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SUMÁRIO CAPÍTULO 1 .......................................................................................................... 2 1. JURO SIMPLES ............................................................................................. 2 1.1. RAZÃO ............................................................................................................ 2 1.2. PORCENTAGEM .......................................................................................... 4 1.2.1 Taxa percentual e taxa unitária ................................................................... 5 1.3. CÁLCULO DO JURO SIMPLES ................................................................. 8 1.4. TAXAS PROPORCIONAIS E TAXAS EQUIVALENTES ..................... 12 1.4.1 Taxas proporcionais ................................................................................ 12 1.4.2 Taxas equivalentes ................................................................................... 12 1.5. CONTAGEM DO TEMPO.......................................................................... 13 1.6. MONTANTE ................................................................................................. 14 1.7. ATIVIDADES RESOLVIDAS .................................................................... 16 1.8. ATIVIDADES PROPOSTAS ...................................................................... 24 CAPÍTULO 2 ........................................................................................................ 27 2. DESCONTO ...................................................................................................... 27 2.1 DESCONTO SIMPLES (COMERCIAL ou POR FORA) ......................... 27 2.2 TAXA EFETIVA NO DESCONTO SIMPLES ......................................... 29 2.3 DESCONTO RACIONAL (POR DENTRO) ............................................. 32 2.4 DESCONTO COM DESPESAS BANCARIAS ......................................... 33 2.5 PRAZO e TAXA MÉDIA EM DESCONTO SIMPLES ........................... 35 2.6 ATIVIDADES RESOLVIDAS .................................................................... 36 2.7 ATIVIDADES PROPOSTAS ...................................................................... 38 CAPÍTULO 3 ........................................................................................................ 42 3 CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA .............................................................. 42 3.1. MONTANTE ................................................................................................. 42 3.2. CAPITAL INICIAL ..................................................................................... 45 3.3. PERÍODOS ................................................................................................... 46 3.4. TAXA ............................................................................................................. 47 3.5. EQUIVALÊNCIA DE TAXAS ................................................................... 48 3.6. TAXAS ........................................................................................................... 51 3.6.1. Taxa efetiva ......................................................................................... 51 3.6.2. Taxa nominal ....................................................................................... 52 3.6.3. Taxa aparente – taxa real – taxa inflacionária ................................. 53 3.7. ATIVIDADES RESOLVIDAS .................................................................... 57 3.8. ATIVIDADES PROPOSTAS ...................................................................... 67 CAPÍTULO 4 ........................................................................................................ 71 4. SÉRIES PERIÓDICAS UNIFORMES ...................................................... 71 4.1 FLUXO DE CAIXA ..................................................................................... 71 4.2 SÉRIE POSTECIPADA .............................................................................. 72 4.2.1 Cálculo do Valor Presente ..................................................................... 72 4.2.2 Cálculo do Valor das Parcelas ............................................................... 74 4.2.3 Cálculo do Valor Futuro ........................................................................ 75 4.2.4 Cálculo do Número de Parcelas ............................................................ 77 4.2.5 Cálculo da Taxa ...................................................................................... 77 4.3 SÉRIE ANTECIPADA ................................................................................ 78 4.3.1 Cálculo do Valor Presente ..................................................................... 78 4.3.2 Cálculo do Valor das Parcelas ............................................................... 80 4.3.3 Cálculo do Valor Futuro ........................................................................ 81 4.3.4 Cálculo do Número de Parcelas ............................................................ 82 4.3.5 Cálculo da taxa ....................................................................................... 83 4.4 SÉRIE DIFERIDA ....................................................................................... 84 4.5 ATIVIDADES RESOLVIDAS .................................................................... 87 4.6 ATIVIDADES PROPOSTAS .................................................................... 102 CAPÍTULO 5 ...................................................................................................... 110 5. SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO ........................................................... 110 5.1 DEFINIÇÃO BÁSICA ............................................................................... 110 5.2 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE – SAC ....................... 111 5.3 SISTEMA FRANCÊS – TABELA PRICE .............................................. 113 5.4 ATIVIDADES RESOLVIDAS .................................................................. 117 5.5 ATIVIDADES PROPOSTAS .................................................................... 122 CAPÍTULO 1 1. JURO SIMPLES 1.1. RAZÃO Em diversos aspectos da vida cotidiana, deparamo-nos com situações nas quais necessitamos comparar valores de uma grandeza, ou mesmo valores de grandezas diferentes. Essa comparação pode ser feita de várias maneiras. Uma delas é determinar a diferença entre os dois números. Se o salário de Renata é de R$ 2500,00 e o salário de Caio é igual a R$ 2000,00, então pela diferença 2500 – 2000 = 500 podemos dizer que o salário de Renata é maior do que o de Caio, e essa diferença é de R$ 500,00. Se o salário de Renata fosse de R$ 20.500,00 e o de Caio R$ 20.000,00, poderíamos também dizer que o salário de Renata é maior do que o de Caio, e essa diferença é de R$ 500,000, mas, neste caso, essa diferença seria muito menos significativa quando comparada aos valores de cada salário. Um outro modo de compararmos os salários de Caio e Renata seria através do quociente, ou seja, o resultado da divisão desses valores. No primeiro caso, dividindo o salário de Renata pelo de Caio, obtemos: 2500 25 5 1,25 2000 20 4 No segundo caso, temos: 20500 205 41 1,025 20000 200 40 . Se os dois salários fossem iguais, o quociente seria igual a 1. Veja que os valores 1,25 e 1,025, por serem maiores do que 1, indicam que o salário de Renata é maior do que o de Caio, mas a relação entre os salários não é a mesma nas duas situações, pois no segundo caso esses salários estão bemmais próximos um do outro. Como se vê, a comparação por meio do quociente pode dar uma idéia melhor da relação existente entre os números que desejamos comparar. Tomemos o exemplo de uma dona-de-casa que tem uma receita de bolo de 1 quilograma (1.000 gramas) e que por essa receita ela deva usar 700 gramas de farinha. Se, por alguma razão, a dona-de-casa tiver que fazer um bolo pesando apenas 800 gramas, as quantidades dos ingredientes deverão ser adaptadas. Assim, para todos os ingredientes da receita, a dona-de-casa terá de reduzir as quantidades na proporção de 1000 800 (oitocentos em mil - é conveniente que ambos os valores da grandeza estejam na mesma unidade, no caso gramas). Essa fração pode ser simplificada, dividindo-se tanto o numerador quanto o denominador por 100, o que resulta 800 8 0,8 1000 10 . Portanto, a quantidade de cada ingrediente da receita de 1 quilograma, deveria ser reduzida para 10 8 do seu valor, para achar a quantidade necessária à receita de um mesmo bolo pesando 800 gramas. A quantidade de 700 gramas de farinha passaria a ser de 8 700 700 0,8 560 10 gramas. O cálculo também poderia ser feito por meio de uma regra de três simples: se uma receita de 1000 gramas contém 700 gramas de farinha, uma receita de 800 gramas deve conter quantos gramas de farinha? Esquematicamente, temos: X 800 7001000 de onde resulta 700 800 560 1000 X gramas. A fração 800 8 0,8 1000 10 , que é o resultado da divisão dos números 800 e 1000, denomina-se razão. A razão é o número que expressa o quociente entre dois números dados. Em uma razão, temos o numerador (também chamado antecedente) e o denominador (também chamado conseqüente): antecedente numerador razão conseqüente denominador e, como em toda fração, o denominador deve ser diferente de zero. Para termos uma idéia da importância do conceito de razão em Finanças, consideremos o exemplo de uma empresa que toma um financiamento por determinado período de tempo. Ao final desse período, ela terá que restituir o capital e pagar o juro. Pode-se fazer uma comparação entre o juro e o capital, construindo a razão Juro Capital , e esta razão é muito importante no estudo da matemática financeira, como veremos adiante. 