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Bioquímica Animal Hormônios - São mensageiros químicos, substâncias químicas produzidas pelo organismo que carregam um sinal para gerar uma alteração metabólica a nível celular. - Em organismos multicelular promove comunicação entre diferentes tecidos e órgãos Classificações - Comunicação celular: ● hormônios autócrinos: afetam a mesma célula que os libera, ligando-se a receptores na superfície celular ● hormônios parácrinos: são liberados no espaço extracelular e difundem-se para células-alvo vizinhas (os hormônios eicosanóides são desse tipo) ● hormônios justócrinos: o hormônio produzido por uma célula x atinge preferencialmente células vizinhas por junções GAP ● hormônios endócrinos: são liberados no sangue e transportados para as células-alvo por todo o corpo (a insulina e o glucagon são exemplos) ● hormônios sinápticos: transmissão de neurotransmissores por sinapses - Solubilidade: ● hidrossolúveis ● lipossolúveis - Estrutura química: ● Peptídicos e protéicos: são compostos de aminoácidos unidos (3 a 200 aa) ● Derivados do aminoácido tirosina (catecolamínicos/ derivados de aminoácidos/amínicos): são modificações em um único aminoácido, triptofano ou tirosina ● Esteróides e Vitamina D: todos derivados do colesterol Biossíntese - Síntese de hormônios peptídicos: - São produzidos como pré-pró-hormônios grandes e inativos, que incluem uma sequência-sinal, uma ou mais cópias do hormônio e fragmentos peptídicos adicionais. - Nem todos os produtos gênicos são expressos simultaneamente em uma célula. (único gene = vários hormônios) 1) O peptídeo inicial originado de um ribossomo é uma proteína grande e inativa, conhecida como pré-pró-hormônio 2) À medida que o pré-pró-hormônio inativo se move através do retículo endoplasmático, a sequência-sinal é removida, criando uma molécula menor, ainda inativa, chamada de pró-hormônio. 3) No aparelho de Golgi, o pró-hormônio é empacotado em vesículas secretoras junto com enzimas proteolíticas, que cortam o pró-hormônio, originando hormônios ativos e outros fragmentos (esse processo é chamado de modificação pós-traducional) - Proteases específicas são necessárias, para controles metabólicos específicos e a presença de reguladores (a pró-insulina é clivada em insulina ativa e em um fragmento inativo, denominado peptídeo C. Os médicos medem os níveis do peptídeo C no sangue de diabéticos para monitorar quanta insulina o pâncreas do paciente está produzindo) 4) As vesículas secretoras contendo os peptídeos são armazenadas no citoplasma da célula endócrina até que a célula receba um sinal que estimule a secreção. Neste momento, as vesículas se movem para a membrana celular e liberam o seu conteúdo por exocitose. ● Família opiomelanocortina - POMC: (produzido na Adenohipófise) Esse pró-hormônio é clivado, originando três peptídeos ativos e um fragmento inativo. Produz: - -MSH (hormônio estimulador de , β e γα melanócitos) - ACTH (adrenocorticotrófico) - -lipotropina e βγ - CLIP (peptídeo intermediário semelhante à corticotropina) - -endorfinaβ - Met-encefalina Os pontos de hidrólise são pares de resíduos básicos, Arg-Lys, Lys-Arg, Lys-Lys e Arg-Arg. - ACTH: glicosilação para se tornar ativo - -MSH: acetilação e amida no Cα terminal para se tornar ativo - - endorfina: acetilada se tornaβ 1000x menos potente que a forma desacetilada - estímulos para o ACTH ser liberado: ● células corticotrópicas (parte anterior da adeno hipófise): libera ACTH e B-endorfina interferem: - CRH (hormônio liberador de corticotrofina): estimula + - cortisol: inibe- - AVP (arginina vasopressina): estimula+ - ANG 2 (Angiotensina II): estimula + ● células pars intermedia (adeno hipófise): libera -MSH, -lipotropina α γ e B-endorfina interferem: - dopamina: inibe- - norepinefrina: estimula + ● Família Somatomamotropina : GH (somatropina), PRL (prolactina) e hPL (Somatomamotropina coriônica) - GH (hormônio do crescimento) : - 191 aa ; 2 pontes dissulfeto; sem glicosilação - Homologia com a prolactina ~76% e lactogênio placentário (hPL) de ~94% - se houver um defeito genético que leve a uma deficiência de ACTH: leva a uma insuficiência adrenal - deficiência em -MSH: leva a α despigmentação e obesidade precoce - o ACTH tem atividade intrínseca de -MSH devido a similaridade estrutural,α podendo causar hiperpigmentação - Síntese de derivados do aminoácido tirosina: Os compostos hidrossolúveis adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina) e dopamina são catecolaminas, são sintetizadas a partir da tirosina ( que vem da fenilalanina) À semelhança dos hormônios peptídicos, as catecolaminas encontram- -se altamente concentradas nas vesículas secretoras, são liberadas por exocitose e atuam por meio de