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RESUMO SOBRE DISTURBIOS HEMODINAMICOS 1

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA – UNIFOA 
Curso de Graduação em Enfermagem 
Disciplina: Processos Patológicos 
Nome: Luana Gabrieli Da Macena Xavier Conrado 
Matrícula: 202100026 
RESUMO SOBRE: “Distúrbios Hemodinâmicos” 
O sistema circulatório tem dois componentes funcionais, o sistema vascular sanguíneo 
e o sistema linfático. O sistema vascular sanguíneo é um circuito composto de uma 
bomba muscular (o coração) ligada a vasos que, ou liberam sangue para os órgãos e 
tecidos do corpo ou retornam o sangue ao coração para completar o circuito. Por outro 
lado, o sistema linfático é um sistema de drenagem passiva para o retorno de líquido 
extra vascular (linfa) em excesso para o sistema vascular sanguíneo. 
Distúrbios de Perfusão 
 Hiperemia: A hiperemia é o excesso de sangue nos capilares e pequenos 
vasos de um órgão. 
- Hiperemia Ativa 
A hiperemia ativa decorre de aumento do suprimento de sangue a partir do sistema 
arterial, causado por dilatação arteriolar e recrutamento de mais capilares. Pode ser 
causada por aumento da demanda funcional do coração e dos músculos durante 
exercícios físicos, ou pode ocorrer associada a inflamação, acompanhada por 
aumento da permeabilidade capilar e edema. 
- Hiperemia Passiva 
Essa congestão decorre de um impedimento à saída de sangue através das vias 
venosas. Pode ser aguda ou crônica. A congestão passiva aguda resulta em 
ingurgitamento venoso levando ao acúmulo de transudato nos tecidos (edema 
intersticial). A hiperemia passiva crônica, que quase sempre se deve a insuficiência 
cardíaca esquerda ou a estenose mitral, resulta em fluxo sangüíneo mais lento para 
diversos órgãos, como pulmões, fígado e baço. A hiperemia passiva crônica 
manifesta-se nos seguintes órgãos: Pulmões, fígado e baço. 
 
 Hemorragia: A hemorragia é o escape de sangue da circulação para os tecidos 
circunvizinhos ou para o exterior do corpo. Pode ser causada por traumatismo 
acidental, procedimentos cirúrgicos, aterosclerose, ruptura de aneurisma, 
infecção, ou erosão de paredes de vasos por uma neoplasia. 
Trombose 
A trombose refere-se à formação de um trombo — um agregado de sangue coagulado 
com plaquetas, fibrina e elementos celulares aprisionados no interior da luz de um 
vaso sanguíneo. As diferenças entre trombo, coágulo sanguíneo e hematoma são: 
-Trombo: Adere-se ao endotélio vascular 
-Coágulo sanguíneo: Reflete o resultado da ativação da cascata da coagulação; 
-Hematoma: Decorre de hemorragia e subsequente coagulação fora do sistema 
vascular 
 Trombose no Sistema Arterial: No sistema arterial, em geral a trombose deve-
se a aterosclerose. Os vasos mais frequentemente envolvidos são as artérias 
coronárias, cerebrais, mesentéricas e renais, além das artérias nos membros 
inferiores. A patogenia envolve três fatores, conhecidos como Tríade de 
Virchow: 
1.Lesão do endotélio com agregação plaquetária e formação de fibrina 
2.Alterações no fluxo sanguíneo devido a turbulência ou em pontos de ramificação dos 
vasos 
3.Aumento da coagulabilidade do sangue, como na policitemia vera ou associada a 
alguns cânceres 
 Trombose no Coração: O revestimento interno do coração, endocárdio, é 
análogo ao endotélio, o revestimento interno das artérias; por conseguinte, 
como nos vasos sanguíneos, uma lesão do revestimento e alterações no fluxo 
sanguíneo estão associadas a trombose mural (um trombo aderido à parede 
subjacente do coração). Distúrbios como infarto do miocárdio, fibrilação atrial 
ou miocardiopatia, estão associados a trombos murais. 
 
