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SISTEMA DE ENSINO
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Livro Eletrônico
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Atualidades Brasil
ATUALIDADES
Luis Felipe Ziriba
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 3
Atualidades Brasil ........................................................................................................................... 4
1. Parte 1 – Brasil: Território, Posição, Índice de Desenvolvimento Humano e 
População ......................................................................................................................................... 4
1.1. Território, Fronteiras, Transporte e Energia ....................................................................... 4
1.2. A População Brasileira ........................................................................................................... 11
1.3. IDH Brasil: 2019 ........................................................................................................................ 17
2. Parte 2 – Atualidades Brasil: Política, Economia e Fatos .................................................21
2.1. A Política Brasileira .................................................................................................................21
2.2. Economia Brasileira ..............................................................................................................38
2.3. O Caso Marielle ...................................................................................................................... 72
2.4. As Milícias no Rio de Janeiro ............................................................................................... 72
2.5. A Crise na Segurança Pública no Brasil ............................................................................ 73
2.6. O Mais Médicos na Berlinda ................................................................................................90
2.7. A Transposição do Rio São Francisco .............................................................................. 106
2.8. Cultura e Atualidades no Brasil em 2020: alguns Pontos Fundamentais ................ 112
2.9. Brics e o Brasil ..................................................................................................................... 122
Questões de Concurso ............................................................................................................... 132
Gabarito ......................................................................................................................................... 153
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Luis Felipe Ziriba
ApresentAção
Caro(a) aluno(a), é um prazer imenso estar junto a você nessa etapa de preparação rumo à 
conquista de algo tão importante na vida: a estabilidade profissional no serviço público.
Peço licença para me apresentar. Meu nome é Luis Felipe Ziriba. Sou formado em Geografia 
desde 2004, pela Universidade de Brasília, e sou também servidor do Incra – SEDE, desde 2008, 
no cargo de Analista em Desenvolvimento e Reforma Agrária. Ministro aulas para concursos 
desde 2001. Comecei em sala aos 20 anos de idade em Pré-Vestibulares, tendo seguido para 
concursos de admissão à carreira militar, tais como EsPCEx, ESA, entre outros, nas disciplinas 
Geografia Geral e do Brasil. Lecionei também em preparatórios (matéria Geografia Geral e do 
Brasil) para cursos de admissão à carreira diplomática – Instituto Rio Branco. Já no início da 
década findada (2010-2019), parti também rumo ao desafio de lecionar as matérias Atualida-
des do Brasil e Mundo, além de Realidade/Atualidades do Distrito Federal.
Assim, entre tantas matérias diferentes e interessantes, lá se vão 18 anos preparando alu-
nos nos melhores cursos do Distrito Federal para os mais concorridos concursos do Brasil.
Bom, obrigado pelo espaço e confiança depositada e vamos, então, ao que realmente im-
porta a você. O tempo urge!
Com vistas a auxiliá-lo(a) nessa preparação, dividi nosso material em duas partes: na pri-
meira parte, destaco aspectos do território nacional (incluído transportes e energia) e contexto 
populacional; na segunda, serão abordados aspectos de nossa política, economia e temas 
mais importantes em atualidades (cultura, sociedade, segurança, relações internacionais, en-
tre outros).
Destaco, por fim, caro(a) aluno(a), ser extremamente necessário que realize a leitura inte-
gral dos temas abaixo e dos seus respectivos textos complementares, mesmo que haja em 
editais recortes balizando períodos específicos, tal como pode (e costuma) acontecer. Tenha 
em mente que será apenas promovendo a leitura retórica acerca dos temas, desde seu início 
até o fim, que será possível, portanto, a clarificação dos contextos mais recentes de Atualida-
des. E juro… Não há como fugir disso! Pode confiar nessa informação. A disciplina de Atua-
lidades não está restrita, simplesmente, a uma coleta de notícias com base no(s) recorte(s) 
estipulado(s) pelos editais. Em Atualidades existem contextos que devem ser entendidos para 
que possamos atingir o nível necessário de conhecimento pedido pelas bancas em concursos.
Então, vamos começar. Peço, por favor, que faça o caderno de exercícios apresentado 
como fixação de conteúdo e acréscimo didático. Avalie nosso curso em nossa platafor-
ma. Obrigado!
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1. pArte 1 – BrAsil: território, posição, Índice de desenvolvimento Hu-
mAno e populAção
1.1. território, FronteirAs, trAnsporte e energiA
O Brasil possui a 5a maior extensão territorial do mundo. Com mais de 8,5 milhões de qui-
lômetros quadrados de extensão, somos considerados um país-continente. Dentro da Amé-
rica do Sul, temos disparado a maior em área total (47%), com mais de 3 vezes o tamanho do 
segundo maior país, a Argentina.
Repare que o enorme território brasileiro é quase equidimensional; ou seja, possui pratica-
mente as mesmas extensões de Norte-Sul e Leste-Oeste.
Obs.: � os pontos descritos são os nossos pontos extremos nas quatro direções: Norte (Monte 
Caburaí, em Roraima), Sul (Arroio do Chuí), Leste (Ponta do Seixas) e Oeste (Nascente 
do Rio Moa).
O Brasil faz fronteira com dez (10) países. Dentro do continente Sul-Americano, não somos 
“vizinhos” apenas de dois países: o Chile e o pequeno Equador. No mapa abaixo, temos as 
principais extensões de fronteiras, com destaque para o Peru (2º lugar) e Bolívia (com mais de 
3.000 km de fronteira, em boa parte pela Amazônia). Destaca-se que estes dados de tamanho das 
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fronteiras são estanques, ou seja, não sofrerão alterações em curto ou médio prazo, à medida 
que os tratados com os países fronteiriços ao Brasil foram ratificados há tempos; também 
não vêm ocorrendoreivindicações fronteiriças de nações vizinhas.
Brasil-Guiana Francesa - 730km
Brasil-Colômbia - 1.644km
Brasil-Argentina - 1.261km
Brasil-Suriname - 593km
Brasil-Peru - 2.995km
Brasil-Uruguai - 1.069km
Brasil-Guiana - 1.606km
Brasil-Bolívia - 3.423km
Fronteira Terrestres - 16.886km
Brasil-Venezuela - 2.199km
Brasil-Paraguai - 1.366km
Costa Marítima - 7.408
O Brasil é dividido politicamente em 26 estados mais o DF, totalizando 27 Unidades da 
Federação (UFs). Os maiores estados são Pará, em segundo lugar, com 1.247.689 km², e Ama-
zonas, na liderança, com 1.570.745 km². O nosso menor estado é Sergipe, sendo o DF, porém, 
já que não é um estado propriamente dito, a menor unidade da federação (com 5.802 km²).
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São 5 regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Essa configuração atende a 
uma divisão de 1969 do IBGE, a qual levou em conta similaridades humanas e naturais entre 
os estados para o agrupamento em regiões:
• MAIOR REGIÃO (2019): Norte (45.2% do território nacional);
• REGIÃO COM MAIOR NÚMERO DE ESTADOS: Nordeste (com 9);
• MAIOR POPULAÇÃO: Sudeste (aproximadamente 86 milhões perfazendo em torno de 42% 
população do Brasil).
Vale destacar que os estados brasileiros podem se desmembrar internamente em outros me-
nores, bastando haver a aprovação pela Câmara dos Deputados e a consulta à população dos 
estados. Mas eles não podem se destacar do Brasil para formar outro país. Há pleitos em tor-
no de desmembramento de estados em análise atualmente para o Piauí, o Maranhão, a Bahia, 
entre outros. O pleito que neste sentido fora levado mais adiante deu-se no Pará, em 2011, 
quando sua população em plebiscito não aceitou a fragmentação do estado em 3 outros es-
tados (capitais em Marabá, Santarém e Belém).
Por fim, em 2021, o Brasil possuía 5.570 municípios. Os Estados com mais municípios 
atualmente são: Minas Gerais (853) e São Paulo (645). Na rabeira, temos Roraima, com apenas 
15, e o Amapá, com 16 municípios.
O Distrito Federal não é um Estado, e sim uma Unidade da Federação, tendo apenas Bra-
sília (a Capital Federal) como seu único município.
TEXTO COMPLEMENTAR
O Transporte de Cargas no Brasil em 2020
Por: Prof. Luis Felipe Ziriba, 10/12/2019.
O Sistema de transporte de cargas no Brasil é, via de regra, muito desequilibrado. 
Vigorando desde 2005 como um plano de Estado, e não de Governo, o PNLT – Plano 
Nacional de Logística de Transportes – visa promover um melhor reequilíbrio entre os 
modais, alçando metas de eficiência em logística, com redução de custos e da emissão 
de poluentes, além do incrementar a segurança.
