instrumentos utilizados no alisamento e raspagem radicular

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Periodontia 
 
Instrumentos utilizados em Periodontia 
 
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Rafaela Marliano Dória 
Raspagem 
É a instrumentação da coroa e das superfícies 
radiculares para remoção de biofilme dental, cálculo 
e manchas destas superfícies. E no momento de 
raspagem cria-se rugosidade nas superfícies e após 
a raspagem obrigatoriamente deve se fazer um 
alisamento radicular 
Alisamento Radicular 
É o procedimento que visa remover cemento 
e/ou dentina rugosos, impregnados por biofime ou 
cálculo ou contaminados por toxinas e 
microrganismos. 
O tratamento periodontal consiste basicamente em 
fazer uma raspagem e depois alisamento radicular. 
Objetivos da raspagem e do alisamento 
radicular 
-Eliminar o biofilme dental e o cálculo; 
-Remover o cemento contaminado; 
-Promover uma superfície radicular limpa, lisa e 
resistente, após o alisamento radicular. 
Passos preliminares 
-Exame clínico minucioso e radiográfico (periapical 
total) 
-Diagnóstico 
-Planejamento 
Instrumentais periodontais 
São divididos em: 
-Instrumentais de averiguação (verificar o 
diagnóstico) 
-Instrumentais de raspagem (auxiliam no 
tratamento não cirúrgico) 
-Instrumentais cirúrgicos 
 
 
Instrumentos para averiguação 
-Espelho clinico; 
-Pinça clínica; 
-Sonda periodontal; 
-Sonda Nabers; 
-Pinça de Miller; 
-Papel carbono. 
Função das Sondas periodontais 
-Avaliar a profundidade do sulco ou bolsa 
periodontal (até 3mm está normal, acima de 3mm 
possui bolsa- medir da margem gengival até o 
fundo da bolsa, profundidade de sondagem) 
-Avaliar o sangramento à sondagem 
-Avaliar a largura de gengiva inserida 
-Medir recessões gengivais 
-Detectar e medir lesões de furca 
Tipos de Sondas Periodontais 
-Convencionais possuem as seguintes 
características: 
Marcações milimetradas, ponta ativa arredondada 
ou achatada, diâmetro fino e diferentes marcações. 
-De Nabers possui as seguintes características: 
ponta ativa curva, ponta romba e pode ou não 
conter marcas calibradas. Usada para verificar 
lesões de furca. 
 
 
 
 
 
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Rafaela Marliano Dória 
 
Como é feita a sondagem? 
-Empunhadura 
-Apoio 
-Pressão 
 
Nessa imagem, possui 2mm de sondagem 
Sondas Especiais 
-Sonda de pressão controlada 
-Sonda computadorizada 
Outras funções dos instrumentos 
exploradores/ sondas 
-Detectar cálculos e irregularidades na superfície 
radicular; 
-Avaliar a dimensão das bolsas; 
-Avaliar resultados da instrumentação radicular. 
Instrumentos de Raspagem 
Podem ser: 
-Manuais (curetas) 
-Sônicos 
-Ultrassônicos 
Requisitos para realizar uma boa raspagem 
-Tipo do instrumental 
-Afiação do instrumental 
-Habilidade profissional 
-Indicação correta do instrumento 
Vantagens dos instrumentos manuais 
-Podem ser utilizados em qualquer situação que 
requeira raspagem 
-Eficientes na remoção de placa bacteriana e 
cálculo 
-Melhor sensibilidade tátil 
-Apresentam várias formas e variações 
Desvantagens dos Instrumentos manuais 
-Necessidade de afiação 
-Maior fadiga ao profissional 
-Maior desconforto ao paciente 
-Produz maior hipersensibilidade dentinária. 
Vantagens dos instrumentos ultrassônicos 
-Menor fadiga ao profissional; 
-Maior conforto ao paciente; 
-Menor tempo de trabalho; 
-Melhor acesso em regiões de bi e trifurcações. 
Desvantagens dos Instrumentos 
Ultrassônicos 
-Menor sensibilidade tátil; 
-Não promove alisamento radicular; 
-A utilização errada pode produzir sulcos e 
ranhuras sobre a superfície radicular; 
-Deve ser mantido longe do osso; 
-Impossibilidade de uso em portadores de 
marcapassos cardíacos; 
-Deve ser evitado em crianças; 
-Deve ser evitado em coroas de porcelana 
(provoca ranhura ou remoção dessa coroa). 
Instrumentos manuais de raspagem 
-Curetas; 
-Foices; 
-Limas; 
-Cinzéis; 
-Enxadas. 
Requisitos dos Instrumentos 
-Delicado; 
-Tamanho confortável; 
-Forma adequada; 
-Leve; 
-Número ideal; 
-Rígido; 
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Rafaela Marliano Dória 
 
