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Caderno de respostas concurso Bombeiros PA

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CBM-PA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ
500 Questões Gabaritadas 
CADERNO DE QUESTÕES
CÓD: OP-034MR-22
7908403519514
Apostilas Opção, a Opção certa para a sua realização.
LÍNGUA PORTUGUESA
1
LÍNGUA PORTUGUESA
Prezado candidato, de acordo com o texto a seguir 
responda as questões 1 e 2.
Posfácio do livro Rio em Shamas (2016), de Anderson 
França, Dinho
Rafael Dragaud
NÃO PIRA! Foi com esse conselho, há cerca de seis 
anos, que começou minha história com o Dinho. Colabo-
rávamos na mesma instituição social e vez ou outra nos 
esbarrávamos numa reunião, ele sempre ostensivamente 
calado. Por algum motivo da ordem do encosto, no senti-
do macumbeirístico mesmo, ou cumplicidade de gordos, 
vimos um no outro um elo possível de troca.
Ele então começou a me enviar milhões de textos que 
eram uma mistura frenética de sonhos, pseudorroteiros 
cinematográficos, pedidos de desculpas, posts-denúncias, 
listas de exigências de sequestrador, tudo num fluxo insa-
no de criação, que ele mesmo dizia que um dia iria sufocá-
-lo de vez — o que me fez proferir o dito conselho.
O fato é que um dia passei em frente ao notebook dele 
e lá estava a tela quase inteiramente coberta de post-its, 
todos iguais, escritos: NÃO PIRA. E ele então me confiden-
ciou: Cara, você resolveu minha vida. Eu só não posso pi-
rar! É isso!
Esse episódio obviamente fala muito mais sobre essa 
característica de esponja afetointelectual dele do que so-
bre alguma qualidade do meu conselho. E foi sendo assim, 
esponja que se enche e se comprime (deixando desaguar 
seus textos em redes sociais), que foi surgindo um escritor 
muito especial. Especial não pra mãe dele ou pra Su (a san-
ta), mas para a cidade do Rio de Janeiro.
Com uma voz e um estilo absolutamente singulares, 
Dinho flerta com a narrativa do fluxo do pensamento, o 
que poderia gerar textos apenas egoicos e herméticos, 
eventualmente mais valiosos pra ele do que para o leitor. 
Mas sei lá como, seus textos conciliam esse jeitão com 
uma relevância quase política, pois jogam luz sobre partes 
da cidade que merecem ser mais vistas, mais percebidas, 
e até mesmo mais problematizadas.
Dinho “vê coisas”. E, consequentemente, tem o que di-
zer. Não só sobre o subúrbio, suas ruas, seus personagens 
e seus modos, numa linhagem Antônio Maria ou João do 
Rio, mas muitas vezes também sobre bairros já enjoativos, 
de tão submersos em clichês, como o tão adorado-odiado 
Leblon. Seu “olhar de estrangeiro” revela estranhas entra-
nhas da Zona Sul do Rio de Janeiro. O fato é que, com este 
livro, a cidade fica muito maior, mais plural e consequen-
temente mais justa.
Espero que este seja apenas o primeiro de uma série. 
Se é que posso dar mais algum conselho, o único que me 
ocorre ao vê-lo escrevendo hoje em dia é: NÃO PARE!
FRANÇA, Anderson. Rio em Shamas. Rio de Janeiro: Obje-
tiva, 2016.
1.(AOCP - 2020 - MJSP - CIENTISTA DE DADOS - BIG 
DATA)
Sobre o uso das aspas no texto, assinale a alternativa 
correta.
(A) Em “olhar de estrangeiro”, as aspas indicam que se 
trata de uma citação.
(B) Em “olhar de estrangeiro”, as aspas indicam que Di-
nho não é de fato um estrangeiro no Brasil.
(C) Em “olhar de estrangeiro” as aspas sinalizam que a 
expressão é um estrangeirismo.
(D) Em “vê coisas”, as aspas sinalizam que a expressão 
é uma gíria.
(E) Em “vê coisas”, as aspas indicam que as coisas vis-
tas por Dinho são da ordem do sobrenatural.
2.(AOCP - 2020 - MJSP - CIENTISTA DE DADOS - BIG 
DATA)
A respeito da colocação pronominal no texto, assina-
le a alternativa correta.
(A) Em “E foi sendo assim, esponja que se enche e se 
comprime [...]”, o item em destaque pode ser coloca-
do tanto antes quanto depois do verbo “encher.
(B) Em “Ele então começou a me enviar milhões de 
textos [...]”, o item em destaque não pode ser posicio-
nado depois do verbo “enviar”.
(C) Em “[...] ele mesmo dizia que um dia iria sufocá-lo 
de vez — o que me fez proferir o dito conselho.”, os 
itens em destaque apresentam a mesma colocação.
(D) Em “E ele então me me confidenciou [...]”, o item 
em destaque não pode ser colocado depois do verbo 
“confidenciou”.
(E) Em “Se é que posso dar mais algum conselho, o 
único que me ocorre ao vê-lo escrevendo hoje em dia 
é [...]”, os itens em destaque apresentam a mesma co-
locação.
LÍNGUA PORTUGUESA
2
3.(AOCP - 2020 - MJSP - ANALISTA DE GOVERNAN-
ÇA DE DADOS - BIG DATA)
O cinzeiro
Mário Viana
Procura-se um martelinho de ouro. Aceitam-se indi-
cações de profissionais pacientes e com certa delicadeza 
para restaurar um cinzeiro que está na família há mais 
de cinco décadas. Não se trata de joia de valor financeiro 
incalculável, mas de uma peça que teve seus momentos 
úteis nos tempos em que muita gente fumava. Hoje, é 
apenas o símbolo de uma época.
Arredondado e de alumínio, o cinzeiro chegou lá em 
casa porque meu pai o ganhara de presente de seu patrão, 
o empresário Baby Pignatari – como ficou mais conhecido 
o napolitano Francisco Matarazzo Pignatari (1917- 1977). 
Baby misturou na mesma medida as ousadias de industrial 
com as estripulias de playboy. No corpo do cinzeiro desta-
ca-se um “P” todo trabalhado em relevo.
Nunca soube direito se meu pai ganhou o cinzeiro das 
mãos de Baby ou de sua mulher, a dona Ira – era assim 
que a princesa e socialite italiana Ira von Furstenberg era 
conhecida lá em casa. Só muitos anos depois, já adulto e 
jornalista formado, descobri a linha de nobreza que fazia 
de dona Ira um celebridade internacional.
[...]
Pois esse objeto que já passou pelas mãos de uma 
princesa – italiana, mas principessa, que diacho – despen-
cou outro dia do 12º andar até o térreo. Amassou, coita-
do. A tampa giratória ficou toda prejudicada E o botão de 
borracha que era pressionado também foi para o devido 
beleléu.
Mesmo assim, não acredito em perda total. Tenho fé 
em que um bom desamassador dê um jeito e devolva o 
cinzeiro, se não a seus dias de glória, pelo menos a uma 
aparência menos miserável. É o símbolo de uma trajetória, 
afinal de contas, há que respeitar isso.
Praticamente aposentado – a maioria dos meus ami-
gos e eu deixamos de fumar –, o cinzeiro ocupava lugar de 
destaque na memorabilia do meu hipotético museu pes-
soal. Aquele que todos nós criamos em nosso pensamento 
mais secreto, com um acervo repleto de pequenos objetos 
desimportantes para o mundo.
Cabem nessa vitrine imaginária o primeiro livro sério 
que ganhamos, com a capa rasgada e meio desmontado; 
o chaveiro que alguém especial trouxe de um rolê mochi-
leiro pelos Andes; o LP com dedicatória de outro alguém 
ainda mais especial; uma caneca comprada na Disney; o 
calção usado aos 2 anos de idade... e o velho cinzeiro ca-
rente de reparo.
Adaptado de: <https://vejasp.abril.com.br/cidades/ma-
rio-viana-ocinzeiro/>. Acesso em: 10 set. 2020.
Em relação aos excertos “[...] um cinzeiro que está na 
família há mais de cinco décadas.” e “É o símbolo de uma 
trajetória, afinal de contas, há que respeitar isso.”, assi-
nale a alternativa correta.
(A) Em ambas as ocorrências, “há” possui o mesmo 
significado.
(B) Na primeira ocorrência, “há” expressa sentido de 
futuro.
(C) Na primeira ocorrência, “há” poderia ser substituí-
do por “a” sem que isso causasse prejuízo sintático ou 
semântico ao período.
(D) Na segunda ocorrência, “há” tem um sentido de 
obrigação, equivalente a “tem”.
(E) Na primeira ocorrência, o sujeito de “há” é o subs-
tantivo “cinzeiro”.
4.(AOCP - 2018 - UNIR - ARQUIVISTA)
Estudo que avaliou a vida de 165 mil pessoas chegou 
a uma conclusão surpreendente: é na velhice que esta-
mos mais satisfeitos com nós mesmos
Quando você era jovem e achava que tinha o mundo 
nas mãos, talvez sua autoestima fosse boa. Mas, acredite, 
ela só estará no topo quando você estiver na melhor ida-
de, aos 60. Pelo menos é o que diz um novo estudo feito 
por cientistas da Universidade de Berna, na Suíça. E eles 
garantem: esse sentimento pode permanecer no auge por 
uma década inteira.
Com a pesquisa, os cientistas queriam investigar a tra-
jetória da
autoestima ao longo da vida. Eles descobriram 
que esse sentimento começa a se elevar entre 4 e 11 anos 
de idade, à medida que as crianças se desenvolvem so-
cial e cognitivamente – e ganham algum senso de inde-
pendência. Os níveis, então, se estabilizam à medida que a 
adolescência começa, dos 11 aos 15 anos.
 Isso é surpreendente, pois o senso comum afirma que 
a auto-estima cai durante a adolescência. “Essa impressão 
acontece devido a mudanças na puberdade e maior ênfa-
se na comparação social na escola”, diz Ulrich Orth, autor 
do estudo, mas, na prática, não é o que acontece.
Segundo os pesquisadores, a autoestima se mantém 
estável até a metade da adolescência. Depois disso, ela 
tende a aumentar significativamente até os 30 anos. Após 
a faixa dos 30 podem até existir oscilações, mas o senti-
mento de autoconfiança tende a crescer. Quando os 60 
chegam, a autoestima alcança o seu auge – e permanece 
assim até os 70 anos. Mas, quem tem a sorte de chegar 
até os 70 pode sentir sua autoestima baixar. Os pesquisa-
dores afirmam que esse sentimento declina drasticamente 
dos 70 aos 90 anos. “Essa idade frequentemente envolve 
perda de papéis sociais e, possivelmente, viuvez, fatores 
que podem ameaçar a autoestima”, explica o autor. “Além 
disso, o envelhecimento muitas vezes leva a mudanças ne-
gativas em outras possíveis fontes de autoestima, como 
habilidades cognitivas e saúde.”
