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Immanuel Kant (1724-1804) O autor Immanuel Kant nasceu em Königsberg, na Prússia oriental, Alemanha; Foi o fundador da filosofia crítica e foi considerado um dos maiores da história da filosofia, talvez o mais importante do movimento iluminista, e um dos mais influentes no ocidente; Kant negava que existia uma verdade última ou a natureza íntima das coisas; Por isso, propôs uma espécie de código de conduta humano, surgindo daí, ideias para outra obra famosa, o seu livro crítico da razão prática (1788), que funcionaria como leis éticas que regeriam os seres humanos. A questão do conhecimento Kant foi fortemente influenciado pelo empirismo de David Hume e pelo racionalismo de René descartes; Ele buscou compreender as relações que essas duas teorias poderiam estabelecer; Descordou de descartes ao afirmar que o conhecimento possui sua origem na experiência. Descartando o iatismo; Mas também se afasta de Hume ao considerar que o conhecimento só é possível graças a uma estrutura mental que nos é inata; Portanto, o conhecimento deriva das experiências e de nossa capacidade mental de apreendê-los; Assim, o conhecimento é a soma das impressões e das estruturas mentais do indivíduo. Um composto; Revolução copernicana de Kant As experiências dependem de nossa capacidade mental; Antes de Kant, nossa razão era regulada pelos objetos que buscávamos conhecer. Com sua revolução, a razão passa a ser objeto de estudo. E assim, a razão se torna a reguladora de todo o conhecimento; Com essa tese, Kant inaugurou o criticismo; Criticismo: é uma doutrina filosófica que tem como objeto o processo pelo qual se estrutura o conhecimento, estabelecida a partir das críticas ao empirismo e ao racionalismo; Para Kant, nosso conhecimento passa necessariamente por duas estruturas: a priori (puro/racional) e a posteriori (empírico); O conhecimento a priori independe das experiências. Ele se dá pela análise dos conceitos; Já o conhecimento a posteriori passará pela experiência de forma necessária; A estrutura a priori possui a capacidade de criar categorias para organizar nosso conhecimento. Ela é responsável por nos fornece a compreensão de espaço e tempo; Todo conhecimento passa pela estrutura a priori; Sendo assim, eu só posso conhecer aquilo que minha estrutura mental é capaz de absorver pela experiência. Ou seja, ela só produzirá conhecimento mediante as experiências; Kant elimina o conhecimento metafísico. Uma vez que a razão não é capaz de aprender algo inexato ou que não esteja no espaço tempo; Isso se dá pelo fato de todo nosso conhecimento ser regulado pela nossa estrutura mental. Sendo assim, os próprios objetos investigados são regulados por nossas formas de entendimento (estrutura a priori); Com isso, Kant conclui que todo que conhecemos são nossas representações. Nunca a coisa em si. A imagem exemplifica o que Kant chamou de coisa em si e coisa para-nos. Para ele, podemos conhecer somente o fenômeno e nunca o número; Juízos analíticos e sintéticos Um conhecimento que seja totalmente independente dos sentidos é chamado a priori. São, por exemplo, equações matemáticas, que posso fazer mentalmente sem me apoiar em qualquer evidência material; Um conhecimento que possui sua fonte na experiência é dado a posteriori, como as leis da física clássica, que necessitam de testes práticos para serem comprovadas; Quando emito um juízo em que o predicado está contido no sujeito, ele é chamado juízo analítico a priori. Por exemplo, quando digo "azul é uma cor", o predicado "cor" já é uma qualidade do sujeito "azul" e a informação, por isso, é redundante; Mas quando faço um juízo em que um predicado é acrescentado ao sujeito, ele é chamado juízo sintético a posteriori; Por exemplo, na frase "a cadeira de minha sala é azul”, acrescento ao sujeito "cadeira de minha sala" o predicado "azul” (afinal, ela poderia ser verde, vermelha, etc.). É uma informação nova, pois você poderia imaginar que a cadeira fosse de qualquer outra cor; Todos os juízos da experiência são sintéticos, uma vez que, para obter um juízo analítico, não é preciso sair do próprio conceito, isto é, recorrer à experiência (não preciso sair de "azul" para saber que é uma cor, mas preciso ver a "cadeira" para saber de que cor ela é). Esclarecimento Kant define a palavra esclarecimento como a saída da menoridade; Kant define essa menoridade como a incapacidade do homem de fazer uso do seu próprio entendimento; A permanência do homem na menoridade se deve ao fato de ele não ousar pensar. A covardia e a preguiça são as causas que levam os homens a permanecer na menoridade; Um outro motivo é o comodismo; É bastante cômodo permanecer na área de conforto. É cômodo que existam pessoas e objetos que pensem e façam tudo e tomem decisões em nosso lugar. É mais fácil que alguém o faça, do que fazer determinado esforço, pois já existem outros que podem fazer por mim; Os homens quando permanecem na menoridade, são incapazes de fazer uso das próprias pernas, são incapazes de tomar suas próprias decisões e fazer suas próprias escolhas;
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