-Fácil de afiar; 
-Posição da lâmina ideal. 
As curetas são compostas de: 
1. Cabo (onde pega), deve ser: leve, diâmetro mais 
espesso e gravação do número, marca e tipo. 
2. Haste (entre cabo e lâmina), através das 
angulações, determina o local de uso de cada 
instrumento, não deve ser muito longo e não deve 
ser muito flexível. O cumprimento varia com 
tamanho da coroa do dente, profundidade da bolsa 
periodontal e região a ser instrumentada. 
3. Lâmina, dá o nome ao instrumento e deve ser 
estreita e delicada para não causar injuria no 
paciente. A lâmina tem: face coronária, face apical 
e face lateral (ângulo de corte). A McCall possui 2 
lados que cortam, por isso não pode entrar no 
tecido gengival. A gracey possui apenas 1 ângulo de 
corte e o lado que não corta pode entrar dentro 
do sulco. 
 
Instrumento pode ser: 
-Simples: apenas 1 extremidade ativa 
-Duplo: 2 extremidades ativas 
 
Vantagens das curetas 
-Mais precisas e versáteis para aplainamneto 
-Permitem adaptação subgengival com menor 
chance de traumatizar os tecidos moles e causar 
sulcos nas superfícies radiculares 
-Mais fáceis de afiar 
-Instrumentos menores e mais finos, permitindo 
maior sensibilidade tátil. 
Curetas de Gracey 
Projetadas pelo Dr. Clayton Gracey em 1930 
1-2: incisivos e caninos 
3-4: incisivos e caninos 
5-6: todos os dentes, com indicação precisa até 
pré-molares (de canino a canino, 
preferencialmente, tanto supragengival quanto 
subgengival) 
7-8: faces livres de Pré-molares e molares 
9-10: faces livres de molares 
11-12: mesial de posteriores 
13-14: distal de posteriores 
As curetas de gracey podem ser dos tipos: 
-Standard; 
-After five; 
-Mini five. 
Quanto maior a haste, mais profundo consigo 
entrar. 
 
Curetas Universais- Mc Call 
13-14- Anteriores, geralmente 
17-18- Posteriores, geralmente 
Só pode usar supragengival para não cortar tecido 
gengival, pois possui lado cortante dos 2 lados. 
Gracey x Universal 
Area de uso: 
Gracey- supra e subgengival 
Mc Call- só supragengival 
 
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Rafaela Marliano Dória 
 
Bordos cortantes: 
Gracey- 1 bordo cortante 
Mc call- 2 bordos cortantes 
Angulação (influencia na forma como encosta no 
dente): 
Gracey- 60° a 70° 
Mc call- 90° 
 
Curvatura da lâmina: 
Gracey- lâmina curva com raio de 8mm 
Mc call- lâmina reta 
Princípios da utilização das curetas 
-Empunhadura da cureta (possui a forma de uma 
caneta modificada) 
 
-Determinação do ângulo de corte 
(borda cortante de maior curvatura e borda 
cortante inferior) 
-Determinação do ponto de apoio (deve ser o mais 
próximo possível da área de trabalho, superfície 
estável e estrutura sólida). 
Apoiar com ponta do dedo médio, dedo anelar, 
dorso da mão ou palma da mão 
 
-Determinação do ângulo de trabalho (deve 
respeitar o ângulo da cureta, tem que ser maior 
que 45° e menor que 90° para que a ponta ativa 
deslize sobre a superfície) 
-Movimentos de raspagem 
sentido: tração; 
direção: vertical/horizontal/oblíqua; 
pressão lateral: firme; 
amplitude: movimentos curtos e sobrepostos. 
-Movimentos de alisamento 
sentido: tração- puxar para fora; 
direção: vertical/horizontal/oblíqua; 
pressão lateral: de leve a moderada; 
amplitude: movimentos mais amplos e longos. 
 
Imagem mostra as direções: vertical, horizontal e oblíqua 
 
Posicionamento de trabalho 
Curetas 5-6 
Posicionamento em 9 Horas. E na face palatina 
utiliza visão indireta 
 
 
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Rafaela Marliano Dória 
 
Ou posicionamento em 11 Horas 
 
Curetas 7-8 
Posicionamento em 10 Horas, com visão indireta 
para vestibular. 
 
E para palatina posicionamento em 8 Horas e visão 
direta. 
 
