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Fraturas do Membro Superior

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Fraturas do Úmero: são divididas em: (1) fraturas do úmero proximal (fraturas 
do ombro), compreendendo a cabeça, os tubérculos umerais e um pouco 
abaixo do seu colo cirúrgico, nas cristas tuberculares, onde insere o músculo 
peitoral maior; (2) fraturas diafisárias; e (3) fraturas do úmero distal (côndilos e 
epicôndilos), que estarão nas“Fraturas do Cotovelo” 
 
1. Fratura da Diáfise Umeral 
2. Fratura do Cotovelo 
3. Fratura de antebraço 
4. Fraturas do punho ( extremidade distal do Rádio) 
 
Fratura consiste em uma perda da continuidade óssea, geralmente 
causada por traumas de alta energia. Tipos de Fraturas: 
▪ Simples: quando apenas o osso é afetado, forma um traço no osso 
▪ Em cunha: fraturas que formam 2 traços no osso, formato de cunha 
▪ Comunicativas: possuem múltiplos fragmentos 
▪ Expostas: fraturas em que a pele é perfurada, expondo o osso 
▪ Intra ou extra-articular: o traço da fratura invade ou não espaço articular 
adjacente ao osso lesado 
▪ Transversa: quando a força aplicada sobre o osso é angular 
▪ Em Espiral: quando a força é de tração 
▪ Por Avulsão: quando tração é aplicada sobre o osso 
▪ Por compressão: quando a força é compressiva 
 
▪ Vascularização: acontece por uma única artéria que durante o seu trajeto 
até o cotovelo recebe diferentes nomes: A. Subclávia, A. Axilar, A. Braquial, 
A. Radial e A. Ulnar. A. braquial se ramifica em A, radial e A. Ulnar, e no sulco 
do nervo radial passa A. radial profunda + nervo radial 
▪ Plexo braquial: inervação de todo membro superior. Tronco superior - C5 e 
C6, tronco médio - C7 e tronco inferior (C7, C8 e T1). Fascículo lateral, 
posterior e medial 
▪ N. radial é o mais importante ramo terminal do plexo braquial, sendo 
responsável pela inervação sensitiva da mão e motora do braço e 
antebraço (extensão e supinação). Abastece a parte posterior da 
extremidade superior. 
▪ Tratamento de fraturas 
─ Redução: recolocar/realinhar os ossos fraturados em sua posição 
normal. Redução fechada (não necessita cirurgia) e aberta (por 
cirurgia) 
─ Imobilização: impede a lesão, que foi realinhada, de se mover. 
Costuma-se usar gesso, talas ou tipoias depois da redução fechada de 
uma fratura. Após a redução aberta são usadas ferragens, como pinos, 
parafusos, hastes e placas – se chama redução aberta com fixação 
interna. A imobilização ajuda reduzir a dor e ajuda na consolidação, 
prevenindo lesão adicional em tecidos circundantes. 
─ Cirurgia: algumas fraturas precisam ser reduzidas e reparadas 
cirurgicamnete: fraturas expostas, descoladas que não podem ser 
alinhadas, fraturas da superfície articular, entre outras. 
 
 
 
 
 
Anatomia 
▪ As fraturas do úmero são divididas em: proximal, da diáfise e distal 
▪ A diáfise corresponde à porção mediana e maior dos ossos longos. 
▪ Limites 
─ Superior: inserção do músculo Peitoral maior (na crista do tubérculo 
maior) 
─ Inferior: crista supra condiliana 
▪ Pontos de Referência 
─ Tuberosidade deltoidea 
─ Sulco radial → nervo radial e art. Profunda 
─ Septos intermusculares → compartimentos anteriores (bíceps, 
coracobraquial e braquial) e posterior (tríceps e n. radial) 
─ Feixe neuro vascular → art. braquial e nervos mediano, músculo 
cutâneo e ulnar 
─ Inserções do bíceps: a inserção curta do bíceps se insere no processo 
coracóide e a porção longa na região supraglenoidal na parte superior 
da glenóide. 
 