receptores de superfície para gerar segundos mensageiros intracelulares. Eles controlam uma ampla variedade de respostas fisiológicas ao estresse agudo ● Biossíntese da epinefrina: (adrenalina) é sintetizada na medula das glândulas adrenais num processo enzimático que converte o aminoácido tirosina numa série de intermediários e, em última instância, adrenalina. Também estimula o córtex adrenal a liberar cortisol, que estimula a síntese de adrenalina nas células chromaffin. A conversão da tirosina em epinefrina ocorre em quatro etapas sequenciais: (1) hidroxilação do anel; (2) descarboxilação; (3) hidroxilação da cadeia lateral para formar norepinefrina; e (4) N-metilação para gerar epinefrina ● dopamina → norepinefrina (precisa de vit C, A DBH utiliza o ascorbato como doador de elétrons ) ● norepinefrina → epinefrina (precisa de cortisol para manter a resposta. A feniletanolamina-N-metiltransferase (PNMT) catalisa a produção da epinefrina. A síntese da PNMT é induzida pelos hormônios glicocorticóides (cortisol) Biossíntese, empacotamento e liberação de epinefrina na célula cromafim da medula adrenal: estresse → hipotálamo → ACTH → cortisol → PNMT sangue→tirosina/fenilalanina→ tirosina→ norepinefrina (PNMT) → epinefrina → glicose sanguínea ● Biossíntese dos hormônios Tireoidianos: Esses hormônios exigem a presença de iodo para a sua bioatividade, são sintetizados a partir da tireoglobulina (115 tirosinas), ocorre conversão periférica de T4 em T3, que é um hormônio muito mais ativo. A tireoglobulina é o precursor de T4 e T3, grande proteína glicosilada e iodada, cerca de 70% do iodeto na tireoglobulina estão presentes nos precursores inativos (reservatórios de iodeto), monoiodotirosina (MIT) e diiodotirosina (DIT). Ao passo que 30% se encontram sob a forma de resíduos de iodotironil, T4 e T3. Quando o suprimento de iodo é suficiente, a razãoT4:T3 é de aproximadamente 7:1. Metabolismo do iodo: o iodo entra no organismo na forma de iodeto (I-), por ter carga negativa, este íon não entra na membrana plasmática. Então ocorre o transporte ativo (gasto de energia) por ser contra o gradiente eletroquímico. Quando o iodo encontra-se dentro do organismo, ocorre sua oxidação por meio da enzima tireoperoxidase. Um dos fármacos antitireoidianos são as tiouréias, que inibem justamente a enzima tireoperoxidase, não ocorrendo a oxidação do I-. Com o iodo oxidado, ocorre a oxidação do aa Tirosina, formando o (MIT) e o (DIT), com o acoplamento de iodotirosilas. 2I- + H2O2 → I2 ( peroxidase) I2 + tirosina → DIT ou MIT DIT + DIT → T4 DIT + MIT → T3 o iodo muda as características dos hormônios da tireoide que se tornam lipossolúveis enquanto a epinefrina é hidrossolúvel - mecanismo: o iodo entra na célula folicular e é oxidado pela peroxidase, formando I+, que é adicionado à TBG (iodação), então ocorre o acoplamento (MIT+DIT, DIT+DIT), a molécula é captada por endocitose, armazenada em uma vesícula que é eliminada, liberando T3 e T4 (hidrólise da TBG estimulado pelo TSH), fornecendo MIT e DIT que são desiodados por uma desiodase, liberando tirosina e I- ● Biossíntese dos hormônios esteróides (e vitamina D): são sintetizados a partir do colesterol (núcleo esteróide) 1) Hormônios sexuais: testosterona (masc), estradiol (fem) e progesterona (progestacional) 2) Hormônios adrenais: cortisol (metabolismo dos carboidratos) e aldosterona (regula a concentração de eletrólitos) A maioria dos hormônios esteróides são produzidos no córtex da glândula suprarrenal e nas gônadas (ovários e testículos). Os hormônios esteroides não são estocados nas células endócrinas, devido à sua natureza lipofílica. Estes são produzidos sob demanda e se difundem para fora da célula endócrina. mecanismo: Com a estimulação da glândula suprarrenal pelo ACTH, ocorre ativação de uma esterase, e o colesterol livre formado é transportado para dentro da mitocôndria, onde uma enzima de clivagem da cadeia lateral do citocromo P450 converte o colesterol em pregnenolona A síntese da progesterona: precursor de todos os hormônios esteróides, é sintetizada e secretada pelo corpo lúteo como produto final hormonal, visto que essas células não contêm as enzimas necessárias para converter a progesterona em outros hormônios esteróides colesterol → pregnenolona → progesterona A síntese da aldosterona: segue a via dos mineralocorticóides e ocorre na zona glomerulosa: colesterol → pregnenolona → progesterona → 11-desoxicorticosterona (DOC)→ corticosterona → 18-hidroxicorticosterona→ aldosterona A síntese do cortisol: colesterol→pregnenolona→17-hidroxipregnenolona→17 -hidroxiprogesterona→ 11-desoxicortisol→ cortisol A Síntese da testosterona: O precursor androgênico, produzido pelo córtex da glândula suprarrenal é a desidroepiandrosterona (DHEA) colesterol→pregnenolona/progesterona→17-hidroxipre gnenolona → Desidroepiandrosterona (DHEA) → androstenediona → testosterona O produto metabólico mais significativo da testosterona é a DHT, visto que, em muitos tecidos, ela é a forma ativa do hormônio A síntese do estradiol: Os estrogênios são formados pela aromatização dos androgênios testosterona → estradiol - Transporte de hormônios esteróides no sangue: hormônios lipossolúveis precisam de transporte transportadores: - Globulina de ligação a corticosteróide (CBG): cortisol, progesterona - Globulina de ligação aos hormônios sexuais (SHBG): testosterona, estradiol - Albumina (alb.): cortisol (quantidades muito menores), testosterona, aldosterona, estradiol - Proteína ligadora de andrógeno (ABP): testosterona, função local nas células de Sertoli, não tem importância na circulação - A afinidade de ligação de determinado hormônio pelo seu transportador determina a razão entre frações ligada e livre do hormônio. Apenas a forma livre de um hormônio é biologicamente ativa. - A afinidade de ligação ajuda a determinar as meias-vidas biológicas de vários hormônios. Quando ligados às proteínas de transporte, não podem ser metabolizados, o que prolonga a sua meia-vida plasmática. ↑ afinidade ↑ meia vida - Síntese da Vitamina D (1,25(OH)2-D3/ calcitriol): - Derivada do colesterol - A molécula ativa, 1,25(OH)2-D3, é transportada para outro órgãos, onde ativa processos biológicos de modo semelhante ao utilizado pelos hormônios esteróides 1) 7-desidrocolesterol (pele) 2) 1ª hidroxilação no fígado 3) 2ª hidroxilação no rim ( -hidroxilase)α Resumos das características gerais das classes de hormônios A análise de Scatchard quantifica a interação receptor-ligante As ações celulares de um hormônio iniciam-se quando o hormônio (ligante, L) se liga específica e firmemente à sua proteína receptora (R) na célula-alvo. A interação receptor-ligante causa uma alteração conformacional que altera a atividade biológica do receptor. A interação receptor-ligante é descrita pela equação Esta ligação, depende das concentrações dos componentes interagentes e pode ser descrita por uma constante de equilíbrio: onde Ka é a constante de associação e Kd é a constante de dissociação A interação receptor-ligante é saturável. À medida que mais ligante é adicionado a uma quantidade fixa de receptor, uma fração cada vez maior de moléculas do receptor é ocupada pelo ligante Ao usar a análise de Scatchard, é possível estimar a constante de dissociação Kd e o número de sítios de ligação do receptor em uma dada preparação Quando a ligação atinge o equilíbrio, o número total de sítios de ligação possíveis, Bmáx, iguala-se ao número de sítios não ocupados, representado pela [R], mais o número de sítios ocupados pelo ligante, [RL], isto é: Bmáx = [R] + [RL] O número de sítios não ligados pode ser expresso em termos de sítios totais menos os sítios ocupados: [R] = Bmáx - [RL] A expressão de equilíbrio pode ser descrita: Rearranjando para obter a razão ligante-receptor sobre ligante livre, obtém-se a Kd revela a afinidade do hormônio pelo receptor ↓Kd ↑ afinidade Transdução de Sinal/ Biossinalização o sinal representa informações detectadas por receptores específicos e convertidas em resposta celular, que sempre envolve um processo químico. As características dos sistemas de transdução de sinal são: 1) Especificidade: complementaridade molecular entre L e R 2) Amplificação: ocorre quando uma enzima associada a um receptor de sinal é ativada e, por sua vez, catalisa a ativação de muitas moléculas de uma segunda enzima e assimpor diante, em uma cascata enzimática 3) Dessensibilização/adaptação: Desligamento ou remoção do receptor da superfície celular (Regulação homóloga ou heteróloga) 4) Integração: capacidade de um sistema de receber múltiplos sinais e produzir uma resposta unificada apropriada às necessidades da célula ou do organismo (múltiplos sinais atuando) Fatores que contribuem para a alta sensibilidade dos transdutores de sinais: - alta afinidade dos receptores para as moléculas sinalizadoras (Kd= 10-10 M) - cooperatividade da interação ligante-receptor - amplificação do sinal por cascatas enzimáticas Funções do hormônio: - Todos os hormônios atuam através de receptores específicos presentes nas sítios/células-alvo e após vem o sistema de amplificação de sinal - A ligação do hormônio-receptor pode ser: ● ligações de H ● ligações fracas ● eletrostática - a ligação provoca mudança conformacional que altera a atividade biológica do receptor, desencadeiam reações modificadoras do metabolismo da célula-alvo, constituindo a resposta celular (enzima, modulador de atividade enzimática, um canal iônico, regulador da expressão gênica) - existe um tipo de