LÍNGUA PORTUGUESA
3
Toda essa análise se baseou em 191 artigos científi-
cos sobre autoestima, que incluíam dados de quase 165 
mil pessoas. Os cientistas conseguiram, com esse estudo, 
apresentar uma visão bem abrangente sobre como essa 
auto percepção muda com a idade – por isso optaram por 
diferentes grupos demográficos e faixas etárias.
Na cultura de hoje, que é quase obcecada pela juven-
tude, muitos temem o envelhecimento. Mas, segundo a 
pesquisa, uns aninhos a mais podem fazer bem para sua 
autopercepção.
Por Ingrid Luisa
access_time 24 ago 2018, 18h02
Disponível em <https://super.abril.com.br/ciencia/saiba-
-em-que-ida
de-a-sua-autoestima-esta-no-topo-e-nao-e-aos-17/>
Considerando o texto apresentado, julgue, como VER-
DADEIRO ou FALSO, o item a seguir.
No título do texto, há dois verbos funcionando como 
transitivos diretos: “avaliou a” e “chegou a”. Além disso, há 
dois verbos de ligação: “é” e “estamos”.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
5.(AOCP-2019-CÂMARA DE CABO DE SANTO AGOS-
TINHO - PE) 
O que é ergonomia?
Ergonomia é a área da ciência que estuda maneiras de 
facilitar nossa relação com objetos e máquinas. “Seu ob-
jetivo central é adaptar o trabalho ao ser humano, evitan-
do que ocorra o contrário”, diz o engenheiro e doutor em 
ergonomia Laerte Idal Sznelwar, da Universidade de São 
Paulo (USP). O naturalista polonês Wojciech Jastrzebowski 
foi a primeira pessoa a usar o termo ergonomia – que 
em grego significa “princípios do trabalho” – num texto 
chamado The Science of Work (“A Ciência do Trabalho”), 
escrito em 1857. Um exemplo de aplicação dos princípios 
ergonômicos são os telefones com teclas. Os números não 
são dispostos por acaso em quatro fileiras com três botões 
cada. Antes de esse formato ser lançado, foram testados 
modelos com teclados circulares, diagonais e horizontais 
com duas fileiras de botões. Venceu a configuração que 
os estudiosos perceberam ser a mais confortável para os 
usuários. A ergonomia atual vai ainda mais longe e não 
fica só no desenho de objetos: as telas dos caixas eletrô-
nicos, por exemplo, são projetadas com ícones grandes e 
fáceis de localizar. Por causa da variedade de aplicações, 
o trabalho em ergonomia é feito por vários profissionais, 
como engenheiros, arquitetos, médicos, fisioterapeutas e 
psicólogos. Nos últimos anos, os estudos nessa área ga-
nharam destaque na criação de objetos que diminuam os 
riscos de lesões por esforços repetitivos, as famosas LER, 
que atacam, por exemplo, quem vive sentado diante do 
computador a maior parte do dia.
Na medida certa Mobílias e máquinas ergonômicas 
respeitam o corpo do usuário
Monitor bem posicionado: Permite olhar para a tela 
mantendo o pescoço em sua posição natural. Apoio: Man-
tém os pés em posição confortável caso a mesa não tenha 
regulagem de altura. Teclado ideal: Modelos com teclas 
que amorteçam os dedos evitam lesões como a tendini-
te. Encosto ajustável: Adequa-se à curvatura lombar, evi-
tando lesões nas costas. Mola amortecedora: Não deixa a 
coluna sofrer impactos bruscos. Altura regulável: Permite 
manter os joelhos em um ângulo de 90º, deixando a circu-
lação sanguínea livre.
Adaptado de: <https://super.abril.com.br/mundo-estra-
nho/o-que-e-ergonomia/>. Acesso em: 31 de outubro de 
2019.
As orações reduzidas, iniciadas com verbos no gerún-
dio, podem estabelecer diferentes relações de sentido 
com as orações com as quais se articulam. Diante disso, 
assinale a alternativa que indica corretamente a função de 
tais orações nas seguintes frases:
I. Permite manter os joelhos em um ângulo de 90º, 
deixando a circulação sanguínea livre.
II. Adequa-se à curvatura lombar, evitando lesões nas 
costas.
(A) Finalidade – finalidade.
(B) Lugar – finalidade.
(C) Tempo – modo.
(D) Condição – tempo.
Prezado candidato, de acordo com o texto a seguir 
responda as questões 6 e 7.
Tratamento da Dependência Afetiva nos Relaciona-
mentos Amorosos
 Alexandre Alves
A dependência afetiva é uma estratégia de rendição 
conduzida pelo medo com a finalidade de preservar as coi-
sas boas que a relação oferece. Sob o disfarce de amor ro-
mântico a pessoa dependente afetiva sofre uma alteração 
profunda na sua personalidade de modo gradual até se 
transformar numa espécie de “apêndice” da pessoa ama-
da. Ela obedece e se subordina ao amado para evitar o 
sofrimento. Em muitos casos, não importa o quão nociva é 
a relação, as pessoas são incapazes de por um fim nela. Em 
outros, a dificuldade reside numa incapacidade para lidar 
com o abandono ou a perda afetiva. Ou seja, não se con-
formam com o rompimento ou permanecem, inexplicável 
e obstinadamente, numa relação desfavorável. Quando o 
bem-estar da presença do outro se torna indispensável, a 
urgência em encontrar o amado não o deixa em paz, e o 
universo psíquico se desgasta pensando nele, bem-vindo 
ao mundo dos viciados afetivos. 
LÍNGUA PORTUGUESA
4
De forma mais específica, se poderia dizer que por 
trás de toda dependência há medo e, subjacente a isso, 
algum tipo de sentimento de incapacidade. O apego é a 
muleta preferida do medo, um calmante com perigosas 
contraindicações. O sujeito apegado promove um desper-
dício impressionante de recursos para reter a sua fonte de 
gratificação. Seu repertório de estratégias de retenção, de 
acordo com o grau de desespero e a capacidade inventiva 
pode ser diversificado, inesperado e perigoso. Podemos 
distinguir dois tipos básicos. São eles: Os ativos-depen-
dentes podem se tornar ciumentos e hipervigilantes, ter 
ataques de ira, desenvolver padrões de comportamentos 
obsessivos, agredir fisicamente ou chamar a atenção de 
maneira inadequada, inclusive mediante atentados contra 
a própria vida. Aqui se enquadram os casos de ciúmes pa-
tológico conhecidos também como síndrome de Otelo. E 
os passivos-dependentes tendem a ser submissos, dóceis 
e extremamente obedientes para tentarem ser agradá-
veis e evitar o abandono. A segunda forma de desperdício 
energético não é por excesso, mas por carência. Com o 
tempo, essa exclusividade vai se transformando em fana-
tismo e devoção: “Meu parceiro é tudo”. O gozo da vida 
se reduz a uma expressão mínima: a vida do outro. Daí 
vale o velho ditado: “Não se deve colocar todos os ovos no 
mesmo cesto”. A dependência afetiva faz adoecer, incapa-
cita, elimina critérios, degrada e submete, deprime, gera 
estresse, assusta, cansa e exaure a vitalidade e a terapia 
cognitivo-comportamental objetiva auxiliar o dependente 
afetivo no autocontrole para que, ainda que necessite da 
“droga”, seja capaz de brigar contra a urgência e a vonta-
de. No balanço custo-benefício,
aprendem a sacrificar o 
prazer imediato pela gratificação a médio e a longo pra-
zo. O mesmo ocorre com outros tipos de vícios como, por 
exemplo, a comida e o sexo.
Retirado e adaptado de: <https://psicologiario.com.br/
tratamentoda-dependencia-afetiva-nos-relacionamentos-
-amorosos/>. Acesso em: 19 ago. 2018.
6.(AOCP-2018-UFOB)
A dependência afetiva nem sempre foi tratada com 
seriedade e é vista como um transtorno que necessita de 
cuidados especiais e auxílio especializado para seu trata-
mento. Em relação ao texto 1, julgue, como VERDADEIRO 
ou FALSO, o item a seguir.
É correto afirmar que o excerto “A dependência afetiva 
é uma estratégia de rendição conduzida pelo medo com a 
finalidade de preservar as coisas boas que a relação ofere-
ce.” apresenta regência nominal, tendo em vista a prepo-
sição destacada.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
7.(AOCP-2018-UFOB)
A dependência afetiva nem sempre foi tratada com 
seriedade e é vista como um transtorno que necessita de 
cuidados especiais e auxílio especializado para seu trata-
mento. Em relação ao texto 1, julgue, como VERDADEIRO 
ou FALSO, o item a seguir.
A palavra “nociva” utilizada em “Em muitos casos, não 
importa o quão nociva é a relação, as pessoas são incapa-
zes de por um fim nela.” tem o significado de algo prejudi-
cial, perigoso, que pode causar danos.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
8.(AOCP-2018-ADAF - AM)
Tirar marcação de leitura do WhatsApp pode indicar 
traços de manipulação 
Por Luciano Cazz
Aquele que responde sua mensagem no aplicativo 
com um “não posso falar agora”, provavelmente, é mais 
confiável do que quem finge que não viu. Evidentemen-
te, nem toda pessoa que opta por, nas configurações do 
WhatsApp, não deixar aparecerem os dois pontinhos 
azuis, indicadores de que a mensagem foi visualizada, é 
manipuladora, porém, obviamente, nenhuma delas quer 
que você saiba quando seu texto foi lido e algumas tiram, 
inclusive, até o horário da última conferida no aplicativo e 
se isentam completamente da responsabilidade do diálo-
go. E isso é uma questão de fato. Algumas pessoas fazem 
isso por motivos banais como, por exemplo, preocupação 
em não deixar você chateado, quando não lhe der uma 
resposta imediata. Então, disfarça que não leu e mais tar-
de lhe responde com alegria, sem que você pense que é 
desatenção ou falta de consideração. Chega a ser até um 
cuidado com os seus sentimentos. A pessoa ainda pode, 
simplesmente, estar ocupada, cansada ou até sem vonta-
de de teclar naquele momento. Para evitar o desgaste do 
assunto, ela simplesmente faz de conta que não viu sua 
mensagem. Por outro lado, existe quem se dá o trabalho 
de bloquear a indicação de visualização de uma mensa-
gem para realmente se esconder. E se uma pessoa não 
quer ter os passos vistos por um amigo, alguma razão deve 
ter. E, independentemente de quais sejam os motivos, a 
intenção é claramente espiar suas mensagens sem ser de-
tectada, e isso quer dizer muito sobre ela. Claro que isso 
não define falta de caráter, entretanto, pode ser o traço 
de uma pessoa extremamente manipuladora, que mente 
e joga com você o tempo todo. Seja por um prazo, com-
promisso ou até em relação a um sentimento. Para algu-
mas dessas pessoas é mais esperto ou conveniente dizer 
“Não vi” do que encarar os fatos. Pois é certo que pessoas 
de personalidade reta não têm problema em mandar um 
“estou ocupado”. Ou responder mais tarde explicando a 
situação. 