 
 
 
 Trombose no Sistema Venoso: a manifestação mais comum da trombose 
venosa é a trombose das veias profundas das pernas, denominada trombose 
venosa profunda. A trombose oclusiva de veias ileofemorais pode causar 
edema e cianose do membro inferior. 
Embolia 
Embolia é a passagem, através da circulação, de material capaz de se alojar em um 
vaso sanguíneo e obstruir sua luz. A maior parte dos êmbolos tem origem em um 
trombo formado em uma localização e que se desloca até um ponto distante. Esse 
fenômeno é denominado tromboêmbolo 
 Tromboembolia Arterial Pulmonar: A maioria das embolias pulmonares deriva 
de veias profundas do membro inferior, enquanto a maioria das embolias fatais 
tem origem nas veias ileofemorais. A embolia pulmonar aguda é dividida nas 
seguintes síndromes: 
-Pequenos êmbolos pulmonares assintomáticos 
-Falta de ar (dispnéia) transitória e respiração rápida (taquipnéia) sem outros sintomas 
-Infarto pulmonar, com dor torácica pleurítica, tosse produzindo sangue (hemoptise) e 
derrame pleural 
-Colapso cardiovascular com morte súbita 
 Tromboembolia Sistêmica: O coração é a fonte mais comum de 
tromboêmbolos arteriais, que geralmente originam-se em trombos murais ou 
valvas doentes. Os tromboêmbolos podem se transformar em uma obstrução 
mais grave, ou podem sofrer fragmentação e lise. Os órgãos que sofrem a 
maioria dos tromboêmbolos arteriais são: Cérebro, intestino, membros 
inferiores e rim. 
Tipos de embolia: 
 Embolia Pulmonar Maciça: A embolia pulmonar maciça é a causa mais comum 
de morte após cirurgia ortopédica grande. Também é comum em pacientes 
submetidos a imobilização prolongada por qualquer razão. 
 Embolia Pulmonar com e sem Infarto: O infarto pulmonar é uma consolidação 
hemorrágica em uma área do pulmão. Decorre do alojamento de pequenos 
êmbolos em ramos periféricos da artéria pulmonar. O infarto é hemorrágico 
porque a artéria brônquica não obstruída bombeia sangue para a área. Com o 
decorrer do tempo, o sangue no infarto pode ser reabsorvido, tecido de 
granulação pode se formar nas margens e uma cicatriz fibrosa será formada 
 Embolia Gasosa: O ar pode ser introduzido nas veias por feridas no pescoço 
ou em decorrência de procedimentos invasivos. Bolhas de ar de 100 ml ou 
mais podem obstruir o fluxo sanguíneo e provocar isquemia. 
 Embolia de Líquido Amniótico: Este tipo de embolia é uma complicação rara, 
porém séria, do parto e refere-se à entrada na circulação materna de líquido 
amniótico contendo células e resíduos fetais. 
 Embolia Gordurosa: A embolia gordurosa descreve a liberação de êmbolos de 
medula óssea gordurosa no interior de vasos sanguíneos lesados após 
traumatismo grave em tecido que contém gordura, particularmente fratura de 
ossos longos. 
Infarto 
O infarto é definido como o processo pelo qual desenvolve-se necrose de coagulação 
na área distal à oclusão do suprimento arterial. Em geral, trombos ou êmbolos são 
responsáveis pela oclusão. A zona necrótica isquêmica é denominada infarto. 
Edema 
Edema refere-se à presença de excesso de líquido nos espaços intersticiais do corpo. 
Diversos termos definem o espaço corporal envolvido: hidrotórax (cavidade pleural), 
ascite (cavidade peritoneal), hidropericárdio (pericárdio) e anasarca (edema 
generalizado grave). O edema pode ser local ou generalizado. 
 Edema da Insuficiência Cardíaca Congestiva: Tanto o débito cardíaco baixo 
quanto a congestão venosa contribuem para a patogenia do edema da 
insuficiência cardíaca congestiva. A insuficiência do ventrículo esquerdo está 
associada a congestão pulmonar e edema pulmonar. Quando crônica, provoca 
insuficiência do ventrículo direito, caracterizada por edema subcutâneo 
generalizado e aumento do coração. Os pacientes com insuficiência cardíaca 
congestiva esquerda podem apresentar falta de ar, veias jugulares distendidas 
e edema pulmonar. Os pacientes com insuficiência direita podem apresentar 
edema com cacifo dos membros inferiores e hepatomegalia. 
 Edema Pulmonar: O edema pulmonar reflete aumento de líquido nos espaços 
alveolares e no interstício do pulmão. A causa mais comum desse distúrbio é a 
insuficiência ventricular esquerda, que ajuda a aumentar a pressão de perfusão 
nos capilares pulmonares e bloquear a drenagem linfática efetiva. Podem 
ocorrer dispneia e tosse; nos casos mais graves, grandes quantidadesde 
escarro rosado espumoso são expectoradas. 
 Edema na Cirrose do Fígado: Com frequência, a cirrose do fígado vem 
acompanhada de ascite e edema periférico. A pressão hidrostática elevada 
acarreta edema periférico e acúmulo de líquidos serosos na cavidade 
peritoneal (ascite). A coagulação do sangue na veia hepática, principal veia 
que deixa o fígado, também pode acarretar ascite. Este é um sintoma na 
síndrome de Budd-Chiari. 
 Edema e a Síndrome Nefrótica: A síndrome nefrótica decorre de lesão dos 
glomérulos renais e é marcada por níveis altos de perda de proteína na urina. 
O resultante nível baixo de proteína no sangue (pressão oncótica mais baixa) 
provoca edema, especialmente ao redor dos olhos, nos pés e nas mãos. 
 Edema Cerebral: O edema do cérebro é perigoso porque o espaço craniano 
confinado permite pouca expansão. O aumento da pressão intracraniana 
decorrente de edema compromete o suprimento sanguíneo, distorce a 
estrutura cerebral e interfere na função do sistema nervoso central. 
Perda e Sobrecarga de Líquido 
A desidratação caracteriza-se por líquido inadequado para encher os compartimentos 
hídricos corporais. Decorre de ingestão insuficiente de líquido, perda excessiva de 
líquido ou de ambas. Quando os pacientes sofrem queimaduras, vômitos, transpiração 
excessiva ou diarreia, não apenas perdem líquido, mas também apresentam 
desequilíbrios eletrolíticos. A perda de líquido intensa desvia água do interior das 
células para o espaço extracelular e pode levar à queda dramática da pressão arterial 
e morte. Já a hiper-hidratação é rara, mas pode decorrer de lesão renal ou da 
secreção excessiva de hormônio antidiurético. Também pode ser causada pela 
administração de quantidades excessivas de líquidos intravenosos. 
Choque 
O choque é uma condição de distúrbio hemodinâmico e metabólico profundo, 
caracterizado por falha do sistema circulatório em manter um suprimento sanguíneo 
apropriado à microcirculação, com decorrente perfusão inadequada de órgãos vitais. O 
choque deve-se mais comumente a débito cardíaco diminuído provocado por 
bombeamento cardíaco defeituoso ou volume sanguíneo reduzido devido a 
hemorragia. 
 
