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SUS e politicas de saúde na medicina de família e comunidade

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MFC
Sus e políticas de saúde na medicina de família e comunidade 
Constituição federal:
Definiu 3 grandes referencias para o sistema de saúde brasileiro. 
1. Conceito ampliado de saúde 
2. 2. A saúde como direito do cidadão e dever do estado 
3. 3. Instituição do SUS
· Universalidade 
· Integralidade 
· Descentralização 
· Participação da comunidade 
SUS e APS:
· Tema central nas discussões da organização do sistema de saúde brasileiro
· APS com características próprias, a partir das experiencias locais de várias regiões do país 
· Lócus para diversas ações e programas do setor assistencial preventivo e curativo individual e comunitário 
· Ações nas intercessões entre o que se define como sistema de serviços de saúde e os territórios socias de comunidade e populações, de caráter comunitário e populacional. 
Rede de saúde é todo o sistema que organiza a saúde.
Conceito de APS- relatório Dawson- 1920
· Organização de um sistema de saúde em rede:
· Centros de saúde primários e serviços domiciliares organizados de forma regionalizada 
· Centros de saúde secundários com especialistas 
· Hospitais: para quando existisse indicação de internação.
Conferencia internacional sobre cuidados primários – ALMA ATA- 1978 (OMS)
· APS definida como fundamento para a universalização da suade 
· Saúde como um direito humano fundamental, de responsabilidade dos governos na suade e participação individual e coletiva da população no planejamento e na execução de seus cuidados em saúde 
· Os cuidados primários são essenciais e definido como primeiro nível de contato dos ínvidos com o sistema de saúde, devendo estar o mais próximo possível da comunidade 
· Buscava conclamar os governos a reformar os sistemas de saúde em base sistemas ao modelo medico- hospitalar.
· Como contraponto a esses discursos, formatou-se o conceito de ATENÇAO PRIMARIA SELETIVA
· A conferência de Bellagio (1979) articulada por instituições internacionais de grande influência, buscou desqualificar Alma-Ata, colocando-a como proposta irrealizável
· As diretrizes propostas foram “pacotes básicos de serviços para os pobres”.
· Isso explica porque a emergência da PSF, no Brasil, se deu sob críticas de setores acadêmicos 
• Renascimento da medicina geral e comunitária 
• Programa vertical e focalizado 
• “Medicina de pobre para os miseráveis”
Saúde da família: De programa a estratégia da APS
· O inicio do programa de agentes comunitários de saúde (PACSS) está intimamente relacionado com a implantação do programa de agentes de saúde no Ceará:
· Programa emergencial, iniciado em 1987
· Objetivo: redução da mortalidade infantil 
· O sucesso no primeiro ano transformou o programa em permanente
 • Em 1991, o MS decide adotar o Programa e expandi-lo para todo Nordeste e depois para todo o país, com o nome de PACS
Com o avanço dos PACS e influência de experiências positivas no país
 • Programa Médico de Família de Niterói (RJ) 
• Medicina Geral e Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição (RS)
 • Centro de Saúde Murialdo de Porto Alegre (RS) 
• Programa Médico de Família de São Paulo (SP) 
• Projeto de Equipes de Saúde da Família de Quixadá (CE)
 ➢ PSF foi implantado em 13 municípios de diferentes regiões, com financiamento realizado por convênio entre as SMS e a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), sem garantia de perenidade no custeio. 
➢Havia flexibilidade da equipe nuclear (médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agente comunitário), porém essa não se aplicava à carga horária obrigatória (40h).
 ➢Para permitir um fluxo financeiro mensal aos municípios, foram criadas modalidade de transferências por produção, com valores diferenciados para CM do programa. Essa modalidade persistiu até 1998, quando o país já tinha aproximadamente 2 mil equipes. 
