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INFERTILIDADE É a dificuldade de um casal de engravidar; pode ser chamado de “casal subfértil” ou “esterilidade”. CLASSIFICAÇÃO Primária: casal nunca teve filhos e tenta há 1 ano ou mais. Secundária: já tem um filho e não consegue o segundo; Se a mulher já tem um filho e o homem nenhum, a mulher tem infertilidade secundária. Ou seja, existe a classificação do casal e a infertilidade individual de cada um. 40% das causas de infertilidade são fatores femininos, 40% são de causas masculinas e 20% são causas desconhecidas. GRAVIDEZ BEM SUCEDIDA Tudo precisa acontecer de forma fisiologicamente estruturada para que não haja interferências. Ovulação, captura do óvulo por uma das tubas, fertilização, transporte do óvulo fertilizado até o útero, implantação do óvulo na cavidade uterina. CAUSAS: Fatores femininos Disfunção ovulatória: o Alteração do eixo hipotálamo-hipófise- gônada (excesso de exercícios físicos, magreza excessiva, transtornos alimentares, estresse, Síndrome de Kallmann); o Doenças da tireóide; o Hiperprolactenemia. Idade o Diminuição da reserva ovariana Cirurgia ovariana, quimioterapia, radioterapia. Fatores tubários e pélvicos o Infecção pélvica o Endometriose o Cirurgia pélvica anterior Anormalidades uterinas hereditárias o Septo uterino o Útero bicorno o Útero unicorno o Útero didelfo Anormalidades uterinas adquiridas o Pólipos endometriais o Leiomiomas (principalmente os submucosos e volumosos) o Síndrome de Asherman (após curetagem abrasiva das paredes uterinas) CAUSAS: Fatores Masculinos Anormalidade na produção de espermatozoides Anormalidades espermáticas funcionais o Descobertas através do espermograma Obstrução do deferente ESPERMOGRAMA Principal exame de investigação para causas de infertilidade masculina Uma das principais orientações para o exame é que dentro de 1 hora após a colheita do esperma, já tem que estar na clínica. Intervalo 1 a 3 semanas o 72 a 84 dias para espermatogênese Abstinência sexual de 2 a 5 dias Critérios de avaliação: o Contagem de espermatozoides Oligospermia (contagem baixa; tem cura) Azoospermia (ausência de espermatozoides causa absoluta de infertilidade) o Motilidade/velocidade dos espermatozoides Astenospermia (baixa velocidade, pode ser causade por abstinência prolongada, infecçõews no trato genital ou varicocele) o Morfologia Aumento da cabeça do espermatozoide superior à curva predefinida/ se diferença de tamanho cabeçaXcauda é muito grande, é um fator de infertilidade DIAGNÓSTICO Historia clinica Exame físico o Peso (IMC) o Tireoide o Distribuição de pelos e acne (SOP) o Exame ginecológico (manchas arroxeadas no umbigo, toque vaginal com grito de Douglas etc.) Ultrassom pélvico transvaginal Protocolo básico de investigação o Estudo da permeabilidade tubária o Análise seminal (espermograma) Histerossalpingografia o Como se fosse raio-x das trompas o Sensibilidade: 65% o Especificidade: 83% CONTRACEPÇÃO Planejamento familiar: método contraceptivo é escolha do casal EFETIVIDADE Mais efetivos: o Implantes contraceptivos o Dispositivos intrauterinos o Diversos métodos de esterilização feminina e masculina (vasectomia e laqueadura) Muito efetivos: o Contraceptivos sistêmicos hormonais orais (ACO) o Injeção intramuscular o Adesivos transdérmicos o Anéis transvaginais o Método de lactação-amenorreia Efetivos o Métodos de barreira para homens e mulheres o Métodos de consciência corporal (Ogino knauss e Billings paciente tem que conhecer seu corpo e muco cervical) o Diafragma Menos efetivos o Espermicidas OBS: Coito interrompido não é método contraceptivo DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS Com cobre (TCu 380A) o Duração de 10 anos o Eficácia (índice de Pill) 0,6 gestações/100 mulheres/ano o Pode ser colocado por vídeohisteroscopia Levonorgestrel (Mirena) o Duração/validade de 5 anos o Eficácia 0,3 