receptor para cada hormônio (Exceções: receptores α1-, α2-, β1- e β2 adrenérgicos) - o número de receptores para um hormônio determina o quão bem a célula responde aquele hormônio fatores que influenciam o número de receptores em uma célula: ● genótipo da célula: capaz de sintetizá-lo, assim como a quantidade e o tipo ● estágio do desenvolvimento celular ● os próprios hormônios regulam o número de receptores em uma célula (homóloga ou heteróloga) - regulação homóloga: o próprio hormônio afeta o número de seus receptores ex: insulina, catecolaminas, fator de crescimento epidérmico e opióides endógeno - regulação heteróloga: *hormônio A → ↓ produção de hormônio B ex: GH→ ↓ receptores de insulina *hormônio A → ↑ síntese do receptor do hormônio B ex: estrogênio → ↑ os receptores para progesterona, ocitocina e LH ex: hormônio da tireoide → ↑ o número de receptores B-adrenérgicos em alguns tecidos Nos organismos multicelulares que requisitos contribuem para facilitar a transdução de sinal hormonal? receptores de um determinado hormônio ou alvos intracelulares de uma dada via/rota de sinalização estão presentes somente em alguns tecidos celulares exemplos: Tipos gerais de transdutores de sinais: 1) Receptores Enzimáticos: receptores de membrana plasmática ligados a enzimas 2) Receptores de membrana plasmática: ativam enzimas → segundos mensageiros 3) Receptores intracelulares (citosólicos e nucleares) 4) Canais iônicos - Receptor associado à proteína G - Receptores tirosinas-cinases - Receptores guanilil- ciclases - Receptores nucleares, que interagem com ligantes específicos - Canais iônicos com portões Sinalização endócrina 1) Concentração do hormônio: picomolar a nanomolar - Receptor do hormônio: afinidade e seletividade 2) Tempo de vida do hormônio no sangue/volume sanguíneo - consequências para o mecanismo pelo qual células alvo desligam suas respostas a um hormônio Na sinalização endócrina, os hormônios são secretados para a corrente sanguínea, que os transporta pelo corpo até os tecidos-alvo, que podem estar a uma distância de um metro ou mais da célula secretora principais glândulas endócrinas em humanos - hipotálamo, hipófise, tireoide, paratireoides, tecido adiposo, supra renais, pâncreas, ovários/ testículos cascata hormonal Amplificação de sinal: em cada nível na cascata, um sinal pequeno provoca uma resposta maior nanogramas → microgramas → miligramas retroalimentação negativa Em cada nível da cascata hormonal, é possível uma retroalimentação negativa das etapas prévias, um nível desnecessariamente elevado do último hormônio ou de um intermediário inibe a liberação dos hormônios anteriores. Na cascata um produto é sintetizado (ou liberado) somente até que seja alcançada a concentração necessária Classificação dos hormônios quanto ao mecanismo de ação - Localização de receptores de hormônios: 1) Membrana Plasmática: ● domínios de ligação ao ligante ● domínios transmembranas ● domínio intracelulares - tirosina quinase 2) Citosólicos e nucleares Hormônios que se ligam a receptores na membrana plasmática: - Hidrossolúveis - Todos os hormônios peptídicos e Epinefrina e Norepinefrina - estimulam segundos mensageiros segundos mensageiros: molécula gerada dentro da célula em resposta ao hormônio hidrossolúvel ligado ao seu receptor de membrana, com a função de transmitir o sinal primário hormonal e traduzi-lo em alterações metabólicas dentro da célula-alvo → cAMP (AMP cíclico) e PKA (proteína cinase dependente de cAMP) → cGMP e PKG → IP3; DAG e PKC agonistas: análogos estruturais que se ligam a um receptor e mimetizam o efeito normal do ligante natural antagonistas: análogos que se ligam ao receptor sem disparar o efeito normal e, desta forma, bloqueiam os efeitos dos agonistas Receptores associados a proteínas G - adenilato ciclase (AC) Três componentes essenciais: - receptor na membrana plasmática com sete segmentos helicoidais transmembrana - proteína G que alterna entre as formas ativa (ligada a GTP) e inativa (ligada a GDP) - enzima efetora (ou canal iônico) na membrana plasmática que é regulada pela proteína G ativada (G-GTP) que libera 2º mensageiros mecanismo: ● Quando o hormônio se liga ao receptor, a proteína G sofre uma mudança conformacional que afeta sua interação com uma proteína G associada, promovendo a dissociação do GDP e a ligação do GTP a proteína G é composta por três subunidades diferentes: . , a , β e γα subunidade (proteína G estimulatória ou α Gs) que se liga ao GDP ou GTP e transmite o sinal do receptor ativado para a proteína efetora (adenilil-ciclase) a Gs funciona como um “comutador” biológico: quando o sítio de ligação a nucleotídeos na Gs é ocupado por GTP, a Gs é ativada e pode ativar sua proteína efetora com GDP ligado ao sítio, a