Mecanismo de Trauma 
▪ Trauma Direto: + comum, ocorre impacto direto – aplicação de força direta 
sobre o braço, cotolevo e ombro / ocorrem devidos a quedas, impacto 
direto do braço, acidentes > provoca fraturas transversais ou comunicativas 
▪ Trauma Indireto: quando faz torção, ocorrem em quedas sobre o cotovelo 
ou com a mão espalmada/estendido, ou súbita contração muscular > 
fraturas oblíquas ou espiral 
▪ Forças de compressão podem afetar as extremidades mas não a diáfise. 
▪ Força de: 
─ angulação → fratura transversa 
─ torção → fratura espirais 
─ angulação + torção → fratura oblíqua 
 
Classificação 
▪ Pode cassificar conforme o tipo do traço da fratura 
▪ Localização: Exposta ou Fechada 
▪ Nível de fratura: 
─ Acima ou abaixo da inserção do peitoral maior 
─ Acima ou abaixo da inserção do deltóide 
▪ Quanto ao Grau: Incompleta ou Completa 
▪ Direção da linha de fratura: 
─ Longitudinal 
─ Transversal 
─ Oblíqua 
─ Espiral 
─ Segmentar 
─ Cominutiva 
▪ Lesão Associada: - Nervosa e Vascular 
─ nervo radial é frequentemente lesado 
─ O paciente com este nervo lesado apresentará paresia dos extensores 
do punho (“mão caída”). Felizmente, a maioria dos casos resolve 
espontaneamente em 3-4 meses, por se tratar apenas de neuropraxia 
(disfunção reversível do nervo). 
▪ Condição intrínseca do osso: Normal ou Patológico 
 
 
 
 
Frequência e Clínica 
▪ Frequência: 1/3 médio da diáfise (proximal) são mais frequentes e tendem 
a uma angulação lateral (Deltóide abduz o fragmento proximal). 
─ Na parte anterior do úmero, abaixo do colo cirúrgico tem a inserção 
de 2 músculos que fazem a abdução (puxam): peitoral maior e 
latíssimo do dorso (são mais laterais) ajudam na abdução do 
fragmento 
▪ Clínica: 
─ Paciente chega com o antebraço e cotovelos apoiados. 
─ Dor, edema, deformidade, encurtamento e movimentação anormal. 
 
Diagnóstico 
─ A história clínica e exame físico do membro (dor, tumefação, 
deformidade e impotência funcional), sendo confirmado pela 
radiografia em AP e perfil. Avaliação neuro vascular 
 
1.Fratura da diáfise umeral 
 
Marceli Bernardon TXIX FAG 
 
 
Tratamento 
▪ Geralmente são fáceis de serem tratadas por ser bem vascularizados e 
envolvido por vários músculo. Consolidação rápida (6-8 semanas) 
─ consolidação óssea com alinhamento aceitável funcionalmente. 
Aceita-se um discreto desvio angular (20° anterior ou 30° de varo) e até 
no máximo 3 cm de encurtamento 
▪ Tratamento conservador 
─ Método + utilizado 
─ Mobilização Gessada → Áxilo-palmar + tipóia Imobilização com o 
braço junto ao corpo e cotovelo - ângulo de 90°, através de uma tala 
gessada ou plástica tipo “pinça de confeiteiro” ou gesso cilíndrico com 
tipoia, mantendo tração sobre a diáfise umeral. Após 1-2 semanas, o 
método pode ser trocado por uma órtese funcional (idealizada por 
Sarmiento), denominada “BRACE” (tipo de imobilização que deixa livre 
a articulação proximal e distal do membro mantendo o mesmo 
alinhado – manter por 6 semanas). A imobilização tem que ser de uma 
articulação acima e uma abaixo da fratura. Se for fratura de úmero te 
que imobilizar articulação do ombro e do punho 
─ Cirurgia: alinhamento inaceitável dos fragmentos após redução 
fechada, fraturas patológicas, politraumatizado (acelerar a 
recuperação do movimento), fraturas associadas do antebraço 
(“cotovelo flutuante”), lesão vascular, fratura exposta, instabilidade 
grave (ex.: fratura segmentar). A redução aberta + fixação interna com 
placa e parafusos é o método mais usado 
─ A simples associação com paralisia do nervo radial não indica cirurgia, 
pois a maioria das lesões nervosas são neuropraxias e se recuperam 
espontaneamente (exceto nos casos de paralisia após manipulação 
para redução: neste caso indica aprisionamento do nervo no foco de 
fratura com indicação de exploração cirúrgica). 
▪ Outras modalidades: 
─ tala braquial em “U” ou “pinça de confeiteiro”: é um refinamento da 
técnica de tala gessada, é uma tala em U, sai do ombro e vai ao 
cotovelo com dupla tala 
─ órtese funcional: quando se faz cirurgia para fixação: interna, externa 
e redução aberta 
 
Fatores que influenciam o tipo de tratamento 
▪ Nível de Fratura 
▪ Idade e cooperação do paciente; 
▪ Grau de deslocamento da fratura; 
▪ Presença de lesões associadas > ex. artéria sangrande > se a lesão atingiu 
uma artéria precisa parar o sangramento (letra C do ATLS, circulção), 
reduzir e tratar a fratura – pode predispor de choque hipovolêmico 
▪ Forças musculares influentes;▪ Supervisão do médico (controle). 
 
