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TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL

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TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL – ANOTAÇÕES – AULA IV (08.03.2021)
Art. 7 | Código Penal - EXTRATERRITORALIDADE 
· Inciso I – Extraterritorialidade incondicionada; 
· Inciso II – Extraterritorialidade condicionada. 
Princípio da extraterritorialidade - Aplicação da lei brasileira em crimes cometidos fora do Brasil. Em respeito ao princípio da soberania, um país não pode impor regras jurisdicionais a outro país. Nada impede, porém, que o Estado possa exercer em seu próprio território sua jurisdição na hipótese de crime cometido no estrangeiro. 
 Princípios aplicáveis em matéria de extraterritorialidade: 
· Nacionalidade ativa ou personalidade ativa = Aplica -se a lei penal brasileira ao brasileiro por crime cometido por ele no estrangeiro (art. 7, inciso II alínea b)
· Nacionalidade passiva ou personalidade passiva = Aplica-se a lei penal brasileira ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil; (art. 7, parágrafo 3°) 
· Princípio real da defesa ou da proteção = aplica-se a lei brasileira ao crime cometido fora do brasil que afete o interesse nacional. Ex: crimes cometidos contra o Presidente da República (art. 7° inciso I alíneas A, B e C). 
· Princípio da Justiça universal = Todo o mundo deve ter interesse na repressão dos crimes. (Art. 7° inciso I, alínea D e Inciso II alínea A.)
· Princípio da representação = Art. 7° inciso II, alínea C
EXTRADIÇÃO 
É instrumento jurídico pelo qual um país envia uma pessoa que se encontra em seu território a outro Estado afim de que essa pessoa seja julgada ou receba a imposição de uma pena já aplicada. 
“nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei” (art. 5, inciso 51 da CF)
 Princípios para esclarecer casos concretos
· Princípio da exclusão de crimes não-comuns: Estrangeiro não pode ser extraditado por crimes políticos ou de opinião. (Art. 5° da CF, inciso LII.)
· Princípio da prevalência dos Tratados: Na colisão entre a lei reguladora do tratado e da extradição deverá prevalecer a lei que regula o tratado; 
· Princípio da legalidade: Somente haverá extradição nas hipóteses previstas em lei; 
· Princípio da dupla tipicidade: quando é pedida a extradição de um país para outro, é preciso que a situação seja considerada crime me ambos os países; 
Deve haver semelhança ou simetria entre os tipos penais da lei brasileira e do Estado solicitante (ainda que possuam nomes diversos)
· Princípio da preferência da competência nacional: Havendo conflito entre a justiça brasileira e a estrangeira deve prevalecer a competência (quem irá julgar os fatos) nacional. 
· Princípio da limitação em razão da pena: Não será concedida a extradição para países que adotem a prisão perpetua ou a pena de morte. A menos que deem garantias que não irão aplica-las. Porque o Brasil proíbe ambas as penas. 
OBS: a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no brasil pelo mesmo crime quando diversas, ou nela são computadas quando idênticas. 
OBS de estudo: Analisar Art. 5, paragrafo 4° da CF + Estatuto de Roma, art. 112
Art. 9| Código Penal - EFICACIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA
Existem situações nas quais a condenação pode ser cumprida no Brasil: 
· Competência para a homologação = art. 105 inciso I alínea i da CF. 
· Conteúdo da homologação = Cabe somente o exame formal da decisão através da observação do art. 788 do CPP. (observar se a norma foi cumprida da forma correta)
· Procedimento da homologação = Homologada a sentença estrangeira pelo STJ, a mesma será remetida ao presidente do TJ do Estado em que reside o condenado. Em seguida, o presidente do TJ fará a remessa dos autos ao juiz da comarca em que reside o condenado para aplicação da pena ou da medida de segurança. 
Art. 6° | Código Penal - LUGAR DO CRIME 
- Teoria da ubiquidade ou mista: “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado” (o lugar do crime é tanto o da conduta (ação) quanto o do resultado) 
Situações exemplo: 
· Crimes a distância = Em caso de crime ser praticado em território nacional e o resultado ser concluído no estrangeiro. O foro competente será tanto do o lugar da ação ou omissão quanto do lugar produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
· Crimes conexos = Crime que está ligado a outro por qualquer motivo. Não se aplica a teoria da ubiquidade. Devendo cada um ser julgado no local onde ocorreu. (Ex: Furto e receptação. Numa festa em Mossoró houve o furto de vários celulares, estes serão recebidos para venda ilegal em Natal. O furto será julgado em Mossoró, enquanto a receptação em Natal) 
· Crime permanente e crime continuado = O crime tem-se por praticado no lugar onde se deu um dos elementos do fato unitário. (CPP art. 71°) 
· Regra da prevenção: foi realizado um assalto em Mossoró, Areia Branca e Grossos. O julgamento pode ser em qualquer um destes lugares, o primeiro que tomar posse da investigação. 
OBS: Homicídio = STJ decidiu que será adotado que o lugar da ação ou omissão será o local do crime (teoria da atividade) 
· Crimes de menor potencial ofensivo = Onde será julgado? Teoria da atividade, o lugar do crime é o lugar onde se deu a ação ou a omissão. (art. 63 da lei 9.099/95) 
· Alteração da comarca: A cidade será dividida em duas, onde será o foro competente? O da cidade anterior. 
· Sumula 521-STF: foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de FUNDOS, é o do local onde se deu a RECUSA do pagamento pelo sacado;
· No caso do homicídio, o foro competente é o local da ação/omissão, e não do resultado (Constituição Jurisprudencial, 5º turma do STJ);
· No uso de documento falso, a competência é do lugar onde se deu a falsificação;
· Decidiu o STJ pela competência da Justiça Federal, no crime praticado pela Rede Mundial de Computadores (Internet), no caso de pedofilia.
Para estudo pós-aula, analisar: 
· 
· Ver art. 70 do CPP, paragrafo 3°. 
· Ver regras do art. 72 do CPP, caput. 
· Ver sumula 42 do STJ 
· Ver sumula 48 do STJ
· Ver sumula 151 do STJ
· Ver sumula 104 do STJ. 
Art. 10 | Código Penal (Contagem do prazo, direito material/de pena)
Não interessa a que horas do dia o prazo começou a correr, pois considera-se o dia todo para efeito de contagem de prazo; 
· Prazos processuais: Prazos para oferecer alegações finais, para comparecer ao tribunal, etc. Contam-se de acordo com a regra do art. 798, parágrafo I do CPP. Exclui-se o dia do começo, o prazo começa a contar um dia depois, o primeiro dia subsequente desimpedido. | Ver Súmula 310-STF. 
Observação: os prazos de natureza penal são improrrogáveis, mesmo que terminem em domingos e feriados.

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