1.2. PORCENTAGEM A percentagem ou porcentagem é um tipo de razão muito especial e muito utilizado. A porcentagem é um símbolo que expressa uma razão em que o denominador é igual a 100. Por exemplo, a razão 53 100 é uma porcentagem, simplesmente porque o denominador é igual a 100. Esta fração é equivalente, é claro, a 0,53. Não parece haver motivo especial para a escolha do número 100. Porém, historicamente, o número 100 exerce certo fascínio na maioria das pessoas. É comum ver-se comemorar o aniversário de 100 anos de algum privilegiado, os 100 primeiros dias de um governo, 100 anos do nascimento ou da morte de alguma personalidade, além de inúmeros outros exemplos. Assim, relacionar um número qualquer ao número 100 parece facilitar o entendimento da respectiva razão. Por ter-se tornado um símbolo muito comum e muito utilizado, resolveu-se simplificar a forma de se escrever e falar a porcentagem, com o uso do símbolo %, ou seja, sempre que o número 100 aparece como denominador, ele é substituído pelo símbolo % (por cento). Desta forma, a razão 53 100 escreve-se como 53% (cinqüenta e três por cento). Temos, portanto: 53 0,53 53% 100 . Tomemos um grupo de 10 pessoas. Como, normalmente, cada pessoa tem 10 dedos nas mãos, temos no grupo um total de 100 dedos. Fazer a relação entre o número de dedos de uma determinada pessoa do grupo com o total de dedos de todas as pessoas do grupo é um exercício que caracteriza bem essa facilidade de entendimento. Teremos, assim, 10 dedos da pessoa em 100 dedos do grupo 10 100 , ou seja, um elemento do grupo é portador de 10% (dez por cento) do total de dedos do grupo. Temos: 10 0,10 10% 100 . Vamos citar um dado estatístico obtido em determinada pesquisa em 2006: 40% dos alunos que estudam administração são mulheres. Daí conclui-se que, de cada 100 alunos, 40 são mulheres. 1.2.1 Taxa percentual e taxa unitária A matemática financeira trabalha com valores monetários (R$) e utiliza intensivamente a notação percentual. Quando comparamos entre si duas quantias (em qualquer unidade monetária, como real, dólar, euro, etc), a razão entre essas duas quantias é denominada taxa. Uma taxa é representada freqüentemente de duas formas: taxa percentual e taxa unitária. Por exemplo, ao compararmos uma quantia de R$ 1.200,00 com a quantia de R$ 60.000,00, simplesmente calculamos a razão desses valores, que é dada por 1200 12 2 2% 0,02 60000 600 100 . Veja que a mesma razão foi indicada nestas expressões de cinco modos diferentes. A notação 2% é a taxa percentual, enquanto que a notação 0,02 é a taxa unitária. Assim, para expressar a taxa que representa a relação entre R$ 400,00 (quatrocentos reais, dólares, euros etc.) e um total de R$ 2.000,00, poderemos escrever: 400 40 20 20% 0,20 2000 200 100 . A taxa percentual é 20% e a taxa unitária é 0,20. Concluímos que 400 está para 2.000 na mesma proporção em que 20 está para 100, ou seja, 400 20 2000 100 . Nota: Conceito de proporção. Uma proporção é uma igualdade entre razões. Se uma primeira grandeza assume sucessivamente os valores 36, 72, 24, 6, 84, 120 e uma segunda grandeza assume sucessivamente os valores 54, 108, 36, 9, 126 e 180, observa-se que 36 72 24 6 84 120 54 108 36 9 126 180 , pois todas estas razões são iguais a 2 3 . Dizemos, então, que as duas seqüências de valores são proporcionais. Como 36 72 54 108 , dizemos que 36 está para 54 na mesma proporção em que 72 está para 108. Vimos, então, que as formas de expressar a razão entre valores têm nomes diferentes. Quando dizemos que a taxa é de 20% (vinte por cento), estamos utilizando a forma percentual, e se dizemos que a taxa é 0,20 (vinte centésimos), estamos utilizando a forma unitária. Para converter a taxa percentual em unitária basta dividir a taxa percentual por 100. Para converter a taxa unitária em percentual faz-se o inverso, multiplicando por 100. Veja alguns exemplos na tabela: Tabela-1: Comparações entre taxas percentuais e taxas unitárias TAXA PERCENTUAL TAXA UNITÁRIA 15% 0,15 8% 0,08 0,15% 0,0015 125% 1,25 A seguir, veremos alguns casos onde se usa o conceito de taxa. Calcular 40% de R$ 20.000,00 Basta multiplicar a taxa pelo valor dado, fazendo 40% 20.000 . Podemos escrever: 40 40 20.000,00 800.000,00 40% 20.000,00 20.000,00 8.000,00 100 100 100 Porém, é mais prático utilizar a taxa unitária, ou seja, primeiramente transformamos a taxa percentual em taxa unitária, para depois efetuarmos o produto. Assim, como: 40 40% 0,40 100 (taxa unitária), fazemos 0,40 20.000,00 8.000,00 . Como regra, para calcular o valor que representa uma porcentagem de um total dado, basta multiplicar a taxa pelo total: valor taxa total Quanto fazemos uma transferência de valores de uma conta bancária para outra, o banco cobra uma taxa sobre o valor transferido. Suponhamos que a taxa percentual seja de 0,3%. Qual o valor cobrado se a transferência foi de R$ 3.800,00? Podemos calcular o resultado de dois modos: 1º.) Usando a taxa percentual. Nesse caso, o valor cobrado é:0,3 0,3 3800 1140 0,3% 3800 3800 $ 11,40 100 100 100 2º.) Usando a taxa unitária. Nesse caso, como a taxa unitária é 0,3% = 0,003, o valor cobrado é: 0,003 3800 $ 11,40 . O exemplo sugere que a taxa unitária apresenta um cálculo bem mais prático, por isso ela é mais utilizada em cálculos com calculadoras comuns. Na HP-12C, os dois modos se equivalem, devido aos recursos dessa calculadora. O preço de uma mercadoria apresenta a seguinte formação: 34% de impostos; 16% de custos fixos; 35% de custos variáveis; 15% de lucro. Supondo que o preço da mercadoria seja de R$ 250,00, calculemos os valores dos seus componentes: 34% de impostos: 34 250,00 0,34 250,00 $85,00 100 16% de custos fixos: 16 250,00 0,16 250,00 $40,00 100 35% de custos variáveis: 35 250,00 0,35 250,00 $87,50 100 15% de lucro: 15 250,00 0,15 250,00 $37,50 100 Se somarmos esses valores, teremos: R$ 85,00 + R$ 40,00 + R$ 87,50 + R$ 37,50 = R$ 250,00 (preço total da mercadoria). 1.3. CÁLCULO DO JURO SIMPLES Chamada, pejorativamente, de usura, a atividade de empréstimo de dinheiro a juro foi, até a idade média, proibida pela Igreja de ser praticada pelos cristãos. Porém, já a partir do final do século XV, alguns pensadores começaram a defender a idéia de que seria natural que o dinheiro fosse tratado como outro bem qualquer. Assim, se é absolutamente normal que alguém tenha um imóvel desocupado e cobre determinado valor (aluguel) para que um interessado possa ocupá-lo, por que não seria natural que alguém que tenha uma soma em dinheiro (capital), que não pretenda utilizar durante determinado período de tempo, possa alugá-lo (empréstimo), cobrando uma determinada taxa (%) por isso? Noção de capital. Na matemática financeira, capital pode ser entendido como qualquer valor expresso em moeda e disponível no presente ou no futuro. Noção de juro. Podemos definir “juro” como a remuneração recebida ou paga por uma aplicação ou empréstimo de uma soma de dinheiro (capital), ou seja, é o rendimento (aluguel) do dinheiro emprestado. Antes de iniciarmos o estudo do juro simples, vamos definir siglas para alguns dos argumentos financeiros: PV – valor presente (do inglês present value), capital inicial, valor aplicado ou valor tomado na data presente; FV – valor futuro (do inglês future value), montante, resultado de aplicações ou de tomadas de valores; n – número de períodos de uma determinada aplicação; i – taxa de juro - no caso de juro simples ou capitalização simples a taxa de juro