Gs é inativada. ● Na forma ativa, as subunidades b e γ da Gs dissociam-se da subunidade a, e a Gsa, com o GTP ligado, move-se, no plano da membrana, do receptor a uma molécula de adenilil-ciclase ● A associação de Gsa ativa com a adenilil-ciclase estimula a ciclase a catalisar a síntese de cAMP a partir de ATP elevando a [cAMP] citosólica. A interação entre Gsa e adenilil-ciclase é possível apenas quando Gsa está ligada a GTP. O estímulo por Gsa é autolimitante; Gsa tem uma atividade GTPásica intrínseca que inativa a si mesma por meio da conversão a GDP do GTP ligado ● A Gsa, agora inativa, dissocia-se daadenilil-ciclase, causando a inativação da ciclase. A Gsa reassocia-se com o dímero bγ (Gsbγ ), e a Gs inativa está novamente disponível para interagir com um receptor ligado ao hormônio. ● O AMPc ativa a PKA, a qual catalisa a fosforilação de resíduos de Ser ou Thr em proteínas-alvo A cafeína e a teofilina bloqueiam a conversão de AMPc em 5’-AMP, favorecendo a continuidade da ativação da PKA não inativação da proteína G ocorre na cólera. Essa doença libera uma toxina chamada ADP-ribosilase que inibe a atividade GTPase da proteína G, ou seja, ela impede que ocorra a hidrólise de GTP em GDP + fosfato inorgânico, impedindo a inativação da subunidade alfa e reagregação desta às demais subunidades. Desta forma, a proteína G fica sempre ativada, aumentando a concentração do AMPc, que faz com que o canal de cloro seja ativado, resultando na secreção de de íons cloreto e sódio para o lúmen intestinal, levando à perda de água → DIARREIA E VÔMITO Ativação da PKA Quando a [cAMP] está baixa, as duas subunidades de regulação (R) se associam com as duas subunidades catalítica (C). Neste complexo R2C2, as sequências inibidoras das subunidades R se inserem na fenda de ligação ao substrato das subunidades C e impedem a ligação dos substratos; o complexo está, portanto, cataliticamente inativo. As sequências aminoterminais das subunidades R interagem para a formação de um dímero R2, o sítio de ligação para uma proteína de ancoragem para a cinase A (AKAP). Quando a [cAMP] aumenta em resposta a um sinal hormonal, cada subunidade R se liga a duas moléculas de cAMP e sofre uma reorganização que afasta a sequência inibidora da subunidade C, abrindo a fenda de ligação ao substrato e liberando cada subunidade C na forma cataliticamente ativa cascata da adrenalina Primeiro, a ligação de uma molécula de hormônio a uma molécula de receptor ativa cataliticamente muitas moléculas Gs que se associam com o receptor ativado. Depois, pela ativação de uma molécula de adenilil-ciclase, cada molécula de Gsa estimula a síntese catalítica de muitas moléculas de cAMP. O segundo mensageiro cAMP, então, ativa a PKA, e cada molécula da enzima catalisa a fosforilação de muitas moléculas da proteína-alvo. Essa cinase ativa a glicogênio-fosforilase b, o que leva à rápida mobilização de glicose a partir de glicogênio. O efeito líquido da cascata é a amplificação do sinal hormonal em várias ordens de magnitude, o que justifica a necessidade de concentrações muito baixas de adrenalina (ou qualquer outro hormônio) para a atividade hormonal O receptor b-adrenérgico é dessensibilizado pela fosforilação e pela associação com arrestina: Os mecanismos para o término da sinalização se iniciam com o término do estímulo. A dessensibilização suprime a resposta mesmo enquanto o sinal persiste. Alguns sinais que utilizam cAMP como segundo mensageiro - Corticotropina (ACTH) - Adrenalina (b-adrenérgico) - Hormônio estimulante da tireoide (TSH) Efeito nuclear da PKA os efeitos do cAMP sobre a transcrição gênica são mediados por CREB, a proteína de ligação ao elemento de resposta ao AMP cíclico. A CREB liga-se a um elemento estimulador do DNA em resposta ao cAMP (CRE) no seu estado não fosforilado e atua como ativador fraco da transcrição. Quando fosforilada pela PKA, CREB liga-se ao coativador proteína de ligação de CREB CBP/p300 e, por isso, atua como um ativador muito mais potente da transcrição. Receptores com atividade guanilato-ciclase (cGMP) O GMP cíclico é gerado a partir do GTP. Peptídeos (p. ex., fator natriurético atrial) se ligam e ativam a forma da guanilato ciclase ligada à membrana. Isso leva a um aumento de cGMP e acredita-se que esse aumento module os efeitos. Diversos compostos a nitroglicerina e o óxido nítrico provocam relaxamento da musculatura lisa e são potentes vasodilatadores. Esses agentes aumentam o cGMP pela ativação da forma solúvel da guanilato-ciclase, e os inibidores da cGMP fosfodiesterase aumentam e prolongam essas respostas. Os níveis aumentados de cGMP ativam a proteína-cinase dependente de cGMP (PKG), a qual, por sua vez, fosforila diversas proteínas do músculo liso. Presumivelmente, esse