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Sistemas Cristalinos, Células Unitárias e Redes de Bravais Disciplina: Tecnologia e Ciência dos Materiais Prof. Me. Jeferson Santos Santana Organização? Fonte: http://www.mikemccready.ca/blog/2011/09/establishing-a-social-media-program/ Introdução • Idealmente, o arranjo mais estável dos poliedros de coordenação num cristal será aquele que minimiza a energia por unidade de volume ou, em outras palavras, aquele que: em outras palavras, aquele que: – 1. preserva a neutralidade elétrica; – 2. satisfaz à direcionalidade e ao caráter discreto de todas as ligações covalentes; – 3. minimiza a forte repulsão íon-íon; – 4. agrupa os átomos o mais compactamente possível; Fonte: http://www.reciprocalnet.org/edumodules/crystallization/ Sete sistemas e 14 redes • A estrutura cristalina tem como característica central sua forma regular e repetitiva. Essa repetição é aparente pela inspeção de um modelo típico de um arranjo cristalino de átomos. Para quantificar essa repetição,átomos. Para quantificar essa repetição, temos de determinar qual unidade estrutural é repetida. Na realidade, qualquer estrutura cristalina poderia ser descrita como um padrão formado pela repetição de diversas unidades estruturais. A unidades estrutural mais simples é a simples é a célula unitária • Célula unitária é a menor unidade que se repete e que tem todas as características de simetria da forma organizada espacial dos átomos. • O tamanho das arestas da célula unitária e os ângulos entre os eixos cristalográficos são chamados de constantes de rede ou parâmetros de rede. A principal característica da célula unitária é que ela contém uma descrição completa da estrutura comocompleta da estrutura como um todo, pois a estrutura completa pode ser gerada pelo empilhamento repetitivo de células unitárias adjacentes, face a face, por todo o espaço tridimensional. • A descrição das estruturas cristalinas por meio de células unitárias tem uma vantagem importante. Todas as estruturas possíveis se reduzem a um pequeno número de geometrias básicas de célula unitária, que égeometrias básicas de célula unitária, que é demonstrado de duas maneiras. Primeiro só existem sete formas exclusivas de célula unitária que podem ser empilhadas para preencher o espaço tridimensional, são os sete sistemas cristalinos Cristais Cúbicos • Possui NC igual a 6. Esta estrutura que está mostra abaixo é hipotética para metais puros, mas nos fornece um excelente ponto de partida. Além fornece um excelente ponto de partida. Além das três dimensões axiais, a serem iguais e os três eixos mutuamente perpendiculares, há posições equivalentes em cada célula • Possui NC igual a 6. Esta estrutura que está mostra abaixo é hipotética para metais puros, mas nos fornece um excelente ponto de partida. Além das três dimensões axiais, apartida. Além das três dimensões axiais, a serem iguais e os três eixos mutuamente perpendiculares, há posições equivalentes em cada célula Cristais Cúbicos de Corpo Centrado (ccc) • Possui NC igual a 8. O ferro tem estrutura cúbica. À temperatura ambiente, a célula unitária do ferro tem um átomo em cada vértice do cubo e um outro átomo no centro do cubo. Cadaátomo no centro do cubo. Cada átomo de ferro, em uma estrutura de corpo centrado (ccc) é cercado por 8 átomos de ferro adjacentes, quer o átomo esteja localizado em um vértice, quer no centro da célula unitária. Portanto, todos os átomos de ferro são, geometricamente, equivalentes. Portanto, o fator de empacotamento atômico é 0,68, o qual é significativamente maior que o para a estrutura cúbica simples de um metal. Embora o ferro seja o material mais comum com uma estrutura ccc, não é único, o Cr e o W também tem estrutura ccc Estrutura Cúbica de Faces Centradas (cfc) • Possui