Uma análise simples em nossa matriz de transportes revela que o meio rodoviário 
ainda predomina no total de cargas (peso) transportadas no país. Tal meio (rodoviá-
rio) de transporte leva em torno de 60% de toda a carga. Os principais produtos trans-
portados pelos mais de 1,4 milhão de quilômetros de estradas brasileiras (a segunda 
maior malha do mundo) são derivados de petróleo, soja, milho, farelo de soja, alimentos 
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(industrializados, ou não) e bens de consumo manufaturados diversos. Vale destacar 
que a presença do rodoviário vem sendo reduzida bem lentamente, tendo chegado, na 
década de 1980, a quase 80% de toda a carga transportada no país. As vantagens do 
meio rodoviário estão na capacidade de se entregar produtos porta a porta, o que não 
ocorre no meio ferroviário, pois os trens param em terminais, o aquaviário em portos 
e os aeroviários em aeroportos. Veja o exemplo da soja: todo grão que sai da portei-
ra das milhares de fazendas plantadoras é escoado exatamente por caminhão. Se, 
por opção das empresas, a soja seguir após os caminhões por outro modal, tem-se 
o que se chama de transbordo. A implementação originalmente ao de uma estrada é 
também mais barata e rápida, daí a preferência de governos desenvolvimentistas ante-
riores, como Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, por este modal (tipo) de transporte. 
Como externalidades, tem-se o maior custo de manutenção das estruturas que se pre-
carizam muito facilmente, a poluição ambiental dos gases pesados e tóxicos emitidos 
pelos escapamentos a diesel e o maior número de mortes em acidentes que nos outros 
modais. Um ponto interessante de Atualidades é que em maio de 2018, uma greve de 
praticamente um mês dos caminhoneiros praticamente parou o país. Ela revelou o 
tamanho da dependência deste meio de transporte no Brasil. Estima-se que em torno 
de 60% dos caminhoneiros no país trabalhem em empresas, não sendo autônomos, 
portanto. A essa prática de parada de serviços por parte de empresas dá-se o nome de 
lock-out. Lembrando ser tal prática proibida, tanto pela CLT como pela Lei de Greves.
O segundo meio de transporte mais utilizado no Brasil para cargas é o ferroviá-
rio, com algo em torno de 20% do total transportado por 30.000 km de ferrovias (com 
metade desta quilometragem sendo subutilizada).
As vantagens desse modal de transportes estão relacionadas a sua eficiência, pois 
os trens transportam uma imensa quantidade de carga, com baixo consumo de combus-
tível, baixa emissão de poluentes e níveis altíssimos de segurança, além de requerem 
pouca manutenção nas estruturas, principalmente nos trilhos. A externalidade obser-
vada reside no alto custo para se construírem novas ferrovias e sua implementação em 
geral (custo também dos trens). Vencer terrenos irregulares e fazer curvas acentuadas 
não é o forte dos trens. Atualmente, as 13 linhas férreas do país são administradas por 
concessões que duram em média 35 anos, sendo, contudo, livre o direito de passagem 
a trens que não pertencerem à concessionária do trecho. O minério de ferro responde 
por 80% do total de cargas transportado pelos trilhos no Brasil. Para 2019 haverá o 
leilão do trecho que liga Goiás ao Porto de Santos pela ferrovia Norte-Sul.
Recomendo, caro(a) aluno(a), que para se informar melhor sobre este tema, promo-
va a leitura deste link abaixo, retirado da versão online do jornal de Goiânia, o Popular:
https://abifer.org.br/ha-mais-de-tres-decadas-sendo-construida-ferrovia-norte-sul-
-so-tera-uso-apos-2020/
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Em seguida vem o meio de transporte aquaviário, o qual responde por algo em 
torno de 10% do transporte de cargas no Brasil, tendo sido aumentada esta participa-
ção ao longo das últimas décadas por meio, principalmente, das iniciativas promovidas 
pelo PNLT. A carga transportada internamente pelas hidrovias do país se encontra atu-
almente na casa dos 20% na soja; 15% de petróleo; 12% é areia, o milho representando 
10%e o minério de ferro outros 10%. Um dado interessante é que mais de 40% deste 
transporte se dá dentro do próprio estado, com destaque para as operações deste tipo 
promovidas no Rio Grande do Sul, São Paulo, Pará e Amazonas. Para estes dois últimos 
estados da Região Norte, vale ressaltar, embora este texto não seja sobre transporte 
de passageiros, que o modal aquaviário também leva muitas pessoas e uma imensa 
gama de produtos (mudanças, por exemplo, algo impensável no Centro-Sul do Brasil, 
que são feitas por barcos). São estados (principalmente o AM) que não têm expressi-
vas ligações rodoviárias, mas que possuem, contudo, rios caudalosos, largos e moro-
sos os quais auxiliam no transporte aquaviário. As vantagens do transporte aquaviário 
residem na sua amplificada capacidade de carga e custos baixos para o operador. As 
externalidades são a construção de hidrovias seguras e, se necessário, de eclusas (um 
processo muito caro), a ocorrência de acidentes (principalmente no transporte de pas-
sageiros) e a dificuldade de se chegar a pontos diversificados do território brasileiro. O 
ideal para o transporte aquaviário é que se consiga implementar uma logística eficiente 
para a realização do transbordo (troca de modal). No Brasil, uma modalidade de trans-
porte por barcos que esteve relegada em décadas anteriores vem ganhando força ao 
longo dos últimos anos: o transporte por cabotagem, ou seja, quando se leva a carga 
entre portos marítimos, praticamente se margeando a costa. Os portos e as embarca-
ções no Brasil, na verdade, vêm se adaptando a essa eficiente modalidade de transpor-
te de cargas.
Por fim, em relação ao aquaviário, destaco que mais de 90% do comércio global 
atualmente se deve ao transporte aquático em grandes navios, sejam estes de contê-
ineres, sejam de graneleiros.
Por último vem o transporte aéreo de cargas, muito importante à medida que, 
embora leve algo em torno de apenas 5% das cargas no Brasil, ao somarmos os valo-
res destas cargas, tem-se algo em torno de 25% de todos os valores transportados no 
Brasil. O modal aeroviário é, de fato, muito eficiente quando se precisa levar cargas 
perecíveis (alimentos, flores) ou com alto valor agregado, em que o custo mais alto do 
transporte, comparado aos outros meios, compensa.
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A Produção de Energia Elétrica no Brasil em 2020
Por: Prof. Luis Felipe Ziriba, 05/12/2019.
O Brasil é um dos grandes produtores de energia do Mundo. Nosso gigante parque 
de produção de energia elétrica possui alta diversificação, sendo baseado em matriz 
limpa (as hidrelétricas: das cinco maiores em atividade no Mundo, duas, Belo Monte e 
Itaipu, estão aqui) e algumas outras peculiaridades. Vejamos, então, as principais.
Em termos gerais, a nossa produção de energia elétrica se encontra em torno de 
75% (dados de 2018) oriunda de fontes renováveis. Veja os números abaixo:
• hidrelétrica: 61%;
• eólica: 6%;
• termelétricas a biomassa: 8%.
• Todas fontes renováveis…
Acrescenta-se, contudo, à nossa matriz energética, mais 18% de termelétricas, 1,5% 
nuclear e o restante, em torno de 5%, importada (basicamente do Paraguai por meio de 
Itaipu, ou seja, também fonte hidrelétrica).
As Hidrelétricas
Poucos países no mundo possuem proporção tão elevada em sua matriz energética 
com base em hidrelétricas como no Brasil. Geograficamente, o nosso parque hidrelé-
trico já esteve bastante concentrado no Centro-Sul e Vale do Rio São Francisco. Por lá, 
grandes estruturas, como as usinas de Paulo Afonso-BA e Itaipu-PR, permanecem, mas 
o direcionamento do sistema elétrico nacional evidencia uma subida de novas estrutu-
ras, agora se apropriando dos rios amazônicos. Assim, nasceram nas últimas décadas 
gigantescos projetos, como o Jirau e Santo Antônio em Rondônia, Tucuruí e Belo Monte 
no Pará. Aliás, esta última, quando estiver em pleno funcionamento, será a maior usina 
do Brasil e a segunda maior do mundo. Ao todo hoje são 218 usinas em funcionamento 
no Brasil.
Em auxílio a essas estruturas, temos também as PCHs – Pequenas Centrais Hidrelé-
tricas – e as Centrais Geradoras. Estas últimas, de tão pequenas, não chegam nem a 
constituir barragem e possuem um licenciamento ambiental bastante simplificado.