gestações/100 mulheres o Libera uma taxa constante 20mg/dia levonorgestrel (tipo de progesterona) o Mecanismo de ação: atrofia do endométrio, espessamento do muco cervical, redução da motilidade das tubas e inibição da ovulação o Contraindicações: Gravidez ou suspeita de gravidez, anormalidades uterinas, doença inflamatória pélvica (DIP), câncer de útero ou de colo de útero, sangramento genital de etiologia desconhecida, câncer de mama diagnosticado ou suspeitado, cervicites ou vaginites agudas não tratadas. o Vantagens: não tem risco de esquecimento, diminui fluxo menstrual (atrofia do endométrio) ou até para o fluxo DIU de cobre o Validade de 10 anos o Mecanismo de ação: intensa reação inflamatória local induzida pelo cobre. o Contraindicações: gravidez ou suspeita de gravidez, anormalidades uterinas, DIP, sangramento genital e etiologia desconhecida, câncer de útero ou colo útero. o Desvantagem: aumento do fluxo menstrual e da dismenorreia. ESTERILIZAÇÃO CIRÚRGICA Salpingotripsia o Não é reversível Vasectomia o Corta-se o canal deferente, por onde sobe o espermatozoide, e faz-se a cauterização dos cotos. o A depender de quando foi feita, pode ser reversível (quanto maior o tempo de cirurgia, menor possibilidade de reversão) IMPLANTES DE PROGESTOGÊNIO Mecanismo de ação: atrofia endometrial e espessamento do muco Validade de 3 anos Libera 68mg/dia de progestogênio (etonogestrel) Contraindicações: sangramento genital, câncer de corpo e colo de útero, suspeita ou diagnóstico de gravidez, DIP etc. CONTRACEPTIVOS HORMONAIS Combinados Estrogênio e progestogenio: COH, adesivo transdérmico (EVRA), anel intravaginal (Nuvaring) e injetáveis. Mecanismo de ação: Inibição da ovulação Contraindicações: gravidez, HAS não controlada, tabagistas com mais de 35 anos, distúrbios tromboembólicos, sangramento genital sem diagnóstico. Pílulas COH combinados Conteúdo diário de estrogênio 20 e 50mg de etinilestradiol (35mg ou menos), valerato de estradiol. Contraceptivos contendo apenas progestogênio (minipílulas, injetáveis) Mecanismo de ação: muco cervical mais espesso e atrofia endometrial Minipílulas Vantagens: efeito mínimo ou ausente sobre o metabolismo dos carboidratos e fatores de coagulação, não agravam HAS, não alteram a lactação. Desvantagens: risco de esquecimento, maior risco de gravidez, irregularidade no sangramento uterino, maior frequência de cistos ovarianos funcionais. Injetáveis Contendo apenas progesterona acetato de depo-medroxiprogesterona (DMPA) Depo provera (150mg e 50mg), contracep (150mg) EVRA (Sistema transdérmico) Dose diária de progestogênio 150mg Anel vaginal (Nuvaring) Libera dose diária de 15mg de etinilestradiol e 120mg do progestogenio etonogestrel Inserção é feita após cinco dias do início da menstruação e renovado de 3/3 semanas MÉTODOS DE BARREIRA Preservativo masculino Proteção não absoluta contra ISTs Sensibilidade ao látex (rompimento e deslizamento em 8,4 dois preservativos de poliuretano contra apenas 3,2% dos preservativos de látex) Diafragma combinado com espermicida Disponível apenas sob prescrição (tamanho e flexibilidade elástica devem ser especificados) Maior risco de expulsão em mulheres com prolapso vaginal Colocado pelo menos 2 horas antes e NÃO deve ser retirado ate no mínimo 6 horas após o ato sexual Maior incidência de ITU Cuidados com o diafragma CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA Pílula do dia seguinte NÃO é método contraceptivo Principal mecanismo: inibição ou retardo da ovulação Alterações endometriais Interferência com o transporte ou penetração de espermatozoides Prejuízo ao funcionamento do corpo lúteo OBS: CE não é uma forma de aborto (não é capaz de romper um zigoto que se tenha implantado) OBS: CE não é capaz de prevenir gravidez resultante de relações subsequentes durante o mesmo ciclo menstrual.
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