 
Tipos de Choque 
•O choque cardiogênico: causado por falência de bombeamento miocárdico, em geral 
decorrente de um grande infarto miocárdico. 
•O choque hipovolêmico: decorre de uma diminuição do volume sanguíneo ou 
plasmático causada por hemorragia, perda de líquido devido a queimaduras, diarreia, 
diurese e transpiração graves ou traumatismo severo. 
•O choque séptico: é causado por infecções microbianas sistêmicas graves (discutido 
adiante). 
•O choque anafilático: ocorre em consequência de uma reação de hipersensibilidade 
do tipo I sistêmica, que provoca vasodilatação disseminada e aumento da 
permeabilidade vascular. 
•O choque neurogênico: está associado a lesão do cérebro ou da medula espinhal. 
Compromete o controle neural do tono vasomotor e leva à vasodilatação generalizada. 
 
-Choque Séptico e Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica 
A síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) é uma manifestação exagerada 
e generalizada de uma reação imunológica, ou inflamatória, local, e frequentemente é 
fatal. A septicemia por microrganismos Gram-negativos é a causa mais comum de 
choque séptico. 
-Síndrome da Disfunção Múltipla de Órgãos como Estágio Terminal do Choque 
A deterioração progressiva da função dos órgãos é uma consequência grave do 
choque séptico. A síndrome da disfunção múltipla de órgãos (SDMO) é encontrada em 
um terço dos casos de choque séptico. 
 
REFERENCIAS: 
Fundamentos de Rubin – Patologia HANSEL, Donna E ; DINTZIS, Renee Z

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