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Cavidade Pélvica 1 🥑 Cavidade Pélvica Bárbara Aguiar dos Santos Medicina UFMG 158 Referências teóricas e imagens: Anatomia Orientada para Clínica, 8ª edição - Moore A cavidade pélvica é a parte inferoposterior da cavidade abdominopélvica, e é contínua com a cavidade abdominal na abertura superior da pelve; A cavidade pélvica contém: As partes terminais dos ureteres; A bexiga urinária; O reto; Os órgãos genitais pélvicos; Os vasos sanguíneos, linfáticos e nervos da pelve; Alças do intestino delgado (principalmente íleo) e, algumas vezes, do intestino grosso (sobretudo o apêndice vermiforme). É limitada: Pelo diafragma da pelve na abertura inferior da pelve, inferiormente; Pelo cóccix e pela parte inferior do sacro, superiormente; Paredes e Assoalho da Cavidade Pélvica A parede anteroinferior da pelve é formada principalmente pelos corpos e ramos dos púbis e pela sínfise púbica. É importante para sustentação do peso da bexiga urinária; As paredes laterais da pelve são formadas pelos ossos do quadril direito e esquerdo, como um deles com um forame obturado fechado por uma membrana obturatória; Os músculos obturadores internos cobrem e protegem a maior parte das paredes laterais da pelve; As fibras de cada músculo obturador interno convergem posteriormente para se fixarem no trocanter maior do fêmur através do forame isquiático menor; As faces mediais dos músculos obturadores internos são cobertas pela fáscia obturatória, a qual sofre um espessamento central que oferece fixação para o diafragma da pelve; Na posição anatômica, a parede posterior da pelve consiste em uma parede e um teto ósseos na linha mediana, formadas pelo sacro e pelo cóccix, e em paredes posterolaterais musculoligamentares, formadas pelos ligamentos associados às articulações sacroilíacas e piriformes; Os músculos piriformes originam-se da parte superior do sacro e seguem lateralmente, deixando a pelve menor através do forame isquiático maior para se fixarem na margem superior do trocanter maior do fêmur; Os nervos do plexo sacral estão imediatamente profundos aos músculos piriformes; Cavidade Pélvica 2 O assoalho pélvico é formado pelo diafragma da pelve, estrutura em forma de cuba ou funil e que consiste nos músculos: isquiococcígeo e levantador do ânus. Além disso, o diafragma da pelve também é formado pelas fáscias que recobrem as faces superior e inferior dos músculos que a constituem; O diafragma da pelve situa-se na pelve menor, separando a cavidade pélvica do períneo, ao qual serve como teto; A fixação do diafragma da pelve à fáscia obturatória subjacente divide o músculo obturador interno em uma parte pélvica superior e uma parte perineal inferior; O músculo levantador do ânus é formado pelos seguintes músculos: M. pubococcígeo e M. iliococcígeo; O músculo pubococcígeo, por sua vez, é formado pelo M. puborretal e pelo M. pubovaginal nas mulheres; enquanto nos homens é constituído pelos músculos puborretal e puboprostático; O músculo puborretal constitui uma alça que passa posteriormente à junção anorretal, e é importante na manutenção da continência fecal; O músculo isquiococcígeo se origina na face lateral da parte inferior do sacro e do cóccix, inserindo-se na espinha isquiática, profundamente do ligamento sacroespinal; O músculo levantador do ânus, afunilado e perfurado ao centro pelo canal anal, é a parte mais importante do assoalho pélvico e forma um espessamento na fáscia obturatória chamado arco tendíneo do músculo levantador do ânus; O hiato urogenital é uma abertura anterior presente entre as margens mediais dos músculos levantadores do ânus, e dá passagem à uretra e, nas mulheres, à vagina; As estruturas que formam o músculo levantador do ânus, principalmente o M. iliococcígeo e o M. pubococcígeo fundem-se posteriormente ao corpo anoccígeo, rafe fibrosa entre o ânus e o cóccix; O músculo levantador do ânus forma um assoalho dinâmico com contração tônica praticamente constante a fim de sustentar as vísceras abdominopélvicas e manter a continência urinária e fecal; Cavidade Pélvica 3 A contração ativa do músculo levantador do ânus ocorre em situações de aumento da pressão intra- abdominal para aumentar a sustentação das vísceras; O músculo levantador do ânus precisa relaxar para permitir a micção e a defecação. Peritônio e Cavidade Peritoneal da Pelve O peritônio parietal que reveste a cavidade abdominal continua inferiormente até a cavidade