Ordem por tamanho de projeto:
HIDRELÉTRICAS: PCH -> Centrais Geradoras
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O Parque Eólico
Em 2019 funcionavam no Brasil 368 usinas eólicas, além de 133 novas em constru-
ção. Predominantes em regiões de vegetação baixa, como no centro da Bahia, ou no 
litoral do Nordeste e Região Sul, onde a incidência de ventos é bastante favorecida, se 
utilizam da energia de movimento do vento para produção de eletricidade. Um princípio 
simples, mas que requer implementações tecnológicas. A produção eólica responde 
por quase 6% da eletricidade total no Brasil, tendo crescido exponencialmente ao longo 
dos últimos 15 anos. Em estados como o Ceará e Rio Grande do Norte, que não pos-
suem grandes hidrelétricas, já representam grande parte da produção de energia local.
Termelétricas
Incentivos ao emprego de termelétricas, sobretudo, as com uso de biomassa, 
buscam diversificar a matriz energética elétrica, que até 2006 tinha 83,2% de sua potên-
cia composta por hidrelétricas. Licor negro (resíduo da produção de papel) e bagaço 
de cana são as principais fontes de biomassa (renováveis). Gás natural e derivados 
de petróleo são as fontes fósseis mais comuns (não renováveis). Dentro do mapa 
nacional de termelétricas, tem-se termelétricas por todo o país, contudo aqueles que 
se utilizam de biomassa estão no Centro-Sul e as que queimam gás natural e petróleo 
(fontes não renováveis e poluidoras) na Amazônia, via de regra.
Nuclear
Localizadas em Angra dos Reis (RJ), as usinas nucleares Angra 1 e 2 utilizam o 
átomo do elemento químico urânio para produção de 1.990 MW de energia elétrica, 
distribuída no eixo Rio-São Paulo. Em construção, Angra 3 deve fornecer 1.350 MW. O 
Brasil é o 23º país do mundo em potência nuclear instalada (2018).
Força Maremotriz
Essa modalidade de produção de energia se utiliza a força das marés. Presente em 
países como Reino Unido e Canadá, esse método consiste em usar o “vai e vem” das 
marés para movimentar turbinas e, com isso, gerar eletricidade. É um processo similar 
ao usado em parques eólicos, com uma vantagem: por ser mais densa, a água exerce 
uma força maior sobre as turbinas e, consequentemente, gera mais energia.
Uma das principais formas de exploração da energia das marés é por meio do uso de 
turbinas instaladas em barragens, dessa forma as marés criam um desnível suficiente-
mente elevado entre os lados da barragem, de modo que as turbinas sejam acionadas.
As energias oceânicas ainda não fazem parte da agenda energética do Brasil. Não 
existem políticas de incentivos nem iniciativas para a realização de um inventário obje-
tivo do potencial energético. Exemplo disso é que o país não possui uma legislação 
específica para fontes renováveis de energia do mar.
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1.2. A populAção BrAsileirA
Dados Gerais
Para falarmos sobre a população brasileira, é necessário inicialmente nos lembrarmos de 
dois pontos fundamentais que aprendemos na escola, remetendo às prazerosas aulas de Geo-
grafia. São os conceitos de país POPULOSO e de país POVOADO, então vamos a eles!
POPULOSO: é um conceito que remete à população absoluta de um determinado lugar – o 
número total de habitantes. Dentro deste contexto, se comparamos o Brasil a seus pares, ou 
seja, aos outros países do globo, veremos que temos a 6a maior população do mundo. Assim, 
o Brasil pode ser considerado como sendo um país populoso.
Em 2019 os meios de comunicação destacaram que fomos ultrapassados, caímos de 5º para 
o 6º lugar no ranking do número total de habitantes em comparação aos países do globo. Vale 
destacar que ainda não há uma confirmação precisa, pois os dados do Paquistão podem não 
ser 100% seguros; além disso, o Brasil ainda não realizou seu censo decenal (veremos um 
pouco abaixo a quantas anda essa questão por aqui). Mas, ao que tudo indica, realmente fo-
mos ultrapassados.
Veja a lista dos países mais populosos do mundo (2019):
• 1º) CHINA – 1,390 bi.
• 2º) ÍNDIA – 1,266 bi.
• 3º) EUA – 330 milhões.
• 4º) INDONÉSIA – 252 milhões.
• 5º) PAQUISTÃO – 211 milhões.
• 6º) BRASIL – 210 milhões.
• 7º) NIGÉRIA – 182 milhões.
POVOADO: aqui entra um ponto curioso. Somos, tal qual vimos acima, um país populoso 
(com uma alta população absoluta), mas seríamos também, de fato, um país povoado? Res-
pondo: não. O conceito de povoado remete à densidade populacional, ou seja, à quantidade 
de habitantes por Km2 de um determinado lugar. É o dado relativo à Densidade Demográfica. 
Bom, caro(a) aluno(a), neste quesito o Brasil não está listado em posição alta no ranking dos 
mais populosos. Aliás, muito pelo contrário.
Ao diluirmos a enorme população brasileira por nosso gigante território nacional, em um 
ranking de, mais ou menos, 190 países, o Brasil se encontra por volta do 159º lugar. É interes-
sante perceber que, para nós, habitantes de grandes cidades, ou de centros urbanos médios, 
que sejam, isso parece irreal mas o que acontece no Brasil é que a nossa população se en-
contra mal distribuída, e muito concentrada, principalmente nas grandes cidades das Regiões 
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Sul, Sudeste e Nordeste. Mas, de fato, na divisão total, temos apenas uma média em torno de 
24 hab/km2, uma média baixa ao compararmos em termos globais.
Para quem tiver interesse em saber as posições dos países no ranking de povoamento, 
espie este link recomendado abaixo:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_densidade_populacional
Portanto, em termos globais, somos considerados um país POPULOSO (grande popula-
ção total), mas não muito POVOADO (média-baixa densidade demográfica).
Leia agora, caro(a) aluna(a), matéria publicada abaixo na página da revista Veja on-line e 
republicada pela revista Exame, em 28/08/2019, sobre o nosso atual panorama populacional 
em termos gerais e também regionais. Vale uma leitura atenta:
Em: https://exame.abril.com.br/brasil/brasil-tem-mais-de-210-milhoes-de-habitantes-
-aponta-ibge/
MATÉRIA
Brasil já tem mais de 210 milhões de habitantes, aponta IBGE
Diário Oficial da União trouxe nesta quarta-feira (28) a mais nova estimativa da po-
pulação brasileira feita pelo IBGE
O Diário Oficial da União (DOU) traz nesta quarta-feira (28 de agosto) a mais nova 
estimativa da população brasileira feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es-
tatística (IBGE). De acordo com os dados, o País já conta com mais de 210 milhões 
de habitantes, quantidade superior aos 208 milhões registrados em 2018. O número 
atualizado é de 210.147.125 de habitantes.
Três Estados do Sudeste estão no topo da lista dos mais populosos. São Paulo lide-
ra com 45.919.049 de habitantes – a capital do Estado tem hoje 12.252.023 pesso-
as. Em seguida, vêm Minas Gerais, com 21.168.791 de habitantes, e Rio de Janeiro, 
com 17.264.943.
No Nordeste, a Bahia tem a maior população da região, com 14.873.064 de habi-
tantes. No Sul, Paraná e Rio Grande do Sul quase empatam no número de pessoas, 
com 11.377.239 e 11.433.957 de habitantes, respectivamente. No Norte, o Estado do 
Pará é o mais populoso, com 8.602.865 de habitantes, e, no Centro-Oeste, é o Esta-
do de Goiás, com 7.018.354. Pela nova estimativa, o Distrito Federal tem 3.015.268 
de moradores.
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Entre outros objetivos, a nova estimativa será utilizada para o cálculo das cotas dos 
fundos de participação de Estados e municípios. Os dados têm data de referência em 
1º de julho de 2019 e estão organizados por Estados, Distrito Federal e municípios.
Quatro municípios concentram 11,8% da população brasileira
Os quatro municípios mais populosos do país concentram 24,87 milhões de habi-
tantes. As populações de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador concentram 
11,8% da população brasileira, que hoje chega a 210,1 milhões de pessoas.
De acordo com as estimativas do IBGE, o município de São Paulo continua sendo o 
mais populoso do país, com 12,25 milhões de habitantes, seguido pelo Rio de Ja-
neiro, com 6,72 milhões de habitantes, Brasília, com 3 milhões, e Salvador com 2,9 
milhões de habitantes.
Já os municípios com menor população são Serra da Saudade (MG), com 781 habi-
tantes, Borá (SP), com 837 habitantes, e Araguainha (MT), com 935 habitantes.