Complicações 
▪ infecção 
▪ retardo na consolidação 
▪ lesão do nervo radial: GRAVE, pode acontecer por lesão mal tratada do 
úmero > ´´cai a mão´´ > perde extensor longo do polegar, extensor comum 
dos dedos, extensor radial curto e longo do carpo e extensor do 5° dedo. 
▪ impotência prolongada 
▪ complicações vasculares 
▪ pseudoartrose 
 
Critério para consolidação = alteração radiográfica 
 
 
 
 
Anatomia 
▪ Extremidade inferior do úmero 
▪ Extremidade superior do rádio 
▪ Extremidade superior da ulna 
▪ Articulação ulnotroclear (medial) e radiocapitular (lateral) 
▪ O cotovelo é uma articulação em dobradiça, permite extenção e flexão, 
participa nos movimentos de supinação e pronação 
▪ A extenxão é limitada pelo contato do olecrano da ulna com a fossa 
olecraniana do úmero e pela cápsula articular anterior 
▪ As fraturas do cotovelo podem envolver o osso do braço (úmero) próximo 
ao cotovelo, chamadas fraturas da parte inferior (distal) do úmero, ou o 
osso maior da região superior do antebraço (rádio), chamadas fraturas da 
cabeça do rádio. Pode ter fratura do olecrano. 
 
1.0 Fraturas Úmero Distal 
 
Classificação das fraturas do úmero distal 
▪ Extra-articulares 
▪ Intra-articulares 
▪ Outras fraturas: supracondilares (extra articular), condileanas, e 
intercondilares (são intra articulares) 
▪ Fratura de cotovelo é a MAIS grave, pois pode ter compressão de artéria e 
nervos > são lesões articulares, neurológicas e circulatórias 
 
Fraturas Supracondilianas – extra-articular 
▪ + comum em crianças (4-10 anos) 
▪ Mecanismo: geralmente é queda com o apoio da mão no momento em 
que o cotovelo está estendido > as forças do trauma fazem as 
extremidades proximais do rádio e ulna empurrarem os côndilos para trás, 
fraturando a região supracondileana (fica no úmero distal) 
▪ A lesão ocorre acima da fossa olecrariana e é caracterizada pela 
dissociação da diáfise umeral dos côndilos do úmero distal 
▪ Em extensão, Mecanismo de Gartland + comum = o úmero é deslocado 
para frente e o fragmento distal para trás, descrevendo uma fratura em 
extensão 
─ Tratamento Conservador 
*Fratura sem desvio: tala de gesso posterior 
*Fratura com desvio: redução + tala 
─ Tratamento Cirúrgico 
*Fixação do fragmento distal após redução 
fechada 
*Redução aberta com fixação interna 
─ Possibilidade de lesão da artéria braquial pelo fragmento proximal da 
fratura e o exame vascular é de fundamental importância 
─ Pode lesar o nervo mediano (principalmente o ramo interósseo 
anterior) e, menos comumente, o nervo radial. 
▪ Trauma com força posterior sobre um cotovelo fletido (flexão) Fratura do 
tipo Flexão, com desvio anterior: Esse tipo de fratura cria uma dobradiça 
na artéria braquial (ela está passando na frente) > o membro fica em 
isquemia. É classificada no ATLS como Lesão que Ameaça o membro (são 
todas as fraturas que comprometem o sistema arterial e neurológico) 
─ Tratamento Conservador 
*Redução fechada seguida de imobilização em extensão 
─ Cirúrgico 
*Quando impossível apenas redução + imobilização. Redução com 
posterior fixação por pinos percutâneos 
 
 
 