➢Em 1998 foi instituído o piso de atenção básica (PAB) 
• Fixo: valor per capita transferido a todos os municípios, independentemente das ações realizadas; • Variável: dependente das ações específicas, possuindo um valor para cada programa implementado 
➢Novo desafio: conversão do modelo “tradicional” para o novo modelo proposto pelo PSF. 
➢As coberturas nas cidades de grande porte, com mais de 500 mil habitantes, eram baixas, incluindo as maiores capitais.
 ➢Programa de Consolidação e Expansão da Saúde da Família (PROESF) – 2001
 • Dos 226 municípios com mais de 100 mil habitantes, 85% aumentaram a cobertura; 
• Cobertura média passou de 24 para 40% em 2009
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 
➢ 2006: 
• Definição clara das responsabilidades de cada esfera de governo quanto à APS
; • Reafirmação da saúde da família como uma estratégia nacional, com mudança da nomenclatura de PSF para ESF.
 ➢ 2011:
 • Flexibilização da carga horária do médico: 20, 30 ou 40 horas;
 • Equipe “transitória”: médico com carga horária de 20 horas e demais profissionais mantendo vínculo de 40 horas.
 • Melhor discriminação do médico nas equipes – “médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de família e comunidade”
➢Incentivo para a reforma, ampliação e construção de UBS (Requalifica);
 ➢Incentivo condicionado a resultados e à avaliação do acesso e da qualidade (PMAQ-AB) 
2017: 
➢ Inclui o financiamento por meio do PAB variável das chamadas “equipes tradicionais” (modelo Semachko); 
➢ Pode significar um incentivo ao retorno do modelo dos tradicionais postos de saúde do antigo INAMPS.
Programa de valorização dos profissionais da atenção básica (PROVAB)-2011
➢ A implementação da saúde da família como estratégia de APS não foi acompanhada de planejamento de provimento de recursos humanos, principalmente de médicos. 
➢ Médicos que trabalhassem na APS de municípios em áreas de difícil acesso e provimento ou de populações de maior vulnerabilidade: 
• Bônus na pontuação em provas de residência médica; 
• Participação em cursos de especialização em saúde da família. 
➢ Apesar da ampliação, o PROVAB atendeu apenas 29% da demanda nacional (13 mil médicos).
Programa mais médicos- 2013
➢Ampliar a oferta de cursos e vagas em medicina; ➢Reformas educacionais na graduação e residência médicas;
 ➢Provimento emergencial de médicos em áreas prioritárias para o SUS. 
• Manutenção do PROVAB (integrado em 2015 ao PMM); 
• Participação de médicos brasileiros formados em instituições estrangeiras;
 • Médicos estrangeiros. 
• Acordo de cooperação técnica do MS com a OPAS/OMS, que viabilizou a vinda de médicos cubanos 
➢ Incorporados cerca de 18.240 médicos à APS.
➢ Foram autorizadas 5 mil novas vagas em cursos de graduação em medicina e quase 5 mil em residências médicas; 
• Meta: 11,5 mil vagas de graduação e 12,4 mil vagas de residência até 2017 (não alcançado) 
• Autorizações visaram interiorização dos cursos e distribuição equitativa nas regiões brasileiras.
 ➢ Novas diretrizes curriculares (2014): ampliação dos campos de saber e prática da Saúde Coletiva, Saúde Mental, Urgência/Emergência, Atenção Básica e Saúde da Família.
➢ Mudanças nas diretrizes para a formação de especialistas, priorizando a MFC, que passa a ser chamada também de medicina geral de família e comunidade (MGFC); 
➢ Residência de MGFC é a residência de acesso a todas as especialidades, com exceção de:
 • Genética médica 
• Medicina do tráfego 
• Medicina do trabalho • Medicina esportiva
 • Medicina física e reabilitação
 • Medicina legal 
• Medicina nuclear 
• Patologia
 • Radioterapia
 ➢ Dificuldades para operacionalização dessa medida: insuficiência de preceptores e baixa ocupação das vagas da residência de MFC

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