Segundo o IBGE, 324 municípios têm mais de 100 mil habitantes. Juntos eles são 
apenas 5,8% do total de 5.570 municípios do país, mas respondem por 57,4% da po-
pulação brasileira ou 120,7 milhões de habitantes, sendo que 48 deles têm mais de 
500 mil habitantes.
Por outro lado, 3.670 municípios – 68,2% do total – são habitados por menos de 20 
mil pessoas. Juntos eles têm 32 milhões de habitantes ou 15,2% da população total 
do país.
Dos 5.570 municípios do país, 28,6% apresentaram redução populacional. Aproxi-
madamente metade (49,6%) dos municípios tiveram crescimento entre zero e 1% e 
apenas 4,8% (266 municípios) apresentaram crescimento igual ou superior a 2%.
Unidades da Federação mais populosas em 2020 (números aproximados):
• 1º) São Paulo – 46 mi.
• 2º) Minas Gerais – 21 mi.
• 3º) Rio de Janeiro – 17 mi.
• 4º) Bahia – 14 mi.
Em último está Roraima (600 mil), seguida do Amapá (840 mil) e do Acre (880 mil), todas na 
Região Norte, a 2a menos populosa do país.
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Regiões mais populosas em 2020:
• 1º) Sudeste – 87,7 mi.
• 2º) Nordeste – 56,9 mi.
• 3º) Sul – 29,7 mi.
• 4º) Norte – 18,2 mi.
• 5º) Centro-Oeste – 16 mi.
Municípios mais populosos em 2019:
• 1º) São Paulo – 12,2 mi.
• 2º) Rio de Janeiro – 6,7 mi.
• 3º) Brasília – 3 mi*.
• 4º) Salvador – 2,9 mi.
Brasília ultrapassa Salvador em 2017 e se torna a terceira maior cidade do país.
Densidade Demográfica do Brasil: 2019
Habitantes por km2
12 906
216
48
24
11
0
0 N 500km
Sem informações 
(novos municípios
Fonte: IBGE, Censo demográfico 2000
2
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Note haver no mapa acima, acerca de nosso povoamento relativo, uma nítida concentra-
ção populacional na fachada litorânea (faixa que vai do litoral a mais ou menos 150-200 km 
em direção ao interior). Fora isso, os pontos no interior do Brasil que possuem alto índice de 
adensamento são os chamados Enclaves Territoriais.
Os Enclaves Territoriais são estruturas artificialmente criadas, tais quais cidades, polos in-
dustriais, entre outros, que, ao surgirem (incentivados, via de regra, pelo Estado), conseguem 
atrair para áreas antes sem qualquer desenvolvimento, ou com baixo nível de adensamento 
populacional (e de desenvolvimento econômico), contingentes populacionais expressivos. Dois 
exemplos clássicos de enclaves no Brasil são Brasília e a Zona Franca de Manaus, enclaves 
indutores de enorme sucesso em termos de desenvolvimento e atração populacional, podendo 
estes serem percebidos no mapa de Densidade Demográfica como pontos bastante averme-
lhados, ou seja, de alto adensamento, em contraste à grande parte interior de nosso território.
Para finalizar, vale destacar que o Brasil possui áreas em ANECÚMENOS, ou seja, em par-
tes de um território onde os fatores naturais são impeditivos ao desenvolvimento humano. Os 
desertos, as áreas congeladas e partes alagadas e as selvas são exemplos globais neste sen-
tido. Em nosso país, temos a Floresta Amazônica e, em menor escala, o semiárido nordestino, 
com a vegetação da Caatinga, nossos exemplos de anecúmenos territoriais.
1.2.1. A Evolução da Demografia Brasileira e seu Atual Momento
Criado em 1938, o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – realiza, a cada de-
cênio (desde 1940), o Censo Demográfico: a contagem de nossa população que nos traz uma 
radiografia precisa acerca de uma gigantesca gama de fatores humanos e sociais de nosso 
imenso país e de sua população. Nos períodos entre censitários, o Instituto promove amos-
tragens anuais com vistas a se manter atualizada a contagem decenal: o PNAD – Pesquisa 
Anual por Amostra de Domicílio.
Para 2020, o IBGE mais uma vez realizaria o Censo decenal (sendo nosso último de 2010). 
Ou pelo menos iria, em tese. Contudo, contingenciamentos de recursos e principalmente as 
dificuldades impostas pela Covid fizeram com que os trabalhos fossem adiados.
Em função das orientações do Ministério da Saúde relacionadas ao quadro de emergência de 
saúde pública causado pela COVID-19, o IBGE decidiu adiar a realização do Censo Demográ-
fico para 2021.
A decisão levava em consideração a natureza de coleta da pesquisa, domiciliar e predominan-
temente presencial, com estimativa de visitas de mais de 180 mil recenseadores a cerca de 71 
milhões de domicílios em todo o território nacional.
Considera, do mesmo modo, a impossibilidade de realização, em tempo hábil, de toda a ca-
deia de treinamentos para a operação censitária, cuja primeira etapa se iniciaria em abril de 
2020, de forma centralizada, e posteriormente replicada em polos regionais e locais até o 
mês de julho.
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Para a realização da operação censitária em 2021, o IBGE estabeleceu formalmente com o Mi-
nistério da Saúde o compromisso de realocar o orçamento do Censo 2020, em prol das ações 
de enfrentamento ao coronavírus mantidas pelo Ministério.
Eis que uma outra reviravolta ocorre, e o Censo, que seria realizado inicialmente em 2020 (se-
guindo tradição histórica de realização do macrolevantamento a cada decênio), após ser adia-
do em 2021, sofre outra mudança. Com a simples justificativa emanada pelo Ministro da Eco-
nomia, Paulo Guedes, de não haver dinheiro, o Censo será realizado (veremos, né?!), portanto, 
somente em 2022.
O Brasil chegou ao ano de 2021 com as seguintes taxas de crescimento populacional, en-
velhecimento e fecundidade:
• Crescimento populacional no Brasil entre 2015-2019: 0,7% ao ano.
Obs.: � a nossa fase atual de crescimento populacional é chamada de TRANSIÇÃO DEMO-
GRÁFICA. Em 2019 (e em anos anteriores também), o nosso crescimento populacional 
(0.7% a.a) não pode ser jamais considerado alto em termos globais. Pelo contrário, 
visto que nossa população cresce menos que a média global (1.2% a.a), menos que 
quase todos os países da América do Sul (inclusive menos que a Argentina e Paraguai) 
e menos também até que o Canadá e os EUA.
• Brasil: população com mais de 65 anos (2018): 9.2%. Embora não sejamos ainda uma 
sociedade tipicamente envelhecida, estamos em rota acelerada de envelhecimento.
A expectativa de vida média em 2020 da população brasileira é de aproximadamente 75 anos. 
E só vem crescendo. Em países desenvolvidos, este indicador já se encontra em média da casa 
dos 80 anos.
Segundo o IBGE, no Distrito Federal, Santa Catarina e São Paulo (as Unidades da Federação 
com maior IDH), a expectativa de vida já atingiu a marca dos 80 anos.
• Taxa de fecundidade: 1,7 filho por mulher.1
A taxa de fecundidade é o número médio de filhos por mulher em idade adulta (15-49 
anos). Ela é considerada repositiva quando se encontra acima de 2 filhos por mulher, não sen-
do, portanto, há mais de uma década o caso do Brasil (com taxa em 1,7), nem em mais de 70 
países hoje, segundo a ONU.
É importante compreendermos que, à medida que atualmente ocorre um padrão compor-
tamental, o qual vem desde a década de 1980 (quando saímos da EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA 
1 Considerada como não repositiva.
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para adentrarmos na TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA), em que a contínua REDUÇÃO DA NATA-
LIDADE é evidente em nossa demografia, há consequentemente uma queda também neste 
indicador.
1.2.2. Tendências Populacionais do Brasil: 2019/2020 (Estudo do IBGE)
A expectativa é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e faz parte da Re-
visão 2019 da Projeção de População. Estudo este que estima demograficamente os padrões 
de crescimento da população do país ano a ano, por sexo e idade. Para os próximos 42 anos, 
o estudo nos revela que a população do Brasil vai continuar em crescimento, até atingir 233,2 
milhões de pessoas em 2047 para, a partir daí entrar em declínio gradual.