incide sempre sobre o capital inicial aplicado, e não incide sobre os juro acumulados. J – juro 1.Seu amigo pede a você, emprestada, a quantia de R$ 300,00 por um período de 1 (um) mês e propõe pagar 2% de juro no período. Para calcular quanto você receberia de juro (o aluguel do dinheiro que você empresta), basta fazer como visto anteriormente, ou seja, calcular 2% de R$ 300,00. Ficaria assim: 2% de juro: 2 300,00 0,02 300,00 $ 6,00 100 Consideremos, porém, que você queira escrever o cálculo que acabou de efetuar de uma maneira que possa ser utilizado para qualquer outro cálculo desse tipo, ou seja, montar uma fórmula para ser usada sempre que surgir uma situação semelhante. Para tanto basta substituir, no cálculo, os valores pelas respectivas siglas. Temos então os seguintes dados: i (taxa de juro) = 2% no período, ou seja: 2 2% 0,02 100 i ; PV (valor presente) = R$ 300,00; J (juro, valor que você quer calcular) = ? Ora, se J (juro) é o valor que você quer calcular (aquilo que você desconhece), quando colocado em uma fórmula ele deve ser escrito em primeiro lugar e igualado àquilo que você conhece. Tendo o valor presente (PV) e a taxa de juro (i), então para calcularmos o juro (J), basta fazer o seguinte cálculo: J PV i No exemplo numérico acima, esta fórmula foi aplicada assim: 2 300,00 2% 300,00 300,00 0,02 6,00 100 J Porém, esta fórmula aplica-se apenas para um período. Lembre-se que seu amigo combinou que o empréstimo seria pelo período de 1 (um) mês (n = 1). Caso o empréstimo fosse por mais de um período, faríamos a soma dos respectivos juro por quantos períodos fossem considerados no fechamento do negócio. 1.Imagine que o seu amigo tivesse pedido os R$ 300,00 emprestados por 3 (três) meses. Teríamos então os seguintes dados: i (taxa de juro) = 2% no período, ou seja: 2 2% 0,02 100 i ; PV (valor presente) = R$ 300,00; n = 3 J (juro, valor que você quer calcular) = ? e faríamos o seguinte cálculo: 1º período 2º período 3º período J = PV i + PV i + PV i 300,00 0,02 300,00 0,02 300,00 0,02 6,00 6,00 6,00 3 6,00 18,00J Observe que o que acabamos de fazer foi: J PV i n Podemos, então, generalizar, ou seja, escrever uma fórmula que sirva para qualquer situação: 1º 2º º n vezes período período n período J PV i PV i PV i que é equivalente à fórmula J PV i n Esta fórmula pode ser escrita de vários modos, conforme as variáveis que são dadas e aquela que desejamos calcular: J PV i n ou J n PV i ou J i PV n Qualquer que seja a incógnita (o valor a ser calculado), tem-se a respectiva fórmula para o cálculo. 2.Imagine que, em determinado problema, tivéssemos os seguintes dados: $1.000,00PV 4n períodos 2%i ao período ?J Utilizando a fórmula: J PV i n , obtemos: 1000 0,02 4J , logo 80,00J Suponhamos, porém, que tivéssemos: ?PV 4n períodos 2%i ao período $ 80,00J Utilizaríamos então a fórmula: 80 0,02 4 J PV i n , de onde $1.000,00PV Poderíamos, também, ter: PV = R$ 1.000,00 n = ? i = 2% ao período e J = 80,00 Utilizaríamos então a fórmula: 80 1000 0,02 J n PV i , de onde n = 4 períodos Finalmente, poderíamos ter: PV = R$ 1.000,00 n = 4 períodos i = ? e J = 80,00 Utilizaríamos a fórmula: 80 1000.4 J i PV n , de onde i = 0,02 = 2% Uma observação muito importante: Em cálculos na matemática financeira envolvendo taxa e período, devemos ter o cuidado de colocar os dois argumentos na mesma unidade. Por exemplo: se a taxa for ao mês (a.m.) o período também deverá estar em meses, se o período estiver em anos, a taxa deverá ser ao ano (a.a.) e assim por diante. 1.4. TAXAS PROPORCIONAIS E TAXAS EQUIVALENTES 1.4.1 Taxas proporcionais Imagine dois empréstimos, envolvendo taxas e períodos diferentes, como por exemplo: 2% ao mês 24% ao ano Note que 2% 1 mês = 24% 12 meses , ou seja, 2% ao mês = 24% ao ano. Quando as taxas foram comparadas com os respectivos períodos utilizando uma mesma unidade de tempo, as razões obtidas resultaram iguais. Neste caso, dizemos que as taxas são taxas proporcionais. Este conceito também pode ser aplicado a três ou mais taxas. 1.4.2 Taxas equivalentes Imagine agora que dois empréstimos, envolvendo taxas por períodos diferentes, produzem sobre um dado capital (PV) o mesmo montante (FV) em um mesmo prazo. Por exemplo: 1º) Empréstimo de R$ 100,00 a 2% a.m., pelo prazo de 12 meses (1 ano) PV = R$ 100,00, i = 2% a.m. (ao mês), n = 12 meses100 0,02 12 $ 24,00J O montante será 100 24 $ 124,00FV PV J 2º) Empréstimo de R$ 100,00 a 24% a.a., pelo prazo de 1 ano (12 meses) PV = R$ 100,00, i = 24% a.a. (ao ano), n = 1 ano 100 0,24 1 $ 24,00J O montante será 100 24 $ 124,00FV PV J Como podemos ver, a taxa de 2% ao mês e a taxa de 24% ao ano, no mesmo prazo de 1 ano, produzem montantes iguais a partir do capital dado. Estas taxas são denominadas taxas equivalentes. Observação: No caso de juro simples, que estamos estudando até agora, taxas que são proporcionais também são equivalentes e podem ser chamadas de taxas lineares, pois o crescimento do juro ao longo dos períodos é linear (ou seja, é representado por uma função do primeiro grau). No caso de juro composto, que veremos posteriormente, taxas proporcionais não são necessariamente equivalentes. 1.5. CONTAGEM DO TEMPO Em operações onde o prazo é menor que um mês, a taxa geralmente se refere à unidade diária. Pode-se contar o número de dias na forma ordinal ou na forma cardinal. Na contagem ordinal, contamos os dias desde o dia do fechamento do negócio até o término. Exemplo: se o financiamento foi liberado no dia 2 de janeiro para ser pago no dia 10 do mesmo mês, conta-se: 02/01 03/01 04/01 05/01 06/01 07/01 08/01 09/01 10/01 1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia 6º dia 7º dia 8º dia 9º dia Portanto, a duração do financiamento é de 9 dias (n = 9). Na contagem cardinal, contamos a quantidade de passagens de um dia para o outro. Exemplo: para o mesmo financiamento do exemplo acima, temos: 02/01 03/01 04/01 05/01 06/01 07/01 08/01 09/01 10/01 1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia 6º dia 7º dia 8º dia 9º dia 1 dia 1 dia 1 dia 1 dia 1 dia 1 dia 1 dia 1 dia Portanto, na contagem cardinal, a duração do financiamento é de 8 dias (n = 8). De acordo com o Código de Processo Civil brasileiro (CPC), a contagem de tempo deve ser feita da seguinte forma: exclui-se o dia do começo e inclui-se o do vencimento, com prorrogação do início ou do vencimento para o primeiro dia útil subseqüente, caso haja feriado. 1.Vejamos o caso de uma dívida feita na data 18 de dezembro de 2006 (segunda-feira) para ser paga com 7 dias: 18/12 19/12 20/12 21/12 22/12 23/12 24/12 25/12 26/12 segunda terça quarta quinta sexta sábado domingo segunda terça exclui conta conta conta conta conta conta exclui 7º dia O pagamento deverá ser executado no dia 26 de dezembro de 2007 (terça-feira) em virtude do feriado do dia 25/12 (Natal). Os agentes financeiros não praticam a contagem da forma processual, contam o tempo de duas formas, chamadas período exato e período comercial. Período exato: para este caso é usado o calendário do ano civil, ou seja, 365 dias. Período comercial: neste caso, admite-se o mês com 30 dias, logo, o ano com 360 dias. 2.Para um caso de uma negociação que teve início na data de 20/05/2007 e término em 25/10/2007. I. Período exato: início: 20/05/2007 , término: 25/10/2007 (158 dias) II. Período comercial: início: 20/05/2007 término: 25/10/2007 (155 dias) Para transformarmos taxas anuais (juro linear) em taxas diárias, basta fazer como nos exemplos a seguir: i = 12% ao ano equivale a i = 365 12,0 i = 0,0329 % ao dia ( período exato) i = 12% ao ano equivale a i = 360 12,0 i = 0,0333 % ao dia ( período comercial) 1.6. MONTANTE Vamos estudar agora como se calcula o montante ou valor futuro (FV) de um determinado valor presente (PV) que deverá ser pago ou recebido no futuro, acrescido de juro. Para tanto suponha, por exemplo, que uma mercadoria seja vendida por uma empresa com um prazo de um mês para o pagamento. O vendedor, buscando compensar o prazo que levará para receber, bem como o risco envolvido neste processo, reajusta o preço a uma determinada taxa i. O cálculo é feito da seguinte forma: Multiplica-se a taxa pelo preço da mercadoria, encontrando o valor do reajuste. Soma-se o valor encontrado com o preço da mercadoria, obtendo-se o preço final. 