NC igual a 12. O arranjo atômico do cobre não é o mesmo que do ferro, embora também seja cúbico. Além de um átomo em cada vértice da célula unitária, hávértice da célula unitária, há um no centro de cada face e nenhum no centro do cubo. Tal reticulado é denominado cúbico de faces centradas. • Os oito oitavos dos vértices contribuem com um total de um átomo e as seis metades nos centros das faces com um total de três • Torna-se evidente que o fator de empacotamento é independente do tamanho, se apenas um tamanho está presente. Por outro lado, os tamanhos relativos afetam o fator de empacotamento, quando mais de um tipo de átomo está presente. A estrutura cúbica de faces centradas tem o maior fator de empacotamentofaces centradas tem o maior fator de empacotamento que é possível para um metal puro, e, por isso, essa estrutura recebe o nome de estrutura cúbica de empacotamento fechado. Como é de se esperar, muitos metais tem esta estrutura, muito embora, se vá ver em seguida, que a estrutura hexagonal de empacotamento fechado também tem um fator de empacotamento de 0,74 Cristais Hexagonais de Empacotamento Simples • Os metais não cristalizam no hexagonal simples, em virtude do fator de empacotamento ser muito baixo. Entretanto, existem compostos, com mais de um tipo de átomo, que cristalizam nesta estruturanesta estrutura Estrutura Hexagonal de Empacotamento Fechado ou Compacta • A estrutura hexagonal especificamente formada pelo Mg. Esta estrutura que é mais densa que a representada anteriormente é denominada de hexagonal de empacotamento fechado ou hexagonal compacta (hc).empacotamento fechado ou hexagonal compacta (hc). • É caracterizada pelo fato de que cada átomo de uma dada camada está diretamente abaixo ou acima dos interstícios formados entre três átomos das camadas adjacentes. Portanto,adjacentes. Portanto, cada átomo tangencia três átomos na camada acima do seu plano, seis átomos no seu próprio plano e três átomos na camada abaixo do seu plano • O fator de empacotamento atômico para um metal hc pode ser facilmente calculado e vale 0,74. Este valor é idêntico ao fator de vale 0,74. Este valor é idêntico ao fator de empacotamento de um metal cfc, o que é previsível porque ambos tem um número de coordenação igual a 12. Estruturas Metálicas Estruturas Metálicas • Ferrita – Este constituinte está formado por uma solução sólida de inserção de carbono em ferro alfa. É o constituinte mais mole dos aços porém é o mais tenaz, e o mais maleável, sua resistência a tração é de 28 daN/mm2 e alongamento de 35%. Sua solubilidade máxima é de 0,008 %.de 35%. Sua solubilidade máxima é de 0,008 %. • Austenita – A resistência da austenita retida à temperatura ambiente oscila entre 80 e 100 daN/mm2 e alongamento entre 20 e 25 %. Pode dissolver até 1,7 – 1,8 % de carbono. Fonte: http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6439-transformacoes Estruturas Cerâmicas Fonte: http://ceramicaassu.blogspot.com.br/ Fórmulas MX • as cerâmicas de formula química mais simples, MX, onde M é um elemento metálico e X são não metálicos, como a estrutura do CsCl. http://www.ulbra.br/mineralogia/conceito_cristais.htm Fórmulas MX2 • A fórmula química MX2 inclui uma série de estruturas cerâmicas importantes. A estrutura da fluorita (CaF2) que é montada sobre uma rede de Bravais cfc com 3 íons associados a cada ponto da rede. • O composto cerâmico mais importante talvez esteja incluído na categoria MX2: a sílica (SiO2), que existe em abundância em materiais brutos na crosta terrestre. A sílica, isolada e em combinação química com outros óxidos cerâmicos (formando silicatos) Fonte: http://wisconsingeologicalsurvey.org/silica-sand.htm • Apesar de a grande célula unitária ser necessária para descrever essa estrutura, ela talvez seja a mais