Curetas 11-12 
Posicionamento em 10 Horas com visão direta. 
 
E posição de 8 Horas para região subgengival de 
dentes posteriores. Possui visão direta. 
 
Curetas 13-14 
Posicionamento em10 Horas e visão indireta para 
supragengival. 
 
E para subgengival em 9 Horas 
 
Foices 
Possui: 
-Corte transversal triangular 
-Dorso agudo e afiado 
-Apresenta 2 ângulos de cortes retos 
(supragengival somente) 
-Extremidade ativa pontiaguda 
Pontas Morse 
Indicação: 
-Somente supragengival 
-Indicada para região interproximal 
Contra-indicação: 
-Para subgengival 
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Rafaela Marliano Dória 
 
Limas 
-Série de bordas cortantes alinhadas em uma única 
base 
-Raspagem supra e subgengival 
-Regiões de furca 
-Dificuldade de afiação 
 
Enxadas 
-Instrumento de lâmina única situada em um ângulo 
de 99° a 100° em relação a sua haste terminal 
-Raspagem de todas as faces 
-Jogo de 4 instrumentais 
-Pontas simples ou duplas. 
 
-Raspagem de grandes massas de cálculo supra e 
subgengival em regiões de fácil acesso 
-Raspagem apenas com movimento de tração. 
Cinzéis 
-Instrumento com borda cortante única e reta, 
lâmina contínua à haste, ponta em 45° 
-Indicação para raspagem radicular 
-Desvantagem para regiões de difícil acesso. 
Textura da superfície radicular 
-Curetas e foices produziram mais alisamento 
radicular se comparada com enxada e lima 
-Curetas e foices reduzem rugosidade das 
superfícies. 
Afiação de Instrumentos 
Os instrumentos de afiação podem ser: manuais 
(convencionais)- Pedra de afiar ou giratórios 
(pedras montadas). 
Objetivo da afiação: 
-Restaurar a borda cortante 
-Preservar a forma original do instrumento 
Instrumentação sem corte 
-Exige aumento da pressão para raspagem 
-Reduz a sensibilidade tátil 
-Promove o brunimento (alisamento) de cálculo. 
Pedras de afiar 
-Naturais (Arkansas, índia) 
-Sintéticas (carborundum) 
-Lubrificantes (água ou óleo) 
Como é feita a afiação? 
Colocar o instrumental em torno de 100-110° e fazer 
movimento de vai e vem. 
 
Tipos de afiação 
-Pedra fixa 
-Instrumento fixo 
-Pedras montadas 
Consequências de uma afiação incorreta 
-Excesso de desgaste do instrumental 
-Quebra do instrumental 
-Modificação da forma do instrumental 
-Ranhuras às superfícies dentárias 
-Danos aos tecidos moles 
-Menor sensibilidade tátil 
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Rafaela Marliano Dória 
 
-Polimentos de cálculos, pois não corta 
OBS.: Instrumentos que se tornaram finos demais 
por terem sido muito afiados ou que perderam a 
forma devem ser descartados, pois podem se 
quebrar durante a instrumentação causando sérios 
problemas. 
 
Avaliação da Afiação 
Pode ser: 
-Visual 
-Tátil 
Instrumentação ultrassônica 
-São movidos a ar; 
-Prendem-se diretamente à unidade odontológica; 
-Vibrações de 2300 a 6.300 ciclos por segundo 
-Ex.: Sonic Borden (Kavo) 
-Compostos por um gerador elétrico que confere 
energia em forma de vibrações de alta frequência 
a uma peça de mão. 
-Potência de 24.000 a 42.000 ciclos por segundo 
-O calor liberado pelas vibrações é compensado 
pelo sistema de refrigeração 
-Quando a extremidade ativa entra em contato 
com o cálculo, a energia vibratória é transmitida ao 
mesmo, promovendo sua fratura e remoção da 
superfície dental. 
-Podem ser: piezoelétrico ou magnético 
Aparelhos ultrassônicos estritamente 
magnéticos 
-Apresentam um gerador que produz uma 
corrente elétrica alternada dentro da peça de mão 
-A ponta possui um transdutor que encaixa à peça 
manual 
-A movimentação do transdutor promove vibração 
da ponta 
-Geração excessiva de calor. 
 
 
Limitação do Uso de aparelhos ultrassônicos 
-Pontas ativas 
-Dificuldade de atingir o fundo de bolsa 
-Visibilidade 
-Sensibilidade tátil diminuída 
-Pode provocar alteração na superfície da raiz 
-Não promove alisamento radicular.