1.Vamos supor que a mercadoria tenha seu preço à vista estipulado em R$ 100,00 (PV), e que será paga ao final de um período, no caso 1 mês (n = 1) e o vendedor corrige o preço à taxa de 2% a.m. (i = 0,02). Qual é o preço final? Se seguirmos os passos acima, teremos: 100 0,02 2,00J 100 2,00 102,00FV Aqui, o resultado R$ 102,00 é o valor da mercadoria adicionado ao reajuste. Note que o cálculo feito é: 100 100 0,02FV Colocando em evidência a parcela 100, temos: 100 1 0,02FV ou seja, 1FV PV i Chamamos o fator (1 + i) de “fator de reajuste”. Quando fazemos o empréstimo de um capital PV por um determinado número n de períodos a certa taxa i, queremos que seja restituído, ao final do período, o valor do empréstimo adicionado o juro. Desta forma, temos o MONTANTE (FV): FV PV J FV PV PV i n 1FV PV i n O fator 1 i n é chamado de “fator de capitalização simples” para n períodos. Usando as propriedades da álgebra podemos deduzir que: (1 ) FV PV i n 2.Por exemplo, se o valor emprestado é de $ 1000,00PV por 4n períodos a uma taxa de juro linear de 2%i ao período, então: 1 1000 1 0,02 4 1000 1,08 $ 1080,00FV PV i n Figura 1. Demonstrativo de fluxo de caixa da atividade proposta. Se desejarmos encontrar o valor do período (n) ou da taxa (i) e forem dados os valores de PV e FV, o mais indicado é obter o valor do juro: J = FV – PV e usar as fórmulas: J n PV i ou J i PV n . 1.7. ATIVIDADES RESOLVIDAS 1. Uma empresa aplica R$ 1.000,00 a uma taxa de juro simples de valor 2% ao mês. Qual o valor do juro pago ao final de um semestre? 1000,00PV , 2%i ao mês, 1 6n semestre meses 1000 0,02 6 120J PV i n Usando os argumentos financeiros da calculadora financeira HP-12c, temos: 2. Um capital de valor R$ 1.000,00 foi aplicado por 2 anos resultando R$ 500,00 de juro. Calcular a taxa percentual a) em anos e b) em meses. a) Em anos: 1000,00PV , 2n anos , 500J 500 1 0,25 25% 1000 2 4 J i ao ano PV n . b) Em meses: 1000,00PV , 24n meses , 500J 500 1 0,02083 2,083% 1000 24 48 J i ao mês PV n . 3. Uma aplicação a taxa de juro linear de 18% ao ano, durante 3 trimestres rendeu R$ 400,00 de juro. Calcule o valor da aplicação. 1º. modo: reduzir a taxa e os períodos à unidade meses. 3 9n trimestres meses , 18% 18% 12 i ao ano ao mês , 400J 400 $ 2962,96 0,18 9 12 J PV i n 2º. modo: reduzir a taxa e os períodos à unidade anos. 3 3 4 n trimestres ano , 18%i ao ano , 400J 400 $ 2962,96 3 0,18 4 J PV i n 4. O valor de R$ 2.000,00 foi aplicado a uma taxa de juro linear de 9% ao semestre, rendendo R$ 500,00 de juro. Por qual período ficou este valor aplicado? 2000PV , 9%i ao semestre , 500J 500 2,78 2000 0,09 J n semestres PV i . O resultado pode ser dado de várias formas: em meses: 2,78 6 16,68n meses em dias: 16,68 30 500n dias em meses e dias: 16,68 16 0,68 30 16 20n meses meses dias mesesdias , ou seja, 16 meses e 20 dias. em anos, meses e dias: 16 20 12 4 20 1 4 20n meses dias meses meses dias ano meses dias ou seja, 1 ano, 4 meses e 20 dias. 5. Um empréstimo de R$ 2.000,00 foi liquidado por R$ 2.600,00 no final de 140 dias. Calcular a taxa percentual i: a) ao dia. 2000PV , 2600FV , 140n dias 2600 2000 600J FV PV 600 0,002143 0,2143% 2000 140 J i ao dia PV n . b) ao mês (mês comercial). O mês comercial tem 30 dias, logo 0,002143 30 0,06429 6,429%i ao mês Outro modo de calcular a taxa ao mês é fazer 600 0,06429 6,429% 2000 140 30 i ao mês . 6. Calcule o montante gerado por um empréstimo no valor de R$ 1.000,00 que ficou por 6 meses e 20 dias emprestado a uma taxa de 3% ao mês. 1000PV , 3%i ao mês , 6 20n meses e dias 1º. modo: período em dias. Devemos fazer 6 20 200n meses e dias dias e 3% 0,1%i ao mês ao dia (admitindo mês comercial). Neste caso, 1 1000 1 0,001 200 $ 1200,00FV PV in 2º. modo: período em meses. Devemos fazer 20 200 6 20 6 30 30 n meses e dias meses e 3%i ao mês (admitindo mês comercial). Neste caso, 200 1 1000 1 0,03 $ 1200,00 30 FV PV in 7. O capital de valor R$ 2.000,00 ficou aplicado por 3 trimestres a uma taxa de juro simples de 20% ao ano. Qual o montante ao final deste período? 2000PV , 20%i ao ano , 3 3 9 4 n trimestres meses anos 3 1 2000 1 0,20 $ 2300,00 4 FV PV in 8. Um empréstimo de R$ 2.000,00 gerou um montante de R$ 2.700,00 a 5% ao semestre. Determinar o período mensal desta aplicação. 2000PV , 2700FV , 5% 5% 6 i ao semestre ao mês 2700 2000 700J FV PV 700 42 0,05 2000 6 J n meses PV i . 9. O banco A emprestou a empresa MS o valor de R$ 4.000,00 na data 20/04/07, para ser pago no dia 02/05/07. Considerando o mês comercial, qual o valor do juro pago e o montante, se a taxa linear combinada foi de 18% ao ano? 4000PV , 18% 18% . . 360 i a a ao dia Para o número de dias, temos 20 / 04 / 07 02 / 05 / 07 12n a dias Em seguida, fazemos: 0,18 4000 12 $ 24,00 360 J PV i n Sendo assim, 4000 24 $ 4024,00FV PV J 10. A loja SS vendeu para um cliente uma mercadoria no valor de R$ 2.500,00, no dia 12/03/2007 para ser paga na data 20/08/2007, sendo a taxa no valor de 12% ao semestre, calcular o valor do montante pago: a) considerando o mês comercial; b) considerando o mês civil. a) Considerando o mês comercial 2500PV , 12% 12% 180 i ao semestre ao dia Para o número de dias, temos: 12 / 03/ 07 20 / 08 / 2007 158n a dias 0,12 1 2500 1 158 $ 2763,33 180 FV PV i n b) Considerando o mês civil. 2500PV , 12% 12% 182,5 i ao semestre ao dia Para o número de dias, temos: 12 / 03/ 07 20 / 08 / 2007 161n a dias 0,12 1 2500 1 161 $ 2764,66 182,5 FV PV i n 11. Uma dívida de R$ 320.000,00 irá vencer daqui a 3 meses e 20 dias (mês comercial). Se o juro é de R$ 42.000,00, calcule a taxa linear a) diária b) mensal c) anual a) taxa linear diária 320.000PV , 3 20 110n meses e dias dias , 32.000J 42000 0,0011932 0,11932% 320000 110 J i ao dia PV n b) taxa linear mensal 0,11932% 30 3,57954%i ao mês c) taxa linear anual 3,57954% 12 42,95454%i ao ano 12. Determine a taxa linear que triplica o capital aplicado em 8 anos. Neste caso, podemos supor que o capital aplicado é de R$ 100,00, e assim o montante será de FV = R$ 300,00: 100PV , 8n anos , 300FV 200J FV PV 200 0,25 25% 100 8 J i ao ano PV n 13. Determinar o valor presente (valor atual) de um título cujo valor nominal é de R$ 40.000,00, e sobre o qual foi cobrada uma taxa de juro linear de 3,5% ao mês para um prazo de vencimento de 80 dias. 40000FV , 80n dias , 3,5%i ao mês 40000 $ 36.585,36 0,035 801 1 30 FV PV in 14. Certo capital, aplicado por 4 meses, torna-se R$ 4.000,00. Caso ficasse aplicado por mais 6 meses, chegaria ao valor de R$ 6.000,00. Sendo assim, qual o valor da taxa linear mensal e do capital aplicado? 4000PV , 6000FV 2000J FV PV 2000 0,0833 8,33% 4000 6 J i ao mês PV n 4000 $ 3.000,00 1 1 0,0833 4 FV PV in 15. A empresa MSL ltda toma emprestado R$ 20.000,00 do Banco AGS, e promete pagar ao final de 6 meses. A taxa combinada por ambos é de 36% ao ano e o banco AGS cobra uma taxa bancaria de 2% sobre o valor do empréstimo. Portanto, determine: a) o montante pago ao final do prazo estipulado; b) a taxa de juro realmente paga pelo tomador, ou seja, a taxa efetiva do negocio; PV = 20000, n = 6 meses i = 36% a a = 3% a m a) FV = PV (1 + i n) FV = 20000 (1 + 0,03 . 6) FV = 23600 b) PV = 20000 – 0,02 * 2000 PV = 19600 ou seja, o Banco AGS emprestou a empresa MSL ltda R$ 20.000,00 mas depositou na conta da empresa apenas R$ 19.600,00, logo a empresa terá que pagar o montante de R$ 23.600,00 a partir de R$ 19.600,00, então o valor da taxa de juro não será a mesma, pois a diferença do deposito na conta e do valor que deverá ser pago (montante) será de J = 4.000,00. Calculando a taxa de juro temos: 4000 0,034 3,40% 1960 6 i am 16. Determinada mercadoria foi adquirida em 4 pagamentos trimestrais de RR$ 6.240,00 cada um. Alternativamente, esta mesma mercadoria poderia ser adquirida pagando-se 20% de seu valor como entrada e o restante ao final de 5 meses. Sendo de 36% ao ano a taxa da operação, pede-se determinar o valor da prestação vencível ao final de 5 trimestres. Inicialmente nesta questão devemos transformar a taxa anual em trimestral e trazer para o presente (PV1) os valores das prestações (pagamentos – PMT), fazendo: i = 36% ao ano i = 9% ao trimestre (1 ) FV PV i n 62400 62400 62400 62400 (1 0,09 1) (1 0,09 2) (1 0,09 3) (1 0,09 4) 20.514,53 PV PV O próximo passo é calcular o valor presente (PV2) com o desconto da entrada de 20%, ou seja, 80% do valor do PV, e depois calcular o valor do pagamento da dívida ao final do 5º período. PV2 = 20.514,53 . 0,80 = 16.411,62 1FV PV i n FV = PMT = 16.411,62 (1 + 0,09 . 