EDUCAÇÃO INCLUSIVA I

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Resenha Avaliativa
Acadêmico(a): Deijanira Oliveira dos Santos Linck
Curso: Pedagogia 
Disciplina: Educação Especial e Inclusiva
Com base no texto indicativo você deve elaborar uma redação, de duas a cinco páginas, no modelo resenha;
	
Texto:
Dráuzio Varella é um médico oncologista, cientista e escritor brasileiro, conhecido por popularizar a medicina no país, por meio de programas de rádio e TV. O Dr. Dráuzio protagonizou, em um canal da TV aberta, uma série de reportagens sobre o cotidiano de jovens e adultos com Síndrome de Down (ou Trissomia 21, uma condição cromossômica causada por um cromossomo extra no par 21. Indivíduos com esta síndrome têm características físicas semelhantes e estão sujeitos a algumas doenças específicas). Junto a ele, o tricampeão judoca e ator de cinema Breno Viola participou de toda a série, cujo objetivo era lançar "um novo olhar sobre a Síndrome de Down". Esta série foi ao ar, em agosto de 2015, com o nome "Qual é a diferença?". Ela começou com o seguinte diálogo entre o Breno, que tem a Síndrome de Down, e o Dr. Dráuzio: Breno: - Quando eu me olho no espelho, eu vejo que sou diferente. Meus olhos são amendoados, a minha mão tem uma linha reta. Sou baixinho. Os meus braços e pernas são um pouco mais curtos. Dr. Dráuzio: - São características pessoais, né? Eu sempre fui muito magro. Tenho braços finos. Minhas pernas parecem dois cabos de vassoura. Comecei a ficar careca com vinte anos! Breno: - Meu tempo de aprender as coisas sempre foi muito mais lento. Desde pequeno eu aprendi a respeitar o meu ritmo. Dr. Dráuzio: - Já eu queria diminuir meu ritmo de trabalho, mas gosto de ser médico, de escrever, de ensinar e de correr. Breno: - Eu não corro, porque minha vida já é bastante corrida. Eu trabalho, namoro uma linda princesa, treino e viajo muito porque sou tricampeão mundial de judô. E talvez você até já tenha me visto no cinema, porque eu fiz um filme bem legal. Até ganhou prêmio. (...) Diante do diálogo transcrito acima e considerando o objetivo apontado pelos idealizadores da série, em sua opinião, o que a conversa inicial entre o Dr. Dráuzio e o Breno quer evidenciar? Justifique sua resposta.
A conversa trata do estilo de vida de cada um dos indivíduos. A experiência aqui construída dialoga sobre a perspectiva de Dráuzio e do entrevistado. Analisado por este prisma a resposta na conversa está no fato de desde que se viva bem e com qualidade você alcançará o bem estar. A síndrome de down ocorre três cromossomos 21 na maior parte das células do indivíduo. Dentre as características podemos observar:
O crescimento dos olhos amendoados; uma maior propensão a doenças musculares, como a hipotonia muscular, além do tamanho abaixo de seu desenvolvimento, o que pode afetar características físicas e mentais.
Os portadores da Síndrome de Down apresentam deficiências intelectuais e de aprendizado. Todavia, são pessoas com personalidade única, sensíveis e capazes, na medida em que o "grau" de acometimento dos sintomas é minimizado por meio de estímulos recebidos tanto por parte da família, como dos educadores e da sociedade. Ao abordarem suas diferenças físicas, de personalidade, gostos pessoais e até mesmo de ocupação profissional, os protagonistas da série evidenciam ao menos dois pontos, entre outros significativos. O primeiro deles é que as diferenças entre sujeitos fazem parte da realidade humana. Cada um de nós traz consigo uma ou outra característica até "menos desejada", fugindo de um modelo preestabelecido ou de uma ideia meramente aproximativa de como os sujeitos deveriam ser, agir ou fazer. 
É certo que possuímos uma capacidade de autocompreensão que nos permite perceber que somos seres únicos e diferenciados dos demais. Nesta perspectiva, Breno e Dráuzio são diferentes, tanto quanto somos todos nós, em relação uns aos outros e não apenas porque um deles possui a Síndrome de Down. Esta é, portanto, apenas uma característica a mais entre as diferenças dos protagonistas, elencadas no diálogo. Um segundo ponto que pode ser elencado é que a síndrome de Breno não faz dele um incapacitado. Como se vê, ao mesmo passo em que o atleta compreendeu o seu próprio ritmo, ele também se reconheceu como capaz.
 De fato, os feitos de Breno demonstram que a Trissomia que o acometeu não o impediu de realizar-se em vários campos de sua vida pessoal. Um padrão de respostas a ser evitado neste desafio é a ideia de que as diferenças devem ser negadas. As diferenças entre os dois protagonistas da série descrita existem. Ao mesmo tempo, tais diferenças não sinalizam que um seja mais ou menos capaz que o outro. Respeitando suas individualidades, tanto um quanto o outro podem exercer seus feitos e dar assim um sentido sempre maior à própria existência.
 Nos últimos anos, com os avanços da medicina e de técnicas de estímulo intelectual, houve uma grande transformação no que é viver com a Síndrome de Down. Isso começa a ser desvendado agora. No passado, eles ficavam trancados em casa e viviam até no máximo 30 anos, com muitos problemas de saúde. Hoje você vê pessoa com Down chegando aos 60 e poucos anos. E, com isso, aumentou o interesse em entender esse universo. A tendência é você considerar todas essas pessoas inaptas e pensar que não vão se inserir nunca, que não há lugar para elas.
 Mas essas limitações existem para todos nós, não é? Se me puserem em um laboratório de física quântica, eu vou me atrapalhar. O ponto fundamental é a aceitação das diferenças, percebe-se a inserção de pessoas com Down na vida cotidiana é um fato novo, já que há 10 anos, por exemplo, eles estavam menos presentes no mercado de trabalho. A minha expectativa é que as pessoas vejam de uma forma mais simples o universo Down. Gostaria que acabasse o preconceito, a violência e a discriminação, o sonho seria de uma sociedade mais humanizada com um olhar de sensibilidade para essas pessoas dotadas de inteligência e muitas qualidades.