simples das diversas formas cristalográficas da SiO2. A característica geral de todas as estruturas SiO2 é a mesma – uma rede continuamente conectada com tetraedros SiO4 4-. O compartilhamento de íons O2- por tetraedros adjacentes gera a fórmula químicapor tetraedros adjacentes gera a fórmula química geral SiO2. Fonte: http://geophysics.ou.edu/geol1114/ notes/minerals/minerals.htmlFórmula M2X3 • A fórmula química M2X3 inclui a importante estrutura do coríndon (Al2O3) Fórmula M’M”X3 • Passando para cerâmicas com 3 espécies atômicas, descobrimos que a fórmula M’M”X3 inclui uma família importante de cerâmicas eletrônicas com a estrutura tipo perovskita (CaTiO3). Fonte: http://www.fabreminerals.com/search_show.php?SECTION=RSSLV&CODE=AF79M4&LANG=ES Fórmula M’M”X4 • A fórmula M’M”X4 inclui uma família importante de cerâmicascerâmicas magnéticas, baseada na estrutura do espinélio (MgAl2O4): Fonte: http://www.e-agps.info/angelus/cap18/espinelio.htm e http://www.rc.unesp.br/museudpm/banco/oxidos/espinelio.html Estruturas Poliméricas Fonte: http://www.construguerra.com.br/impermeabilizacao-pocos-elevadores.php • Em comparação com o empilhamento de átomos e íons individuais nos metais e cerâmicas, o arranjo dessas moléculas longas em um padrão regular e repetitivo é difícil. Como resultado, a maioria dos plásticos comerciais é, em grande parte, não-cristalina. Naquelas regiões da microestrutura que são cristalinas,Naquelas regiões da microestrutura que são cristalinas, a estrutura tende a ser muito complexa. A complexidade das células unitárias dos polímeros comuns geralmente está além do escopo deste texto. • O polietileno, (C2H4)n, é quimicamente muito simples Tópico Especial – Difração de Raios-X • O choque do feixe de elétrons (que saem do catodo com energia de dezenas de KeV) com o anodo (alvo) produz dois tipos de raios X. Um deles constitui o espectro contínuo, e resulta da desaceleração do elétron durante ada desaceleração do elétron durante a penetração no anodo. O outro tipo é o raio X característico do material do anodo. Assim, cada espectro de raios X é a superposição de um espectro contínuo e de uma série de linhas espectrais características do anodo. Fonte: http://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/mod05/m_s01.html Fonte: http://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/mod05/m_s01.html • Na Química, a difração de raios X é usada para se obter características importantes sobre a estrutura de um composto qualquer. No caso do raio X, os resultados são ainda mais precisos. Estas informações são geradas pelo fenômeno físico da difração e também da interferência, ou seja, quando os raios incidem sobre um cristal, ocorre a penetração do raio na rede cristalina, a partir disso, seja, quando os raios incidem sobre um cristal, ocorre a penetração do raio na rede cristalina, a partir disso, teremos várias difrações e também interferências construtivas e destrutivas. Os raios X interagirão com os elétrons da rede cristalina e serão difratados. Com o uso de um dispositivo capaz de detectar os raios difratados e traçar o desenho da rede cristalina, a forma da estrutura gerada pelo espalhamento que refletiu e difratou os raios x, com isso é possível analisar a difração REFERÊNCIAS • AZZELINI, Gianluca C.. Principios da estrutura em sólidos. Apresentaçao de aula. • JUNIOR, Willian D. C.. Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução. 5ª. LTC: São Paulo, 1999.1999. • MIRANDA, Paulo E. V. Propriedade Mecânicas: O ensaio de tração uniaxial. Apresentaçao UFRJ • SHACKELFORD, James F.. Ciência dos materiais. 6ª. Pearson Prentice Hall: Sao Paulo, 2008. • VLACK, Lawrence H. V.. Princípios de ciências dos materiais. 1ª. Edgard Blucher: São Paulo, 2000.
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