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Introdução ao direito administrativo

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Introdução ao Direito Administrativo 
 
1. Conceito de Estado 
O Estado é uma instituição organizada política, social e juridicamente, 
dotada de personalidade jurídica própria de Direito Público, submetida às 
normas estipuladas pela lei máxima que, no Brasil, é a Constituição escrita e 
dirigida por um governo que possui soberania reconhecida tanto interna como 
externamente 
O surgimento e a evolução da noção do Estado fazem aparecer a figura do 
Estado de Direito, que representa a ideia de que a Administração Pública se 
submete ao direito posto, assim como os demais sujeitos de direitos da 
sociedade. Ou seja, o Estado de Direito é aquele que se submete ao direito que 
ele mesmo instituiu 
Com efeito, a noção de Estado de Direito surge com a doutrina alemã, no 
século XIX, baseado em três pilares, quais sejam, a tripartição de poderes, a 
universalidade da jurisdição (ensejando o controle absoluto de validade sobre 
todas as atividades do Estado) e a generalização do princípio da legalidade 
 
2. Administração Pública 
Não obstante a função administrativa seja típica do Poder Executivo, o 
conceito de Administração Pública com ele não coincide, haja vista a 
possibilidade de atuação administrativa pelos demais Poderes do Estado, ainda 
que atipicamente 
A expressão Administração Pública, em sentido formal, orgânico ou 
subjetivo, designa o conjunto de órgãos e agentes estatais no exercício da 
função administrativa, independentemente do poder a que pertençam - seja ao 
Executivo, Judiciário, Legislativo ou à qualquer outro organismo estatal 
Introdução ao Direito Administrativo
Resumo feito por Amanda Grilo de Oliveira 
-
sentido formal = conjunto
de órgãose agentes
sentido material= função administrativa / atividadeadministrativa
Por sua vez, administração pública, embasada no critério material ou 
objetivo, se confunde com a função administrativa, devendo ser entendida como 
a atividade administrativa exercida pelo Estado, ou seja, a defesa concreta do 
interesse público. Nesse caso, não se confunde com a função política de Estado, 
haja vista o fato de que a administração tem competência executiva e poder de 
decisão somente na área de suas atribuições, sem a faculdade de fazer opções 
de natureza política 
Dessa forma, a doutrina moderna costuma apontar quatro tarefas 
precípuas da Administração Pública, quais sejam o exercício do poder de polícia, 
a prestação de serviços públicos, a regulação de atividades de interesse público 
e fomento de atividades privadas e o controle da atuação do Estado. Analisemos 
separadamente cada uma dessas atividades 
A função ordenadora da Administração Pública se manifesta pelo exercício 
do poder de polícia. Consiste na limitação e no condicionamento pelo Estado da 
liberdade e propriedade privadas em favor do interesse público 
A função prestacional se caracteriza pela prestação de serviços públicos. 
Desde a primeira metade do século XX, mais especificamente no pós 1ª Guerra 
Mundial, com o surgimento das chamadas constituições sociais passou-se a 
atribuir ao Estado funções positivas de prestação de serviços públicos, 
fornecimento de transporte coletivo, água e energia elétrica 
A função regulatória ou de fomento se manifesta pelo incentivo a setores 
sociais específicos em atividades exercidas por particulares, estimulando o 
desenvolvimento da ordem social e econômica e o consequente crescimento do 
país 
A função de controle surge pelo poder-dever atribuído ao Estado de 
verificar a correção e legalidade da atuação exercida pelos seus próprios órgãos, 
sempre realizada em respeito ao devido processo legal e com observância das 
garantias do contraditório e da ampla defesa para todos aqueles que possam ser 
atingidos pela atividade controladora 
{
uordemadora
,
prestacional , reguladora(fomento) ,controle
A. aeerpaaeíeia serviço público atividadesde inacpããelico contactado
função ordenadora
função vrarestaéuomae função reguladoraou de fomento
função reencontrou
↳ atravésda correção ulergalidade
↳decorrentedo fimdomina-
cismo
Dessa forma, pode-se entender a atividade administrativa como a função 
voltada para o bem de toda a coletividade, desenvolvida pelo Estado com a 
intenção de privilegiar a coisa pública e as necessidades do corpo coletivo 
 
