundos sobre os motivos que levam a esse desfecho, 
ações em conjunto entre Estado, escola e sociedade etc. podem ser recursos para ao 
menos conter esse problema. 
Na maioria das vezes, a violência é um reflexo da vida extraescolar, e, sem que 
esse reflexo receba uma devida atenção, o fim pode ser trágico, tanto para o 
professor, quanto para o aluno. 
A Legislação, especialmente do Estatuto da Criança e do Adolescente, muitas 
vezes é mal interpretada, foca-se muito nos direitos do aluno, abandonando-se os 
deveres dos pais e/ou responsáveis e do próprio aluno. Os direitos do aluno não 
devem ser garantidos apenas pela escola, e direitos não estão associados à 
impunidade. Todos devem ter consciência disto. 
A fuga de muitos educadores é compreensível, é uma alternativa mesmo que 
temporária para que possam tentar exercer sua profissão em paz, até porque o 
confronto, como explanado no texto, costuma ser uma atitude solitária, pois, em troca 
de tranquilidade, muitos outros desistem de cooperar com os colegas de trabalho que 
são vítimas de violência. Muitos professores querem apenas cumprir suas funções 
básicas e receber seus salários ao fim de cada mês. É um modo frio de observar a 
situação, mas isso não está totalmente errado. 
Enquanto o Estado, a escola e a sociedade em geral não saberem e não terem 
consciência de seus papéis sobre essa abordagem, o professor por ele mesmo não 
conseguirá mudar o cenário. Ou se adapta, ou foge. 
REFERÊNCIA 
 
SOARES, João Pedro. A violência contra professores no Brasil. 2019. Disponível 
em: https://www.dw.com/pt-br/a-viol%C3%AAncia-contra-professores-no-brasil/a-
48442455. Acesso em: 22 mar. 2021. 
 
https://www.dw.com/pt-br/a-viol%C3%AAncia-contra-professores-no-brasil/a-48442455
https://www.dw.com/pt-br/a-viol%C3%AAncia-contra-professores-no-brasil/a-48442455

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