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HPB: Hiperplasia Prostática Benigna

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Urologia 
Morgana Fernandes 
 
A HPB consiste na hiperplasia das células do 
epitélio e do estroma prostático. Essa 
alteração é esperada em todos os homens 
após os 40 anos.
Se crescimento da glândula ocorrer de 
latero-lateral não irá causar obstrução, 
dessa forma o volume da próstata 
isoladamente não é indicativo da 
necessidade de tratamento. 
75% dos homens acima de 80 anos 
apresentam algum grau de hiperplasia 
prostática. 
Ocorre formação de nódulos pela 
hiperplasia que comprimem a uretra 
prostática, dificultando a eliminação da 
urina. 
A hiperplasia nodular inicia na ZT e 
 
Fatores de risco 
o Idade 
Maior exposição à 
testosterona; 
Maior sensibilidade a 
testosterona, devido ao 
aumento de estrogênio 
circulante que aumenta a 
quantidade de receptores 
androgênicos. 
o Presença de testosterona 
Testosterona → DHT (pela 
ação da 5-alfa-redutase) → 
receptores → estimulação 
de genes → proliferação de 
celular epiteliais + fatores 
de crescimento. 
o História familiar. 
Anatomia 
 
• Localizada anteriormente ao reto e 
inferiormente a bexiga urinária. 
• O tamanho da próstata varia com a 
idade. Do nascimento até a 
puberdade há pouca alteração nas 
dimensões da próstata (1g). 
• A partir da puberdade ocorre um 
rápido aumento em suas 
dimensões até os 30 anos. Nesse 
período ocorre um aumento de até 
20x (1,6 gramas) por ano, atingindo 
cerca de 20g. 
• Entre 30 e 40 anos ocorre um platô. 
• A próstata é uma glândula de 
consistência fibroelástica, dividida 
em 4 regiões: 
o Zona de transição 
o Zona central 
o Xona periférica – local onde 
normalmente se 
desenvolve o 
adenocarcinoma de 
próstata. 
o Estroma fibromuscular – 
formada por tecido 
conjuntivo e musculo 
Fisiopatologia 
Urologia 
Morgana Fernandes 
➢ Obstrução ureteral 
o Mecânico – compressão 
dos nódulos adenomatosos 
➢ Funcional ou dinâmico 
o Contração das fibras 
musculares de estroma 
prostático 
➢ Resposta vesical 
o Hipertrofia do musculo 
detrusor em resposta a 
obstrução, na tentativa de 
manter o fluxo urinário 
o Com o tempo, ocorre 
desgaste musculas e 
redução da complacência e 
capacidade vesical 
Quadro clínico – “prostatismo”. 
➢ Sintomas obstrutivos 
o Hesitância 
o Jato fraco e afilado 
o Intermitência do fluxo 
o Gotejamento terminal 
o Esvaziamento incompleto 
o Gotejamento pós-
miccional 
o Força para iniciar a micção 
➢ Sintomas irritativos 
o Urgência 
o Polaciúria 
o Noctúria 
o Incontinência 
 