Antes de 2048, (ano previsto para o início da queda populacional), segundo o estudo su-pracitado do IBGE, em 12 estados – Piauí, Bahia, Rio Grande do Sul, Alagoas, Minas Gerais, 
Paraíba, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Paraná e Rio Grande do Norte – deve-
remos experimentar uma redução no número total de habitantes dessas Unidades da Federa-
ção. Segundo o IBGE, a principal característica destas Unidades da Federação, e que fará cair 
suas populações totais, se encontra relacionada a um saldo migratório negativo. No limite da 
projeção, no ano de 2060, 8 Unidades da Federação – Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, 
Santa Catarina, Amapá, Roraima, Amazonas e Acre, não terão queda nas suas populações. O 
IBGE explicou que estas Unidades da Federação apresentam saltos migratórios positivos e/ou 
têm taxas de fecundidade total mais elevadas. Assim, manterão este padrão.
1.3. idH BrAsil: 2019
O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – é um indicador de desenvolvimento esta-
belecido pela ONU desde a entrada da década de 1990. Ele leva em consideração 3 fatores: 
renda, expectativa de vida e escolaridade. Vai de 0 (nenhum desenvolvimento) a 1 (desenvol-
vimento pleno) e pode ser usado em várias escalas, desde um bairro até países.
De acordo com o último ranking apresentado em 2019, com dados relativos ao ano de 2018, 
a Noruega (0.954) está na liderança, seguida por Suíça, Irlanda e Alemanha. O rol dos países 
com IDH Muito Alto compreende aqueles países que possuem indicador entre 0,8 a 1. Neste 
rol, se encontram na América do Sul apenas o Chile (42º), a Argentina (48º) e o Uruguai (57º).
O Brasil se encontra no rol abaixo, denominado como de Alto Desenvolvimento. No último 
ranking estacionamos em relação ao penúltimo, de 2014, na 79a posição, com indicador de 
0,761. Estamos atrás de países como Cuba (72º), México (76º) e Tailândia (78º) e juntos da 
Colômbia (79º).
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Posições no IDH: Países Selecionados
Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/12/15/brasil-perde-cinco-posicoes-no-ranking-mundial-de-idh.
ghtml
Entre os três critérios tomados como base no IDH – renda, expectativa de vida e escola-
ridade –, o que puxa para baixo nossa posição é exatamente o indicador escolaridade. 
Para se ter uma ideia, o Brasil, entre os países emergentes, possui escolaridade acima ape-
nas da Índia.
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Escolaridade Média por Países Emergentes
ESCOLARIDADE MÉDIA POR PAÍSES EMERGENTES
CHILE 10,4
ARGENTINA 10,60
RÚSSIA 12
URUGUAI 8,70
BRASIL 7,80
COLÔMBIA 8,3
AMÉRICA LATINA E CARIBE 8,6
CHINA 7,9
EQUADOR 9
VENEZUELA 10,3
PARAGUAI 8,5
ÁFRICA DO SUL 10,20
ÍNDIA 6,5
Fonte: Pnud, 2019
Dentre as Unidades da Federação, dados de 2017 (divulgados em 2019), apenas o Distrito 
Federal, São Paulo e Santa Catarina possuem IDH Muito Alto, estando a liderança na Capital 
federal (DF), com IDH similar ao de Portugal (40º) e Chile (42º).
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Veja ranking (2017).
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2. pArte 2 – AtuAlidAdes BrAsil: polÍticA, economiA e FAtos
2.1. A polÍticA BrAsileirA
Introdução
Forma de governo: republicana.
Sistema de governo: presidencialismo.
O Legislativo Federal, com sede em Brasília, adota o modelo bicameral. Na Câmara dos 
Deputados a composição é determinada pelos chamados representantes do povo, em número 
de 513 parlamentares. Na Câmara dos Deputados, busca-se atender a uma representatividade 
que seja proporcional à população de cada Unidade da Federação. São Paulo, nosso estado 
mais populoso, com 45 milhões de habitantes, possui 70 cadeiras na Câmara Federal. Já Ro-
raima, Acre e Amapá, todas Unidades da Federação com menos de 1 milhão de residentes, 
possuem 8 deputados federais cada. É interessante notar que a proporção de deputados em 
estados com pequena população acaba sendo a estes bem mais favorável quando comparada 
aos estados de grandes contingentes populacionais, como São Paulo, o nosso estado mais 
populoso. Há, portanto, distorções neste modelo representativo proporcional adotado na Câ-
mara Federal.
Já o Senado Federal, a outra casa do Congresso Nacional, é composto por parlamentares 
representantes das Unidades da Federação que foram eleitos (em mandato de 8 anos) em 
número de 3 senadores por cada U.F. Assim, em um total de 27 UFs, totalizam 81 senadores 
no Brasil.
Artur Lira (PP-AL) é o Presidente da Câmara dos Deputados e segundo na linha de su-
cessão presidencial. Já o Senado Federal é presidido por Rodrigo Pacheco (DEM-MG), sendo 
também o Presidente do Congresso Nacional. Ambos comandarão suas respectivas casas 
até fevereiro de 2023. Eles são expoentes da chamada política do “centrão”, à qual o presiden-
te Jair Bolsonaro vem buscando dar força, exatamente com vistas a se livrar, ao menos em 
tese, dos grilhões mais radicais de direita.
2.1.1. Os Partidos
O sistema partidário brasileiro se encontra, em meados de 2020, constituído por 33 parti-
dos. O último a receber o registro pelo TSE foi o UP – Unidade Popular, em dezembro de 2019. 
Interessante é que alguns partidos, com vistas a dar uma melhorada na combalida imagem 
dentro da política nacional, vieram ao longo dos anos retirando exatamente o nome “Partido” 
de sua sigla oficial, criando, assim, novas denominações. Por exemplo; o PTB se tornou Avante; 
o PSDC virou Democracia Cristã; o PTN se transformou no Podemos; e o PEN no Patriotas. O 
PMDB, menos criativo, apenas mudou para MDB, retomando seu nome de criação original.
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Segundo matéria publicada no portal on-line da Revista Veja, de 18/10/2019 (em:https://
veja.abril.com.br/politica/nova-udn-corinthianos-e-ate-piratas-os-76-novos-partidos-
-na-fila-do-tse/), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tinha na fila nada menos que 76 legendas 
em formação que perseguem cumprir as exigências legais para que possam ser habilitadas e 
participar do processo eleitoral.
A matéria destaca que todos esses partidos já realizaram o primeiro passo para entrarem 
com o processo pela regularização: Ou seja – têm CNPJ registrado. Parece bastanteséria essa 
busca por dezenas de novas legendas para se tornarem partidos. A partir disso, os aspirantes 
a partido precisam cumprir algumas exigências. A principal delas é obter número mínimo de 
apoiadores de 0,5% do total de votantes nas últimas eleições para a Câmara dos Deputados, 
hoje algo em torno de 490 mil assinaturas. Detalhe: nenhum apoiador pode ter filiação a um 
partido já legalizado. Além disso, é preciso ter adesões em ao menos nove estados.
Entre os partidos que deram um passo, mesmo que pequeno, além da simples abertura de 
CNPJ, estão algumas tentativas de reconstrução de legendas extintas, como o Prona – Partido 
da Reconstrução Nacional, do saudoso médico Enéas Carneiro, que disputou três eleições pre-
sidenciais e chegou a ficar em terceiro no pleito de 1994, atrás apenas de FHC e Lula.
Outra tentativa de ressurreição de legenda envolve a UDN (União Democrática Nacional), 
partido que nasceu em 1945 como oposição a Getúlio Vargas e ao populismo; defendeu o 
conservadorismo político, o liberalismo clássico e a moralidade nos costumes até ser dissol-
vido em 1965 durante a ditadura militar. Um de seus líderes foi o ex-governador da Guanabara 
Carlos Lacerda, que apoiou e depois passou a fazer oposição ao regime militar até morrer 
em 1977. Agora, o partido se ofereceu para abrigar o presidente Jair Bolsonaro, quando ele 
deixou o PSL, partido com o qual se elegeu a Presidente em 2018. Em contraposição, o nosso 
Presidente já deixou claro que irá criar seu próprio partido, que se chamará Aliança pelo Brasil. 
Em 2021, contudo, não houve ainda, pelo menos quase a metade do ano, a criação do partido 
de Bolsonaro. Ele segue, portanto (abril/2021), sendo um presidente que, de forma inédita em 
nossa recente história republicana, governa sem ser filiado a qualquer partido.
Outro pleito de recriação de partido é o do Arena. A Aliança Renovadora Nacional foi o 
partido oficial do regime militar, em um sistema de bipartidarismo, em que a outra legenda 
permitida à época era o MDB, que aglutinava a oposição.
Além das recriações, a lista de espera do TSE tem partidos para todos os matizes ideo-
lógicos (cristãos, nacionalistas, esquerdistas, conservadores e ecológicos, entre outros) e de 
categorias muito específicas, como militares, servidores, indígenas, negros e esportistas. Há 
também partidos em defesa dos animais, das favelas.
