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BMF4- Bloco 1- Conceitos gerais- Aula 5– Sinapses @braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 1 RESUMO BMF 4 Sinapses BMF4- Bloco 1- Conceitos gerais- Aula 5– Sinapses @braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 2 Sinapses Estabelecer sinapses dependem de sinais químicos De acordo com o livro do Bear (Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso), sinapse “é uma junção especializada onde uma parte do neurônio faz contato e se comunica com outro neurônio ou tipo celular (p. ex., uma célula muscular ou glandular)”. Ou seja, é a forma como a informação passa de um neurônio para a célula seguinte. Célula pré-sináptica: neurônio que transmite um sinal para a sinapse; Célula pós-sináptica: neurônio que recebe o sinal; Fenda sináptica: espaço estreito entre duas células, na qual é preenchida por uma matriz extracelular com fibras que ancoram as células pré e pós-sinápticas no lugar. Tipos Químicas: a célula pré-sináptica libera sinais químicos que se difundem através da fenda sináptica e se ligam a um receptor de membrana localizado na célula pós- sináptica; Elétricas: a célula pré-sináptica e a célula pós- sináptica estão conectadas através de junções comunicantes Sendo as químicas mais importantes. Elétricas Os neurônios são interconectados por junções comunicantes, de maneira que íons e pequenas moléculas podem passar em ambos os sentidos através desses canais. Se estivermos falando de potencial de ação (PA) esses íons são positivos, e a onda despolarizante passará para a célula seguinte. A sinapse elétrica é tão rápida que neurônios que se comunicam através dela ficam sincronizados (Figura 2). Figura 2. Sinapses elétricas ajudam os neurônios a sincronizar suas atividades A maioria das sinapses elétricas são bidirecionais. Químicas As sinapses químicas dependem de um mediador químico para que a informação passe de um neurônio para outro. Esse mediador é o neurotransmissor. Observe na figura 3 o passo a passo de uma sinapse química. BMF4- Bloco 1- Conceitos gerais- Aula 5– Sinapses @braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 3 Figura 3. Sequência de etapas da sinapse química Note que a célula pós-sináptica possui receptor do neurotransmissor liberado pela célula pré-sináptica. Repare que é necessária a chegada de um PA ao terminal axonal para que as vesículas contendo neurotransmissores sejam ancoradas na membrana plasmática, fazendo a exocitose deles. Mediante influxo de cálcio, proteínas SNAREs das vesículas e das membranas garantem esse ancoramento (Figura 4). Interessante que a toxina botulínica, utilizada no botox, atua destruindo essas proteínas SNAREs, e assim, impedindo a sinapse na junção neuromuscular. Figura 4. Participação das proteínas SNAREs na exocitose de neurotransmissores para a fenda sináptica Término da atividade dos neurotransmissores Além de ligar ao seu receptor, ne membrana pós sináptica, um neurotransmissor pode ter outros destinos. A imagem 5 abaixo mostra alguns dos destinos de um neurotransmissor liberado na fenda sináptica. Figura 5. Possíveis destinos do neurotransmissor na fenda sináptica. Figura 6. Síntese e reciclagem da acetilcolina. Integração da transferência de informação neural A comunicação entre os neurônios nem sempre é um evento um-para-um, como estávamos descrevendo. Frequentemente, o axônio de um neurônio pré-sináptico ramifica- se, e os seus ramos colaterais fazem sinapse BMF4- Bloco 1- Conceitos gerais- Aula 5– Sinapses @braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 4 com múltiplos neurônios-alvo. Esse padrão é chamado de divergência. Por outro lado, quando um número maior de neurônios pré-sinápticos fornece informação para menos neurônios pós-sinápticos, o padrão é chamado de convergência. Um estímulo mais intenso libera mais neurotransmissor, assim como um estímulo mais fraco libera menos. A frequência de disparos dos potenciais de ação indica a força de um estímulo. A resposta pós-sináptica pode ser rápida ou lenta A depender do receptor, vejamos na figura 7: Figura 7. Respostas pós-sinápticas rápidas e lentas Classificação funcional Como vimos na aula de potencial de ação se o potencial sináptico é despolarizante, ele é chamado de potencial excitatório pós- sináptico (PEPS), uma vez que aumenta as chances de a célula disparar um potencial de ação. Se o potencial sináptico é hiperpolarizante (efluxo de cloreto ou efluxo, ele é chamado de potencial inibidor pós- sináptico (PIPS), uma vez que a hiperpolarização move o potencial de membrana para longe do limiar e torna menos provável que a célula dispare um potencial de ação. A entrada de sódio promove a despolarização. A entrada de cloreto ou saída de potássio promovem a hiperpolarização. As sinapses químicas são unidirecionais: célula pré-sináptica→ célula pós-sináptica. Classificação quanto a natureza de seus elementos Figura 8. Arranjos sinápticos no SNC. (a) Uma sinapse axodendrítica. (b) Uma sinapse axossomática. (c) Uma sinapse axoaxônica. As vias integram informações de múltiplos neurônios A combinação de vários potenciais graduados quase simultâneos é chamada de somação espacial. A palavra espacial refere-se ao fato de que os potenciais graduados se originam em locais (espaços) diferentes no neurônio, como por exemplo em diferentes gêmulas ou espículas dos dendritos. A somação espacial é quando dois potenciais de ação de um neurônio pré-sináptico ocorrem em um curto intervalo de tempo. Figura 9. Somação de PEPSs BMF4- Bloco 1- Conceitos gerais- Aula 5– Sinapses @braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 5 Anexos BMF4- Bloco 1- Conceitos gerais- Aula 5– Sinapses @braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 6 Referências BMF4- Bloco 1- Conceitos gerais- Aula 5– Sinapses @braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 7
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