pélvica, mas não chega ao assoalho pélvico, já que é refletido sobre as vísceras pélvicas de modo a permanecer separado do assoalho pélvico pelas vísceras e pela fáscia da pelve; As vísceras pélvicas não são completamente revestidas pelo peritônio, sendo que apenas as faces superior e superolateral são revestidas; Somente as tubas uterinas são intraperitoneais; A reflexão do peritônio da parede abdominopélvica sobre as vísceras e fáscia da pelve faz surgir uma série de pregas e fossas. A região superior à bexiga urinária é o único local onde o peritônio parietal não está firmemente aderido às estruturas adjacentes. Sendo assim, o nível da reflexão do peritônio sobre a face superior da bexiga urinária cria uma fossa supravesical; Cavidade Pélvica 4 Nos homens, há formação de uma pequena prega ou crista peritoneal, a prega interuretética, quando o peritônio ascende e passa sobre o ureter e o ducto deferente de cada lado da parte posterior da bexiga urinária, separando as fossas paravesical e pararretal; Em ambos os sexos, o terço inferior do reto é subperitoneal, o terço médio é coberto por peritônio apenas em sua face anterior, e o terço superior é coberto em suas faces anterior e lateral; A junção retossigmóidea é intraperitoneal; Fáscia da Pelve Trata-se do tecido conjuntivo que ocupa o espaço que está situado entre o peritônio membranáceo e as paredes e o assoalho pélvicos; É uma continuação da fáscia endoabdominal, situada entre as paredes musculares abdominais e o peritônio superiormente; Fáscia Membranácea da Pelve - Parietal e Visceral A fáscia parietal da pelve é uma lâmina membranácea que reveste a face interna dos músculos que formam as paredes do assoalho pélvico; As partes específicas da fáscia parietal recebem o nome do músculo que cobrem; A fáscia visceral da pelve consiste na fáscia membranácea que reveste diretamente os órgãos pélvicos, formando a lâmina adventícia de cada um; Cavidade Pélvica 5 As lâminas parietal e visceral tornam-se contínuas no local onde os órgãos penetram o assoalho pélvico e onde a fáscia parietal forma o arco tendíneo da fáscia da pelve, uma faixa bilateral contínua que segue do púbis até o sacro ao longo do assoalho pélvico adjacente às vísceras; A parte anterior do arco tendíneo é chamado de ligamento puboprostático nos homens e ligamento pubovesical nas mulheres; A parte posterior do arco tendíneo segue como os ligamentos sacrogenitais, partindo do sacro, na lateral do reto, em direção à próstata no homem ou à vagina na mulher; Nas mulheres, a união lateral da fáscia visceral da vagina com o arco tendíneo da fáscia da pelve é o paracolpo, responsável por manter a vagina suspensa entre os arco tendíneos e ajudando-a a sustentar o peso do fundo da bexiga; Fáscia Endopélvica - Frouxa e Condensada Trata-se de um conjunto de tecido conjuntivo abundante adjacente às fáscias parietal e visceral; Parte da fáscia endopélvica é formada por tecido areolar (adiposo) extremamente frouxo, relativamente desprovido de vasos linfáticos e sanguíneos; O tecido conjuntivo frouxo nos espaços retropúbico e retrorretaal acomodam a expansão da bexiga urinária e da ampola retal, respectivamente; Cavidade Pélvica 6 Bainha Hipogástrica Entre o espaço retropúbico e o espaço pré-sacral lateralmente, existe a bainha hipogástrica, uma faixa espessa da fáscia da pelve condensada; A bainha hipogástrica dá passagem a vasos e nervos que seguem da parede lateral da pelve em direção às vísceras pélvicas, além dosureteres e do ducto deferente; A bainha hipogástrica divide-se em três lâminas que, além de conduzirem estruturas neurovasculares, também proporcionam sustentação. As lâminas da bainha também são chamadas de ligamentos; A lâmina anterior da bainha hipogástrica é chamaada ligamento lateral vesical, que segue até a bexiga urinária e conduz as artérias e veias vesicais superiores; A lâmina posterior é o ligamento lateral do reto, que segue até o reto e conduz as artérias e veias retais médias; No homem, a lâmina média forma o septo retovesical, localizado entre a face posterior da bexiga urinária e o reto; Na mulher, a lâmina média é bem maior e segue medialmente até o colo do útero e vagina formando o ligamento transverso do colo do útero. Vasos e Nervos da Pelve As principais estruturas neurovasculares da pelve são extraperitoneais e estão situadas adjacentes às paredes posterolaterais; Seis artérias principais entram na pelve menor das mulheres: duas