LÍNGUA PORTUGUESA
5
Pessoas seguras de si são o que são e não devem nada 
a ninguém, muito menos explicações sobre o último ho-
rário que visualizaram suas próprias mensagens do What-
sApp. Quem é transparente responde na hora que quiser 
sem precisar se esconder em uma opção de privacidade 
do aplicativo que vela o que de fato acontece. Mostrar os 
dois tracinhos azuis é comportamento de quem assume 
seus atos, suas decisões, seus erros e que, simplesmente, 
não está a fim de falar, o que é de todo seu direito, uma 
vez que ninguém é obrigado a nada.
Texto adaptado de: https://www.revistapazes.com/tirar-
-marcacao-detracos-de-manipulacao/. Acesso em: 01 de 
out. de 2018.
Assinale a alternativa em que todas as palavras per-
tencem à mesma classe de palavras.
(A) Certo, lado, cansada.
(B) Último, azuis, trabalho.
(C) Desgaste, desatenção, mensagens.
(D) Aquele, isso, com.
(E) Existe, chega, decisões.
9.(AOCP-2018-UFOB)
Netos e avós: a importância dessa relação
Maria Clara Vieira
O fato de os avós não terem mais filhos pequenos 
para cuidar permite que eles tenham tempo e condições 
de ajudar nos cuidados com os netos, contribuindo para a 
sobrevivência das novas gerações, além de passar conhe-
cimentos e sabedoria. Não é preciso muito esforço para 
notar como a interação entre netos e avós é positiva. Um 
estudo, feito pelo Boston College, nos Estados Unidos, 
comprova isso. Durante 19 anos foram estudados 374 avós 
e 356 netos. O objetivo era entender a influência dessa 
convivência, tanto na vida das crianças, quanto na dos ido-
sos. Os resultados revelam que os dois lados se beneficiam 
desse relacionamento. Para os avós, a conexão permite 
contato com uma geração muito mais nova e, consequen-
temente, uma abertura a novas ideias. Para os netos, os 
idosos oferecem a sabedoria adquirida durante a vida – e 
esse conhecimento acaba sendo incorporado pelas crian-
ças quando elas se tornam adultas. Os avós também cos-
tumam passar às novas gerações muitas histórias sobre 
o passado, o que é enriquecedor para qualquer criança. 
Além de tudo isso, os pesquisadores também concluíram 
que a relação avós-netos pode ajudar a diminuir sintomas 
depressivos para ambas as partes. “A convivência é muito 
benéfica para ambos, especialmente porque os avós estão, 
na maioria das vezes, em uma etapa da vida em que po-
dem aproveitar os netos melhor do que aproveitaram os 
próprios filhos: levar para passear e brincar, para os avós, 
não é uma obrigação ou uma forma de gastar a energia da 
criança, mas uma oportunidade deliciosa de curtir o neto 
e se divertir de verdade com ele”, explica a psicóloga Rita 
Calegari, do Hospital São Camilo (SP). “Com celular, mídias 
sociais, computador e um pouco de esforço, os avós po-
dem participar melhor da vida dos netinhos distantes. E, 
quando se encontram, podem aproveitar ao máximo”.
Retirado e adaptado de: <https://revistacrescer.globo.
com/Familia/ noticia/2016/01/netos-e-avos-entenda-im-
portancia-dessa-relacao. html>. Acesso em: 19 ago. 2018.
Considere o seguinte trecho e julgue, como VERDADEI-
RO ou FALSO, o item a seguir: “[...] para os avós, a cone-
xão permite contato com uma geração muito mais nova e, 
consequentemente, uma abertura a novas ideias. Para os 
netos, os idosos oferecem a sabedoria adquirida durante a 
vida – e esse conhecimento acaba sendo incorporado pelas 
crianças quando elas se tornam adultas. Os avós também 
costumam passar às novas gerações muitas histórias sobre 
o passado, o que é enriquecedor para qualquer criança. 
Além de tudo isso, os pesquisadores também concluíram 
que a relação avós-netos pode ajudar a diminuir sintomas 
depressivos para ambas as partes.”.
Na terceira frase, o pronome relativo “que” tem uma 
função explicativa e demonstrativa, indicando uma rela-
ção de consequência do fato anterior, ou seja, o fato de a 
criança ser enriquecida se deve à transmissão de conheci-
mento dos seus avós.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
Prezado candidato, de acordo com o texto a seguir 
responda as questões de 10 à 13.
Cientistas descobrem por que mulheres amadurecem 
antes dos homens 
Há muito tempo, as mães aconselham as filhas adoles-
centes a ignorarem as brincadeiras infantis dos colegas de 
classe porque, afinal, elas são mais maduras. Na prática, 
muitos concordam que meninas amadurecem mais cedo 
do que meninos, mas uma pesquisa da Newcastle Uni-
versity descobriu cientificamente que o cérebro feminino 
realmente se transforma antes do que os das pessoas do 
sexo masculino. As informações são do Daily Mail.
Os especialistas estudaram o
cérebro de 121 pessoas 
com idades entre 4 e 40 anos com o objetivo de identificar 
quando o cérebro de cada uma passava pelo processo de 
amadurecimento, que é quando algumas partes do órgão 
ficam menores e ligações desnecessárias são desativadas, 
o que o faz trabalhar de maneira mais eficiente.
O resultado das observações mostrou que este proces-
so começa aos 10 anos nas mulheres, mas nos homens 
não ocorre antes dos 20. “Isto faz parte do processo de 
aprendizagem normal. O cérebro como um todo ainda 
está em expansão porque está perdendo conexões”, expli-
ca o pesquisador Dr. Marcus Kaiser.
LÍNGUA PORTUGUESA
6
Ele compara a resposta a este processo a como quan-
do se vai a uma festa e tem muita gente falando ao mesmo 
tempo, dificultando a concentração, mas quando algumas 
destas vozes somem, é mais fácil conseguir encontrar o 
foco. Logo, conforme as conexões cerebrais vão diminuin-
do com o passar dos anos, o cérebro passa a trabalhar 
de forma mais fácil, rápida e eficiente. “Reduzir algumas 
projeções no cérebro o ajuda a focar no que é realmente 
essencial”, afirma o especialista. 
Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/mulher/
comportamento/
cientistas-descobrem-por-que-mulheres-amadurecem-an-
tes-dos-homens,084e6776fa013410VgnVCM4000009bc-
ceb0aRCRD.html 
10.(AOCP - 2018 - UNIR - ASSISTENTE DE TECNOLO-
GIA DA INFORMAÇÃO)
Em relação ao texto, julgue, como VERDADEIRO ou 
FALSO, o item a seguir.
Em “O resultado das observações mostrou que este 
processo começa aos 10 anos nas mulheres, mas nos ho-
mens não ocorre antes dos 20...”, os verbos em destaque 
concordam com “observações”, “processo” e “processo”, 
respectivamente.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
11.(AOCP - 2018 - UNIR - ASSISTENTE DE TECNOLO-
GIA DA INFORMAÇÃO)
Em relação ao texto, julgue, como VERDADEIRO ou 
FALSO, o item a seguir.
Em “... uma pesquisa da Newcastle University desco-
briu cientificamente que o cérebro feminino realmente se 
transforma antes do que os das pessoas do sexo masculi-
no.”, os advérbios em destaque indicam modo.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
12.(AOCP - 2018 - UNIR - ASSISTENTE DE TECNOLO-
GIA DA INFORMAÇÃO)
Em relação ao texto, julgue, como VERDADEIRO ou 
FALSO, o item a seguir.
Em “Ele compara a resposta a este processo a como 
quando se vai a uma festa e tem muita gente falando ao 
mesmo tempo...”, todos os termos em destaque funcio-
nam como preposições, pois não se flexionam para con-
cordar com o termo que os acompanha e têm somente a 
função de ligar as palavras.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
13.(AOCP - 2018 - UNIR - ASSISTENTE DE TECNOLO-
GIA DA INFORMAÇÃO)
Em relação ao texto, julgue, como VERDADEIRO ou 
FALSO, o item a seguir.
Em “Na prática, muitos concordam que meninas ama-
durecem mais cedo do que meninos, mas uma pesquisa 
da Newcastle University descobriu cientificamente que o 
cérebro feminino realmente se transforma antes do que 
os das pessoas do sexo masculino.”, a informação em des-
taque contrasta com a informação anterior: meninas ama-
durecem mais cedo do que meninos, sendo que a relação 
de contraste é identificada por meio do emprego da con-
junção “mas”.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
Prezado candidato, de acordo com o texto a seguir 
responda as questões de 14 à 16.
Dança envolve corpo e mente: atividade pode ajudar 
no tratamento de depressão
A vida é cheia de obstáculos, por isso é preciso dar um 
passo de cada vez. Assumir essa atitude é uma excelente 
forma de ajudar quem está sofrendo de um mal bastante 
comum: a depressão. Para promover a conscientização so-
bre o tema, a Libbs Farmacêutica, em parceria com o Ins-
tituto Ivaldo Bertazzo, criou um projeto chamado Próximo 
Passo, que oferece aulas de dança gratuitas para pessoas 
com histórico de depressão.
O objetivo dessa iniciativa é conciliar o tratamento fei-
to no consultório médico com atividades físicas. “Dançar 
ajuda no reequilíbrio mental e no reconhecimento do pró-
prio corpo, melhorando a autoestima. Além disso, a ativi-
dade promove a reintegração social, pois estimula a so-
cialização”, comentou a psiquiatra Giuliana Cividanes, da 
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que acompa-
nhou todo o processo do projeto Próximo Passo.
Após a divulgação do programa, mais de mil pessoas 
se inscreveram. Em seguida, a equipe realizou uma rigo-
rosa seleção, onde foram escolhidos 40 participantes com 
histórias de vida diversas e com histórico de depressão em 
diferentes estágios. Mulheres, homens, jovens e idosos ti-
veram que encarar esse grande desafio que é lutar contra 
a depressão dançando.
Foram quatro meses de ensaios, com aulas dadas pelo 
coreógrafo e educador Ivaldo Bertazzo, pelo menos três 
vezes por semana. Todos os participantes vivenciaram as 
dificuldades dessa performance, buscando dentro de si 
muita vontade e determinação.
LÍNGUA PORTUGUESA
7
Segundo os criadores do “Próximo Passo”, a ideia é 
deixar claro para todos que, apesar de ser uma doença 
que deve ser levada com a maior seriedade, a depressão 
tem cura. E essa cura pode começar com um simples mo-
vimento, como a dança. “No dia da audição para o projeto, 
eu saí daqui cheia de luz, fazia muito tempo que não me 
sentia dessa forma. Fazer parte do projeto me trouxe cor à 
vida”, comentou Aranai Guarabyra.
(...)
Entendendo a depressão
Ansiedade, angústia, desinteresse por coisas comuns 
do dia a dia, falta de motivação, medo e tristeza intensa 
são apenas alguns dos sintomas que a depressão pode tra-
zer. Contudo, o diagnóstico para a doença não é tão fácil. 