5) = 23.796,85 17. O sr. Caio faz um empréstimo de valor R$ 20.000,00 para pagar em 80 dias em um banco que cobra taxa de 18% ao ano, mais 2,2% sobre o valor do financiamento, taxa que é relativa a despesas e abertura de crédito. O sr. Caio não honra com a obrigação na data marcada e pede mais 100 dias para efetuar o pagamento. O banco aceita e renegocia a divida a uma taxa de 20% ao ano, e também cobra mais uma taxa de manutenção de crédito no valor de 1,8%. Calcule a divida do sr. Caio ao final dos 180 dias; a taxa efetiva em cada empréstimo, e a taxa efetiva cobrada no tempo que ficou devendo ao banco. Neste problema temos inicialmente: PV = 20.000, n = 80 dias i = 18%a a t = 2,2% do PV Calculando o montante da divida: 1FV PV i n 0,18 80 20000(1 ) 20800,00 360 FV Por não ter liquidado a divida na data e ter pedido mais um prazo, devemos calcular o novo montante da divida: PV = 20.800, n = 100 dias i = 20 % a a t = 1,8% do PV 1FV PV i n 0,20 100 20800(1 ) 21955,55 360 FV Para calcularmos a taxa efetiva em cada empréstimo devemos colocar a taxa bancaria. Para o primeiro empréstimo temos: PV = 20.000 – 2,2% de 20.000 = 19.560 n = 80 dias i = 18% a a t = 2,2% do PV FV = 20.8000, J = 800, J i PV n 800 0,1840 18,40% 80 19560 360 i aa Para o segundo empréstimo temos: PV = 20.800 – 1,8% de 20.800 = 20.425,60 n = 100 dias i = 20% a a t = 1,8% do PV FV = 21.955,55, J = 1.529,95 J i PV n 1529,95 0,2509 25,09% 100 21955,55 360 i aa Para encontrarmos a taxa efetiva do negocio por todo período temos: PV = 19.560,00 FV = 21.9555,55 J = 2.395,55 n = 180 dias J i PV n 2395,55 0,2449 24,49% 180 19560 360 i aa Obs: a taxa bancaria não entra como divida, pois a taxa bancaria é paga no ato do negocio, por esse motivo ela é um valor a parte do empréstimo, portanto, não devemos adicionar a taxa no valor da divida, e sim somente usá-la quando for calcular a taxa efetiva. 1.8. ATIVIDADES PROPOSTAS 1) Calcular o juro linear de uma aplicação de valor R$ 2.500.00, da data 03/05/2006 a 14/08/2006, à taxa de 15% ao ano, considerando: a) mês comercial (período comercial) b) mês civil (período exato) R. a) R$ 105,21 b) R$ 105,82 2) Qual o período que quadruplica uma aplicação a uma taxa linear de 14% ao ano, a) em meses ? b) em anos ? R. a) 257,14 meses = 257 meses 4 dias b) 21,43 anos = 21 anos 5 meses 4 dias 3) O sr. João toma um empréstimo de R$ 10.000,00, para pagar em 140 dias, a uma taxa linear de 2,5% ao mês. Pede-se: a) o juro; b) o montante; c) a taxa efetiva (ao mês) da negociação, sabendo que na data do fechamento do empréstimo foi-lhe cobrada uma comissão de 1,5% sobre o valor do empréstimo. R. a) R$ 1166,67 b) R$ 11166,67 c) 2,5381% 4) A empresa MS tem disponível por um ano certo capital, e tem duas opções de aplicação a juro linear. Em qual delas a empresa terá melhor rendimento? I. Aplicar seu capital a uma taxa linear de 28% ao ano; II. Aplicar ¾ do seu capital a uma taxa linear de 3% ao mês e a outra parte a 1% ao mês. Resposta: opção II 5) A fábrica de moveis SS aplicou 25% de certo valor a 1,2% ao mês, o restante a 2,1% ao mês durante 4 meses recebendo de juro por estas aplicações R$ 2.000,00. Pede-se determinar o valor total e de cada aplicação. Resposta: R$6666,67 e R$20.000,00 e R$ 26.666.67 6) Por quanto tempo o capital de R$ 1.900,00 deve ficar aplicado à taxa de 22% ao ano para que produza um montante de R$ 2.400,00 ? Resposta: 1,196 ano = 14,35 meses 1 ano 2 meses e 10 dias 7) Durante 4,8 meses o capital R$ 20.000,00 ficou aplicado gerando R$ 560,00 de juro. Neste caso qual o valor da taxa: a) em meses b) em anos R. a) 0,5833% ao mês b) 7% ao ano 8) Uma mercadoria tem seu preço a vista em R$ 1.800,00. Entretanto, será pago em duas vezes, sendo uma entrada de R$ 400,00 e uma parcela de R$ 1.600,00 após dois meses. Qual a taxa linear cobrada na venda? Resposta: 7,1429% ao mês 9) Em quantos dias o capital de R$ 3.000,00 deve ser aplicado à taxa de juro simples 8% ao trimestre, de modo a gerar um valor final de R$ 3.680,00. R. 255 dias 10) Por qual período a uma taxa de 20% ao ano, certo capital deve permanecer aplicado de modo a gerar um juro igual a 1/3 do valor principal? Resposta: 20 meses 11) A mercearia AG aplicou R$ 23.000,00 no dia 20/02/2007 em fundo que paga uma taxa linear de 10% ao ano. Em que data ele recebeu o montante, se o juro foi de R$ 800,00? Resposta: 25/06/2007 (período exato) ou 27/06/2007 (período comercial) 12) O banco MS oferece um financiamento à taxa de juro simples de 14% ao ano, pelo período de 12/02/2007 a 25/08/2007. Considerando o ano comercial, quais são o juro e o montante pagos, se o valor do financiamento é de R$ 50.000,00? Resposta: R$ 3752,78 (juro) e R$ 53.752,78 (montante) 13) A empresa AG dispõe de R$ 3.000,00 e divide este valor em duas partes, para fazer as aplicações: a primeira a 20% ao ano por 8 meses e a segunda a 18% ao ano por 4 meses. Determine o valor de cada aplicação sabendo R$ 300,00 foi o juro total recebido pelas duas aplicações. Resposta: R$ 1636,36 e 1363,64 14) Um aplicador dividiu seu capital em três partes e negociou com o banco da seguinte forma: I. Um sexto do capital a uma taxa de 2% ao mês, em 4 meses; II. Dois sextos do capital a uma taxa de 2,5% ao mês, em 6 meses; III. Três sextos do capital a uma taxa de 3,0% ao mês, em 8 meses; Pede-se calcular o valor de cada parcela sabendo que o juro total recebido foi de R$ 2.000,00. Resposta: R$ 1818,18, R$ 3636,37 e R$ 5454,55 15) A loja ML adquiriu uma mercadoria na fábrica SM por R$ 2.000,00, na condição de pagar no dia que vencer o prazo dado na venda pela ML. A mercadoria foi vendida com um acréscimo de 40% depois de 12 dias de comprada e com um prazo para o cliente pagar em 40 dias. A taxa de juro cobrada pela fábrica é de 3% ao mês, e pela loja 4,5% ao mês. Determine: a) Os valores a serem pagos pelo comprador e pela loja; b) O lucro da loja em valor monetário e percentual. R. a) R$ 2168,00 e R$ 2104,00 b) R$ 64,00 e 3,042% 16) O proprietário de uma lanchonete está pensando em fazer uma reforma antes das festas de fim de ano, e para isto ele necessitará de R$ 6.000,00. Quanto ele deverá depositar hoje em um banco que remunera a taxa linear de 1,2% ao mês e que ainda faltam 170 dias para a data prevista para o início das reformas? Resposta: R$ 5617,98 17) O valor do montante a ser pago daqui a 138 dias é 40% maior que o valor da aplicação. Qual a taxa cobrada nesta operação? Resposta: 0,2899% ao dia = 104,36% ao ano 18) Um aparelho é vendido em três parcelas mensais e iguais, de R$ 450,00. A primeira parcela é dada no ato da compra, e as demais 30 e 60 dias após. Sendo a taxa de juro simples cobrada pela loja de 3,8% ao mês, qual o valor à vista deste produto? Resposta: R$ 1301,75 19) Uma nota promissória está sendo negociada com 25 dias de antecedência do seu resgate. O negócio foi fechado de tal modo que o valor a ser recebido é 4/5 do valor devido. Determine a taxa de juro mensal nesta transação. Resposta: 1% ao dia CAPÍTULO 2 2. DESCONTO 2.1 DESCONTO SIMPLES (COMERCIAL ou POR FORA) No dia a dia do comercio ou em qualquer outra atividade onde pagamentos e recebimentos fazem parte do cotidiano da empresa, há necessidade de capital em mãos para poder cobrir obrigações. Sendo assim, há uma prática comum de se adiantar o recebimento de valores, ou até mesmo cobrir antecipadamente obrigações. Para estes casos usa-se o Desconto, que é o valor do abatimento de um título pago antecipadamente, ou o valor abatido do valor futuro a receber, quando este é recebido antecipadamente. Diferentemente do juro simples em que a taxa incide sobre o valor presente (PV), a taxa de desconto incide sobre o valor futuro (FV). A expressão desconto simples ou comercial é devido a seu grande uso no comercio e em bancos, quando estes não cobram comissões. No estudo de desconto simples ou desconto comercial, temos os mesmosargumentos do juro simples, porém, alguns apresentam notação diferenciada. PV – valor presente – valor atual – valor líquido – valor descontado – valor resgatado. FV – valor futuro – valor da promessa de pagamento (cheque pré-datado, nota promissória, títulos, duplicatas) – valor nominal – valor de resgate. n – período de antecipação do FV id – taxa de desconto t – taxa bancaria – taxa adicional D – valor do desconto Tomando um caso em que a taxa de desconto é de id = 2% sobre o valor de R$ 100,00 a ser pago antecipadamente por um período: id = 2% = 0,02 = 100 2 = FV D temos: o desconto é de R$ 2,00 a cada R$ 100,00, ou seja, d D i FV Para encontrar a fórmula do desconto simples, iniciamos o desconto para um período: dD FV i e daqui pode-se deduzir o desconto efetuado em mais de um período, que é equivalente à fórmula dD FV i n Da fórmula acima podemos encontrar: id = D FV n FV = d D i n n = d D FV i Usando a idéia de que o Desconto é a diferença entre o Valor Nominal de um título (FV) e o Valor Atual (PV) deste mesmo título temos: D FV PV Desta fórmula podemos deduzir outras: a do valor atual (PV) PV FV D (i) Substituindo dD FV i n em (i) temos: dPV FV FV i n Colocando em evidencia o fator FV, temos: (1 )dPV FV i n (ii) Fazendo operação algébrica em (ii) encontramos: (1 )d PV FV i n Aplicando as fórmulas. 