Como tragédia pouca é bobagem, está bem próximo (acredite se quiser!) de cumprir as 
exigências mínimas para homologação pela lei o Partido Nacional Corinthiano, que já recolheu 
assinaturas de mais de 441 mil apoiadores segundo o TSE (o site da legenda fala em mais de 
490 mil), sendo 251 mil deles no estado de São Paulo, onde fica a sede do Corinthians. O time, 
no entanto, diz não ter relação com qualquer iniciativa neste sentido.
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Novidade recente na busca por maior lisura ao processo eleitoral no Brasil ocorreu por 
meio da proibição do financiamento privado de campanhas por empresas. Entre 1993 e 2014, 
as empresas brasileiras podiam fazer doações para campanhas eleitorais. O limite legal era 
2% do faturamento bruto da empresa no ano anterior à eleição. O beneficiário podia tanto ser o 
candidato, quanto o partido político, que transferia o recurso para os candidatos. A nova regra 
valeu já para as eleições municipais de 2016. Com vistas a facilitar a compreensão do novo 
modelo, confira do sítio na internet Politize um quadro bastante elucidativo sobre as regras e 
suas mudanças. Em: http://www.politize.com.br/financiamento-privado-de-campanhas/
As maiores bancadas na Câmara atualmente (legislatura 2019-2022):
• 1. PT: 53 deputados;
• 2. PSL: 41 deputados;
• 3. PP: 40 deputados;
• 4. PL: 39 deputados;
• 5. PP: 38 deputados;
• 6. PSD: 36 deputados.
Nessa legislatura que se iniciou em 2019, 25 partidos possuem representantes na Câmara 
dos Deputados; número recorde em termos de representação partidária em todos os tempos.
O PSL – Partido Social Liberal –, de orientação conservadora de direita, se tornou o maior 
partido na Câmara dos Deputados no início da atual legislatura (2019-2022). Sem dúvida ne-
nhuma tamanha envergadura se encontra decisão acertada de filiar o atual Presidente Jair Bol-
sonaro, em 2018, após ele ter passado dois anos no PSC (sendo este último o 8º partido segui-
do de Bolsonaro em 30 anos como parlamentar), para juntos vencerem a eleição presidencial.
Nas eleições gerais de 2018, capitalizando os votos dados a Jair Bolsonaro e seus filhos, 
Flávio Bolsonaro (PSC-RJ), senador mais votado da história do RJ, e Eduardo Bolsonaro (PSC-
-SP), eleito para a Câmara, o partido se transforma em uma potência. Se na legislatura anterior 
(2015-2018), a representação do partido se resumia a UM DEPUTADO APENAS, em 2019, 53 
deputados tomaram posse em fevereiro para iniciar a nova legislatura. O partido que jamais 
havia governado qualquer Unidade da Federação, elege também 3 governadores: Rondônia, 
Roraima e Santa Catarina.
Veja, caro(a) aluno(a), um mapa, algumas linhas abaixo, dos governadores eleitos (2019).
Por fim, ainda acerca desse tema partidário, a regra da cláusula de barreira estipula só 
terem direitos ao Fundo Partidário e ao tempo gratuito de rádio e TV nessa legislatura (2019 – 
2022) partidos que ultrapassaram as seguintes barreiras: eleitos pelo menos 9 deputados de 9 
estados ou que tiverem um desempenho mínimo nas urnas de 1,5% dos votos válidos distribu-
ídos em pelo menos 9 estados e com, ao menos, 1% de votos em cada um deles.
Para quem tiver interesse em ler sobre as regras do fundo partidário, indico este link: http://
www.tse.jus.br/partidos/fundo-partidario-1/fundo-partidario
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2.1.2. As Eleições de 2018
Em 7 de outubro de 2018, o Brasil realizou as Eleições Gerais de 2018. Com mais de 
147.000.000 de eleitores, nosso país é a terceira maior democracia global, estando atrás 
apenas da Índia, país que possui um sistema eleitoral confuso, baseado em crenças, distri-
tos e castas.
Outro país que possui uma democracia maior que a nossa são os EUA: potência eivada por 
um sistema eleitoral confuso e indireto, no qual o primeiro lugar no voto popular nem sempre 
leva, visto o ocorrido na eleição de Trump em 2016. O antigo mandatário (Trump) obteve em 
torno de 2,8 milhões de votos a menos que a sua rival, a senadora Hillary Clinton. Porém, mes-
mo com menor número de votos, Trump obteve um coeficiente eleitoral baseado em delegados 
por estados (onde ele venceu) que o fizeram ser eleito.
Voltando às nossas eleições, em 2018,tivemos o pleito mais concorrido desde as elei-
ções de 1989. Se, em fins dos anos 1980, após 29 anos sem eleições diretas para Presiden-
te, havia 22 candidatos, 29 anos depois, foram 13 os candidatos. E houve candidatos para 
todos os gostos: um ex-presidente presidiário (Lula, que, na verdade, tentou ser candidato, 
mas não conseguiu, pois em abril de 2018 foi encarcerado); um ex-governador do estado 
(Geraldo Alckmin), que produz 1/3 do PIB nacional, mas que está enrolado até a medula na 
Operação Lava Jato; um debochado capitão da reserva do Exército com discursos ufanistas 
e ultraconservador (Jair Bolsonaro, o vencedor!); um cabo dos bombeiros militares do Rio de 
Janeiro que evoca a todo início de frase a “graça do Senhor Jesus Cristo” (Cabo Daciolo); uma 
ambientalista evangélica (Marina Silva); e até a candidata da “revolução socialista” (Vera do 
PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado).
Alguns dados e fatos chamaram a atenção neste pleito e podem aparecer em questões ou 
futuros temas de redação de Atualidades em concursos. Então, vamos a eles!
Nas eleições de 2018, o número de jovens entre 16-17 anos que se inscreveram para votar 
caiu proporcionalmente frente às eleições de 2014. Se antes foram 23% do contingente total 
os cadastrados a participar (o voto não é obrigatório nesta idade, nem para os acima de 70 
anos), agora (em 2018) foram 21% do total apenas, demonstrando uma nítida queda no inte-
resse deste grupo etário por participar do processo democrático.
Outro dado chama a atenção, sendo destacado pelo ex-presidente do TSE Luiz Fux, em seu 
discurso de despedida do cargo em meados do mês de ago/2018. Diz respeito ao fato de ter-
mos atingido o número de 50% de eleitores cadastrados pelo sistema biométrico, sendo meta 
do TSE atingir a totalidade dos eleitores até 2022. O TSE realizou também um enorme avanço, 
sem dúvidas, ao ter cadastrado mais de 6.000 eleitores pelo seu nome social. São transexuais 
e travestis que, pela primeira vez na história, já poderão votar com um nome escolhido.
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Além destes avanços, Luiz Fux, ao passar o bastão para Rosa Weber, destacou que, nas 
eleições de 2018, avançamos bastante, pois, com o auxílio de órgãos de investigação e judi-
ciários, como a Polícia Federal, Ministério da Justiça e ABIN, inicia-se, ao menos em tese, o 
combate às chamadas fake news, ou seja, a disseminação de notícias e fatos falsos atribuídos 
a candidatos. Mas é bem verdade que, mesmo havendo pioneiramente um esforço dos órgãos 
oficiais com vistas a contar as fake news, o que vimos, de fato, foi uma enxurrada destes tipos 
de mensagens, principalmente por meio do WhatsApp e do Facebook nas eleições. Não à toa, 
uma CPI para investigar exatamente estas fake news fora aberta em fins de 2019 na Câmara 
dos Deputados.
Em maio de 2021, o Presidente do TSE é o Ministro do STF Luís Roberto Barroso.
O QUE SÃO FAKE-NEWS: fake news são informações deturpadas, emanadas por agentes 
que visam disseminar informações, dados, ou notícias falsas. Via de regra, servem para dene-
grir pessoas ou grupos opostos, podendo, logicamente, também promover ações positivas (de 
forma falsa) de alguém ou de determinado(s) grupo(s).
Embora estejam atualmente em pauta como nunca, as fake news são uma prática antiga, 
sendo disseminadas historicamente via panfletos ou veículos específicos de mídia. Contudo, 
com as facilidades inerentes à propagação das redes sociais na última década, em especial, 
as fake news ganharam proporções gigantescas. Foram, como já se sabe, inclusive a tônica 
das eleições presidências nas duas maiores nações americanas, os EUA (em 2016) e no Bra-
sil (2018).
No caso mais específico brasileiro, a motivação pela criação da CPMI da Fake News foi 
a suspeita de uso de notícias falsas e desinformação, além de assédio e incitação a outras 
práticas criminosas na internet, durante as eleições de 2018.