Isso porque a maioria das pessoas que sofrem com o pro-
blema tendem a rejeitar esses sinais.
Por esse motivo, a ajuda da família é essencial para 
o diagnóstico e também para o tratamento. Acusar uma 
pessoa com depressão de que ela tem uma vida boa, saú-
de e dinheiro, dizendo que essa tristeza não é “nada”, só 
fará com que ela se sinta mais triste e culpada, podendo 
piorar o quadro da doença.
A primeira coisa que um familiar deve fazer por alguém 
depressivo é mostrar que está presente e que podem en-
frentar isso juntos. Então, para que o paciente não se sin-
ta sozinho, os parentes e amigos podem fazer companhia 
durante as primeiras consultas de terapia, apoiando esse 
momento tão novo e desconhecido.
Como a depressão pode ter múltiplas causalidades, 
com aspectos genéticos, ambientais e biológicos, antes de 
se iniciar qualquer tratamento, é necessário que seja feita 
uma investigação etiológica rigorosa. Após essa avaliação, 
o especialista poderá escolher o melhor tratamento, com-
plementando o acompanhamento médico com outras ati-
vidades físicas.
“Segundo pesquisas, a atividade física prolonga os 
efeitos do tratamento medicamentoso em um período 
médio de quatro anos”, complementa a psiquiatra.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde 
(OMS), a depressão é a maior causa de incapacitação do 
mundo. Em 2015, o número de pessoas com depressão 
chegou a 322 milhões pelo mundo, sendo 11,5 milhões só 
no Brasil.
Primeiros passos para começar a dançar
O “Minha Vida” esteve presente no lançamento do 
projeto, junto com os criadores e participantes do “Próxi-
mo Passo”, que falaram um pouco sobre o processo cria-
tivo para a coreografia, as dificuldades e a superação que 
viveram ao longo desse período.
Além disso, o coreógrafo Ivaldo Bertazzo realizou uma 
dinâmica com todos os presentes. Para atividade, recebe-
mos dois bastões de madeira, um com aproximadamente 
60 cm e outro com 1,30m. Então, ele ensinou alguns movi-
mentos que poderiam se realizar com o objeto, controlan-
do a respiração ao mesmo tempo.
Essas ações com os bastões ajudam na melhora da co-
ordenação motora, no relaxamento e alinhamento da pos-
tura em diversas situações. O manuseio do objeto amplia 
no cérebro a percepção do corpo, sendo importante para 
atividades cotidianas.
Apesar de serem movimentos simples, esse foi o pri-
meiro passo dado aos participantes do espetáculo, que em 
muitos casos nunca haviam se permitido soltar o corpo ao 
som da música.
Texto
adaptado de: https://www.psicologiasdobrasil.com.
br/danca-envolve-corpo-e-mente-atividade-pode-ajudar-
-no-tratamento-de-de-pressao/ 
14.(AOCP - 2018 - UFOB - ANALISTA DE TECNOLO-
GIA DA INFORMAÇÃO - INFRAESTRUTURA)
A variação linguística é um fenômeno natural que 
ocorre pela diversificação dos sistemas de uma língua em 
relação às possibilidades de mudança de seus elementos 
(vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe). Ela existe 
porque as línguas possuem a característica de serem di-
nâmicas e sensíveis a fatores como a região geográfica, o 
sexo, a idade, a classe social do falante e o grau de forma-
lidade do contexto da comunicação. Sobre esse assunto, 
julgue o item a seguir.
Quanto às variedades sociais, elas possuem diferen-
ças em nível fonológico ou morfossintático. No nível Mor-
fossintático, tem-se, por exemplo: “prantar” em vez de 
“plantar”; “bão” em vez de “bom”; “pobrema” em vez de 
“problema”; “bicicreta” em vez de “bicicleta”. No nível fo-
nológico, tem-se: “dez real” em vez de “dez reais”; “eu vi 
ela” em vez de “eu a vi”; “a gente fumo” em vez de “nós 
fomos”.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
15.(AOCP - 2018 - UFOB - ANALISTA DE TECNOLO-
GIA DA INFORMAÇÃO - INFRAESTRUTURA )
A variação linguística é um fenômeno natural que 
ocorre pela diversificação dos sistemas de uma língua em 
relação às possibilidades de mudança de seus elementos 
(vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe). Ela existe 
porque as línguas possuem a característica de serem di-
nâmicas e sensíveis a fatores como a região geográfica, o 
sexo, a idade, a classe social do falante e o grau de forma-
lidade do contexto da comunicação. Sobre esse assunto, 
julgue o item a seguir.
LÍNGUA PORTUGUESA
8
Variedades estilísticas são as mudanças da língua de acordo com o grau de formalidade, ou seja, a língua pode variar 
entre uma linguagem formal ou uma linguagem informal. Nesse sentido, o texto Dança envolve corpo e mente: ativida-
de pode ajudar no tratamento de depressão é um texto formal, pois utilizou a linguagem formal em sua constituição.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
16.(AOCP - 2018 - UFOB - ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - INFRAESTRUTURA)
A variação linguística é um fenômeno natural que ocorre pela diversificação dos sistemas de uma língua em rela-
ção às possibilidades de mudança de seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe). Ela existe porque as 
línguas possuem a característica de serem dinâmicas e sensíveis a fatores como a região geográfica, o sexo, a idade, a 
classe social do falante e o grau de formalidade do contexto da comunicação. Sobre esse assunto, julgue o item a seguir.
No quadro a seguir, há uma variação de termos da língua portuguesa utilizados nas diferentes regiões do país. Quan-
do se trata de variação regional, estamos falando de variação diatópica.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
Prezado candidato, de acordo com a imagem a seguir responda as questões 17 e 18.
17.(AOCP - 2018 - UFOB - TÉCNICO EM CONTABILIDADE) 
No segundo quadrinho, é correto afirmar que os dois pronomes utilizados se relacionam à personagem da fala. 
“Meus” é um pronome possessivo e “me” um pronome oblíquo átono.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
18.(AOCP - 2018 - UFOB - TÉCNICO EM CONTABILIDADE) 
A conjugação do verbo “vir”, quando na 3ª pessoa do discurso, apresenta grafias diferentes no plural “vêm” e no 
singular “vem”.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
LÍNGUA PORTUGUESA
9
Prezado candidato, de acordo com o texto a seguir 
responda as questões 19 e 20.
Netos e avós: a importância dessa relação
Maria Clara Vieira
O fato de os avós não terem mais filhos pequenos 
para cuidar permite que eles tenham tempo e condições 
de ajudar nos cuidados com os netos, contribuindo para a 
sobrevivência das novas gerações, além de passar conhe-
cimentos e sabedoria. Não é preciso muito esforço para 
notar como a interação entre netos e avós é positiva. Um 
estudo, feito pelo Boston College, nos Estados Unidos, 
comprova isso. Durante 19 anos foram estudados 374 avós 
e 356 netos. O objetivo era entender a influência dessa 
convivência, tanto na vida das crianças, quanto na dos ido-
sos.
Os resultados revelam que os dois lados se beneficiam 
desse relacionamento. Para os avós, a conexão permite 
contato com uma geração muito mais nova e, consequen-
temente, uma abertura a novas ideias. Para os netos, os 
idosos oferecem a sabedoria adquirida durante a vida – e 
esse conhecimento acaba sendo incorporado pelas crian-
ças quando elas se tornam adultas. Os avós também cos-
tumam passar às novas gerações muitas histórias sobre 
o passado, o que é enriquecedor para qualquer criança. 
Além de tudo isso, os pesquisadores também concluíram 
que a relação avós-netos pode ajudar a diminuir sintomas 
depressivos para ambas as partes.
“A convivência é muito benéfica para ambos, espe-
cialmente porque os avós estão, na maioria das vezes, 
em uma etapa da vida em que podem aproveitar os netos 
melhor do que aproveitaram os próprios filhos: levar para 
passear e brincar, para os avós, não é uma obrigação ou 
uma forma de gastar a energia da criança, mas uma opor-
tunidade deliciosa de curtir o neto e se divertir de verda-
de com ele”, explica a psicóloga Rita Calegari, do Hospital 
São Camilo (SP). “Com celular, mídias sociais, computador 
e um pouco de esforço, os avós podem participar melhor 
da vida dos netinhos distantes. E, quando se encontram, 
podem aproveitar ao máximo”.
Retirado e adaptado de: <https://revistacrescer.globo.
com/Familia/
noticia/2016/01/netos-e-avos-entenda-importancia-des-
sa-relacao.
html>. Acesso em: 19 ago. 2018.
19.(AOCP - 2018 - UFOB - TÉCNICO EM CONTABILI-
DADE )
Em relação ao Texto 1, julgue como VERDADEIRO ou 
FALSO, o item a seguir
Considere o seguinte trecho e julgue, como VERDA-
DEIRO ou FALSO, os itens a seguir: “[...] para os avós, a 
conexão permite contato com uma geração muito mais 
nova e, consequentemente, uma abertura a novas ideias. 
Para os netos, os idosos oferecem a sabedoria adquiri-
da durante a vida – e esse conhecimento acaba sendo 
incorporado pelas crianças quando elas se tornam adul-
tas. Os avós também costumam passar às novas gerações 
muitas histórias sobre o passado, o que é enriquecedor 
para qualquer criança. Além de tudo isso, os pesquisado-
res também concluíram que a relação avós-netos pode 
ajudar a diminuir sintomas depressivos para ambas as 
partes.”.
Na terceira frase, o pronome relativo “que” tem uma 
função explicativa e demonstrativa, indicando uma rela-
ção de consequência do fato anterior, ou seja, o fato de a 
criança ser enriquecida se deve à transmissão de conheci-
mento dos seus avós.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
20.(AOCP - 2018 - UFOB - TÉCNICO EM CONTABILI-
DADE) 
Em relação ao Texto 1, julgue como VERDADEIRO ou 
FALSO, o item a seguir
“Incorporado” é exemplo de uma palavra com deriva-
ção parassintética.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
Prezado candidato, de acordo com o texto a seguir 
responda as questões de 21 à 23.
PROJEÇÃO PSICOLÓGICA e INGRATIDÃO: a incongru-
ência na falta de consciência dos próprios problemas
Adilson Cabral
Não se pode analisar o ser humano dentro de critérios 
lógicos e totalmente racionais. Por esta razão, a ingratidão 
humana, quando analisada sob a ótica da projeção psico-
lógica, em vez de denotar uma falta de caráter, torna-se 
uma carência de desenvolvimento egoico, quase que uma 
infantilidade (que por infelicidade da humanidade, ainda 
é muito recorrente, independentemente da idade, classe 
social ou formação educacional dos indivíduos). Não há 
correlação direta entre um maior nível educacional e um 
menor nível de projeção nas relações pessoais do indiví-
duo (mesmo que às vezes tenho a impressão que quanto 
mais instruídas algumas pessoas, mais insensíveis à sua 
própria carência egoica elas são... e mais necessitadas de 
LÍNGUA PORTUGUESA
10
um bom e longo tratamento psicoterápico também... che-
go a pensar que pessoas mais simples são mais saudáveis 
em termos psicológicos... mas isto é tema para
futuras 
postagens). Mas o que é projeção, então? O que ela tem a 
ver com a ingratidão? Comecemos por aí, então...