ilíacas internas, duas artérias ováricas, uma artéria sacral mediana e uma artéria retal superior; As artérias testiculares não entram na pelve menor, apenas quatro artérias principais; Artéria Ilíaca Interna É a artéria mais importante da pelve e a principal responsável pela vascularização das vísceras pélvicas e por parte da irrigação da parte musculoesquelética da pelve; Envia ramos para a região glútea, para as regiões mediais da coxa e para o períneo; Começa quando a artéria ilíaca comum se bifurca nas artérias ilíacas interna e externa, o que ocorre no nível do disco entre as vértebras L5 e S1; O ureter cruza a artéria ilíaca comum ou seus ramos terminais na bifurcação ou imediatamente distal a ela; Segue trajeto posteromedial até a pelve menor, medialmente à veia ilíaca externa e ao nervo obturatório, e lateralmente ao peritônio. A artéria ilíaca interna geralmente termina na margem superior do forame isquiático maior, dando origem às divisões anterior e posterior. Cavidade Pélvica 7 Os ramos da divisão anterior da artéria ilíaca interna são principalmente viscerais, mas também incluem ramos parietais que seguem até a coxa e a nádega; Artéria Umbilical No período pré-natal, as artérias umbilicais são a principal continuação das artérias ilíacas internas e são responsáveis por levar o sangue pobre em oxigênio e nutrientes até a placenta; Após o nascimento, a parte distal das artérias umbilicais é seccionada junto com o cordão umbilical e sofre oclusão, o que resulta na formação dos ligamentos umbilicais mediais; As partes pérvias das artérias umbilicais seguem anteroinferiormente entre a bexiga urinária e parede lateral da pelve. Artéria Obturatória Embora a origem desta artéria seja variável, em geral ela surge perto da origem da artéria umbilical, onde é cruzada pelo ureter; Segue trajeto anteroinferior sobre a fáscia obturatória na parede lateral da pelve e passa entre o nervo e a veia obturatórios; Na pelve, a artéria obturatória emite ramos musculares, uma artéria nutrícia para o ílio e um ramo púbico, o qual se origina logo antes da artéria obturatória deixar a pelve; O ramo púbico da artéria obturatória ascende na face pélvica do púbis para se anastomosar com seu equivalente contralateral e com o ramo púbico da artéria epigástrica inferior, um ramo da artéria ilíaca externa; Em uma variação comum, uma artéria obturatória aberrante ou acessória origina-se da artéria epigástrica inferior e desce até a pelve ao longo da via habitual do ramo púbico. Artéria Vesical Inferior É encontrada consistentemente apenas nos homens; Nas mulheres, é encontrada como um ramo da artéria ilíaca interna ou como um ramo da artéria uterina. Cavidade Pélvica 8 Artéria Uterina Geralmente tem origem separada e direta da artéria ilíaca interna, mas pode se originar da artéria umbilical; É o homólogo embriológico da artéria para o ducto deferente em homens; Apresenta trajeto descendente sobre a parede lateral da pelve, anterior à artéria ilíaca interna, e segue medialmente para chegar à junção do útero com a vagina, onde há protrusão do colo do útero na parte superior da vagina; A artéria uterina passa diretamente acima do ureter; A artéria uterina se divide ao chegar ao lado do colo do útero em um ramo vaginal e um ramo ascendente maior; O ramo vaginal da artéria uterina é descendente e irriga o colo do útero e a vagina; O ramo ascendente maior da artéria uterina segue ao longo da margem lateral do útero, irrigando-o, e bifurca-se em ramos ovárico e tubário, os quais continuam a suprir as extremidades mediais do ovário e da tuba uterina; Artéria Vaginal É o homólogo da artéria vesical inferior nos homens; Origina-se da parte inicial da artéria uterina; Dá origem a vários ramos para as faces anterior e posterior da vagina. Artéria Retal Média Pode originar-se independentemente na artéria ilíaca interna ou pode ter uma origem comum com a artéria vesical inferior ou com a artéria pudenda interna. Artéria Pudenda Interna É maior nos homens do que nas mulheres; Segue trajeto inferolateral e anteriormente ao músculo piriforme e ao plexo sacral; Atravessa a parte inferior do forame isquiático maior passando entre os músculos piriforme e isquiococcígeo; Cavidade Pélvica 9 Passa ao redor da face posterior da espinha isquiática ou do ligamento sacroespinal e entra na fossa isquioanal através do forame isquiático menor; A artéria pudenda, em conjunto com as veias pudendas internas e os ramos do nervo