3. Direito Administrativo 
O Direito Público tem por objeto principal a regulação dos interesses da 
sociedade como um todo, compondo-se de normas que visam a disciplinar as 
relações jurídicas em que o Estado aparece como parte. Sendo assim, o objeto 
é a tutela do interesse público, só alcançando as condutas individuais de forma 
indireta ou reflexa, excepcionalmente 
Uma das características básicas desse ramo do direito é a desigualdade 
nas relações jurídicas por ele regidas, tendo em conta a prevalência do interesse 
público sobre os interesses privados. Com efeito, sempre que houver choque ou 
conflitos de interesses, os interesses da coletividade devem prevalecer sobre os 
interesses dos particulares individualmente considerados 
Por esse motivo, sempre que o Poder Público exerce atividades, na defesa 
do interesse público, dispõe de certas prerrogativas que o colocam em posição 
jurídica de superioridade perante o particular, desde que atuando sempre em 
conformidade com a lei e respeitadas as garantias individuais consagradas pela 
Constituição Federal 
O Direito Administrativo é um dos ramos do Direito Público, uma vez que 
rege a organização e o exercício de atividades do Estado e se direciona na busca 
dos interesses da coletividade. Ele se baseia em um conjunto harmônico de 
princípios e regras que disciplinam as atividades administrativas visando à 
satisfação dos interesses de toda a coletividade, mesmo que isso justifique a 
restrição de direitos 
 
 
✓
cláusulas
contratuaisabusivas
regime jurídicoadministrativo
a. Critérios de definição do Direito Administrativo 
Corrente legalista: também chamada de escola exegética. Para essa escola, o 
Direito Administrativo se resume no conjunto da legislação administrativa 
existente no país. Essa escola se limitava a fazer uma compilação das leis 
existentes 
 
Critério do Poder Executivo: segundo tal critério, todo o Direito Administrativo 
estaria condensado na atuação desse poder, identificando-o como um complexo 
de leis disciplinadoras da atuação do Poder Executivo. Esta corrente ignora que 
a função administrativa pode ser exercida fora do âmbito do Poder Executivo 
 
Critério das relações jurídicas: define o Direito Administrativo como a disciplina 
das relações jurídicas entre a administração pública e o particular 
 
Critério do serviço público: conforme esse critério, o Direito Administrativo tem 
por objeto a disciplina jurídica dos serviços públicos, ou seja, os serviços 
prestados pelo Estado a toda a coletividade, necessários à coexistência dos 
cidadãos 
 
Critério teleológico ou finalístico: considera que o Direito Administrativo deve ser 
conceituado como sistema de princípios jurídicos que regula as atividades do 
Estado para cumprimento de seus fins 
 
Critério negativista: conforme essa corrente doutrinária, o Direito Administrativo 
deve ser conceituado por exclusão, isto é, seriam pertinentes a este ramo do 
direito todas as questões não pertencentes ao objeto de interesse de nenhum 
lei pelalei
↳ vigorava nas outras fontes
Dir adm= poder executivo
↳ ouseja , oDwieito Adm . só éusado pelo Poder
Executivo
outro ramo jurídico. Sendo assim, seriam funções administrativas todas as 
funções do Estado que não fossem legislativas ou jurisdicionais 
 
Critério funcional: o Direito Administrativo é o ramo jurídico que estuda e analisa 
a disciplina normativa da função administrativa, esteja ela sendo exercida pelo 
Poder Executivo, Legislativo, Judiciário ou, até mesmo, por particulares 
mediante delegação estatal. Este é o conjunto harmônico de princípios jurídicos 
que regem os órgãos, os agentese as atividades públicas tendentes a realizar 
concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado 
 
4. Interpretação do Direito Administrativo 
A interpretação das regras do Direito Administrativo está sujeita aos 
princípios hermenêuticos gerais estudados pela Filosofia do Direito e, de forma 
subsidiária, também se sujeita às regras interpretativas próprias do Direito 
Privado, embora não seja possível a aplicação dessas regras de forma absoluta 
em virtude da natureza específica de suas normas 
Nesse sentido, doutrinadores costumam indicar três pressupostos que 
devem ser observados na interpretação de normas, atos e contratos de Direito 
Administrativo, especialmente quando usados princípios hermenêuticos 
privados para a compreensão de institutos administrativos 
-Desigualdade jurídica entre a Administração e os administrados, em virtude da 
supremacia do interesse público sobre o interesse privado, devendo sempre 
prevalecer o interesse da coletividade quando em conflito com os direitos 
individuais dos cidadãos; 
- A presunção de legitimidade dos atos da administração, em virtude dos 
processos administrativos legais a que se submete a expedição dos atos 
administrativos; 
→ correntemajoritária
por todos os
poderes
- Necessidade de poderes discricionários para a Administração atender ao 
interesse público, haja vista o fato de que o administrador público não atua como 
mero interpretador da lei, devendo, dentro dos limites impostos pelo 
ordenamento jurídico, definir a melhor atuação para alcançar o interesse da 
coletividade, em cada situação concreta vivenciada pela Administração Pública 
 