Projeção é nossa capacidade de negar em nós mesmos 
algo que nos incomoda, ‘projetando’ este mal em quem 
está mais próximo de nós. Melhor dizendo: nossa incapa-
cidade de aceitar nossos defeitos, nossos PIORES DEFEI-
TOS, diga-se de passagem. Somos capazes de admitir pe-
quenas falhas, mas grandes defeitos... só os grandes seres 
humanos é que são capazes de admitir.
A projeção existe desde nosso nascimento, e é extre-
mamente necessária para nossa rápida adaptação ao am-
biente: ferramenta essencial de formação do Ego. Ego que 
é quem somos (ou pelo menos quem achamos que somos), 
é a separação entre o Eu e o Outro, entre você e sua mãe 
(principalmente). Sem o Ego, você não pensaria sozinho, 
não iria querer nada (quereria o que os outros quisessem 
por você), não teria opinião, não seria ninguém. Pense em 
um fantoche: seria alguém sem ego.
 Com a Projeção, o Ego se fortifica enquanto você for-
ma sua personalidade: a criança é capaz então de se ver 
como ‘boazinha’, e acreditar em si própria, negando seus 
próprios defeitos. Até este ponto, isto é saudável. A crian-
ça naturalmente projeta quando, por exemplo, diz que 
quem quebrou o vaso foi a ‘bola’, e não quem a chutou... 
que quem comeu o bolo foi o ‘gatinho’, e não ela que era 
a única capaz de abrir a porta da geladeira naquele mo-
mento e local.
A coisa começa a tomar outra figura quando cresce-
mos, ganhamos a capacidade de saber bem quem somos, 
conhecemos nossos defeitos mas passamos a justificá-
-los... esta ‘racionalização’ de nossos próprios defeitos 
(comum e diretamente proporcional à capacidade inte-
lectual do indivíduo) é capaz de fazer grandes estragos, 
principalmente na vida das pessoas que estão em volta do 
‘projetor’. Dona da verdade, para esta pessoa tudo se jus-
tifica porque ela ‘está certa’, e qualquer um que discorde 
ou tenha outra opinião estará errado. Os demais passam, 
então, a receber toda a carga de projeção deste indivíduo, 
pela sua incapacidade de evoluir reconhecendo suas pró-
prias carências e defeitos.
Vamos ser mais claros citando exemplos: imagine al-
guém que passe boa parte de seu tempo de trabalho no 
computador fazendo outra coisa que não trabalhar (na-
vegando na internet, no facebook, fazendo atividades 
alheias ao seu trabalho), enquanto seus colegas de traba-
lho simplesmente se esgotam com enorme quantidade de 
serviço. É impossível que o inconsciente desta pessoa não 
a cobre, não transmita-lhe culpa de sua atitude incorre-
ta... mas a reação do ego infantil deste indivíduo será a 
contrária da que realmente se esperaria de um verdadeiro 
adulto: ela adotará um discurso e uma atitude de que tra-
balha mais do que os outros, que estes deveriam receber 
mais carga de trabalho pois sua situação, em sua visão, se-
ria injusta... um contrassenso, não é? Sim, mas é isto que 
ocorrerá: a pessoa que projeta o faz lançando nos outros 
suas próprias falhas...e não para por aí.
Pense em alguém que ajude esta pessoa com carência 
egoica... este(a) será uma tela de projeção para os piores 
defeitos do projetor. E é aí que chegamos ao tema da in-
gratidão: pessoas altamente projetivas (portadoras de um 
ego mal formado, infantil) agem com o que seria caracte-
rizado como ‘ingratidão’: ao mesmo tempo em que você 
age com profissionalismo, seriedade e honestidade, esta 
pessoa tentará lhe identificar como preguiçoso, desones-
to, mentiroso, infantil... exatamente as próprias caracterís-
ticas que lhe pertencem.
A culpa, a vergonha, a inferioridade, a incapacidade, e 
todos os demais maus sentimentos que elas sentem são 
insuportáveis para seu pequeno e mal formado ego, sen-
do, portanto, lançados no inconsciente. Lá, esses conteú-
dos só tem duas alternativas: atacar a si próprio(a) (o pior 
caminho, transformar-se em uma doença ao somatizar-se, 
em uma neurose profunda ou em uma psicose nos piores 
casos) ou lançá-los na direção de quem estiver mais pró-
ximo e suscetível (geralmente pessoas com características 
contrárias aos seus defeitos, e às quais, no fundo, invejam, 
ou no mínimo desejariam ser iguais). O último é o cami-
nho mais fácil, mais natural, o mais seguido pelas pessoas.
É aí que nascem as grandes injustiças nos ambientes 
de trabalho, nas salas escolares, na vida social no geral. 
Quanto maior o cargo do projetor, maior sua capacidade 
de fazer besteira e cometer grandes injustiças na vida das 
demais pessoas, por conta de sua própria inferioridade 
de maturidade psicológica, sua falha no desenvolvimen-
to egoico. E infelizmente, ainda não temos muitos meios 
para nos defendermos deste tipo de ‘doente’.
O máximo que podemos fazer, quando somos obri-
gados a estar em ambientes assim, é ficarmos calados e 
nos afastarmos (quando for possível). Qualquer coisa que 
tentar dialogar com alguém projetando sobre você seus 
próprios defeitos é conseguir fornecer mais material para 
queimar no ‘fogo’ de sua projeção. Lembre-se: o que ela 
está vendo em você está na cabeça dela, não em você; 
você não conseguirá mudar a imagem que este tipo de 
pessoa tem de você até que ela procure um profissional 
de psicologia para tratar sua falha de desenvolvimento psi-
cológico.
É lamentável quando vemos pessoas altamente ins-
truídas e incapazes de reconhecer suas próprias falhas, 
seus próprios deslizes. Costumamos vê-las apresentando 
um discurso totalmente alheio às suas próprias ações, e se 
você tentar confrontá-la com suas próprias ações, prova-
velmente ela se tornará irascível e despejará contra você 
toda uma série de insultos e ironias, se não passar para 
LÍNGUA PORTUGUESA
11
um ataque físico: a pior coisa que um ‹projetor› quer à sua 
frente é ser confrontado com a realidade: sua própria re-
alidade (a de uma criança fragilizada e birrenta, no corpo 
de um adulto). (...)
Texto adaptado: http://www.psicologia.med.br/2015/04/
projecaopsicologica-e-ingratidao_1.html
21.(AOCP - 2018 - UFOB - ANALISTA DE TECNOLO-
GIA DA INFORMAÇÃO- DESENVOLVIMENTO) 
Em relação ao texto, julgue, como VERDADEIRO ou 
FALSO, o item a seguir
No excerto “…e se você tentar confrontá-la com suas 
próprias ações, provavelmente ela se tornará irascível e 
despejará contra você toda uma série de insultos e ironias, 
se não passar para um ataque físico...”, os itens em desta-
que funcionam como conjunção para estabelecer relação 
de condição entre as orações.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
22.(AOCP - 2018 - UFOB - ANALISTA DE TECNOLO-
GIA DA INFORMAÇÃO- DESENVOLVIMENTO)
Em relação ao texto, julgue, como VERDADEIRO ou 
FALSO, o item a seguir
Em todos os termos em destaque no excerto a seguir, 
ocorre derivação prefixal: “Por esta razão, a ingratidão 
humana, quando analisada sob a ótica da projeção psico-
lógica, em vez de denotar uma falta de caráter, torna-se 
uma carência de desenvolvimento egoico, quase que uma 
infantilidade (que por infelicidade da humanidade, ainda 
é muito recorrente, independentemente da idade, classe 
social ou formação educacional dos indivíduos.”
( ) CERTO 
( ) ERRADO
23.(AOCP - 2018 - UFOB - ANALISTA DE TECNOLO-
GIA DA INFORMAÇÃO- DESENVOLVIMENTO)
Em relação ao texto, julgue, como VERDADEIRO ou 
FALSO, o item a seguir
Em “A culpa, a vergonha, a inferioridade, a incapacida-
de, e todos os demais maus sentimentos que elas sentem 
são insuportáveis para seu pequeno e mal formado ego, 
sendo, portanto, lançados no inconsciente...”, os termos 
em destaque são passíveis de flexão apenas em número, 
ou seja, são substantivos biformes.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
24.(AOCP - 2018 - UNIR - TÉCNICO DE LABORATÓ-
RIO - ANÁLISES CLÍNICAS) 
Pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela 
qual o Poder Público redige atos normativos e comuni-
cações. Em relação à redação de documentos oficiais, jul-
gue, como VERDADEIRO ou FALSO, os itens a seguir.
Os pronomes possessivos referidos a pronomes de 
tratamento são sempre os de segunda pessoa do plural: 
“Vossa Senhoria nomeará
vosso substituto”.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
25.(AOCP - 2018 - UNIR - TÉCNICO DE LABORATÓ-
RIO - ANÁLISES CLÍNICAS)
ONU Meio Ambiente mobiliza escoteiros em campa-
nha Mares Limpos
Publicado em 20/09/2018
Entre os dias 29 de setembro e 8 de dezembro, mem-
bros juvenis dos Escoteiros do Brasil de todo o país pode-
rão participar do desafio para conquistar a Insígnia
Mares Limpos.
Em parceria com a ONU Meio Ambiente e o Movimen-
to Menos 1 Lixo, os Escoteiros do Brasil se engajam pelo 
segundo ano consecutivo em um projeto de cuidado com 
os oceanos, incentivando lobinhos, sêniores, escoteiros e 
pioneiros a reduzirem o consumo de plástico por meio do 
“Desafio Menos 1 Lixo/Mares Limpos”.
Entre os dias 29 de setembro e 8 de dezembro, mem-
bros juvenis dos Escoteiros do Brasil de todo o país pode-
rão participar do desafio para conquistar a Insígnia Mares 
Limpos.
Em 2017, 3.350 escoteiros receberam a Insígnia Mares 
Limpos após reduzirem significativamente seu consumo 
cotidiano de itens de plástico descartável como sacolas, 
copos, talheres, canudos e garrafas PET.
Segundo o relato de muitos deles, foi realmente um 
desafio recusar os descartáveis e convencer a família a 
mudar seus hábitos. Alguns grupos de escoteiros partici-
pantes relataram experiências que demonstram a resis-
tência da sociedade em mudar.
Os jovens relataram certo desconforto em serem dife-
rentes dos demais ao recusar o plástico ou usar alternati-
vas em locais públicos, e também a dificuldade em obter a 
compreensão dos outros (atendentes, adultos) sobre sua 
opção. Por outro lado, o depoimento de vários participan-
tes apontou que a princípio parecia muito difícil evitar o 
uso de plásticos, mas após algumas semanas acabaram 
descobrindo que é muito mais fácil do que parece.
