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SF IV João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ MÉTODO CLÍNICO CENTRADO NA PESSOA (MCCP) Política Nacional de Humanização (PNH) – Humaniza SUS ▪ Criada em 2003, proposta do MS. ▪ Inclusão de trabalhadores, gestores e usuários na produção/gestão do cuidado e dos processos de trabalho. ▪ Humanização = valorização dos diferente sujeitos envolvidos no processo de produção de saúde. o Vínculos solidários e de participação coletiva na gestão o Identificação das necessidades sociais de saúde o Mudança nos modelos de atenção e gestão o Compromisso com melhorias das condições de trabalho e do atendimento ▪ Diretrizes PNH o Acolhimento: postura ética, sem pressupor hora/profissional específico; compartilhamento de saberes/angústias/invenções. o Ambiência: estrutura local, organização, ambiente acolhedor, limpo o Clínica ampliada e compartilhada o Valorização do trabalhador da saúde o Defesa dos direitos dos usuários o Gestão participativa Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) ▪ Diminui sintomas mentais ▪ Menor prescrição de medicamentos ▪ Melhor controle de HAS e DM ▪ Maior satisfação pelo paciente ▪ Fideliza os pacientes Habilidades do médico da Saúde da Família ▪ Organizar a consulta, entrevistar e coletar a história, examinar adequada e respeitosamente, elaborar um diagnóstico diferencial, resolver problemas, medicar adequadamente, criar vínculo. ▪ Ter controle de cena (ambiente, tempo etc.), estimular a pessoa a falar, encorajar a pessoa a falar sobre si, enfatizar aspectos fortes apresentados/identificados. Modelos de relação médico-paciente ▪ Informativo: médico oferece informação e decide sobre o tratamento. ▪ Interpretativo: médico interpreta valores e expectativas do paciente, mas toma as decisões. ▪ Deliberativo: paciente e médico discutem abertamente e ambos consideram o melhor. ▪ Paternalista: médico toma decisões. Modelo deliberativo é o melhor, porém depende (paciente psiquiátrico opinando sobre tratamento, gestante com sífilis, criança desnutrida com pais psiquiátricos). Muitas vezes não se consegue aplicar o modelo ideal. Aplicação sempre baseada em ética, caráter e amor. Regra básica do MCCP: sempre envolver o paciente e a família, de forma a compartilhar responsabilidade em seus cuidados. SF IV João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ Componentes da consulta centrada na pessoa 1 Explorando a doença e a experiência com a doença. ▪ Sentimentos da pessoa (especialmente o medo de estar doente), suas ideias sobre o que está errado. ▪ Efeito da doença sobre seu cotidiano. ▪ Expectativas sobre seu médico. 2 Entendendo a pessoa como um todo ▪ O indivíduo, a família, o contexto (trabalho, ambiente comunitário, amigos). ▪ História familiar atual e pregressa. ▪ Entender fase do ciclo vital, elaborar genograma e ecomapa para compreender melhor a família. 3 Elaborando um plano conjunto de manejo dos problemas ▪ Definição do problema a ser manejado. ▪ Estabelecimento de metas e prioridades do tratamento. ▪ Identificação dos papéis a serem assumidos pela pessoa e pelo médico. 4 Intensificando a relação entre a pessoa e o médico ▪ Transferência (projeções relacionadas a reações emocionais do paciente, dirigidas ao médico) e contratransferência (sensações, sentimentos e percepções do médico). ▪ Compaixão, poder, cura (nem sempre é possível), autoconhecimento. ▪ Compreender as características do relacionamento terapêutico. ▪ Avaliar o tempo da consulta, sendo realista com seu próprio tempo (não é necessário nem possível abordar todos os temas em uma única consulta, partindo do pressuposto que a longitudinalidade está garantida). Promoção e prevenção devem estar inseridas em todos os componentes do MCCP! Para superar desafios do MCCP, além dos 4 passos, é necessário: ▪ Envolver pessoas/famílias nas decisões, manter elas informadas, melhorar a comunicação com elas. ▪ Dar às pessoas/famílias aconselhamento e suporte. ▪ Obter consentimento informado para procedimentos/processos de maior risco ou possibilidade de dano. ▪ Obter retorno das pessoas/famílias, ouvir as opiniões sobre o cuidado prestado. ▪ Ser franco e leal quando efeitos colaterais ocorrerem, reconhecer erros.
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