 
▪ Clínica: se chegar fratura de cotovelo tem que avaliar a fratura, palpar o 
pulso (radial e ulnar) e testar o neurológico 
─ O antebraço e a mão podem estar dormentes, e as pessoas podem 
não ser capazes de movimentar a mão e os dedos normalmente. Esses 
sintomas sugerem que há lesão a um nervo. 
─ se mexe o 5° e o 4° dedo, isso indica integridade do nervo ulnar 
─ se faz flexão do 3° e 2° e polegar é porque o nervo mediano está 
íntegro 
─ se faz extensão está íntegro o nervo radial 
─ sempre avaliar: 3 raízes de nervos íntegros e 2 pulsos > se estiverem 
íntegros tem que estabilizar e encaminhar para o orto > se não palpar 
veia ou neurológico é EMERGÊNCIA – risco de amputação 
─ área do cotovelo fica dolorida e inchada em pessoas com fraturas 
distais do úmero. A capacidade de dobrar o cotovelo pode estar 
limitada 
 
*Luxação do cotovelo 
 
 
 
▪ Deslocamentos posteriores do cotovelo são comuns, é o 2° deslocamento 
mais comum, depois dos deslocamentos de ombro 
▪ Ocorre entre 20 a 30 anos – está associada a prática esportiva 
▪ Diagnóstico clinico (dor, edema local) + raio x 
▪ É importante diferenciar das fraturas supracondilianas (luxação/antebraço 
encurtado, olecrano muito proeminente, perda da relação triangular 
olecrano/epicôndilo) 
 
2.Fraturas do cotovelo 
l 
▪ Luxação é muito grave – significa perda de relação dos ossos com 
articulação > leva a compressões arteriais e venosas 
▪ Classificação: 
─ é estabelecida pela posição da unidade radio-ulnar em relação ao 
úmero. 
─ Posterior: + comum 
─ Medial 
─ Anterior 
─ Laterais 
─ Bagunça óssea = luxação de cotovelo 
▪ Só devemos Reduzir uma luxação quando não há a presença de pulsos e 
neurológico, caso tiver a presença deles devemos colocar por uma tala e 
encaminhar ao ortopedista > ao reduzir uma luxação tem a possibilidade 
de pinçar um nervo ou artéria 
▪ Complicação da luxação 
─ Perda em torno de 10 a 15% da mobilidade (+ comum) de extensão e 
redução do antebraço 
▪ Lesões associadas 
─ Lesão do nervo ulnar 
─ Lesão do nervo mediano: queixa de parestesia 
─ Lesões arteriais: a. braquial, palpação de pulso e sinais de isquemia 
─ Encarceramento do nervo mediano nos casos + graves 
▪ Tratamento 
─ Redução incruenta (fechada, não sangrou): faz redução e imobiliza 
por 3 semanas. Quanto + precoce – melhor a recuperação da 
mobilidade 
─ Redução cruenta (aberta): em casos de luxações irreversíveis ou com 
fratura exposta ou com fratura de epicôndilo lateral. 
─ Método: redução de Parvin: tração contínua, suave e correção da 
deformidade após sedação e analgesia dos pacientes pronação da 
mão, tração para baixo e eleva o cotovelo. Com o paciente em 
decúbito dorsal, o médico flexiona o cotovelo em cerca de 90° e 
coloca o antebraço em supinação. Um auxiliar estabiliza a parte 
superior do membro superior contra o estiramento. O médico segura o 
punho e aplica tração axial lenta e constante ao antebraço, 
mantendo o cotovelo flexionado e o antebraço na posição supina. A 
tração é mantida até a redução do deslocamento. 
─ Após a redução, o médico verifica a estabilidade do cotovelo 
flexionando e estendendo totalmente a articulação, e mantendo o 
antebraço em pronação e supinação. Esses movimentos devem ser 
fáceis após a redução. Após a redução, deve-se fazer radiografia para 
garantir que nenhuma fratura não tenha sido detectada. 
 
─ 
▪ Luxação do cotovelo de criança – quando a criança é puxada pelo braço, 
faz pronação dolorosa. É bem comum 
 
 
 
Ex. de luxação de cotovelo > Luxação Posterior: nessa imagem percebe a 
fossa olecraniana tá vazia (o olecrano faz parte da ulna e se encaixa na fossa 
do olecrano na parte posterior do úmero). A cabeça do rádio está em cima 
do capítulo, o olecrano foi parar em cima do epicôndilo medial = bagunça 
óssea 
 