mecanismo está envolvido no relaxamento da musculatura lisa e na vasodilatação. Hormônios que agem via receptores proteína G-fosfolipase C (PLC) - ADH ( antidiurético) - TRH ( liberador de tireotrofina) - Ocitocina - GnRH (liberador de gonadotrofina) Uma segunda ampla classe de GPCR se acopla por meio de uma proteína G a uma fosfolipase C (PLC) da membrana plasmática, a qual é específica para o fosfolipídio de membrana fosfatidil-inositol-4,5-bifosfato, ou PIP2 Quando um dos hormônios que agem por esse mecanismo liga-se ao receptor específico na membrana plasmática o complexo receptor-hormônio catalisa a troca de GDP por GTP em uma proteína G associada, Gq, ativando-a. A proteína Gq ativada ativa a PLC específica para PIP2, que catalisa a produção de dois potentes segundos mensageiros, diacilglicerol e inositol-1,4,5-trifosfato, ou IP3. O IP3 difunde-se da membrana plasmática para o retículo endoplasmático (RE), onde se liga a canais de Ca2+ específicos controlados por IP3, quando esses canais são abertos, o Ca2+ flui para o citosol e a [Ca2+] citosólica rapidamente aumenta o que leva a ativação da proteína-cinase C (PKC). O diacilglicerol atua em conjunto com o Ca2+ para a ativação da PKC, e, portanto, também age como segundo mensageiro Receptores tirosina-cinase e fosfatase têm um domínio de interação com o ligante na face extracelular da membrana plasmática e um sítio ativo enzimático na face citoplasmática, conectados por um único segmento transmembrana. O domínio citoplasmático é uma tirosina-cinase que fosforila resíduos de Tyr em proteínas-alvo específicas. Os receptores de fatores de crescimento que sinalizam por meio da atividade Tyr-cinásica incluem os receptores de insulina (INSR) e fator de crescimento da epiderme (EGFR). Todos estes receptores têm um domínio Tyr-cinase na face citoplasmática da membrana plasmática (em azul) Ativação da tirosina-cinase do receptor de insulina por autofosforilação Essa autofosforilação expõe o sítio ativo da enzima, para que ela possa fosforilar os resíduos de Tyr em outras proteínas-alvo. O mecanismo de ativação da proteína-cinase do INSR é uma região do domínio citoplasmático (sequência auto inibitória), que geralmenteoclui o sítio ativo, afasta-se do sítio ativo após ser fosforilada, abrindo o sítio para a ligação de proteínas-alvo Regulação da expressão gênica pela insulina por meio de uma cascata de MAP-quinases O receptor de insulina (INSR) consiste em duas subunidades a na face externa da membrana plasmática e duas subunidades b que atravessam a membrana e projetam-se para dentro do citosol. A ligação da insulina à subunidade a provoca uma mudança conformacional que permite a autofosforilação dos resíduos de Tyr no domínio carboxi terminal das subunidades b. A autofosforilação também ativa o domínio Tyr-cinase, que então catalisa a fosforilação de outras proteínas-alvo. A rota de sinalização por meio da qual a insulina regula a expressão de genes específicos envolve uma cascata de proteínas-cinases, em que cada uma delas ativa a próxima. O INSR é uma proteína-cinase específica para Tyr; as outras cinases (todas mostradas em azul) fosforilam resíduos de Ser ou Thr. Ação da insulina na síntese de glicogênio e no movimento de GLUT4 para a membrana plasmática A ativação da PI3-cinase (PI3K) pelo IRS-1 fosforilado sinaliza (por meio da proteína-cinase B, PKB) o movimento do transportador de glicose GLUT4 para a membrana plasmática, e a ativação da glicogênio-sintase interconexão entre os sistemas de sinalização O circuito de regulação que governa o metabolismo é ricamente entrelaçado e estratificado. A análise das rotas de sinalização foram realizadas separadamente, porém elas não trabalham independentemente. A insulina contrapõe os efeitos metabólicos da adrenalina na maioria dos tecidos, e a ativação da rota de sinalização da insulina atenua diretamente o sistema de sinalização do receptor b-adrenérgico A insulina contrapõe os efeitos da adrenalina na maioria dos tecidos Quando o INSR é ativado pela ligação da insulina, sua Tyr-cinase fosforila diretamente o receptor b2-adrenérgico em dois resíduos de Tyr próximos ao carboxiterminal, e indiretamente (por meio da ativação da proteína-cinase B [PKB]) causa a fosforilação de dois resíduos de Ser na mesma região. O efeito destas fosforilações é a internalização do receptor adrenérgico, retirando-o da membrana plasmática e diminuindo a sensibilidade da célula à adrenalina. Alternativamente, a fosforilação catalisada pelo INSR de um GPCR (um receptor adrenérgico ou outro receptor) em uma Tyr carboxiterminal cria o ponto de nucleação para a ativação da cascata das MAPK, com a Grb2 atuando como proteína adaptadora. Neste caso, o INSR utiliza o GPCR (receptor acoplado