1. Passando por dificuldades financeiras a fábrica MSL recorre ao banco na data 12/03/2007 e faz um empréstimo no valor de R$ 50.000,00, com promessa de pagar em 22/10/2007. O banco empresta a taxa de 3,0% ao mês, para o caso do empréstimo ser pago antes do vencimento, a taxa de desconto é de 2,0% ao mês sobre o valor do montante no prazo estipulado. Passados 122 dias volta ao banco para liquidar a divida. Qual o valor pago pelo empréstimo? Considere o mês comercial. 1ºperíodo 2ºperíodo nºperíodo ( ) ( ) ... ( ) d d dD FV i FV i FV i n ( vezes) PV = 50.000,00 i = 3,0% ao mês id = 2,0% ao mês n (empréstimo) = 12/03/2007 a 22/10/2007 (comercial) = 220 dias n (antecipação) = 220 - 122 = 98 dias 0,03 220 1 50000(1 ) 61000 30 FV PV i n 61000 0,02 98 3985,33 30 61000 3985,33 57014,67 dD FV i n PV FV D 2. Uma nota promissória para pagamento em 12/08/07 é negociada no dia 20/06/07, a uma taxa de desconto de 2,3% ao mês. Qual o valor resgatado se o período é exato e o valor de resgate é R$ 40.000,00. FV = 40.000,00 id = 2,3% ao mês n = 20/06/07 a 12/08/07 = 53 dias 0,023 53 (1 ) 40000(1 ) 38374,66 30 dPV FV i n 3. O proprietário de certa fazenda resgatou antecipadamente 38 dias um título por R$ 28.300,00. A taxa de desconto comercial combinada foi de 3,5% ao mês. Determine o valor do título. PV = 28.300,00 n = 38 dias id = 3,5% ao mês. 28300 29612,84 0,035 38(1 ) (1 ) 30 d PV FV i n 2.2 TAXA EFETIVA NO DESCONTO SIMPLES Conforme dito acima, a taxa de desconto simples incide sobre o valor nominal (FV) de um título, esta trás para o presente o valor a ser liquidado. Importante salientar que esta taxa de desconto não iguala o PV encontrado ao valor nominal (FV) no período estipulado. Portanto, há uma taxa implícita no problema. A taxa que iguala o PV ao FV no período estipulado nós a chamaremos de taxa efetiva (ie) do negocio. Na verdade, esta taxa nada mais é que a taxa de juro, e no caso até agora estudado, é o simples. Uma mercadoria tem seu preço estipulado em R$ 100,00 para pagamento a prazo e para pagamento a vista o valor é de R$ 80,00, entende-se que o vendedor está adicionando R$ 20,00 de juro ao preço para o caso de pagamento a prazo e ao mesmo tempo dando um desconto de R$ 20,00 se o pagamento for a vista. Portanto, na negociação o valor do juro é o mesmo valor do desconto. Sendo assim temos duas taxas, uma de juro (taxa efetiva) eleva em R$ 20,00 o preço de R$ 80,00, e a taxa de desconto, que abate em R$ 20,00 do valor de R$ 100,00. Pode-se verificar através de um exemplo: certo titulo tem seu valor nominal R$ 1.000,00 que pode ser pago 40 dias antes do vencimento, sendo a taxa de desconto id = 0,1% ao dia. Calcular a taxa efetiva. FV = 1.000 n = 40 dias id = 0,1% a d (1 ) 1000(1 0,001 40) 960,00dPV FV i n Fazendo o caminho inverso: PV = 960,00 n = 40 dias i = 0,1% a d (taxa de juro) (1 ) 960,00(1 0,01 40) 998,40FV PV i n O que se conclui que a taxa de desconto não pode ser utilizada para encontrar o valor nominal do título. No caminho inverso o valor do juro não se chega ao valor nominal do título, isto é devido ao desconto ser sobre o valor nominal e o juro sobre o valor atual, mesmo que o período seja o mesmo. Então, qual a taxa de juro que iguala o valor presente ao valor nominal? Esta taxa a chamaremos de taxa efetiva do negocio (ie). 40 0,001042 0,1042% . 960 40 e J i a d PV n Com esta taxa e o valor presente encontramos o valor nominal: (1 ) 960(1 0,001042 40) 1000,00FV PV i n Considerando que o desconto dado no preço da mercadoria é o mesmo que o valor do juro acrescido ao preço a vista, então pode-se encontrar a taxa efetiva da seguinte maneira: e J i PV n ou e D i PV n Vejamos algumas aplicações das fórmulas: 1. O banco MSL afirma que cobra uma taxa de desconto por fora (desconto simples) igual a 3,8% ao mês. Determine o valor do desconto, o valor atual e a taxa efetiva do negocio para um título de valor nominal R$ 12.500,00 e tem seu vencimento antecipado em 48 dias. FV = 12.500,00 n = 48 dias id = 3,8% ao dia obs: taxa ao mês e período em dias, transformando período em dias para mês basta dividir por 30. 12500 0,038 48 760,00 30 dD FV i n 12500 760 11740,00PV FV D Taxa efetiva: 760 0,040459 4,046% 48 11740 30 e D i am PV n 2. A empresa AGS vai ao banco MSL para descontar um título de valor de resgate R$ 240.000,00 que tem seu vencimento previsto daqui a 52 dias. O banco aceita comprar o título e paga por este, R$ 228.000,00. Qual o valor da taxa de desconto e da taxa efetiva mensal cobrada pelo banco MSL? FV = 240.000,00 PV = 228.000,00 n = 52 dias 240000 228000 12000 12000 0,028846 2,8846% 52 240000 30 d D FV PV D i am FV n Podemos encontrar a taxa em dia e depois transformar mês. Para isto, fazemos: 12000 0,000961538 0,0961538% 30 2,8846% 240000 52 d D i ad am FV n Taxa efetiva: 12000 0,030364 3,0364% 52 228000 30 e D J i am PV n PV n A taxa efetiva encontrada neste caso está relacionada aos valores do negocio, ou seja, o banco está ganhando 3,0364% ao mês de juro. Pode-se pedir a taxa efetiva correspondente a taxa de desconto dada no problema, ou seja, indiferente dos dados do problema qual será a taxa de juro que corresponde a taxa de desconto. Para isso fazemos um artificio: FV = 100 id = 2,8864% a m PV = 97,12 n = 1 mês j = D = 2,88 Neste caso temos duas taxas efetivas diferente, a primeira relacionada aos dados do problema e a segunda relacionada somente a taxa de desconto. 3.A fábrica AGS ao vender seus produtos emite título no qual consta que haverá desconto a taxa de 3,2% ao mês na antecipação do pagamento. A loja MSL possui um título de valor R$ 30.000,00 e pagou por este R$ 27.500,00. Determine o período de antecipação. FV = 30.000 PV = 27.500 id = 3,2% ao mês D = FV – PV = 2.500 2500 2,6 30000 0,032d D n meses FV i n = 2 meses e 60% do mês n = 2 meses e 0,60 30 n = 2 meses e 18 dias 2.3 DESCONTO RACIONAL (POR DENTRO) O desconto racional (Dr) também é conhecido como desconto por dentro porque a taxa de desconto incide sobre o valor presente da operação. Quando o cliente vai ao banco e toma um empréstimo, geralmente é depositado na conta o valor do empréstimo deduzido o valor do juro, sendo assim, o juro é pago antecipadamente. Portanto, o valor da taxa de desconto é na realidade uma taxa de juro, ou seja, a taxa efetiva do negocio. rD PV i n rD FV PV (i) Lembrando do juro simples: (1 ) FV PV i n (ii) Substituindo a fórmula (ii) em (i) temos: (1 ) (1 ) r r FV D FV i n FV i n D i n 1.Determinar o desconto racional e o valor resgatado de um título de valor R$ 2.300,00 pago 12 dias antes do seu vencimento, sendo a taxa de desconto 3,2% ao mês. FV = 2.300,00 n = 12 dias id = i = 3,2% ao mês i = ?(taxa de juro) Calculando o valor da taxa de juro correspondente a taxa de desconto dada: Usando um artifício matemático temos: sendo FV = 100 com desconto de id = 3,2% am, encontramos um PV para um mês, n= 1 mês, PV= 96,80. Portanto, para determinar a taxa efetiva fazendo: J = 100 – 96,80 = 3,20 i = (3,20 / 96,80) 100 i = 3,3058% a m 2300 0,033058 12 30 30,01 0,033058 12(1 ) (1 ) 30 r FV i n D i n 2.4 DESCONTO COM DESPESAS BANCARIAS É muito comum empresas usarem os bancos para receberem obrigações dos clientes, seja na antecipação ou no atraso as obrigações correspondentes às vendas através de duplicatas ou papeis de mesma finalidade. Os bancos recebem os pagamentos e ganham percentuais sobre o valor nominal ou outra forma qualquer, depende da combinação entre o banco e a empresa. As taxas adicionais (t) que incidem de uma única vez sobre o valor nominal do título, têm como finalidade cobrir despesas administrativas e operacionais internas na instituição. Estas taxas não iguais para todos os bancos. Pode-se encontrar o desconto bancário (Db) e o valor atual (PV) com despesas através das fórmulas: dD FV i n E como no desconto bancário temos a taxa bancaria que incide no valor nominal temos: ( ) ( )b dD FV i n t FV Colocando em evidencia o fator FV encontramos a fórmula para determinar o Db: ( )b dD FV i n t Para o valor atual temos: bPV FV D (i) Substituindo a fórmula do desconto bancário em (i): ( )dPV FV FV i n t ( )dPV FV FV i n FV t Colocando em evidencia o fator FV: (1 )dPV FV i n t 1. A fábrica de macarrão AGS adquiriu uma nova máquina para ser paga daqui a dois anos. A empresa vendedora emitiu um título de R$ 20.000,00 para pagamento em 18 meses. Foi combinado que se a AGS for antecipar a obrigação deve ir ao banco MSL e quitar a dívida. Sabe-se que a divida foi negociado para o caso de antecipação do pagamento, a taxa de desconto será de 3,5% ao mês e mais uma comissão de 1,2% sobre o valor nominal do título. A AGS vai ao banco 148 dias antes do vencimento do título e liquida a divida. De posse dos dados informados determine: a) O valor do desconto e o valor descontado que a fábrica terá: FV = 20.000 n = 148 dias id = 3,5% ao mês t = 1,2%(comissão) 0,035 148 20000 ( ) 3453,33 30 dD FV i n 20000 3453,33 16546,67PV FV D b) O valor que a empresa vendedora irá receber: A empresa vendedora irá receber o valor do título menos o desconto dado a AGS e menos a taxa de comissão. t = 1,2% sobre o valor do título t = 0,012 20000 t = 240,00 PV = 20000 – ( 3453,33 + 240,00) PV = 16.306,67 Ou 0,035 148 (1 ) 20000(1 0,012) 16306,67 30 dPV FV i n t c) o ganho do banco: fazendo a diferença entre o recebido pelo banco e o pago à empresa teremos o ganho, ou calculando a comissão: Ganho = 16546,67 – 16306,67 =240,00 Ganho = 20000 0,012 =240,00 2.5 PRAZO e TAXA MÉDIA EM DESCONTO SIMPLES Pode-se fazer operações bancarias de desconto de várias obrigações (títulos) de uma única vez. Os títulos podem apresentar valores iguais ou não da mesma forma para os prazos. Os bancos determinam taxas diferentes para os valores ou prazos dos títulos, ou seja, para um determinado valor ou prazo tem-se uma taxa diferenciada. Devido a tecnologia computacional existem programas que são utilizados pelos bancos, facilitando os cálculos dos descontos de vários títulos. Estes programas utilizam fórmulas matemáticas relacionadas à média. Por se tratar de desconto simples, utiliza-se a fórmula de média simples ponderada para encontrar a taxa média ou prazo médio nos descontos onde apresentam vários títulos a taxas diferenciadas. 1 1 k J j j m K J J FV i i FV e 1 1 k J j j m K J J FV n n FV 1. A rede de lojas AGS vai ao banco com três cheques no propósito de descontá-los. Os três cheques têm valores iguais a R$ 2.000,00, R$ 3.500,00 e R$ 4.000,00, com vencimentos em 28, 32 e 45 dias respectivamente. O banco pratica uma taxa de 2,3% ao mês. Sendo assim qual o prazo médio, o desconto e o valor descontado? FV1= 2.000 FV2 = 3.500 FV3 = 4.000 id = 2,3% ao mês. n1 = 28 dias n2 = 32 dias n3 = 45 dias 2000 28 3500 32 4000 45 348000 36,63 2000 3500 4000 9500 mn dias, fazendo uma aproximação teremos 37 dias. 0,023 (2000 3500 4000) 36,63 266,79 30 dD FV i n (2000 3500 4000) 266,79 9233,21PV FV D 2. O banco MSL desconta cheques a taxas diferenciadas. Para valores entre R$ 1.000,00 e inferior a R$ 3.000,00 a taxa é de 3% ao mês, entre R$ 3.000,00 e R$ 8.000,00 a taxa é 2,5% ao mês, e acima de R$ 8.000,00 a taxa é 2,2% ao mês. O banco recebe quatros cheques com os seguintes valores: R$ 2.500,00, R$ 3.800,00 , R$ 5.500,00 e R$ 9.200,00, com prazos 44 dias, 38 dias, 35 dias e 40 dias respectivamente. Determine a taxa média, o prazo médio, o desconto e o valor descontado. FV1= 2.500 FV2 = 3.800 FV3 = 5.500 FV4 = 9.200 i1 = 3,0% ao mês i2 = 2,5% ao mês i3 = 2,5% ao mês i4 = 2,2% ao mês n1 = 44 dias n2 = 38 dias n3 = 35 dias n4 = 40 dias a) Prazo médio: 2500 44 3800 38 5500 35 9200 40 814900 38,80 2500 3800 5500 9200 21000 mn dias b) Taxa média: 2500 0,03 3800 0,025 5500 0,025 9200 0,022 509,90 0,02428 2500 3800 5500 9200 21000 mi im = 2,2428% ao mês. 0,02428 (2500 3800 5500 9200) 38,80 659,47 30 dD FV i n (2500 3800 5500 9200) 659,47 20340,53PV FV D 2.6 ATIVIDADES RESOLVIDAS 1) O diretor financeiro de certa empresa está negociando com o banco MSL o desconto de duplicatas. Ficou acertado que o banco descontará do devedor a 3,5% ao mês e cobrará da empresa uma comissão de 1,5% sobre o valor de resgate. Sendo assim, calcule o valor pago pelo devedor e o recebido pela empresa se as duplicatas somam R$ 120.000,00com prazo médio de 40 dias? FV = 120.000 n = 40 dias id = 3,5% ao mês t = 1,5% Valor pago pelo devedor: 0,035 40 (1 ) 120000(1 ) 114400,00 30 dPV FV i n Valor recebido pela empresa: 0,035 40 (1 ) 120000(1 0,015) 112600,00 30 dPV FV i n t 2) Uma duplicata é descontada em uma instituição financeira, produzindo um débito na conta do cliente de R$ 14.460,00. Se a taxa do desconto simples comercial da operação foi de 4,5% ao mês e a duplicata foi negociada 68 dias antes do vencimento, determinar o valor de resgate da duplicata. PV = 14.460,00 id = 4,5% ao mês n = 68 dias 14460 16102,44 0,045 68(1 ) (1 ) 30 d PV FV i n 3) Um título no valor de R$ 18.000,00 foi negociado 54 dias antes de seu vencimento por R$ 16.200,00. Determinar a taxa do desconto simples comercial envolvida na operação e a taxa efetiva. A taxa de desconto: FV = 18.000 PV = 16.200 D = 18000 – 16200 = 1800 1800 0,0555 5,55% 54 18000 30 d D i am FV n A taxa efetiva: 1800 0,06173 6,173% 54 16200 30 e D i am PV n 4) O desconto simples racional de um título descontado à taxa juro de 24% ao ano, 80 dias antes de seu vencimento, é de R$ 1.720,00. Calcular o valor da taxa de desconto comercial (ao ano) correspondente ao desconto racional dado. Dr = 1.720 n = 80 dias ir = i = 24% ao ano, ir = taxa de desconto racional. 1720 32250,00 0,24 80 360 rDPV i n 32250 1720 33970,00rFV PV D Taxa de desconto comercial: 1720 0,2278 22,78% 33970 80 360 d D i aa FV n 5) Uma Letra do Tesouro Nacional - LTN, de valor R$ 40.000,00 vencerá em 45 dias, e está sendo negociada a uma taxa de desconto de 28% ao ano. Calcule o desconto o valor líquido e a taxa de desconto efetiva anual: Valor líquido e o desconto: FV = 40.000 id = 28% ao ano n = 45 dias 0,28 45 (1 ) 40000(1 ) 38600,00 360 dPV FV i n 40000 38600 1400,00D FV PV Taxa efetiva: 1400 0,2902 29,02% 45 38600 360 e D i aa PV n 6) Determine o valor nominal de um título de crédito descontado 120 dias antes de seu vencimento, a uma taxa de desconto de 2,6% ao mês que sofreu um desconto simples por fora no valor de R$ 225,00, vale: D = 225,00 id = 2,6% ao mês n = 120 dias = 4 meses 225 2163,46 0,026 4d D FV i n 2.7 ATIVIDADES PROPOSTAS 1) A loja de confecções AGS assume hoje uma dívida com valor de face de R$ 70.000,00 a ser paga em 120 dias. Passados 45 dias negocia pagar a dívida a uma taxa de desconto de 3,5% ao mês. Qual o valor recebido pela loja? Qual a taxa efetiva? R. PV = R$ 63.875,00 ie = 3,84% a m 2) Na questão anterior a divida foi feita a uma taxa de juro linear de 5% ao mês. A loja fez um bom negocio pagando antes a sua dívida? R. O valor inicial da dívida é de R$ 58.333,33, acrescido de 5% a m em 45 dias torna-se R$ 62.708,33. Se a loja tivesse previsão de pagamento em 45 dias teria desembolsado menos que liquidando a dívida com desconto. Portanto, não fez um bom negócio. 3) Um título de valor R$ 45.000,00 foi descontado 38 dias antes do vencimento, a uma taxa de 20% ao ano. Determine o valor do desconto, o valor líquido e a taxa efetiva, nas seguintes situações: a) Desconto comercial R. R$ 950,00 b) Desconto racional R. R$ 930,36 c) Taxa efetiva R. 20,43% a a 4) Foi creditado na conta de uma empresa R$ 3.500,00 correspondente a um desconto de duplicata, ou seja, o devedor pagou antecipadamente sua dívida e assim entrou na conta do credor o valor acima citado. Sabe-se que o valor da taxa de desconto é 3,8% ao mês e o período de antecipação foi de 45 dias. Portanto, calcule o valor do desconto, o valor da dívida e a taxa efetiva.R.D = R$ 211,56 FV = R$ 3711,56 ie = 4,03 am 5) Se a empresa MSL pagar hoje a duplicata de valor R$ 30.000,00 ganhará um desconto de R$ 2.580,00. Se a taxa de desconto praticada é de 22% ao ano, qual o período em meses e dias de antecipação desta duplicata? Qual a taxa efetiva do negocio? R. n = 4 meses e 21 dias ie = 2% a m 6) Calcule a taxa mensal de desconto usada para descontar antecipadamente em 80 dias um título de R$ 38.000,00 que gerou um desconto de R$ 2.500,00. R. i d = 2,47% a m 7) O banco MSL anuncia uma taxa de desconto de 4,3% ao mês e mais uma taxa de comissão de 1,2% sobre o valor nominal do título. O diretor financeiro da loja AGS vai a esse banco e aceita as condições. No caso de um cliente da AGS for ao banco com um título de valor R$ 50.000,00, vinte e cinco dias antes do vencimento, qual valor do desconto e o valor descontado que o cliente terá? E qual valor creditado na conta do credor do título? O lucro do banco? R. Ddevedor = 1791,67 PVdevedor = 48208,33 PVcredor = R$ 47.608,83 Lucro = 600,00 8) De acordo com a tabela apresentada, determine o valor do desconto e o valor descontado usando o prazo médio e a taxa média. TÍTULO TAXA PERÍODO DE ANTECIPAÇÃO R$ 40.000,00 3,3% a m 40 dias R$ 32.000,00 3,5% a m 38 dias R$ 28.000,00 4,2% a m 55 dias R$ 12.000,00 4,5% a m 22 dias n = 41,25 dias id = 3,71% a m D = R$ 5.713,40 PV = R$ 106.286,60 9) Determinar o valor de face de um título cuja taxa de desconto de 20% ao ano proporcionou R$ 4.580,00 de desconto 38 dias antes do vencimento. R. FV = R$ 216.947,37 10) Calcule o valor atual de um título de R$ 23.000,00 que sofreu um desconto racional a taxa de juro de 3,0% ao mês, 40 dias antes do vencimento. Calcule o valor do desconto comercial. Se o desconto fosse comercial na mesma taxa, qual a diferença entre