Para conseguir a insígnia, os escoteiros deveriam defi-
nir o tipo de plástico descartável que iriam deixar de con-
sumir e registrar, toda semana, quantos acabaram usando. 
O Padrão Ouro só foi alcançado com o consumo máximo 
de um item por semana.
O sucesso da primeira edição do desafio levou a União 
dos Escoteiros do Brasil a reeditar a competição. Porém, 
neste ano, a obtenção das insígnias ficou mais difícil:
• Padrão Bronze – de 1 a 3 itens utilizados semanal-
mente (média geral do período de 10 semanas)
LÍNGUA PORTUGUESA
12
• Padrão Prata – menos de 1 item utilizado semanal-
mente (média geral do período de 10 semanas)
• Padrão Ouro – menos de 1 item utilizado semanal-
mente (média geral do período de 10 semanas) e uma ati-
vidade para combater a poluição plástica.
A realização de uma atividade “zero plástico” é o di-
ferencial deste ano para obter a insígnia Padrão Ouro. O 
escoteiro terá que escolher entre promover uma festa 
para mais de 30 convidados sem utilizar nenhum plástico 
descartável ou uma campanha de conscientização sobre a 
importância da redução do consumo de plásticos descar-
táveis em sua escola, instituição religiosa, clube ou acade-
mia por, pelo menos, um mês, e que alcance mais de 300 
pessoas.
A resolução que regulamenta a Insígnia Mares Limpos, 
bem como a explicação do Desafio, está publicada e pode 
ser conferida no documento: https://www.escoteiros.org.
br/ wp-content/uploads/2018/08/resolucao-mareslim-
pos-2808-1.pdf.
A segunda edição do Desafio Menos 1 Lixo/ Mares 
Limpos conta novamente com o apoio da ONU Meio Am-
biente e da Defensora Mares Limpos, Fe Cortez, idealiza-
dora do projeto Menos 1 Lixo, que promove o consumo 
consciente.
Semana Mares Limpos de Limpeza de Praias
A campanha Mares Limpos está cadastrando ações de 
limpeza de praias programadas para o período entre os 
dias 15 e 23 de setembro, que ficará conhecida como a 
#SemanaMaresLimpos de Limpeza de Praias.
As inscrições podem ser feitas por meio do link www.
bit.ly/CadastroSemana2018_v2. Os grupos inscritos rece-
berão um kit da campanha com cartilha de orientações so-
bre como realizar o clean up, fichas de catalogação do lixo 
encontrado e material da campanha para impressão (logo, 
cartazes), e serão convidados a participar de um projeto 
de reciclagem de tampinhas.
As informações sobre o lixo coletado em cada ação 
serão contabilizadas e farão parte do panorama nacional 
sobre o lixo no mar, subsidiando a elaboração do Plano 
Nacional. A metodologia de coleta de dados foi elaborada 
pelo Instituto Ecosurf.
Para mais informações sobre a campanha Mares Lim-
pos da ONU Meio Ambiente visite: cleanseas.org (também 
em português)
Fonte: https://nacoesunidas.org/onu-meio-ambiente-mo-
biliza-escoteiros-em-campanha-mares-limpos/
Em relação ao texto, julgue, como VERDADEIRO ou 
FALSO, o item a seguir
Em “Para conseguir a insígnia, os escoteiros deveriam 
definir o tipo de plástico descartável que iriam deixar de 
consumir e registrar, toda semana, quantos acabaram 
usando.”, o verbo auxiliar da locução verbal em destaque 
encontra-se no plural de forma inadequada, pois deveria 
concordar com o sujeito “plástico descartável”.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
Prezado candidato, de acordo com o texto a seguir 
responda as questões 26 e 27.
Mafalda: uma grande menina
Jornal do Brasil
Maria Clara Lucchetti Bingemer
Incrível, querida Mafalda, que você já esteja com meio 
século de existência. Parece que foi ontem que travei co-
nhecimento com você e sua turma de crianças diferencia-
das. E desde o primeiro momento, confesso que me apai-
xonei por você, tão idealista, com seu jeito politizado e, ao 
mesmo tempo, terno.
Você, querida Mafalda, na verdade é uma apaixona-
da pelas pessoas e pelo mundo. Você ama os outros e as 
coisas que existem ao seu redor. Por isso mesmo é muito 
exigente com elas. Os primeiros a sentir o peso de sua exi-
gência são seus pais. Como você deve tê-los enchido de 
ansiedade, menina de cabelos pretos e olhar perscrutante. 
Suas perguntas os deixam de olhos abertos a noite toda, 
sem conciliar o sono, indagando-se o que você quer dizer 
e onde quer chegar.
Mas ao mesmo tempo, com toda a sua crítica a tudo e 
todos em sua casa – a começar pela sopa tão odiada “que 
é para a infância o que é o comunismo para a democracia” 
–, você ama seus pais e os olha com uma ternura que per-
doa suas limitações e acolhe suas imperfeições na difícil 
arte de te amar. Seu irmãozinho Guille é objeto igualmen-
te de sua ternura e desde pequeno já começa a assimilar 
sua visão crítica do mundo e da realidade. Vai longe esse 
menino!
Com sua turma de amigos, já brinquei muitas vezes e 
entrei na roda do teimoso e pão-duro Manolito, da aliena-
da Susanita, do terno Felipe... junto com você. Sempre foi 
uma delícia ver como você interage com eles, amiga, com-
panheira, mas também verdadeira, sabendo levantar a voz 
e ser crítica quando é necessário. Às vezes, a insensibili-
dade de Susanita, ou as “viagens” de Felipe impacientam 
você, que vai então refugiar-se no seu quarto e pensar, 
pensar e mais pensar. Porém, muitas vezes você se diverte 
com eles como criança da sua idade e eu, avó que já sou, 
morro de rir dessas brincadeiras que me fazem lembrar 
meus netos.
LÍNGUA PORTUGUESA
13
 Sua relação de maior afeto, no entanto, Mafalda, é 
com o mundo. Só nele eu já vi você enternecida e cheia de 
compaixão. Seu coração sensível e sua mente brilhante e 
perspicaz têm profunda pena deste mundo tão louco, tão 
injusto, mas também tão sofrido, tão combalido por guer-
ras, lutas fratricidas, injustiças de toda sorte. Sua cabeci-
nha não para de se perguntar uma e outra vez o porquê 
de tudo que acontece e deforma este mundo que poderia 
ser pacífico. Talvez de todas as suas tirinhas a que mais 
me enterneceu tenha sido aquela onde você aparece em 
atitude protetora ao lado do globo terráqueo colando um 
band-aid sobre sua superfície.
Isso diz muito sobre sua personalidade. Enraivecida, 
rebelde, não se conformando com o mundo tal qual é. 
Mas também carinhosa, compassiva, compreensiva com 
as limitações de todos e também deste mundo, que é a 
nossa, a sua casa e que sofre bastante com os desvarios e 
loucuras dos seres humanos.
Tal como seu criador, Quino, 
você é uma pessoa pacífica, mas que não suporta injusti-
ças. E por isso se enraivece quando elas acontecem.
Neste seu aniversário de meio século, quero agradecer 
a você a grande inspiração que tem sido para mim. São 
cinquenta anos que você nos encanta, nos faz rir, pensar, 
refletir, chorar e ter mais força para enfrentar o cotidiano 
às vezes bem duro que é o nosso.
Sobretudo nós, mulheres, devemos muito a você. 
Quando nos desesperamos com a idade que nos faz en-
gordar, você nos ensina que na verdade não acumulamos 
gordura saturada e sim inteligência, saber, conhecimento. 
E como tanta sabedoria não cabe em nossa cabeça, mas se 
esparrama por nosso corpo, nossas formas se avolumam e 
se arredondam. Mas isso não significa que somos gordas, 
e sim cultas, muito cultas.
Por ser inteligente, politizada e culta, querida Mafalda, 
você chega à chamada “meia idade” sem achar que a aca-
demia de ginástica é o lugar mais importante do mundo, 
nem que tem que ter aos 50 o mesmo corpo que tinha aos 
18. Você sabe que o mais importante se leva na cabeça e 
no coração, e não na cintura, nos quadris ou nos seios.(...)
Fonte: http://www.jb.com.br/index.php?id=/acervo/ma-
teria.php&cd_
matia=733590&dinamico=1&preview=1
26.(AOCP - 2018 - UNIR - ASSISTENTE EM ADMINIS-
TRAÇÃO) 
Em relação ao texto “Mafalda: uma grande menina”, 
julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, o item a seguir.
Em “São cinquenta anos que você nos encanta, nos faz 
rir, pensar, refletir, chorar e ter mais força para enfrentar 
o cotidiano às vezes bem duro que é o nosso.”, o pronome 
em destaque está em posição inadequada, pois, conforme 
a regra padrão culta da língua escrita, ele deveria estar co-
locado após o verbo.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
27.(AOCP - 2018 - UNIR - ASSISTENTE EM ADMINIS-
TRAÇÃO) 
Em relação ao texto “Mafalda: uma grande menina”, 
julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, o item a seguir.
Em “Com sua turma de amigos, já brinquei muitas ve-
zes e entrei na roda do teimoso e pão-duro Manolito...”, a 
expressão em destaque foi utilizada para expressar o que, 
de fato, literalmente, aconteceu, ou seja, é uma expressão 
denotativa.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
28.(AOCP - 2018 - UNIR - ARQUIVISTA)
Estudo que avaliou a vida de 165 mil pessoas chegou 
a uma conclusão surpreendente: é na velhice que esta-
mos mais satisfeitos com nós mesmos
Quando você era jovem e achava que tinha o mundo 
nas mãos, talvez sua autoestima fosse boa. Mas, acredite, 
ela só estará no topo quando você estiver na melhor ida-
de, aos 60. Pelo menos é o que diz um novo estudo feito 
por cientistas da Universidade de Berna, na Suíça. E eles 
garantem: esse sentimento pode permanecer no auge por 
uma década inteira.
Com a pesquisa, os cientistas queriam investigar a tra-
jetória da autoestima ao longo da vida. Eles descobriram 
que esse sentimento começa a se elevar entre 4 e 11 anos 
de idade, à medida que as crianças se desenvolvem so-
cial e cognitivamente – e ganham algum senso de inde-
pendência. Os níveis, então, se estabilizam à medida que a 
adolescência começa, dos 11 aos 15 anos.
 Isso é surpreendente, pois o senso comum afirma que 
a auto-estima cai durante a adolescência. “Essa impressão 
acontece devido a mudanças na puberdade e maior ênfa-
se na comparação social na escola”, diz Ulrich Orth, autor 
do estudo, mas, na prática, não é o que acontece.
Segundo os pesquisadores, a autoestima se mantém 
estável até a metade da adolescência. Depois disso, ela 
tende a aumentar significativamente até os 30 anos. Após 
a faixa dos 30 podem até existir oscilações, mas o senti-
mento de autoconfiança tende a crescer. Quando os 60 
chegam, a autoestima alcança o seu auge – e permanece 
assim até os 70 anos.