5. Evolução histórica do Direito Administrativo 
Durante muito tempo, vigeu no direito internacional a regra do Estado 
Absoluto e, nesse contexto, não havia sentido falar de Direito Administrativo. 
Nesse período não existiam regras jurídicas colocadas acima da vontade dos 
monarcas, haja vista o fato de que o rei se caracterizava como verdadeira 
encarnação da divindade 
Após a revolução francesa, ocorrida em 1789, com o fortalecimento dos 
Parlamentos, começaram a ser definidas regras limitadoras da atuação da 
Administração Pública, inclusive sedimentadas com a criação dos tribunais 
administrativos 
No Brasil, a cadeira de Direito Administrativo foi criada, por meio de Decreto 
n. 608/51 e a primeira obra doutrinária foi publicada em 1857, em Recife. Com o 
advento da República, o Direito Administrativo passou a evoluir com a publicação 
de várias obras tratando da disciplina 
 
6. Sistema de controle da atuação administrativa 
O sistema francês ou sistema do contencioso administrativo, também 
chamado de sistema da dualidade de jurisdição, é aquele que proíbe o 
conhecimento, pelo Poder Judiciário, de atos ilícitos praticados pela 
Administração Pública, ficando esses atos sujeitos à chamada jurisdição 
especial do contencioso administrativo, formada por tribunais de natureza 
administrativa. Com efeito, a justiça comum não tem legitimidade para 
(sistema contencioso]
Sistema frãnces .- justiçacomumnão tem legitimidade paraapreciar a atos
daAdm
sistema inglês = unidade de jurisdição(sistema de jurisdição únicas
apreciação da atividade da Administração - com algumas ressalvas, como as 
questões que envolvam capacidade de pessoas, repressão penal e litígios que 
envolvam a propriedade privada, por exemplo. Nesse sistema, há, portanto, uma 
dualidade de jurisdição. Desse modo, pode-se dizer que estão presentes: 
A jurisdição administrativa: formada pelos tribunais de natureza administrativa, 
com plena jurisdição em matéria administrativa, que, na França é representada 
pelo Conselho de Estado 
A jurisdição comum: formada pelos órgãos do Poder Judiciário, com 
competência para resolver os demais litígios que não envolvam atuação da 
Administração Pública 
Por sua vez, o sistema inglês ou sistema de jurisdição única, também 
designado de sistema da unicidade de jurisdição, é aquele no qual todos os 
litígios, sejam eles administrativos ou privados, podem ser levados à justiça 
comum - ou seja, ao Poder Judiciário, único com competência para dizer o direito 
aplicável aos casos litigiosos, de forma definitiva, com força de coisa julgada 
material. Nesse sentido, pode-se estabelecer que somente ao Poder Judiciário 
é atribuída jurisdição, em sentido próprio 
É importante observar que a adoção do sistema de jurisdição única não 
implica a vedação à existência de solução de litígios na esfera administrativa. Ao 
contrário, a Administração Pública tem poder para efetivar a revisão acerca dos 
seus atos, independentemente de provocação de qualquer interessado. Ocorre 
que a decisão administrativa não impede que a matéria seja levada à apreciação 
do Poder Judiciário. Dessa forma, a coisa julgada administrativa nada mais é 
senão a impossibilidade de discussão de determinada matéria no âmbito de 
processos administrativos, podendo ser discutida no âmbito jurídico 
 
a. Sistema administrativo brasileiro 
O ordenamento jurídico brasileiro adotou, desde a instauração da 
República, o sistema inglês - também denominado de sistema de jurisdição única 
-
-
[
primário da autotutelaÉMILE{furou
ou sistema de controle judicial - no qual todos os litígios podem ser resolvidos 
pelo judiciário, ao qual é atribuída a função de dizer, com formação de coisa 
julgada, o direito aplicável à espécie 
Conforme previamente salientado, definir que o controle da atividade 
administrativa é realizado pelo Poder Judiciário, em caráter definitivo, não 
significa retirar da administração pública o poder e dever de realizar o controle 
sobre seus próprios atos. Ocorre que, no sistema adotado no Brasil, as decisões 
dos órgãos administrativos não são dotadas da definitividade que caracteriza as 
decisões preferidas pelo Poder Judiciário. Nesse sentido, a formação de coisa 
julgada administrativa não impede ou obstaculiza a decisão judicial acerca da 
matéria, desde que seja provocado a atuar 
Importa salientar, portanto, que, no sistema nacional, o particular pode 
optar em resolver seus conflitos com a administração pública instaurando 
processos administrativos perante ela, ou poderá recorrer ao judiciário antes ou 
depois de esgotada a via administrativa, O judiciário poderá manter o 
entendimento proferido na decisão administrativa ou modificá-lo, mas após a 
decisão na esfera judicial, a questão estará definitivamente solucionada 
Ressalte-se ainda que a possibilidade de recorrer ao judiciário não depende 
do esgotamento das instâncias administrativas. Dessa forma, o particular pode 
propor ação judicial para solução dos seus conflitos, mesmo sem ter sido 
proferida uma decisão definitiva na esfera administrativa

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