pudendo, atravessa o canal pudendo na parede lateral da fossa isquioanal; Ao sair do canal pudendo, medialmente ao túber isquiático, a artéria pudenda interna se divide em seus ramos terminais: as artérias perineal e dorsal do pênis ou clitóris. Artéria Glútea Inferior É o maior ramo terminal da divisão anterior da artéria ilíaca interna, mas pode se originar da divisão posterior; Segue posteriormente entre os nervos sacrais e deixa a pelve através da parte inferior do forame isquiático maior, inferiormente ao músculo piriforme; Irriga os músculos e a pele das nádegas e a face posterior da coxa. Artéria Iliolombar Ramo da divisão posterior da artéria ilíaca interna; Segue superolateralmente de forma recorrente até a fossa ilíaca, onde se divide em um ramo ilíaco, que supre o músculo ilíaco e o ílio, e um ramo lombar, que supre os músculos psoas maior e quadrado do lombo; Artéria Sacral Lateral Ramo da divisão posterior da artéria ilíaca interna; As artérias sacrais laterais seguem medialmente e descem anteriormente aos ramos sacrais anteriores, emitindo ramos espinais que atravessam os forames sacrais anteriores e irrigam as meninges vertebrais que envolvem as raízes dos nervos sacrais; Alguns ramos dessas artérias seguem do canal sacraal através dos forames sacrais posteriores e irrigam os músculos eretores da espinha no dorso e a pele sobre o sacro. Artéria Glútea Superior Trata-se do maior ramo da divisão posterior da artéria ilíaca interna; Irriga os músculos glúteos. Artéria Ovárica Origina-se da parte abdominal da aorta, inferiormente à artéria renal e superiormente à artéria mesentérica inferior; Segue inferiormente e adere ao peritônio parietal, passando anteriormente ao ureter na parede abdominal posterior; Ao entrar na pelve menor, a artéria ovárica cruza a origem dos vasos ilíacos externos e continua medialmente, dividindo-se em um ramo ovárico e um ramo tubário, que irrigam o ovário e a tuba uterina, respectivamente; Artéria Sacral Mediana É uma pequena artéria ímpar que geralmente se origina na face posterior da parte abdominal da aorta, imediatamente superior à sua bifurcação em artéria ilíacas comuns, mas pode originar-se na face Cavidade Pélvica 10 anterior. Segue anteriormente aos corpos da última ou das duas últimas vértebras lombares, do sacro e do cóccix; Os ramos terminais dessa artéria participam de uma série de alças anastomóticas; Quando desce sobre o sacro, a artéria sacral mediana emitepequenos ramos parietais que se anastomosam com as artérias sacrais laterais; A artéria sacral mediana também dá origem a pequenos ramos viscerais para a parte posterior do reto, que se anastomosam com as artérias retais superior e média; Artéria Retal Superior É a continuação direta da artéria mesentérica inferior; Cruza os vasos ilíacos comuns esquerdos e desce no mesocolo sigmoide até a pelve menor; A nível da vértebra S3, a artéria retal superior divide-se em dois ramos, que descem de cada lado do reto e irrigam-no até o local do músculo esfíncter interno do ânus. Veias Pélvicas Cavidade Pélvica 11 Os plexos venosos pélvicos são formados pelas veias que se anastomosam circundando as vísceras pélvicas; Existem vários plexos na pelve menor, sendo eles o retal, o vesical, o prostático, o uterino e o vaginal. Estes plexos se unem e são drenados principalmente por tributárias das veias ilíacas internas, mas alguns deles drenam através da veia retal superior para a veia mesentérica inferior do sistema porta do fígado ou através das veias sacrais laterais para o plexo venoso vertebral interno; Outras vias relativamente pequenas de drenagem venosa da pelve menor são a veia sacral mediana parietal e, nas mulheres, as veias ováricas; As veias ilíacas internas formam-se superiormente ao forame isquiático maior e situam-se posteroinferiormente às artérias ilíacas internas; As tributárias das veias ilíacas internas são variáveis, mas acompanham os ramos das artérias ilíacas internas e drenam os mesmos territórios que as artérias irrigam; Não há veias acompanhando as artérias umbilicais entre a pelve e o umbigo; As veias iliolombares drenam para as veias ilíacas comuns; As veias ilíacas internas unem-se às veias ilíacas externas para formar as veias ilíacas comuns, que se unem no nível da vértebra L4 ou L5 para formar a veia cava inferior; As veias glúteas superiores são as maiores tributárias das veias ilíacas internas, exceto durante a gestação, quando as veias uterinas