A CPMI das Fake News foi instalada em setembro de 2019, com o senador Ângelo Coronel 
(PSD-BA) sendo eleito presidente e a deputada Lídice da Mata (PSB-BA) nomeada relatora.
Em abril de 2020, a CPMI foi prorrogada e passou a focar também na disseminação de 
desinformação sobre a pandemia do COVID-19 e do negacionismo do coronavírus.
Até Abr/2021, a CPMI das fake news continuava em atividade se tornando uma das CPMIs 
mais longevas de toda história do Congresso Nacional.
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Internet
https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%B5es_gerais_no_Brasil_em_2018
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%82ngelo_Coronel
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADdice_da_Mata
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desinforma%C3%A7%C3%A3o_na_pandemia_de_COVID-19
https://pt.wikipedia.org/wiki/Negacionismo_da_COVID-19
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2.1.3. Governadores Eleitos para 2019
Em: https://congressoemfoco.uol.com.br/eleicoes/veja-quem-sao-os-governadores-eleitos-em-2018/
No mapa acima temos, em 2019, 13 partidos com governadores. PT e PSDB possuem 4 
governadores e lideram no total. Já o MDB, PSB e PSL, todos estes com 3 governadores, enca-
beçam o ranking dos partidos com maiores números de governadores para a atual legislatura 
iniciada em 2019.
O Impeachment de Witzel no Rio de Janeiro
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, em fins de ago/2020, o afastamento ime-
diato do governador Wilson Witzel (PSC) do cargo por suspeitas de corrupção. O Tribunal tam-
bém determinou buscas contra a primeira-dama, a advogada Helena Witzel, que tem contratos 
com empresas envolvidas no esquema de desvio de recursos.
Os ministros da Corte Especial do STJ citaram “fatos graves” e indícios de vazamento e 
destruição de provas para manter Witzel fora do governo.
A ordem de afastamento e os mandados de prisão e busca e apreensão são decorrência 
das investigações da Operação Favorito e da Operação Placebo -– ambas realizadas em maio, 
e da delação premiada de Edmar Santos, ex-secretário de Saúde.
O ministro do STJ Benedito Gonçalves, que determinou o afastamento de Witzel do cargo, 
apontou em sua decisão que o Ministério Público Federal (MPF) descobriu uma “sofisticada 
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https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/08/28/pf-cumpre-mandados-no-rj-nesta-sexta-feira.ghtml
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https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/09/02/stj-atinge-quorum-para-manter-witzel-afastado-do-cargo-de-governador-julgamento-continua.ghtml
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https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/05/14/lava-jato-faz-operacao-no-rj-nesta-quinta-feira.ghtml
https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/05/26/agentes-da-pf-estao-no-palacio-laranjeiras-residencia-oficial-do-governador-do-rj.ghtmlhttps://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/07/14/ex-secretario-de-saude-edmar-santos-acerta-delacao-e-envolve-witzel.ghtml
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organização criminosa, composta por pelo menos três grupos de poder, encabeçada pelo go-
vernador Wilson Witzel”.
A suspeita é de que o governador tenha recebido, por intermédio do escritório de advocacia 
de sua mulher, Helena Witzel, pelo menos R$ 554,2 mil em propina. O MPF descobriu transfe-
rência de R$ 74 mil de Helena Witzel para a conta pessoal do governador.
Por conta dessa suspeita, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pede reparação aos 
cofres públicos no valor de R$ 1,1 milhão do governador do Rio de Janeiro.
A descoberta do esquema criminoso teve início com a apuração de irregularidades na con-
tratação dos hospitais de campanha, respiradores e medicamentos para o enfrentamento da 
pandemia do coronavírus.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o governo do RJ estabeleceu um es-
quema de propina para a contratação emergencial e para liberação de pagamentos a organi-
zações sociais (OSs). Estas prestam serviços ao governo especialmente nas áreas de Saúde 
e Educação.
Witzel, vale destacar, foi um dos maiores aliados de Jair Bolsonaro em sua eleição. Os 
dois, contudo, romperam a aliança ainda nos primeiros meses de 2019, tornando-se, rapida-
mente, inimigos políticos.
2.1.4. A Vitória de Jair Bolsonaro e os Dois Primeiros Anos de Governo
Eleito em segundo turno, bradando um discurso “contra tudo que está aí”, com vantagem 
de mais de 10 milhões de votos (55,13% dos votos válidos) sobre seu adversário Fernando 
Haddad (PT), o capitão reformado do Exército Jair Bolsonaro sai do baixo clero da Câmara 
dos Deputados, na qual foi parlamentar por quase 30 anos, para se tornar (para surpresa de 
muitos analistas políticos) o 380 presidente do Brasil.
E já em seu discurso de posse, Bolsonaro vocifera com a bandeira do país em punho que 
“ela nunca mais será vermelha”, uma clara oposição ao PT – Partido dos Trabalhadores –, 
que governou o país entre 2003-2016, com Lula e depois Dilma Rousseff.
Como primeira medida de governo, Bolsonaro forma um ministério mais enxuto – e com a 
sua cara e preceitos. Ou seja, baseado no conservadorismo liberal. Reduzindo em 22 pastas 
ministeriais principais (com Dilma havia chegado a 39 pastas), as principais novidades na 
Esplanada são: a extinção do Ministério do Trabalho e a criação do Superministério da Eco-
nomia ao fundir o Ministério do Planejamento e Fazenda nessa pasta.
O núcleo ministerial mais radical (todos seguidores do autointitulado filósofo Olavo de 
Carvalho) do Executivo, agora comandado por Bolsonaro, residia em um triunvirato ministe-
rial envolvendo o Ministério das Relações Exteriores (Ministro Ernesto Araújo, já demitido em 
fins de Mar/2021), o da Família e dos Direitos das Mulheres (Ministra Damares) e o da Educa-
ção. Nesta última pasta, Abraham Weintraub, ex-Ministro da Educação, que havia assumido 
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o cargo em abril de 2019, após a demissão de Ricardo Velez, acabou saindo do governo em 
meados de 2020. Para o seu lugar, assume em definitivo o Pastor Milton Ribeiro.
A Questão das Armas
Bolsonaro, seguindo promessa feita em campanha (em que seu gesto mais simbólico 
eram arminhas simuladas com as duas mãos), promove logo na largada de seu governo de-
cretos facilitando a posse de armas. Contudo, em maio de 2019, viu-se que suas pretensões 
armamentistas estavam eivadas por inúmeras inconstitucionalidades. O Presidente chegou, 
por meio de decreto personalista, a versar que fosse facilitada a posse de fuzis por parte da 
população civil interessada. Porém, a abertura (e facilidades) por parte da população brasileira 
para adquirir armas ainda segue para ser analisada mais profundamente em primeira instância 
pelo Congresso Nacional.
Acerca de que se facilite a aquisição de armas de fogo para a população, premissa de cam-
panha que vem sendo arduamente perseguida por Jair Bolsonaro, tais medidas emanadas 
pelo executivo federal desde a posse do atual Presidente vêm sofrendo um severo controle 
por parte do Ministério Público Federal – órgão moderador que emanou uma série de ques-
tionamentos sobre isso. Destacou, por exemplo, em out/2019, via nota técnica, parecer em 
que considera evidente que, ao flexibilizar-se a aquisição de armas por policiais, terá como 
resultado uma enorme facilitação ao desvio de armas para milícias.
As tratativas acerca de flexibilizar o armamento para a sociedade civil seguem em curso, con-
tudo. Bolsonaro, em reunião ministerial divulgada em rede nacional, deixou claro perseguir a 
intenção de armar toda a população (segundo suas próprias palavras). Os decretos arma-
mentistas que o Presidente emanou na entrada de 2021 são os mais sérios e contundentes 
desde que assumiu o governo e vêm sendo analisados pelo Congresso Nacional, mas já pos-
suem vigor a partir de abr/2021.
Os decretos n. 10.627/2021, 10.628/2021, 10.629/2021 e 10.630/2021, que modificam o 
Estatuto do Desarmamento, foram publicados em edição extra do Diário Oficial da União na 
noite do dia 12 de Fevereiro de 2021, entrando em vigor em 60 dias.
As novas normas aumentam de quatro para seis o número de armas de fogo que um cida-
dão comum pode comprar e autorizam pessoas com direito ao porte de carregarem até duas 
armas de fogo ao mesmo tempo – antes o porte era concedido para uma arma específica, 
sem definir a quantidade.
