Controle da temperatura corporal - Duda Caetano

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Duda Caetano – UNIFESO Turma 102 
Temperatura é um sinal clínico, um biomarcador muito importante, fazendo parte da prática clínica para chegar a um 
diagnóstico, como uma infecção, 
Temperatura central e cutânea
A temperatura que aferimos com o termômetro é a 
temperatura cutânea que geralmente espelha um pouco 
a temperatura interna que é constante por conta dos 
mecanismos de conservação e dissipação de calor. Ela 
difere da temperatura central, uma vez que essa é a 
encontrada nos órgãos internos 
- Temperatura central normal → 36,7 – 37°C 
Colocamos o termômetro na região axilar para que se 
evite a dissipação de calor, uma vez que aquela região é 
mais protegida do meio externo, logo, a temperatura 
cutânea se aproximará mais da temperatura central do 
que da temperatura ambiente. 
 
 
 
 
- Fatores: 
⤷ Taxa de troca de calor entre os órgãos e 
a pele 
⤷ Taxa de troca de calor entre a pele e o 
ambiente 
- Transferência de calor pelo sangue 
 fluxo →  transferência de calor 
ativação do sistema simpático → vasoconstrição 
 
 
Quando o sangue passa pelos órgãos internos ele é 
aquecido, quando esse sangue passa pela pele ele a 
aquece e esse calor pode ser transferido para o 
ambiente 
 
Na maior parte do tempo, a média da temperatura 
dos ambientes é abaixo de 37ºC logo, o nosso corpo 
está sempre cedendo calor para o meio externo 
 
Quando o ambiente está quente e o indivíduo 
precisa dissipar calor, caso contrário ele 
superaqueceria, o fluxo sanguíneo na pele aumenta 
= vasodilatação (por isso pessoas claras ficam mais 
coradas) 
Duda Caetano – UNIFESO Turma 102 
Quando o ambiente está muito frio, ocorre 
vasoconstrição, promovendo um menor fluxo sanguíneo 
próximo a pele e por consequência menor dissipação de 
calor para o ambiente. Caso contrário o indivíduo 
precisaria produzir mais calor para manter a 
temperatura interna 
O simpático tem uma ação vasoconstritora pela inervação 
dos vasos sanguíneos, além da adrenalina circulante, 
assim como também o simpático é responsável pelo 
termogênese química. Atua também sobre os tremores 
musculares que tem por objetivo gerar calor para que a 
temperatura interna não diminua. 
- Isolamento térmico do corpo → pele, tecidos 
subcutâneos, tecido adiposo 
 
 
Como os mecanismos não são instantâneos, o corpo não 
pode esperar a temperatura ambiente chegar a 37 pra 
começar a dissipar calor, assim como também não pode 
esperar que ela caia abaixo de 20 para conservá-lo, logo, 
o organismo começa a dissipar calor antes de chegar aos 
37,5 começa por volta dos 25, da mesma forma o 
caminho inverso, logo ao começar a mudança para locais 
mais frios e cada vez mais frios, já se inicia uma 
vasoconstrição. 
 
 
 
 
Formas de trocas de calor entre a pele e o ambiente: 
- Irradiação (principal) 
- Condução: 
- Evaporação: suor, que se torna mais intensa com 
brisas de ar 
 
 
 
 
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Indivíduo não aclimatado → até 1 litro/hora 
Indivíduo não aclimatado exposto ao calor por 1 – 6 
semanas → 2 – 3 litros/hora 
nesses casos é bem comum o indivíduo ficar hipotenso 
e levar até a síncopes se a pessoa não se reidratar 
 
- Secreção primária: produzida diretamente pelas 
células 
⤷ sódio → 142 mEq/litro 
⤷ cloreto → 104 mEq/litro 
 