os valores líquidos? Diferença = R$ 35,18 D = R$ 884,62 PV = R$ 22.115,38 D = R$ 920,00 PV = R$ 22.080,00 Diferença = 35,38 11) Uma duplicata foi descontada num banco que pratica uma taxa de 4,0% ao mês e mais uma comissão de 1,5% sobre o valor nominal do título. Sabendo que foi antecipado em 40 dias, qual o valor do título se o valor atual foi de R$ 30.000,00. Encontre o valor da taxa efetiva do negocio para a empresa credora. R. FV = R$ 32.200,36 i efetiva = 5,501% a m 12) A que taxa anual uma duplicata paga antecipadamente 48 dias gera um desconto de R$ 2.800,00 sobre o valor de face R$ 50.000,00. Calcule o valor da taxa efetiva desta transação. R. i d = 3,5% a m i e = 3,71% a m 13) A empresa AGS aumenta os preços das mercadorias a uma taxa efetiva de 3,5% ao mês. Ao vender a vista oferece um desconto comercial. Determinar a taxa de desconto comercial para prazos de 30 dias de antecipação de forma a voltar o preço sem o reajuste. R. id = 3,38% a m 14) O valor atual de R$ 2.300,00 é devido a um desconto simples de 3,8% ao mês, e 28 dias antes do vencimento da obrigação. Determine o valor: do título, do desconto e da taxa efetiva do negocio. R. FV = R$ 2.384,57 D = 84,57 i e = 3,94% a m 15) Qual a taxa efetiva correspondente a uma taxa de desconto comercial de 4,0% ao mês num período de 45 dias? R. i e = 4,26% a m 16) Se uma mercadoria for reajustada em 3,0% ao mês, qual a taxa de desconto para que o preço da mercadoria volte ao preço inicial (sem o reajuste)? R. id = 2,91% a m 17) Qual o valor do desconto e da taxa efetiva se a duplicata de R$ 30.000,00 foi paga 68 dias antes do vencimento e o banco cobra uma taxa desconto de 4,0% ao mês. R. D = R$ 2.720,00 i e = 4,4% a m18) A empresa AGS pode aplicar o valor de R$ 45.000,00 em uma instituição que paga 3,2% ao mês. É interessante para esta empresa saldar sua obrigação de R$ 52.000,00 que irá vencer daqui a 150 dias a uma taxa de desconto de 2,5% ao mês ou aplicar e pagar no vencimento? R. Verificamos que o melhor negócio é aplicar o valor hoje e ao final de 150 dias liquidar a obrigação. 19) O banco MSL oferece uma taxa de desconto por fora (comercial) de 3,5% ao mês, e a taxa de desconto racional do banco AGS é 3,8,% ao mês. Qual dos bancos oferece melhor negocio para quem quer descontar títulos com prazo de 30 dias de antecipação? R. No banco AGS o desconto é maior. 20) Determine a taxa mensal, anual de desconto que a empresa AGS ao descontar uma duplicata de valor R$ 50.000,00 obteve R$ 2.800,00 de desconto em 50 dias de antecipação do vencimento. R. id = 3,36% a m = 40,32% a a CAPÍTULO 3 3 CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA 3.1. MONTANTE No mercado financeiro quando se trata de empréstimos, financiamentos e transações financeiras, é utilizada a capitalização composta (juro composto), onde a taxa de juro incide sobre o principal (PV) acrescido do juro acumulado do período anterior. Neste caso o juro é capitalizados, ou seja, o juro é calculados sobre o juro acumulado no período anterior. A tabela abaixo compara o juro e o montante nas duas modalidades - simples e o composto, para uma aplicação de R$ 1.000,00 por 12 períodos a uma taxa de 2% ao período. Comparativo entre juro e montante da capitalização composta e simples. Analisando a tabela, vemos que o juro simples e o composto são iguais no primeiro período, a partir deste o juro composto cresce exponencialmente. Na capitalização composta, há de se ter cuidado no uso de taxas, pois através da tabela acima vimos que, para o mesmo período e mesma taxa os montantes finais para juro simples e o composto não são os mesmos. Utilizando o gráfico gerado da tabela acima, pode-se verificar o crescimento exponencial do juro composto e o linear do juro simples. Comparativo do crescimento exponencial e linear da capitalização composta e simples. R$ 1.000,00 R$ 1.050,00 R$ 1.100,00 R$ 1.150,00 R$ 1.200,00 R$ 1.250,00 R$ 1.300,00 0 2 4 6 8 10 MO NT AN TE PERÍODO CAPITALIZAÇÃO SIMPLES E COMPOSTA FV + J S FV + J C Antes de encontrarmos a fórmula que calcula o valor do montante, vamos analisar a seguinte situação: certa aplicação de valor R$ 1.000,00 aplicado por 4 períodos (n = 4) a uma taxa de 2% ao período (i = 2%) e sem retiradas, ou seja, a retirada será feita ao final da aplicação. Demonstrativo da evolução de uma capitalização composta. Fluxo de caixa da evolução da capitalização composta. No fluxo de caixa referimos ao primeiro período o intervalo de 0 a 1, onde 0 é o início do primeiro período e 1 o final, o segundo período inicia em 1 e finda em 2 e assim por diante. Porém, para este item não daremos muita ênfase neste capítulo, e sim no próximo (rendas). Usando a tabela ou o diagrama de fluxo de caixa, verifica-se o valor gerado da aplicação (capital aplicado mais o juro), ou seja, em qualquer momento temos o valor a resgatar se for aplicação ou a pagar se for empréstimo. Referenciando no fluxo de caixa e na tabela, vemos que o valor investido PV = 1.000,00 no período 0 (zero), torna-se FV = 1.020,00 ao final do período. A aplicação continua iniciando no período 1 (um) com o PV = 1.020,00 e finda com FV = 1.040,40, e assim sucessivamente até chegarmos o valor final de FV = 1.083,43. Usando o fator de reajuste (1 + i) encontramos o seguinte: Para o primeiro período temos: 1 1000 (1,02) 1020,00FV 1 1 (1 )FV PV i Para o segundo período, temos: 2 2 1020 (1,02) 1000 (1,02) (1,02) 1000 (1,02) 1040,40FV 2 2 (1 )FV PV i Para o terceiro período, temos: 3 3 1000 (1,02) (1,02) (1,02) 1000 (1,02) 1061,21FV 3 3 (1 )FV PV i Para o quarto período, temos: 4 3 1000 (1,02) (1,02) (1,02) (1,02) 1000 (1,02) 1082,43FV 4 4 (1 )FV PV i Acompanhando o raciocínio acima, para encontrar o valor futuro em “n” períodos, o montante na capitalização composta faz-se: FV = PV ( 1 + i ) n O fator (1+ i) n é chamado de fator de capitalização composta ou fator de acumulação de capital para “n” períodos. Usa-se as expressões - crescimento exponencial ou juro exponencial, quando estamos referindo a uma capitalização composta. Da mesma forma quando certo valor for aplicado a uma taxa exponencial, também queremos dizer que se trata de uma capitalização composta. FV = PV (1+i) (1+i) (1+i).... (1+i) n (períodos) 1.Uma aplicação inicial de R$ 4.000,00 renderá que montante ao final de 8 meses, se a taxa exponencial é de 1,2% ao mês? Fazendo o fluxo de caixa da questão proposta temos: Obs: lembrando que o valor da aplicação PV e o valor do montante FV, no fluxo de caixa têm sentidos opostos e para efeito de cálculo nas calculadoras financeiras são de sinais opostos. Para este caso, se alguém aplica algum valor, este valor saiu do caixa e retornará como recebimento (entrada de caixa). O fluxo desenhado poderia ser de forma inversa. Na verdade, o desenho do fluxo depende de que lado do balcão estamos. PV = 4.000 n = 8 meses i = 1,2% ao mês. 8 8(1 ) 4000 (1 0,012) 4000 (1,012) 4400,52nFV PV i 2.Certa empresa necessitando pagar os salários de seus funcionários vai ao banco e faz o empréstimo de valor R$ 23.000,00. Promete pagar em 20 dias. O banco cobra uma taxa exponencial de 2,3% ao mês. Calcule o valor a ser pago pela empresa. PV = 23.000 n = 20 dias i = 2,3% ao mês Obs: período e taxa não estão na mesma unidade, então vamos transformar o período de dias em mês. 20 30(1 ) 23000 (1,023) 23351,33nFV PV i 3.2. CAPITAL INICIAL Pode-se determinar o valor atual, valor presente ou capital inicial aplicado usando as propriedades da álgebra na fórmula do montante. (1 )nFV PV i Dividindo os dois membros da equação por (1 + i) n , temos: PV = ni FV )1( Para encontrar o valor presente a partir do montante, basta descapitalizar o valor do montante, ou seja, usar o fator de descapitalização para “n” períodos: 1 (1 )ni . 1.A empresa AGS deverá obter um equipamento daqui a 4 meses, e este terá o valor de R$ 4.500,00. Quanto deverá ser aplicado hoje a uma taxa de 2,5% ao mês, de modo a obter o valor necessário? FV = 4.500 n = 4 meses i = 2,5% ao mês 4 4500 4076,78 (1 ) (1,025)n FV PV i 3.3. PERÍODOS A partir da fórmula do montante e usando propriedades da álgebra deduz-se a fórmula para o período. (1 )nFV PV i Dividindo os dois membros por PV, temos: (1 )n FV i PV Aplicando logaritmo natural – logaritmo Neperiano (ln) nos dois lados da equação temos: ln( ) ln(1 )n FV i PV Usando a propriedade da potência do logaritmo, encontramos: ln(1 ) ln( ) FV n i PV Dividindo os dois membros por ln(1+ i) n , temos: ln( ) ln(1 ) FV PVn i Para o caso do uso do logaritmo de base dez, temos: log( ) log(1 ) FV PVn i 1.Por quantos meses uma empresa terá que dispor R$ 5.000,00 em uma aplicação a taxa de 1,2% ao mês, de modo a obter R$ 5.370,97. PV = 5.000 FV = 5.370,97 i = 1,2%