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Tecido Ósseo CARACTERÍSTICAS GERAIS • Tecido conjuntivo especializado e rígido • MEC impregnada de sais - hidroxiapatita - mineralização. Região por onde os vasos e nervos vão atingir as células • Altamente vascularizado • Matriz óssea formada por componentes orgânicos (35%) e inorgânicos (65%). A orgânica é composta em 90% de colágeno tipo I e a inorgânica apresenta cristais de hidroxiapatita. • Osso pode ser compacto/cortical ou esponjoso/trabecular. • Papel da fosfatase alcalina na mineralização FUNÇÕES • Sustentação, proteção e reservatório de íons COMPONENTES CELULARES 1- células osteoprogenitoras • Achatadas ou escamosas, com núcleo alongado ou ovóide. Levemente coradas. Localizadas revestindo o osso. Produz osteóide, osteoblasto e recruta osteoclasto. 2 - osteoblastos • Células em formato cubóide, com citoplasma basófilo e núcleo arredondado, formando fileiras irregulares. Produz a MEC e se diferencia em osteócito 3 - osteócitos • Enclausurados em lacunas, com prolongamentos citoplasmáticos em canalículos. Célula óssea. 4 - células de revestimento ósseo • Células achatadas com citoplasma atenuado e escassez de organelas 5 - osteoclastos • Realizam reabsorção da matriz óssea, importante no remodelamento e renovação óssea. Células grandes, multinucleadas. Acidofilia acentuada. Ocupa a 1 baía de reabsorção. Quando em repouso se tornam ativos quando adquirem borda pregueada e integrinas. 6 - Células mesenquimais • Diferencia-se nos precursores ósseos. 7 - Osteóide • Matriz óssea recém-sintetizada. Matriz orgânica não mineralizada do osso. PROCESSOS DE FORMAÇÃO A. células mesenquimais sofrem diferenciação em célula osteoprogenitora B. Células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos C. Incorporação de osteoblastos na matriz óssea após modulação forma os osteócitos D. Osteoblastos que, não sendo enclausurados na matriz, permanecem na superfície, formam o endósteo. CLASSIFICAÇÃO - microscópia • Tecido ósseo não-lamelar/primário: tecido ósseo em desenvolvimento. Primeiro a se formar e possui vários osteócitos e fibras de colágeno dispostas aleatoriamente. • Tecido ósseo lamelar/secundário/maduro: MEC organizada em lamelas em torno de um canal de havers ou nas trabéculas. Há uma fileira concêntrica ou linear de osteócitos. • Obs: osso esponjoso não tem sistema de Havers. 2 Tipos de ossificação • Início se dá entre segundo e terceiro mês de gestação, com o aparecimento simultâneo da medula óssea • Ossificação intramembranosa - formação do tecido ósseo entre as áreas de mesênquima altamente vascularizado - formação de ossos chatos do crânio e os ossos da face • Células mesenquimais iniciam o processo de diferenciação sem intermediários, ou seja, dessas células originam as células osteoprogenitoras, que darão origem aos osteóides (matriz recém-formada não mineralizada) e osteoblastos. Eles irão se modificar em osteócitos e vão produzindo MEC ao redor dos osteócitos, aprisionando-os. As células osteoprogenitoras recrutarão fibroblastos que se diferenciarão em osteoclastos, responsáveis futuramente pela degradação e reabsorção óssea. A principal diferença entre a intramembranosa e a endocondral é o fato que a diferenciação das células do tecido é direta, enquanto na outra inicialmente forma-se um tecido cartilaginoso, que depois modificará em tecido ósseo. • Ossificação endocondral - formação de tecido ósseo sobre um molde de cartilagem hialina previamente formado - formação da maior parte dos ossos do esqueleto. • Condrócitos na região central sofrem hipertrofia e expressam colágeno X, lacunas aumentam de tamanho e há redução da MEC circundante. Condrócitos induzem formação de vasos a partir do pericôndrio e a cartilagem se calcifica e os condrócitos sofrem apoptose. H á i n v a s ã o d a m a t r i z cartilaginosa mineralizada pelo brotamento vascular perióstico. • Após seu término em um 3 osso longo, restam apenas cartilagens articulares no revestimento das epífises. CRESCIMENTO E REMODELAÇÃO ÓSSEA • Formação do tecido e reabsorção parcial do tecido já formado • Em crianças a remodelação é mais acelerada • O crescimento em espessura está associado a atividade do periósteo (ossificação intramembranosa) • O crescimento longitudinal de ossos longos está associado a atividade do disco epifisário (ossificação endocondral) • Obs: reabsorção do tecido ósseo esponjoso primário do centro da diáfise permite a formação do canal medular, em seguida da medula óssea. Tem a chegada de células tronco pluricelulares hematopoiéticas e invasão de células mesenquimais advindas do periósteo mesenquimal, permitindo a formação do estroma da medula • Fratura - papel do periósteo no reparo ósseo • Remoção de células mortas e restos de MEC - Formação de coágulo, destruição tecidual e desorganização vascular • Proliferação de células osteoprogenitoras do periósteo fibroso e migração para local de fratura. • Diferenciação em osteoblastos em locais de maior vascularização, formando tecido ósseo primário por ossificação intermembranosa, e em condroblastos em locais de menor vascularização, sofrendo ossificação endocondral, formando o calo ósseo • Calo sofre remodelação e se organiza em tecido ósseo secundário DOENÇAS 1- Raquitismo: deficiência de cálcio em crianças 2- Osteomalácia: deficiência de cálcio em adultos 3- Osteoporose: deficiência de matriz óssea e consequentemente de cálcio. Perda progressiva de densidade óssea e da microarquitetura. Desequilíbrio entre reabsorção óssea mediada por osteoclastos e deposição óssea mediada por osteoblastos. 4
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