2.0 Fraturas da cabeça do rádio 
 
▪ Ocorre em todas as idades por queda sobre o membro superior forçando 
o cotovelo em valgo (impacto da cabeça no côndilo lateral) 
▪ O principal é sempre saber se a artéria está palpável e o sistema 
neurológico intacto 
▪ Clínica: O indivíduo relata queda sobre a mão com o braço estendido, 
apresentando dor incapacitante na porção lateral do cotovelo, agravada 
pela pronaçãosupinação do antebraço e pela digitopressão, além de 
tumefação (hemartrose). 
▪ As fraturas da cabeça do rádio podem se apresentar de forma isolada na 
cabeça do rádio, colo e no cotovelo lateral ou podem estar associadas a 
fraturas do úmero, antebraço e punho. Essas lesões resultam da força de 
impacto transmitida até a mão através do punho e antebraço para a 
cabeça do rádio que é forçada para dentro do capítulo 
▪ É uma fratura intra-articular e, se os fragmentos não forem adequadamente 
reduzidos emantidos em redução (mantendo a congruência articular), o 
paciente poderá evoluir com osteoartrose do cotovelo em um futuro 
próximo 
▪ Diagnóstico: Raio X em AP e perfil 
▪ Classificação de Mason: 
─ Tipo 1-fratura marginal sem desvio 
─ Tipo 2-fratura marginal com desvio 
─ Tipo 3-fratura cominutiva (toda cabeça rádio está fraturada) 
─ Tipo 4-tipo 3 + luxação posterior do cotovelo 
 
 
▪ Tratamento 
─ Tipo 1 e 2 (com desvio mínimo <2mm): conservador – imobilização 
gessada braquioplamar por 15 dias. 
─ Tipo 2 (desvio maior), 3 e 4: cirúrgico – tipo 2 (fixação interna), tipo 3 
(ressecção da cabeça do rádio e substituição por prótese) 
 
 
 
▪ Lesões associadas: 
─ Drula 
─ tríade terrível (fratura de cabeça de rádio + do processo coronóide + 
lesão do ligamento medial) – tem que fazer reparação aberta com 
fixação do processo coronóide 
─ Essxe-lopresti (lesão tipo 2 com Drula) faz redução aberta com fixação 
interna. 
▪ Drula (dissociação radioulnar longitudinal aguda): a ligação ligamentar 
entre o rádio e a ulna pode ser lesada. Desnível superior. Pesquisa-se pela 
palpação do punho. Pode haver apenas uma entorse sem interrupção 
completa ou dissociação completa com translação longitudinal e luxação 
da articulação radioulnar distal. Preservar a cabeça ou substituir com 
prótese, para maior estabilidade deve-se preservar a cabeça do rádio. 
 
 
3.0 Fratura do Olecrano 
 
▪ Ocorre em todas as idades, geralmente após queda direta sobre o 
cotovelo ou uma queda com o apoio da mão, provocando uma flexão do 
cotovelo, mas com o tríceps fazendo contração máxima para evitar esta 
flexão. 
▪ Nesta situação, o tendão do tríceps repuxa o olécrano, separando-o em 
dois fragmentos (fratura por avulsão). O paciente sente dor e não 
consegue mais estender ativamente o cotovelo. 
▪ O tratamento é sempre cirúrgico, com redução aberta e fixação interna 
com dois fios de Kirschner e cerclagem com banda de tensão em oito 
▪ Imobilização gessada por 3 semanas 
▪ Não é grave pois os côndilos ainda estão na fossa olecraniana (não houve 
luxação) – ainda tem boa conservação do sistema osteoarticular. 
 
 
 
 
 
Anatomia do Antebraço 
▪ É formado pelo rádio e ulna 
▪ No cotovelo, tanto o rádio quanto a ulna articulam com a epífise distal do 
úmero, enquanto que no punho, apenas a extremidade distal do rádio 
articula com os ossos do carpo 
▪ Função: pronação e supinação 
▪ Supinação: rádio está ao lado da ulna 
▪ Pronação: rádio cruza anteriormente a ulna (cabeça do rádio sobre 
rotação mantendo-se ligada a ulna pelo lig. Anular, a extremidade distal 
gira em torno da ulna, trocando de lado) 
▪ O movimento de prono-supinação, depende dos musc. pronador redondo 
e pronador quadrado (pronação) e musc supinador (supinação) – esses 
musc. agem sobre o rádio e determinam desvios rotacionais nas fraturas do 
entebraço 
▪ Face anterior: mm. Flexores-pronadores (oito) (fazem pronação, rotação 
do rádio sobre a ulna) - nervo mediano e ulnar; 
▪ Face posterior: extensores-supinadores (faz a supinação) 
(excetobraquiorradial) (onze)-nervo radial 
▪ fratura no terço proximal do rádio: levará fatalmente ao desvio rotacional, 
com supinação do fragmento proximal em relação ao fragmento distal. Por 
outro lado, numa fratura no terço médio ou distal do rádio, após a inserção 
do pronador redondo, o fragmento proximal se mantém na posição, 
enquanto o distal tornar-se-á pronado. 
 