se tornam maiores; As veias testiculares atravessam a pelve maior enquanto seguem do anel inguinal profundo em direção a suas terminações abdominais posteriores, mas geralmente não drenam estruturas pélvicas; As veias sacrais laterais se anastomosam com o plexo venoso vertebral interno, estabelecendo uma via colateral alternativa para chegar à veia cava inferior ou superior. Cavidade Pélvica 12 Nervos Pélvicos A pelve é inervada principalmente pelos nervos espinais sacrais e coccígeos e pela parte pélvica da divisão autônoma do sistema nervoso; Nervo Obturatório Origina-se dos ramos anteriores dos nervos espinais L2-L4 do plexo lombar no abdome e entra na pelve menor; Segue no tecido adiposo extraperitoneal ao longo da parede lateral da pelve até o canal obturatório, uma abertura na membrana obturadora que preenche o forame obturado; Enquanto atravessa o canal obturatório e penetra na coxa, o nervo obturatório se divide nas partes anterior e posterior que suprem os músculos mediais da coxa; Nenhuma estrutura pélvica é suprida pelo nervo obturatório. Tronco Lombossacral É formado pela união da parte descendente do nervo L4 com o ramo anterior do nervo L5; Segue inferiormente na face anterior da asa do sacro e se une ao plexo sacral. Plexo Sacral Está situado na parede posterolateral da pelve menor; Os dois principais nervos originados no plexo sacral, os nervos isquiático e pudendo, situam-se externamente à fáscia parietal da pelve; A maioria dos ramos do plexo sacral sai da pelve através do forame isquiático maior; Cavidade Pélvica 13 O nervo isquiático é o maior nervo do corpo, e é formado quando os grandes ramos anteriores dos nervos espinais L4-S3 convergem na face anterior do músculo piriforme; O nervo isquiático atravessa o forame isquiático maior, geralmente inferior ao músculo piriforme, para entrar na região glútea. Em seguida, desce ao longo da face posterior da coxa para suprir a face posterior da coxa e toda a perna e o pé; O nervo pudendo é o principal nervo sensitivo dos órgãos genitais externos. Sai da pelve através do forame isquiático maior entre os músculos piriforme e isquiococcígeo. A seguir, curva-se ao redor da espinha isquiática e do ligamento sacroespinal e entra no períneo através do forame isquiático menor; O nervo glúteo superior deixa a pelve através do forame isquiático maior, superiormente ao músculo piriforme, e supre os músculos da região glútea; O nervo glúteo inferior sai da pelve através do forame isquiático maior, inferiormente ao músculo piriforme e superficialmente ao nervo isquiático, acompanhando a artéria glútea inferior. Plexo Coccígeo Trata-se de uma pequena rede de fibras formadas pelos ramos anteriores de S4 e S5 e pelos nervos coccígeos; Situa-se na face pélvica do músculo isquiococcígeo e supre este músculo, parte do músculo levantador do ânus e a articulação sacrococcígea; Os nervos anococcígeos originados nesse plexo perfuram o músculo isquiococcígeo e o corpo anococcígeo para suprir uma pequena área de pele entre a extremidade do cóccix e o ânus; Nervos Autônomos Pélvicos Estes nervos entram na cavidade através de quatro vias diferentes: Troncos Simpáticos Sacrais: proporcionam principalmente inervação simpática para os membros inferiores; Plexos Periarteriais: fibras pós-ganglionares, simpáticas, vasomotoras para as artérias retal superior, ovárica e ilíaca interna e seus ramos; Plexos Hipogástricos: via mais importante pela qual as fibras simpáticas são conduzidas para as vísceras pélvicas; Nervos Esplâncnicos Pélvicos: via para inervação parassimpática das vísceras pélvicas e para os colos descendente e sigmoide. Os troncos sacrais descem na face pélvica do sacro, imediatamente mediais aos forames sacrais anteriores, e convergem para formar o pequeno gânglio ímpar mediano anterior ao cóccix; O plexo hipogástrico superior entra na pelve e se divide em nervos hipogástricos direito e esquerdo, que descem na face anterior do sacro e lateralmente ao reto. Em seguida, abrem-se em leque à medida que se fundem com os nervos esplâncnicos pélvicos para formar os plexos hipogástricos inferiores direito e esquerdo; Os plexos hipogástricos inferiores contêm fibras simpáticas e parassimpáticas, bem como fibras aferentes viscerais, que continuam através da lâmina da bainha hipogástrica até as vísceras pélvicas, sobre as quais formam subplexos coletivamente denominados plexos pélvicos;
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