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Marília 2020 Síntese do texto: O coordenador pedagógico e o professor iniciante Autor: Francisco Carlos Franco O autor inicia o texto discorrendo sobre a falta de preparação dos professores no início da carreira docente, menciona que esses professores têm muita dificuldade em colocar em prática a teoria adquirida no decorrer do curso, e que esses novos docentes levam um choque de realidade ao chegar ao contexto escolar. Muitos são os casos em que os professores abandonam a carreira logo no início, ou permanecem por não terem opções. Esses professores que permanecem por falta de opções cometem o erro de repetir a prática dos antigos professores, e isso acaba dificultando a transformação. Uma sugestão do autor para os iniciantes na carreira docente, para enfrentar essa barreira após a formação, é a de que eles tentem elaborar projetos em conjunto com outros profissionais da escola. O Professor Coordenador Pedagógico (PCP) é de extrema importância nessa etapa inicial do professor, porque ele pode auxiliar a incorporação desse docente ao ambiente escolar. Principalmente trazendo a esse professor o aprofundamento teórico para que contraste com a prática “para subsidiar a prática pedagógica e a troca de experiências”. Texto: O professor coordenador e as atividades de início de ano Autores: Ana Archangelo Guimarães; Fábio Camargo Bandeira Villela O coordenador pedagógico deve estar sempre atento em tudo o que acontece na escola. Ele precisa saber quando as coisas saem dos “eixos”, e tem pelo menos três tipos de atuação, segundo os autores são: “1) o de resolução dos problemas; 2) o de Marília 2020 prevenção de situações problemáticas previsíveis; 3) o de promoção de situações saudáveis do ponto de vista educativo e socioafetivo.” Os autores destacam a importância dos três tipos de atuação. Se o coordenador pedagógico foca somente no primeiro, fica frustrado, porque fica dependente de todos os outros fatores (humor, empatia da equipe, etc). Em relação ao início do ano letivo, os autores enfatizam que tanto os professores, quanto os alunos, criam expectativas em relação à escola. Como será a vivência no decorrer do ano e como serão os alunos e professores. Os alunos novos querem saber como é a escola, e os veteranos criam expectativas de mudanças e melhorias. Para que ocorra uma troca de informações entre os professores, é importante conhecer a realidade da escola e dos alunos, para criar canais afetivos e uma discussão saudável dessa realidade. Os professores “antigos” caracterizam os alunos para os “novos professores”, descrevem o desemprenho escolar, a expectativa de cada um, comportamento, gestos e hobbies. Um dos maiores erros que os professores cometem ao caracterizar esses alunos, é a personificação deles, se o aluno for tratado como “marginal”, certamente ele vai se comportar como um, para responder as expectativas. Sobre a ideia de salas heterogêneas, elas tem que ser muito pensadas e repensadas. Não é porque uma sala de aula tem uma ampla diversidade que todos os alunos vão estar em harmonia e terem bom desempenho escolar. As vezes ao invés de ajudar, acaba atrapalhando. O melhor caminho é “constituir classes internamente heterogêneas, e homogêneas entre si”. Sexo, idade e desempenho escolar são os aspectos mais relevantes para a formação de salas heterogêneas. Assim, se uma série de um período apresenta 40% de alunos do sexo feminino, 30% de alunos com desempenho ao menos adequado e 25% de alunos oriundos de determinada procedência (escola ou cidade), essa distribuição deverá estar presente também em cada uma das classes. Mas isso ainda não as faz homogêneas entre si, pois tais fatores devem estar combinados: 30% de alunos com bom desempenho acadêmico, em uma classe, sendo todos eles do sexo feminino, forma uma classe totalmente diferente de outra contendo os mesmos 30% de alunos com bom desempenho Marília 2020 acadêmico, porém sendo todos do sexo masculino. (GUIMARÃES E VILLELA, 48) A recepção dos alunos, segundo os autores, deve ser pensada em três níveis: “1) O primeiro dia de aula; 2) A primeira semana de aula; 3) O primeiro bimestre”. Esses três níveis citados são extremamente importantes, tanto para as turmas iniciantes, quanto para os novos alunos e veteranos, mostrando sempre a realidade da escola, sem fantasias, mas deixando de uma forma mais leve o ambiente escolar para as crianças. Texto: Reuniões na escola: oportunidade de comunicação e saber Autoras: Eliane Bambini Gorgueira Bruno; Luiza Helena da Silva Christov; Sobre as reuniões e encontros destinados à reflexão da prática pedagógica há muitos contrastes, principalmente entre professores e coordenadores que por falta de Marília 2020 organização ou comprometimento acabam não levando a sério, e outros mais comprometidos, que não encontram a colaboração dos profissionais. As autoras dão “duas sugestões que possam auxiliar o coordenador em dois objetivos”. São eles: Favorecer a organização de uma estrutura e de uma rotina para os encontros de reflexão com os professores; Favorecer a implementação em equipe do projeto pedagógico da escola. Para a organização do tempo, muitos professores da Rede Estadual de São Paulo têm reclamado de que apenas duas horas de encontros semanais, sendo organizadas muitas vezes em dois dias da semana, com duração de uma hora, não estão sendo suficientes para uma boa reflexão. Uma alternativa de algumas escolas é dispor de um aluno-estagiário “para assumir a orientação das classes durante um período de três ou quatro horas, uma vez por semana, dependendo da necessidade”. Dois aspectos interessantes se entrelaçam nessa possibilidade: A oportunidade de os alunos-estagiários assumirem de fato uma classe e atuarem em efetiva cooperação com os professores da escola; A oportunidade de os professores participarem de uma reunião de maior tempo de duração para darem conta de suas necessidades cotidianas. As autoras são quatro sugestões para melhor aproveitamento do tempo nessas reuniões, como um roteiro de atividades para quatro tipos diferentes de situações e/ou problematizações. [...] Observar a prática, registrando percepções, problemas, avanços, dúvidas e dificuldades pode ampliar a habilidade de leitura reflexiva sobre o real e favorecer a autonomia compreensiva e de intervenção do sujeito que observa e escreve sobre seu fazer pedagógico”. (BRUNO e CHRISTOV, 62)
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