 
 
▪ Mecanismo de lesão: 
─ Trauma de alta energia 
─ Trauma direto (acidentes automobilísticos ou golpe direto) 
─ Trauma indireto (queda de altura, com a mão estendido e cotovelo 
semiflexionado) 
─ Obs: se chega com fratura de ulna isolada já precisa suspeitar de 
agressão física e chamar o médico legal – lesão de defesa 
▪ Exame Físico 
─ Avaliação geral do paciente; ACBD do trauma 
─ Avaliação neurológica e vascular detalhada; examinar nervo radial, 
ulnar, mediano, artéria radial e ulnar 
─ Avaliação dos tecidos moles; 
─ Síndrome Compartimental; individuo sofre trauma direto (ex por 
esmagamento) > o musc. traumatizado sangra (em volta dele tem 
fáscias, e compartimentos fasciais do antebraço – compartimento 
anteromedial, anterolateral e posterior) > se o sangramento ocorre 
dentro do compartimento, conforme vai sangrando vai fazendo 
edema e pressão > no raio x não aparece mas na anamnese a pessoa 
relata dor e nota-se edema no exame físico > patologia cirúrgica > pois 
comprime as veias, impedindo o retorno venoso, faz trombose e risco 
de perder o membro) 
▪ Exame radiológico: pedir AP e P 
▪ Sinais radiográficos: 
─ vê o nível da fratura 
─ se tem desvio ou não 
─ angulação 
─ desnivelamento 
─ encurtamento da fratura 
─ comunicação. 
 
▪ Classificação 
─ Quanto à estabilidade: Estáveis (firmes) e Instáveis (pega parte mole) 
─ Quanto à exposição: Expostas (ruptura na pele e tecidos moles 
subjacentes se comunica diretamente com a fratura e seu hematoma), 
ou fechadas (sem comunicação com o meio externo) 
─ Quanto à complexidade: Simples (sem lesão ligamentar) ou complexas 
(com lesão ligamentar: Monteggia e Galeazzi) 
 
▪ Classificação de Gustilo Anderson (Fraturas Expostas) PROVA 
─ Tipo I: ferida menor que 1cm com pouca lesão de partes moles, traço 
único e pouca comunicação – lesão de baixa comunicação 
─ Tipo II: ferida maior que 1cm com pouca lesão de partes moles, retalhos 
ou avulsão, contaminação e comunicação moderadas 
─ Tipo III: lesão extensa de partes moles, contaminação e fratura 
comunicativa – mais de 10cm 
o IIIa: cobertura adequada de partes moles, fraturas cominutivas e 
segmentares por alta energia – não tem lesão arterial e venosa 
o IIIb: lesão extensa das partes moles com grande contaminação, fratura 
cominutiva grave requerendo retalho local ou retalho livre para cobertura 
– tem lesão neurológica 
o IIIc: lesão arterial requerendo reparo cirúrgico – 2 opções nesse caso devem 
ser pensadas: amputação e cirúrgica para reimplante do membro (cirurgia 
de reconstrução e recolocação no mesmo lugar) 
 
 
 
Fratura de Rádio e Ulna 
 
▪ Há casos de fratura de ambos os ossos (trauma direto de alta energia), 
fraturas isoladas do rádio (por queda sobre a mão com o antebraço 
submetido a forças rotacionais) ou fraturas isoladas da ulna (fratura do 
´´cassetete´´) 
▪ A fratura de um osso pode causa a luxação de outro, ex fratura-luxação de 
Monteggia e na de Galeazzi 
▪ Mecanismo: acidente automobilístico com golpe direto no antebraço (alta 
energia) 
─ São Instáveis, com desvio e deformidade, com vários traumas 
─ Avaliação neurológica e vascular 
▪ Síndrome Compartimental 
─ Suspeita de trauma de lata energia + paciente reclamando de muita 
dor 
─ Lesões neurológicas são raras, exceto quando projétil de arma de fogo 
▪ Achados radiográficos: 
─ Fratura transversa ou obliqua curta – trauma de baixa energia, 
tratamento conservador 
─ Fratura comunicativa ou segmentadas – trauma de alta energia, 
tratamento cirúrgico 
 