Mas, quem tem a sorte de chegar até os 70 pode sen-
tir sua autoestima baixar. Os pesquisadores afirmam que 
esse sentimento declina drasticamente dos 70 aos 90 
anos. “Essa idade frequentemente envolve perda de pa-
péis sociais e, possivelmente, viuvez, fatores que podem 
ameaçar a autoestima”, explica o autor. “Além disso, o en-
velhecimento muitas vezes leva a mudanças negativas em 
outras possíveis fontes de autoestima, como habilidades 
cognitivas e saúde.”
LÍNGUA PORTUGUESA
14
Toda essa análise se baseou em 191 artigos científi-
cos sobre autoestima, que incluíam dados de quase 165 
mil pessoas. Os cientistas conseguiram, com esse estudo, 
apresentar uma visão bem abrangente sobre como essa 
auto percepção muda com a idade – por isso optaram por 
diferentes grupos demográficos e faixas etárias.
Na cultura de hoje, que é quase obcecada pela juven-
tude, muitos temem o envelhecimento. Mas, segundo a 
pesquisa, uns aninhos a mais podem fazer bem para sua 
autopercepção.
Por Ingrid Luisa
access_time 24 ago 2018, 18h02
Disponível em <https://super.abril.com.br/ciencia/saiba-
-em-que-ida
de-a-sua-autoestima-esta-no-topo-e-nao-e-aos-17/>
Considerando o texto apresentado, julgue, como VER-
DADEIRO ou FALSO, o item a seguir.
No primeiro parágrafo, a expressão “pelo menos” é 
utilizada como recurso argumentativo para introduzir uma 
voz de autoridade para falar sobre o assunto tratado no 
texto. Essa voz de autoridade é o estudo realizado pela 
Universidade de Berna. No último parágrafo, o mesmo 
não acontece, pois o recurso argumentativo presente nele 
é unicamente composto por julgamentos pessoais da au-
tora.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
29.(AOCP - 2018 - UNIR - ADMINISTRADOR )
Pesquisadores descobrem como transformar sangue 
A e B em O
A novidade pode ajudar bancos de sangue ao redor do 
planeta e salvar milhões de vidas
Ninguém sabe ao certo como morreu o Papa Inocên-
cio VIII, no século 15. Uma lenda recorrente diz que, oito 
anos antes dos portugueses pisarem no Brasil, a Igreja es-
tava tão desesperada para salvar o pontífice moribundo 
que cometeu uma loucura: pediu para três crianças, de 
10 anos, trocarem parte de seu sangue por um pedaço de 
terra. O médico do líder católico ainda teria determinado 
que o sangue deveria ser bebido, via oral. Não deu certo. 
O Papa teria morrido logo depois.
Essa história é, provavelmente, mentira – a Universida-
de de Toronto até chegou a buscar provas em 1999, mas 
não encontrou. A lenda, porém, se consagrou como “o pri-
meiro transplante sanguíneo da história”.
De lá pra cá, a lenda se tornou fato – e a medicina evo-
luiu muito quando o assunto é sangue. Em 1818, o obs-
tetra inglês James Blundell realizou a primeira transfusão 
devidamente registrada, e em 1901 o austríaco Karl Lands-
teiner descobriu os tipos sanguíneos (A, B, AB e O), e como 
eles interagem entre si.
 Agora, um século depois, a maior revolução do tipo 
pode estar prestes a ser confirmada: um grupo de pesqui-
sadores da Universidade de British Columbia, no Canadá, 
alega que conseguem transformar sangue tipo A, B ou AB 
em sangue tipo O.
(...) Todo mundo tem um tipo sanguíneo. Você mes-
mo é ou A, ou B, ou AB, ou O. Isso é importante porque a 
transfusão entre tipos de sangue diferentes pode matar – 
se você colocar sangue A em uma pessoa cujo tipo sanguí-
neo é B, o próprio organismo vai reagir e atacar esse novo 
malote de sangue. O contrário também ocorre. Sangue 
tipo A só doa para tipo A ou AB. Tipo B só doa para tipo B 
ou AB. AB é o menos flexível e só doa para o tipo AB.
Por isso, o tipo sanguíneo mais valioso é o tipo O. Ao 
contrário dos demais, ele não promove reações defensivas 
no organismo de pessoas com nenhum tipo sanguíneo. 
Conhecido como doador Universal, o sangue O pode ser 
transferido pra qualquer pessoa. É por isso, é claro, que os 
Bancos de Sangue estão sempre procurando por doadores 
tipo O.
Com a descoberta da universidade canadense, porém, 
os Bancos de Sangue podem ter ganhado na loteria. Qual-
quer sangue pode ir pra qualquer pessoa, uma revolução 
que tem o potencial de salvar milhões de vidas.
Para conseguir o feito, o pesquisador Stephen Withers 
analisou a característica que difere entre cada tipo sanguí-
neo: são os chamados “açúcares antígenos”.
O sangue tipo 
A carrega um determinado antígeno junto às suas células, 
quem tem sangue B possui outro, quem tem AB possui os 
dois.
O sangue da transfusão só é aceito quando o corpo 
não detecta nenhum antígeno diferente do seu próprio.
Só que quem tem sangue O não possui antígeno ne-
nhum. E passa despercebido pelos sistemas de defesa. A 
ideia, então, foi tentar destruir esses açúcares das células 
de sangue – assim, em teoria, qualquer fluido sanguíneo 
ficaria igual ao tipo O.
 A saída para o extermínio adocicado se deu por meio 
de enzimas. Os pesquisadores procuraram substâncias 
que conseguissem quebrar as moléculas açucaradas (sem 
danificar o restante do material). O estudo procurou o 
elemento em mosquitos e sanguessugas, mas encontrou 
a solução em um local muito mais próximo: no nosso pró-
prio intestino.
 Withers percebeu que alguns dos açúcares que con-
sumimos são estruturalmente muito parecidos com os an-
tígenos. Eles observaram que algumas bactérias presentes 
na flora intestinal auxiliam no processamento desses açú-
cares da alimentação
– e decidiram entender como elas reagiriam em conta-
to com as células sanguíneas.Foi tiro e queda: elas fizeram 
a “digestão” dos antígenos – e o que restou era sangue 
tipo O.
(...)
LÍNGUA PORTUGUESA
15
Por Felipe Germano
access_time23 ago 2018, 15h54 - Publicado em 22 ago 
2018, 19h29
https://super.abril.com.br/saude/pesquisadores-desco-
brem-comotransformar-sangues-a-e-b-em-o/
Considerando o texto apresentado, julgue, como VER-
DADEIRO ou FALSO, o item a seguir.
A palavra sanguessugas é formada pelo processo de 
composição por justaposição.
( ) CERTO 
( ) ERRADO
Prezado candidato, de acordo com o texto a seguir 
responda as questões de 30 à 32.
O que está por trás da indisciplina escolar?
Estudo busca as razões da indisciplina e tenta enten-
der como os professores brasileiros gastam tempo para 
manter a ordem em sala de aula
Cinthia Rodrigues
O Brasil ocupa o primeiro lugar no quesito “tempo gas-
to para manter a ordem na classe”. É o que indica a Pes-
quisa Internacional sobre Ensino e Aprendizado (Talis, na 
sigla em inglês), respondida por professores de 32 países 
em 2013. Trocando em miúdos, os professores brasileiros 
são os que mais perdem tempo tentando combater a in-
disciplina escolar.
Na média, os profissionais brasileiros disseram que 
perdem 20% do período de aula com indisciplina, enquan-
to o padrão foi de 13%. É a segunda vez que a Organiza-
ção para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico 
(OCDE) faz essa pesquisa com profissionais que atuam nos 
últimos anos do Ensino Fundamental.
Na primeira, em 2008, os educadores brasileiros tam-
bém foram os que mais disseram perder aula com o as-
sunto. O dado isolado não traz novidade para quem está 
em sala de aula, mas um estudo feito com cruzamento de 
outras respostas ao mesmo questionário ajuda a explicar 
por que ostentamos tal recorde.
“A partir de um conjunto de respostas, como qual a 
frequência com que o educador dá e recebe retorno sobre 
seu trabalho, observa colegas, atua em conjunto, partici-
pa de atividades com turmas diferentes, percebemos, por 
exemplo, quem está em ambientes colaborativos. Da mes-
ma maneira, chegamos às escolas que têm mais espaço 
para participação de pais e alunos. 
Para cada fator, há um conjunto de respostas”, explica 
a pesquisadora em políticas públicas Gabriela Moriconi, 
da Fundação Carlos Chagas, que ganhou uma bolsa para 
realizar análises sobre os dados na sede da OCDE e inves-
tigar soluções adotadas por outros países.
 O estudo leva para além do senso comum de que os 
estudantes seriam indisciplinados e parte para as razões 
que geram a desordem. A escolha do foco veio pela cons-
tatação, em outras investigações, de que a indisciplina é 
um dos principais obstáculos para o trabalho docente.
Para a análise, ela cruzou respostas a outras perguntas 
do questionário para entender quais fatores estão associa-
dos a professores que gastam tempo para manter a ordem 
no Brasil e em duas realidades consideradas próximas: 
Chile e México.
Outro dado importante, na análise do resultado da 
pesquisa de Gabriela, é a formação específica. Quando 
o conteúdo ensinado faz parte da área de conhecimento 
do professor, ele perde menos tempo com indisciplina. Os 
educadores que afirmam terem aprendido a ensinar de-
terminado conteúdo, perdem menos tempo ainda.
“A literatura especializada sobre engajamento mostra 
que a primeira coisa para manter o envolvimento é o do-
mínio do conteúdo e saber ensinar. Então, esses achados 
fizeram muito sentido para mim”, diz. Para ela, a questão 
da colaboração profissional também cai na formação tan-
to de conteúdo como de gestão da sala de aula em termos 
de organização do tempo, divisão das atividades, espaço e 
estabelecimento de regras.
“Diante da realidade que temos, muito se aprende 
com outros colegas, tanto a prevenir maus comportamen-
tos como a agir diante de casos de indisciplina.”
Adaptado de: <http://www.cartaeducacao.com.br/repor-
tagens/o-que
-esta-por-tras-da-indisciplina-escolar/>. Acesso em: 27 
jul. 2018.
30.(AOCP - 2018 - PREFEITURA DE FEIRA DE SANTA-
NA - BA - PROFESSOR - MATEMÁTICA)
Assinale a alternativa que indica o sentido expresso 
pelo conector em destaque no seguinte contexto de uso: 
“Estudo busca as razões da indisciplina e tenta entender 
como os professores brasileiros gastam tempo para man-
ter a ordem em sala de aula”.
(A) Direção.
(B) Causa.
(C) Lugar.
(D) Modo.
(E) Finalidade.