Outra mudança permite que profissionais com direito a porte de armas, como integrantes 
das Forças Armadas e das polícias e membros da magistratura e do Ministério Público, pos-
sam adquirir até seis armas de uso restrito, como rifles e submetralhadoras.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/Decreto/D10627.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/Decreto/D10628.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/Decreto/D10629.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/Decreto/D10630.htm
https://www2.camara.gov.br/legin/fed/lei/2003/lei-10826-22-dezembro-2003-490580-norma-pl.html
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Os textos também ampliam o acesso de colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) a 
armas e munições sem a necessidade de autorização do Exército: até 60 armas para atirado-
res e até 30 armas para caçadores. Os CACs passam ainda a ter direito de comprar, por ano, 
insumos para recarga de até 2 mil cartuchos para armas de uso restrito e para até 5 mil cartu-
chos de armas de uso permitido.
Nessa baila, o número de aquisições de armas regulares por cidadãos no Brasil vem cres-
cendo como há muito tempo não se via; atingindo recordes em 2019 seguindo a mesma pro-
gressão em 2020.
A chamada “Bancada da Bala” é uma coligação formada por um grupo de parlamentares, em 
geral militares, policiais, delegados e ruralistas que defendem arduamente o armamento por 
parte da população e pretendem dar salvaguarda aos projetos de lei neste sentido.
Reforma da Previdência
Já no plano estrutural/econômico, uma primeira grande vitória de nosso mandatário se 
deu quando Jair Bolsonaro, em conluio com seuMinistro da Economia, Paulo Guedes, conse-
gue a aprovação, em jul/2019, na Câmara dos Deputados, da Reforma da Previdência. Gesta-
da originalmente no governo anterior, em molde bastante draconiano de Michel Temer, é com 
Bolsonaro na presidência que este novo marco, nascido com vistas a se promover um ajuste 
nas contas públicas nacionais e correções de injustiças, se tornou realidade. Falaremos so-
bre a Reforma da Previdência, caro(a) aluno(a), tão importante e de enorme dimensão na vida 
nacional, de forma esmiuçada um pouco mais à frente, ok?
A Política Externa Bolsonarista e as Relações com o Meio Ambiente
No plano externo, o governo de Jair Bolsonaro se alinha, como há muito tempo não se via, 
com os EUA. Seguindo (de forma nada velada) uma diretriz acima de tudo política, à medida 
que o Presidente Bolsonaro, junto a seu ex-chanceler Ernesto Araújo (que ficou à frente do 
Min. Rel. Exteriores de jan/19 a mar/21), se identificava enormemente com as plataformas 
políticas adotadas por Donald Trump (Presidente dos EUA entre 2017-2020). Bolsonaro, em 
sua primeira viagem oficial aos EUA, em fev/2019, volta de Washington oferecendo vanta-
gens aos turistas americanos, como isenção de custas para vistos a todos os americanos que 
aqui desejassem desembarcar como turistas. Além disso, nessa mesma viagem, garantiu-se 
a compra de trigo plantado nos EUA, com isenção de taxas alfandegárias por parte de nosso 
país. Em contrapartida, Trump devolve apenas uma vaga sinalização de que apoiaria o ingres-
so brasileiro na enfraquecida Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômi-
co (OCDE), e ambos encerram os protocolos desta visita trocando entre eles camisas de suas 
respectivas seleções de futebol.
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O alinhamento escancarado promovido por Bolsonaro em torno de seu parceiro ideológico, 
Donald Trump, resultou, meses depois, em declarações de apoio proferidas pelo mandatário 
norte-americano a que nosso presidente prosseguisse aguerrido em defesa de seu projeto 
pessoal: tornar o Deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um de seus filhos, embaixa-
dor do Brasil nos EUA. E Bolsonaro, em 2019, após quase um mês brigando contra a imprensa 
e (parte) da opinião pública, se demove da ideia ao ser acusado de promover uma tentativa de 
nepotismo.
Em sua primeira viagem oficial com destino ao Fórum Econômico de Davos, na Suíça, em 
dez/19, o Presidente Jair Bolsonaro promoveu um discurso curto. Por lá, no inverno rigoroso 
europeu, sem arrancar aplausos (nem vaias), sinalizou que não iria sair, por enquanto, do Acor-
do do Clima de Paris, após ter anunciado em campanha no ano anterior que deixaria o acordo, 
caso fosse eleito. Já aqui me 2021, mantemos nossa presença no acordo.
Já em setembro de 2019, ao assumir o posto destinado aos presidentes brasileiros e abrir 
a Assembleia Geral anual da ONU, em Nova York, por 30 minutos, o nosso Presidente se di-
rigiu ao mundo vociferando ataques em meio a seus paradigmas ideológicos e perseguindo 
deixar claro, entre outros pontos, que o seu governo era uma oposição ao socialismo/comu-
nismo. Sobre seu discurso na ONU (24/09/2019), o seu primeiro, com vistas a facilitar nosso 
trabalho em Atualidades do Brasil, veja abaixo em resumo 5 pontos (em tópicos) atacados/
destacados por Bolsonaro. Vale a pena, sem dúvidas, fazer uma leitura sobre os dois discursos 
na ONU já realizados (2019 e 2020), porém, claro, sem precisar decorar o ponto a ponto, ape-
nas como um embasamento interessante acerca do pensamento.
Segue link para quem quiser promover uma leitura integral do discurso de Bolsonaro na 
ONU: https://exame.abril.com.br/brasil/leia-na-integra-o-discurso-de-bolsonaro-na-assem-
bleia-da-onu/)
1. Socialismo
Bolsonaro abriu seu discurso dizendo que o Brasil “ressurge depois de estar à beira do so-
cialismo”. Ele fez duras críticas a Cuba, especialmente ao programa Mais Médicos, que levou 
médicos cubanos para trabalhar no Brasil, e também à Venezuela.
Os cubanos deixaram o programa, iniciado durante o governo da ex-presidente Dilma Rou-
sseff, com o rompimento do acordo de colaboração por parte de Havana após a eleição de 
Bolsonaro.
Meu país esteve muito próximo do socialismo, o que nos colocou numa situação de corrupção ge-
neralizada, grave recessão econômica, altas taxas de criminalidade e de ataques ininterruptos aos 
valores familiares e religiosos que formam nossas tradições.
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Segundo Bolsonaro:
A história nos mostra que, já nos anos 60, agentes cubanos foram enviados a diversos países para 
colaborar com a implementação de ditaduras. Há poucas décadas tentaram mudar o regime brasi-
leiro e de outros países da América Latina. Foram derrotados!
Bolsonaro acrescentou que o Brasil está trabalhando com os Estados Unidos para que a “a 
democracia seja restabelecida na Venezuela, mas também nos empenhamos duramente para 
que outros países da América do Sul não experimentem esse nefasto regime”.
O Foro de São Paulo, organização criminosa criada em 1990 por Fidel Castro, Lula e Hugo Chávez 
para difundir e implementar o socialismo na América Latina, ainda continua vivo e tem que ser com-
batido.
2. Economia
Em seguida, Bolsonaro defendeu a abertura da economia. Destacou o acordo entre o Mer-
cosul e a União Europeia, alcançado em seu governo. Prometeu ainda novos acordos “nos 
próximos meses”.
Além disso, falou sobre a adesão do Brasil à OCDE (Organização para a Cooperação e De-
senvolvimento Econômico), preconizada em sua visita oficial aos EUA em fev/2019.
Não pode haver liberdade política sem que haja também liberdade econômica. E vice-versa. O li-
vre mercado, as concessões e as privatizações já se fazem presentes hoje no Brasil. A economia 
está reagindo, ao romper os vícios e amarras de quase duas décadas de irresponsabilidade fiscal, 
aparelhamento do Estado e corrupção generalizada. A abertura, a gestão competente e os ganhos 
de produtividade são objetivos imediatos do nosso governo. Estamos abrindo a economia e nos 
integrando às cadeias globais de valor. Em apenas oito meses, concluímos os dois maiores acordos 
comerciais da história do país, aqueles firmados entre o Mercosul e a União Europeia e entre o Mer-
cosul e a Área Europeia de Livre Comércio, o EFTA. Pretendemos seguir adiante com vários outros 
acordos nos próximos meses. Estamos prontos também para iniciar nosso processo de adesão à 
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Já estamos adiantados, 
adotando as práticas mundiais mais elevadas em todo os terrenos, desde a regulação financeira até 
a proteção ambiental.
3. Amazônia
Bolsonaro defendeu a soberania do Brasil sobre a Amazônia. Reforçou que a Amazônia 
não é um “patrimônio da humanidade”, tampouco “o pulmão do mundo”.
Criticou ainda o que chamou de “os ataques sensacionalistas” de “grande parte da mídia 
internacional devido aos focos de incêndio”.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram um aumento expres-
sivo no número

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