 
 Fratura de baixa energia alta energia 
 
▪ Tratamento: 
─ cirúrgico se estiver instável (encurtamento e angulação) 
─ redução da fratura 
─ Pode ser tratada com fixador externo, interno ou placas de 
compressão 
 
Fratura de defesa (Golpe do cassetete) 
 
▪ Fratura isolada de ulna/fratura do cassetete, é chamada assim por ser 
causada geralmente pelo trauma direto de um bastão ou cassetete sobre 
a face ulnar do antebraço 
▪ Mecanismo: reflexo de defesa, faz fratura devido à alta energia 
▪ Tratamento: geralmente conservador com gesso axilo-palmar se não 
houver desvio. Se tiver desvio faz redução aberta + fixação interna. 
▪ Provavelmente será perguntado se ouve agressão 
 
Fratura-Luxação Monteggia 
 
▪ É definida pela fratura angular de diáfise ulnar proximal associada à 
luxação da cabeça do rádio (que se desloca do ligamento anular) 
▪ Fratura de diáfise da ulna + luxação anterior da cabeça do rádio 
▪ Diagnósticoconfirmado pelo raio x AP e perfil 
▪ Tratamento conservador é indicado para crianças, redução fechada por 
manipulação + imobilização gessada braqui-palmar 
▪ Tratamento cirúrgico no adulto, redução aberta da ulna e fechada da 
cabeça do rádio, seguidos de fixação interna da ulna com placa e 
parafusos 
▪ O rádio pode ir parar bem onde fica o nervo mediano e artéria ulnar, e 
pode comprimir a artéria e o nervo, é grave 
▪ Lesão nervosa frequentemente associada é do nervo radia ou do ramo do 
rádio que é interósseo posterior 
 
3.Fraturas do Antebraço 
 
 
▪ Existe uma forma de classificar a fratura de Monteggia em tipos, pela 
classificação de Bado. Mas todas te em comum fratura de ulna e luxação 
de cabeça de rádio 
▪ Essa fratura é mais comum em crianças de 4-10 anos 
 
 
Fratura-luxação de Galeazzi 
 
▪ É mais comum em adultos 
▪ É uma Fratura da diáfise do rádio distal, com angulação posterior associada 
a luxação da articulação radioulnar (cabeça da ulnar), o problema é que 
nessa região passa o nervo ulnar (nervo da força da mão, 4 e 5° dedo, 
interóssos dorsais e lumbricais). Sem o nervo ulnar a mão cai 
▪ Mecanismo: golpe direto no lado dorso-lateral do punho ou queda sobre a 
mão estendida e antebraço em pronação 
▪ Diagnóstico por meio de radiografia em AP e perfil de antebraço e 
cotovelo 
▪ Tratamento: Em crianças é terapia conservadora (redução fechada + 
gesso) e no adulto é por cirurgia (redução aberta + fixação interna com 
placa e parafusos) 
▪ Ocorre angulação póstero-lateral e encurtamento do rádio 
▪ É 3x + comum que a Monteggia 
▪ O dano vascular e nervoso é raro 
▪ Implica ruptura dos meios de contenção da articulação: cápsula e 
fibrocartilagem triangular (grave) 
▪ Prognóstico e complicações: dependem da gravidade da lesões 
 
 
 
Tratamento de fraturas 
 
▪ Redução anatômica = restauração da movimentação normal 
▪ Deformidade>10° = limitação de movimento 
▪ Nível e desvio da fratura 
▪ Movimentação precoce 
▪ Tratamento Conservador: Fraturas estáveis (retorno à movimentação 
normal em 96% dos pacientes). Imobilizadores funcionais melhores que a 
imobilização gessados. Papel limitado nas fraturas de diáfise do rádio. 
▪ Tratamento Cirúrgico: Fraturas expostas: irrigação, desbridamento, 
ATBterapia, Redução aberta e fixação com placas: I, II e IIIa 
 
Complicações 
 
▪ Infecção 
▪ Lesão nervosa iatrogênica 
▪ Falha de fixação 
▪ Pseudoartrose 
▪ Sinostose 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Articulação do punho: articulação radiocarpal, a radioulnar distal 
participa também. É formada pelo complexo fibrocartilaginoso triangular 
(disco articular + ligamentos radioulnares volar e dorsal + ligamento 
colateral ulnar do punho) 
▪ Fraturas: Colles, Chauffeur, Smith, Barton 
 