LÍNGUA PORTUGUESA
16
31.(AOCP - 2018 - PREFEITURA DE FEIRA DE SANTA-
NA - BA - PROFESSOR - MATEMÁTICA)
As palavras “indisciplina” e “escolar” são formadas, 
respectivamente, pelos processos de
(A) composição por aglutinação e derivação sufixal.
(B) derivação prefixal e derivação sufixal.
(C) derivação prefixal e derivação parassintética.
(D) derivação sufixal e derivação prefixal.
(E) derivação imprópria e derivação imprópria.
32.(AOCP - 2018 - PREFEITURA DE FEIRA DE SANTA-
NA - BA - PROFESSOR - MATEMÁTICA)
Entre as alternativas a seguir, assinale aquela em que 
o “que” esteja retomando o termo em destaque na ora-
ção.
(A) “Os educadores que afirmam terem aprendido a 
ensinar [...] perdem menos tempo ainda.”.
(B) “[…] a Organização[...] faz essa pesquisa com pro-
fissionais que atuam nos últimos anos do Ensino Fun-
damental”.
(C) “[…] quais fatores estão associados a professores 
que gastam tempo para manter a ordem no Brasil […]”.
(D) “Diante da realidade que temos, muito se aprende 
com outros colegas [...]”.
(E) “Na média, os profissionais brasileiros disseram 
que perdem 20% do período de aula com indisciplina 
[...]”.
33.(AOCP - 2018 - PREFEITURA DE FEIRA DE SANTA-
NA - BA - PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA)
Arte de Amar
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua 
alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Manuel Bandeira
Disponível em: <http://em-prosa-e-verso.blogspot.
com/2010/05/arte-de-amar-segundo-manuel-bandeira.
html>. Acesso em: 18. Jul. 2018. 
Em “Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a 
tua alma.”, a oração em destaque expressa
(A) causa.
(B) finalidade.
(C) condição..
(D) concessão.
(E) contraste.
34.(AOCP - 2018 - PREFEITURA DE FEIRA DE SANTA-
NA - BA - PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA)
As janelas
 Quem olha, de fora, através de uma janela aberta, 
não vê jamais tantas coisas quanto quem olha uma janela 
fechada. Não há objeto mais profundo, mais misterioso, 
mais fecundo, mais tenebroso, mais deslumbrante do que 
uma janela iluminada por uma vela. O que se pode ler à luz 
do sol é sempre menos interessante do que o que se pas-
sa atrás de uma vidraça. Nesse buraco negro ou luminoso 
vive a vida, sonha a vida, sofre a vida.
 Além das vagas do teto, percebo uma mulher madura, 
enrugada mesmo, pobre, sempre inclinada
sobre qualquer 
coisa e que nunca sai de casa. Por seu rosto, por seus ves-
tidos, por seus gestos, por quase nada eu refaço a história 
dessa mulher, ou antes, sua legenda e, às vezes, conto a 
mim mesmo, chorando, essa história.
 Se tivesse sido um pobre velho, eu, também, refaria a 
dele, facilmente.
 E me deito orgulhoso de ter vivido e sofrido nos ou-
tros como se fosse em mim mesmo.
 Talvez vocês me dirão: “Estás certo de que esta fábula 
seja verdadeira?” Que importa o que possa ser a realidade 
situada fora de mim, se ela me ajuda a viver, a sentir que 
existo e o que sou?
BAUDELAIRE
Disponível em: <https://iedamagri.files.wordpress.
com/2014/07/bau-delaire-spleen-de-paris.pdf>. Acesso 
em: 18 jul. 2018
Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma 
a respeito do texto “As janelas”.
(A) O que surpreende no texto de Baudelaire é a esco-
lha do ponto de vista, o de olhar por uma janela aberta 
para dentro de uma casa.
(B) O texto propõe como objeto do olhar uma cena 
erótica, uma jovem mulher e miserável.
(C) O título do texto deveria ser “A janela”, tendo em 
vista que tudo acontece através de uma única janela.
(D) A imagem exposta no texto de Baudelaire remete 
a um ato de olhar desprovido de perversidade, cujo 
prazer depende do fato de seu agente permanecer es-
condido.
(E) O texto tem como seu núcleo um ato de espiar a 
vida dos outros através de uma janela fechada.
LÍNGUA PORTUGUESA
17
35.(AOCP - 2018 - PREFEITURA DE FEIRA DE SANTA-
NA - BA - PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA)
Conto e novela são gêneros cada qual com suas espe-
cificidades, apesar de algumas características se asseme-
lharem. Assinale a alternativa correta quanto às caracte-
rísticas do conto.
(A) A palavra “conto” provém do verbo computare, 
que significa, em latim, “calcular”, “contar”. Assim, na 
Idade Média, o conto remetia a um relato simples que 
enumerava eventos.
(B) O conto é uma narrativa longa que tem como ob-
jeto aventuras fabulosas e que renuncia, com isso, a 
qualquer aspiração realista.
(C) Nos personagens do conto, geralmente, há profun-
didade psicológica e eles evoluem no tempo sócio-his-
tórico.
(D) O conto é uma narrativa enraizada na cultura real, 
sofisticada. Essa proveniência deixa suas marcas na 
própria forma da narrativa, fortemente marcada pela 
escrita.
(E) Por meio da sua intenção informativa, o conto reve-
la um parentesco com a notícia.
36.(AOCP - 2018 - PREFEITURA DE FEIRA DE SANTA-
NA - BA - PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA)
Solidão
E chove... Uma goteira, fora,
como alguém que canta de mágoa,
canta, monótona e sonora,
a balada do pingo d’água.
Chovia quando foste embora...
Ribeiro Couto (1921)
Disponível em:<http://www.novomilenio.inf.br/cultura/
cult006h> . Acesso em: 18 jul. 2018.
Assinale a alternativa correta quanto às afirmações so-
bre o gênero lírico.
(A) O texto se propõe a contar uma história
(B) Há a captação de um momento emocionalmente 
especial, e isso mediante um processo muito mais su-
gestivo e musical do que lógico e discursivo.
(C) Sua extensão geralmente é longa.
(D) O lirismo é assim denominado porque, em outros 
tempos, os versos sentimentais eram declamados em 
jardins, com variedades de lírios.
(E) O narrador é onisciente, ou seja, conhece toda a 
história.
37.(AOCP - 2018 - PREFEITURA DE FEIRA DE SANTA-
NA - BA - PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA)
Autopsicografia
O poeta é um fingidor,
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda Gira,
a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
PESSOA, Fernando. OBRA POÉTICA. Seleção, Organização 
e Notas de Maria Aliete Dores Galhoz. Cronologia por 
João Gaspar Simões. Introdução por Nelly Novaes Coelho. 
Editora Vozes Ltda.,1986.
Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma 
a respeito do poema Autopsicografia.
(A) Na primeira estrofe, verifica-se a existência de uma 
metáfora que classifica o poeta como um fingidor. Isso 
significa que ele não é capaz de se transformar nos 
próprios sentimentos que estão dentro dele.
(B) A segunda estrofe expressa o agenciamento do 
sentimento estético, pois o ato de fingir, responsável 
pela criação do texto literário, tem como resultado, na 
recepção do leitor, a magia de aliviar aquele sentimen-
to profundo.
(C) A primeira estrofe espanta, de imediato, o leitor, 
porque ali se esboça o mecanismo do ato de fingir, 
como instrumento da criação literária, em um jogo de 
repetições e arranjos pouco envolvente.
(D) A importância fundamental que se confere à esté-
tica está, justamente, no equilíbrio que a obra artística 
não pode produzir no ser humano.
(E) Na segunda estrofe do poema, o que se tem é exa-
tamente isto: a purificação da emoção do leitor ao per-
ceber que sua dor realmente existe.
LÍNGUA PORTUGUESA
18
38.(AOCP - 2018 - PREFEITURA DE FEIRA DE SANTA-
NA - BA - PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA)
É por meio das estratégias de leitura que se pode for-
mar leitores autônomos, os quais sejam capazes de ler de 
forma inteligente textos de diversos gêneros e áreas. Con-
siderando o exposto, assinale a alternativa que NÃO cor-
responde a um procedimento de leitura ou que dificulta o 
processo de compreensão.
(A) Fazer inferência.
(B) Fazer resumo.
(C) Levantar hipóteses.
(D) Fazer retenção.
(E) Realizar verificação.
39.(AOCP - 2018 - PREFEITURA DE FEIRA DE SANTA-
NA - BA - PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA)
A falta de consistência teórica observada na formula-
ção dos conceitos tradicionais de coordenação e subordi-
nação tem motivado o surgimento de novas posturas por 
parte de alguns autores em relação ao tratamento desse 
assunto. Alguns dos aspectos da abordagem de sentenças 
complexas que são focalizados se referem à interpenetra-
ção dos processos sintáticos de coordenação e subordina-
ção, ao questionamento dos critérios e das nomenclatu-
ras utilizados pela gramática tradicional e à proposição de 
novos critérios para classificação de sentenças complexas.
Por exemplo,linguistas deperspectivas teóricas diferen-
tes, tais como GARCIA (1967), BORBA (1979) e alguns re-
presentantes da linguística textual (SILVA e KOCH, 1983; 
KOCH, 1984, 1989, 1995, 1997; FÁVERO, 1987, dentre ou-
tros), têm centrado sua atenção na insuficiência de crité-
rios semânticos adotados pela gramática tradicional para 
distinguir orações coordenadas e subordinadas.
Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaveredas/fi-
les/2009/12/>. Acesso em: 20 jul. 2018.
Em “[...] têm centrado sua atenção na insuficiência de 
critérios semânticos adotados pela gramática tradicional 
para distinguir orações coordenadas e subordinadas.”, a 
oração em destaque é uma
(A) Oração Subordinada Substantiva Completiva Nomi-
nal.
(B) Oração Subordinada Adjetiva Explicativa.
(C) Oração Subordinada Adverbial Final.
(D) Oração Subordinada Substantiva Apositiva.
(E) Oração Subordinada Adverbial Causal.
40.(AOCP - 2018 - PREFEITURA DE FEIRA DE SANTA-
NA - BA - PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA)
Ao promover a leitura fundamentada na concepção 
dialógica de linguagem, possibilita-se o desenvolvimento 
de um leitor competente. Nesse sentido, a leitura como 
objeto de ensino
(A) deve estar centrada nas habilidades mecânicas de 
decodificação, que significa passar do código escrito 
para o código oral.
(B) apoia-se na aprendizagem da teoria gramatical, 
que é a garantia para se alcançar o domínio das lingua-
gens (oral e escrita).
(C) é usada para exteriorizar o pensamento, avalian-
do-se o seu domínio pela capacidade de o indivíduo 
expressar-se corretamente pela oralidade.
(D) é uma atividade que exige do leitor o foco no tex-
to, em sua linearidade, uma vez que tudo está dito no 
dito, ou seja, cabe ao leitor realizar uma atividade de 
reconhecimento do sentido das palavras e das estru-
turas textuais.
(E) compreende que o processo de significação de um 
texto perpassa pela interação, ou seja, pelo intercâm-
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