➢ Complicações 
o Retenção urinária aguda 
o ITU 
o Litíase vesical 
o Falência do detrusor 
o IRA ou IRC 
o Hematúria - pode ser 
indicativo de câncer. 
Score internacional de sintomas prostático 
- IPSS 
➢ Leve: 0-7 
➢ Moderado: 8-19 
➢ Grave: 20 -35 
Diagnóstico 
o Quadro clínico 
o Toque retal 
▪ Aumentada 
simetricamente 
Urologia 
Morgana Fernandes 
▪ Consistência 
ferroelástica 
▪ Sulco interlobular 
preservado 
▪ Nódulos 
endurecidos → 
biopsia 
▪ Tônus do esfíncter 
anal 
o Exames complementares 
▪ EAS 
▪ Ureia e creatinina 
▪ PSA, valores muito 
elevados indicam 
possibilidade de CA 
– investigar. 
▪ USG, em caso de 
hematúria no EAS 
Abdominal 
Transretal – melhor 
acurácia e pode ser 
feita biopsia. 
▪ Uretocistoscopia – 
suspeita de 
estenose de uretra, 
suspeita de 
malignidade e é 
usado no 
tratamento 
cirúrgico 
▪ Estudo do fluxo 
urinário – 
urofluxometria 
(avalia pressão, 
fluxo e taxa de 
fluxo máximo - 
Qmax). 
Diagnósticos diferenciais 
➢ Cistite 
➢ Câncer de bexiga 
➢ Trauma de bexiga 
➢ Bexiga neurogênica 
➢ Cálculo urinário 
➢ Prostatite 
➢ Câncer de próstata 
➢ Estenose de uretra 
Tratamento 
o Assintomáticos, sintomas 
leves e sem complicações: 
observar e acompanhar 
anualmente 
o Sintomatologia moderada: 
terapia farmacologia 
o Sintomatologia grave: 
terapia inicialmente 
medicamentosa ou terapia 
cirúrgica. 
Terapia farmacológica 
➢ Bloqueador alfa-1-adrenérgicos; 
Promove um relaxamento da 
musculatura lisa da próstata e do 
colo vesical. 
Tansulosina 0,4-0,8mg 1x/dia 
(muito seletivo a alfa-1); 
Terazosina, doxazosina, alfuzosina 
(alfa-1 de longa duração); 
Prazosina, alfuzosina, indoramina 
(alfa-1 seletivos); 
Fenoxibenzamina (não seletivos); 
Quanto menor a seletividade, maior 
as chances de efeitos colaterais. 
EC: hipotensão postural, tontura, 
fraqueza, cefaleia e rinite. 
CI: IR pós-renal, resíduo vesical 
elevado, hipotensão postural e 
hipersensibilidade. 
➢ Inibidores da 5-alfa-redutase 
Reduz volume glandular. 
Finasterida (5mg/dia) e Dutasterida 
(0,5mg/dia). 
Interfere no PSA - Podem mascarar 
um Ca, devido essa interferência. 
Pode demorar de 4-6 para 
obtenção de resposta terapêutica 
Risco de disfunção sexual. 
Terapia combinada 
Indicada para casos de sintomas obstrutivos 
importantes e próstatas de grande volume 
(>40). 
Tratamento cirúrgico 
Urologia 
Morgana Fernandes 
Indicado para sintomas moderados ou 
graves que diminuem a qualidade de vida. 
Refratariedade ao tratamento 
medicamentoso. 
Presença de complicações. 
Indicações de cirurgia: retenção urinária 
aguda, ITU de repetição, hematúria 
macroscópica persistente, litíase vesical, 
insuficiência renal, divertículos vesicais. 
Tipos de tratamento cirúrgico: 
➢ Ressecção transuretral - RTU 
o Mais utilizado – 95%. 
o Padrão-ouro. 
o Tempo cirúrgico inferior a 2 
horas. 
o Indicado para próstatas até 
80g. 
Complicações: 
o Precoces: sangramentos, 
retenção urinária e DHE. 
o Tardias: estenose, 
ejaculação precoce e 
incontinência urinária. 
 
➢ Prostatectomia Transvesical 
o Indicado quando há 
cálculos ou divertículos 
vesicais; 
o Próstatas maiores que 80g 
ou na presença de 
complicações, como 
estenose ou litíase; 
o Via de acesso cirúrgico: 
abdominal retropúbica; 
o Impossibilidade para RTU; 
 
Complicações: sangramentos, retenção 
urinária e disfunção sexual. 
Terapias alternativas 
➢ Prostatectomia a laser; 
➢ USG transretal focado de alta 
intensidade (HIFU); 
➢ Ablação transuretral por agulha 
(TUNA); 
➢ Termoterapia transuretral por 
micro-ondas (TUMT).

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