- Suor: feito após a secreção primária ser liberada 
em cavidades corpóreas através de ductos e as 
células desses ductos reabsorverem algumas 
substâncias, principalmente cloreto de sódio 
⤷ sódio e cloreto → 5 mEq/litro 
⤷ uréia 
⤷ ácido láctico – potássio 
Se a produção de suor for muito intensa não há muito 
tempo para essa reabsorção ser realizada, logo o 
indivíduo acaba perdendo também eletrólitos. Por isso a 
reidratação não pode ser feita puramente com água mas 
com uma solução isotônica 
 
regulação → mecanismos de feedback, sensores de 
temperatura (termorreceptores) 
- Avaliação da temperatura 
⤷ Células sensoriais localizadas no(a): 
o núcleos pré-óptico e hipotalâmicos 
anteriores 
o pele 
o medula espinhal 
o abdome 
o grandes veias 
Logo, temos receptores de temperatura tanto 
periféricos como internos, uma vez que o hipotálamo 
precisa saber como está a temperatura da pele, a qual 
reflete o ambiente, como a central. As áreas envolvidas 
na regulação da temperatura corporal são o núcleo pré-
óptico, a área hipotalâmica anterior e a área hipotalâmica 
posterior. 
 
As informações captadas pela A.H.A assim como também 
as dos termorreceptores centrais e periféricos são 
enviados para A.H.P, onde será feita a integração desses 
sinais e decidido quais mecanismos ativar, conservação ou 
dissipação de calor. 
 
 
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Para uma pessoa desnuda, sua temperatura interna 
permanece quase constante (entre 36,1 e 37,8ºC) numa 
faixa de temperatura do ambiente que vai de 13ºC a 
54,5ºC 
 
- Mecanismos de diminuição da temperatura: 
⤷ vasodilatação  inibição dos centros 
simpáticos do hipotálamo 
⤷ sudorese - diminuição da produção de calor 
 inibição dos calafrios e termogênese 
química 
- Mecanismos de aumento da temperatura: 
⤷ vasoconstrição na pele  estimulação dos 
centros simpáticos do hipotálamo 
⤷ piloereção 
⤷ aumento da produção de calor  
estimulação da termogênese química, 
calafrios, liberação de tiroxina 
 
- Ganho do feedback: → temperatura acima da qual 
começa a sudorese e abaixo da qual começam os 
calafrios 
- Outros mecanismos de controle da temperatura 
⤷ controle comportamental 
⤷ reflexos locais 
 
 
 
Quando a temperatura ambiente, refletida na pele, 
aumenta o ponto de ajuste diminui de forma a antecipar 
os ganhos de calor e as respostas a essa sejam mais 
intensas 
 
Da mesma forma para a diminuição da temperatura 
ambiente, o ponto de ajuste irá subir 
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- Causas: 
⤷ anormalidades encefálicas 
⤷ presença de substâncias tóxicas 
(pirogênios) 
 
 
Pirogênios 
- substâncias liberadas por bactérias ou por tecidos 
em degeneração 
- alteram (aumenta) o ponto de ajuste do termostato 
hipotalâmico, fazendo com que o corpo tente 
alcançar o novo ponto de ajuste levando a ativação 
simultânea de todos os mecanismos de produção e 
conservação de calor 
Mecanismo de ação direta 
 
Mecanismo de ação indireta 
 
E2 no hipotálamo estimula o comando a elevação do ponto de ajuste 
Antipirético 
- inibem a liberação/produção de prostaglandinas E2, 
- altera o ponto de ajuste para o valor normal novamente 
- o corpo então percebe que estava em uma 
temperatura muito elevada, e ativa mecanismos de 
dissipação de calor, sudorese, rubor.... 
OBs: A inibição da prostaglandina E2 ocorre através da ciclo-oxigenase (COX) sendo sua 
isoforma COX 1 constitutiva, e a COX 2 aumentada por processos inflamatórios ou por 
ação da interleucina 1 
Características da febre 
- calafrios 
- crise ou rubor 
Intermação → temperatura entre 40,5 e 42,2 °C 
- sintomas: tonteira, distúrbio abdominal (vômitos), 
delírio, perda da consciência 
Efeitos da temperatura elevada 
- hemorragias locais, degeneração de células do 
SNC, fígado, rins 
Perda da regulação térmica 
- temperaturas abaixo de 29,5 °C 
- efeitos: ulceração pelo frio, ruborização da pele