Fratura de Colles 
▪ 1:500 pessoas, 6° fratura na sala de emergências, é a fratura + comum em 
adultos 
▪ Pico em adolescentes e de idade mais avançada 
▪ 50% ou + envolvem articulação radiocarpal ou radioulnar distal 
▪ Mecanismo de lesão: queda sobre mão estendida e o antebraço em 
pronação (o idoso escorrega e ao cair usa o apoio da mão como proteção 
▪ É definida por uma fratura da metáfise distal do rádio com desvio angular 
posterior do fragmento distal 
▪ Tratamento: geralmente conservador pois são fraturas estáveis após 
redução. Redução fechada e imobilização com um aparelho gessado ou 
tala volar por 3 a 4 semanas 
 
 
Fratura de Smith 
▪ É parecida com a fratura de Colles, porém de mecanismo e desvio 
invertido (“fratura de Colles invertida”). O paciente cai com o antebraço 
supinado e o punho fletido 
▪ O desvio angular do fragmento distal é em direção palmar (volar), em vez 
de dorsal. 
▪ Tratamento: redução cruenta e fixação externa ou interna 
 
 
 
Fratura de Chauffeur 
▪ Fratura do processo estilóide do rádio 
▪ Mecanismo: queda sobre mão estendida, como em Colles, 
▪ Tratamento é a redução fechada e fixação por pinos percutâneos 
 
4.Fraturas do Punho (Extremidade distal do Rádio) 
 
 
 
Fratura de Barton 
▪ Trata-se de uma fratura marginal anterior do rádio com luxação das 
articulações do punho e rádio-ulnar inferior, a fratura se estende por dentro 
da articulação 
▪ Por ser intra-articular e instável necessita de tratamento cirúrgico com 
redução aberta e fixação interna 
▪ Se for volar, fazer fixação interna com placa de suporte 
▪ Se for dorsal fazer redução fechada e fixação externa 
 
 
 
Classificação Universal de Fratura de Rádio Distal 
 
 
 
▪ Fraturas Extra articulares: 
─ Tipo I: sem desvio e estável 
─ Tipo II: desviada e instável 
─ Tratamento conservador 
─ Com desvio – redução fechada e fixada com pinos percutâneos 
▪ Fraturas Intra articulares 
─ Tipo III: sem desvio – imobilização conservadora + pinos percutâneos 
─ Tipo IV: com desvio. Há subtipos. Quando maior o número de 
fragmentos maior é a dificuldade 
 
Classificação de Frykman 
 
 
 
Avaliação Clínica 
▪ A partir da 6° década de vida a incidência de fraturas é muito alta 
▪ 1 a cada 6 pessoas fazem fratura de punho e 50% envolvem a articulação 
rádio-ulnar 
▪ Importante: avaliar nesse tipo de trauma o pulso radial e ulnar e fazer teste 
motor do nervo radial, do mediano e do ulnar. Avaliar tendões 
 
Diagnóstico das fraturas de rádio distal 
▪ Raio X em AP e perfil 
▪ Analisar a superfície distal do rádio, olhar o semilunar (que está encaixado 
no rádio distal), o captato (que está encaixado no semilunar) 
▪ Rádio – semilunar – captato se chama linha central do carpo/eixo central 
do carpo – devem estar sempre alinhados – se estiver torta o punho está 
luxado 
 
Tratamento das fraturas de rádio distal – redução e imobilização 
▪ Restaurar a congruência articular e o alinhamento axial 
▪ Manter a redução 
▪ Assegurar a união óssea 
▪ Restabelecer a formação da mão e do punho 
▪ Imobilizar por gesso, pinos, pinos percutâneos, fixação externa ou redução 
aberta e fixação interna 
 
Critérios de uma redução aceitável 
▪ Inclinação volar não mais que 10° 
▪ Encurtamento radial de não mais que 2 mm 
▪ Mudança no ângulo radial de não mais que 5° 
▪ Quando a fratura for intra-articular a depressão articular não deve ser maior 
que 2 mm 
 
Complicação 
▪ Compressão do túnel do carpo: passa nervo mediano que inerva metade 
3°, 4°, indicador e polegar 
▪ Ruptura tardia do Tendão Extensor longo do Polegar; 
▪ Pseudo-artrose; 
▪ Consolidação viciosa; 
▪ Atrofia de Sudeck: síndrome ombro-mão, o SNC não reconhece a mão, 
ombro e braço, e manda uma reação contra os ossos, a mão nesse caso 
fica dura com muito edema e suor e não mexe 
▪ Outras complicações: partes moles, articulação radioulnar distal, artrose 
radiocapal, consolidação viciosa e pseudo-artrose e lesão carpal 
associada

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