à proteína G) para intensificar seu próprio sinal. Atividade reduzida do receptor de insulina quinase no diabetes Mellitus gestacional ● Diabetes mellitus gestacional (GDM) - Redução adicional na sensibilidade à insulina - Incapacidade de reverter com aumento na secreção de insulina - + 30% diabetes do tipo 2 - resistência ao transporte de glucose mediado por insulina é maior no músculo esquelético de indivíduos com GDM - Mecanismo: defeito na ação intracelular da insulina na glicoproteína-1 de membrana plasmática (PC-1) que inibe a atividade tirosina quinase O mecanismo de transdução via JAK-STAT do receptor de eritropoietina A ligação da eritropoietina (EPO) leva à dimerização do receptor de EPO, permitindo que a JAK, uma Tyr-cinase solúvel, ligue-se ao domínio interno do receptor e fosforile-o em diversos resíduos de Tyr.Em uma rota de sinalização, o domínio SH2 da proteína STAT5 se liga a resíduos de -Tyr do receptor, aproximando-o da JAK. Em seguida à fosforilação do STAT5 pela JAK, duas moléculas de STAT5 dimerizam, cada uma ligando-se ao resíduo -Tyr da outra, deste modo expondo uma sequência de localização nuclear (NLS) que direciona o dímero para transporte ao núcleo. No núcleo, o STAT5 estimula a expressão de genes controlados por EPO. Em uma segunda rota de sinalização, após a ligação de EPO e autofosforilação de JAK, a proteína adaptadora SHC liga-se a -Tyr do receptor, e Grb2, então, liga-se a SHC e ativa a cascata das MAPK, como no sistema da insulina Mecanismo geral de ação envolvendo os receptores citoplasmáticos e nucleares Os hormônios esteróides, o ácido retinoico (retinóide) e os hormônios da tireoide formam um grande grupo de hormônios que atuam no núcleo e alteram a expressão gênica aporreceptores: receptores dos hormônios sem o ligante (frequentemente agem como supressores da transcrição dos genes-alvo) Na ausência do ligante, os receptores estão inativos, ligados e estabilizados por proteínas de choque térmico Receptores intracelulares: 1) domínio de ligação do hormônio: carboxila terminal 2) região adjacente ligadora do DNA 3) pelo menos 2 regiões que ativam a transcrição gênica 4) pelo menos 2 regiões responsáveis por translocação do receptor do citoplasma para o núcleo 5) uma região que liga a proteína de choque térmico (mudança conformacional do receptor) na ausência do ligante mecanismo geral de ação dos hormônios lipossolúveis Hormônios, transportados até o tecido-alvo por proteínas transportadoras séricas, difundem-se pela membrana plasmática e ligam-se a receptores protéicos específicos no núcleo A ligação do hormônio altera a conformação do receptor; ele forma homo ou heterodímeros com outros complexos hormônio-receptor e se liga a regiões reguladoras específicas chamadas de elementos de resposta a hormônio (HRE) no DNA adjacente a genes específico O receptor atrai proteínas coativadoras ou correpressoras e, com elas, regula a transcrição dos genes adjacentes, aumentando ou diminuindo a taxa de formação do mRNA Os níveis alterados do produto gênico regulado pelo hormônio produzem a resposta celular ao hormônio Elementos de Resposta a Hormônios (HREs) - Positivos: 5’-GGTACAnnnTGTTCT-3’ → cortisol, aldosterona, progesterona, testosterona. 5’-AGGTCAnnnTCACT-3’ → estrógeno (estradiol) - Negativo: 5’-ATYACNnnnTGATCW-3’ → cortisol Co-ativadores e Co-repressores de receptores esteróides ● Coativadores: - estabilizam a formação do complexo DNA polimerase de pré iniciação transcricional - Remodelam a cromatina por desestabilizar a ligação de nucleossomas na região promotora do gene - Co-ativadores de receptores de esteróides: proteínas que ligam ao receptor enquanto ele está em contato com o DNA→ + transcrição do gene Ex: SRCs, CBP/p300, p160, RIP 160, ERAP 160 ● Co-repressores: - ligam ao receptor ligado ao DNA → repressão da transcrição. Ex: SMRT e NcoR - Pró-opiomelanocortina (POMC), Prolactina, interleucina II Mecanismos propostos: - Interferência com outros fatores de transcrição - Ação diretapor se ligar a elementos responsivos negativos Mecanismos transcricionais mediados pelo receptor de glicocorticóides complexos esteróides-receptor como reguladores positivos ou negativos da transcrição de gene TRANSREPRESSÃO → sequestro do receptor; o receptor se encaixa de maneira inadequada; competição. PROTEÍNAS CO-ATIVA → estabilizam o complexo da RNA polimerase para que haja a formação do mRNA PROTEÍNAS CO-REP → não se ligam diretamente ao DNA; feedback negativo (bloqueia POMC, formador do cortisol) Heterogeneidade nos receptores esteróides ● receptor de estradiol (ER) - Possui duas isoformas: ER beta e ER alfa - ER alfa → induz a expressão do receptor de progesterona no útero (PR) - ER beta → induz a repressão do PR no epitélio luminal → Os receptores de aldosterona e cortisol são co-expressos, entretanto, só uma forma predomina → Rim e cólon são alvos da aldosterona: expressam altos níveis de ambos receptores. A enzima 11beta-hidroxiesteroide desidrogenase converte cortisol em cortisona, evitando que o cortisol possua efeitos nos rins Os receptores monoméricos tipo I (NR) são encontrados no citoplasma, em um complexo com uma proteína de choque térmico (Hsp70). Quando o hormônio esteróide se liga, Hsp70 se dissocia e o receptor dimeriza, expondo um sinal de localização nuclear. O receptor dimérico, com o hormônio ligado, migra para o núcleo, onde se liga a um elemento de resposta hormonal (HRE) e atua como ativador de transcrição Regulação de receptores nucleares (reduz RNAm) Regulação negativa do receptor de esteróide pelo ligante: - O receptor é regulado negativamente quando o receptor é exposto a uma certa quantidade do hormônio cognato. - Redução do tempo de meia vida do receptor (induzida pelo ligante) - Reduz a expressão do gene do receptor, diminuição da concentração do receptor * Promotor de um gene do receptor: nGR e a ligação do complexo GR ao nGR → reprime a transcrição do gene do receptor Efeitos não genômicos de esteróides • Aldosterona, estradiol, progesterona, glicocorticóide e andrógenos • Transdutores de sinal; PKC, DAG, IP3 e vias • Efeitos iniciados na membrana plasmática Efeitos antiinflamatórios dos glicocorticóides Os eicosanóides são uma família de moléculas de sinalização biológica muito potente que atuam como mensageiros de curta distância, agindo sobre os tecidos próximos às células que os produzem. Em resposta a hormônios ou a outro estímulo, a fosfolipase A2, ataca os fosfolipídeos de membrana, liberando araquidonato. As enzimas do RE liso, convertem o araquidonato em prostaglandinas (PGH2), o precursor de outras prostaglandinas e de tromboxanos. As duas reações que levam à PGH2 são catalisadas por uma enzima bifuncional, a cicloxigenase (COX), também chamada de prostaglandina H2-sintase. Existe duas isoenzimas da COX, a COX-1 e a COX-2. A COX-1 é responsável pela síntese das prostaglandinas que regulam a secreção da mucina gástrica, e a COX-2 pelas prostaglandinas que controlam inflamação, dor e febre. a) Inibição da síntese de prostaglandinas: o glicocorticóide-receptor nuclear induz uma proteína chamada amexina-1 (lipocortina), que inibe a fosfolipase A2 de membrana b) Inibição da (COX): catalisa a reação de prostaglandinas que são potentes agentes inflamatórios c) Inibição do fator de transcrição NF-kB: NF-kB mantido no citoplasma em células em estado não ativado Modelo de receptores dos hormônios da tireoide, vitamina D e ácido retinóico Estão sempre no núcleo, ligados a um HRE no DNA e a um correpressor que lhes torna inativos. O hormônio migra pelo citoplasma e se difunde através da membrana nuclear. No núcleo ele se liga a um heterodímero consistindo no receptor do hormônio da tireoide e do receptor retinóide X (RXR). Uma mudança na sua conformação leva à dissociação do correpressor e o receptor então funciona como ativador de transcrição. Hormônios da tireóide:T3 e T4 - Receptor nuclear: • T3-R → HER → modulação da expressão gênica→ alteração da síntese protéica • T4 → receptores citoplasmáticos com ↓ - Células alvos: músculo e fígado - Efeitos: crescimento e desenvolvimento ↑ a transcrição gênica para o GH - Regulação: • R-HRE (basal) → repressão • T3-R → libera a repressão Ácido retinóico • Duas famílias: RAR (alfa, beta e gama) e RXR (alfa, beta e gama) • Receptores nucleares • CRBP (proteína celular ligadora de retinol): Alvos: todos os tecidos (córnea, pele, epitélio dos pulmões e traquéia e sistema imune) RAR interage com RXR, formando um heterodímero e se ligando ao DNA vitamina D (mecanismo de ação do calcitriol) - Regula a produção de paratormônio (PTH) e as concentrações de cálcio e fosfato - VDR → receptor intracelular (nuclear) - forma dímero c RXR no núcleo - No intestino favorece a absorção de cálcio e aumenta a transcrição da calbindina (proteína intracelular fixadora de cálcio) - Nos ossos promove a renovação óssea, estimulando os osteoblastos, que secretam osteocalcina, responsável pela mineralização óssea - Nos rins aumenta a retenção de cálcio independente de fosfato - Relação com a vitamina K: a vitamina K ativa a osteocalcina. A osteocalcina inativa leva à osteoporose - Deficiência de vitamina D: absorção inadequada de cálcio e fosfato; aumento na secreção de PTH (envelhece o osso - tira cálcio), em crianças a ausência da mineralização óssea do osso recém formado leva ao raquitismo, em adultos leva a uma matriz óssea insuficientemente mineralizada → osteomalácia resumo hormônios
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