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ALTERAÇÕES PULPARES E PERIRRADICULARES

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Por: Thainara Almeida | @dra.sorrisinho 
 
 
Semiotécnica (exame físico): 
Testes para diagnostico da condição pulpar: teste pelo frio, calor, elétrico e cavidade 
Testes para diagnóstico da condição perirradicular: palpação, percussão e mobilidade. 
 
PASSOS DO EXAME FISICO: 
 
Inspeção: Você analisa a cor do dente, se há fraturas, coloração, região da gengiva, 
etc. 
Palpação apical: Com a ponta do dedo indicador, apalpar a região apical do elemento 
examinado, verificando se há alguma resposta dolorosa ou pelo tato, a presença de 
alterações patológicas de sua forma. 
Percursão: Deve ser indicada com delicadeza, também com o dedo indicador. Se 
essa manobra resultar negativa, ai fica indicado utilizar o cabo do espelho, percutindo 
a coroa do paciente. A precursão positiva tem sido associada a inflamação de origem 
endodôntica, enquanto a horizontal, de origem periodontal. 
. Mobilidade dentária é um método de percussão que é simples e utiliza dos 
instrumentos metálicos apoiados com firmeza na superfície dentária ou um 
instrumento metálico e 1 dedo. Aplica-se uma força numa tentativa de movimentar o 
dente (+ frequente no sentido vestíbulo lingual). 
Grau 1= Ligeiramente maior que o normal 
Grau 2= morbidamente maior 
Grau 3= mobilidade grave vestíbulo lingual e mesiodisal. 
 Sondagem periodontal 
Rastreamento de fistula: Paciente apresenta uma fistula ao redor do dente cuja origem 
não pode ser determinada pelos demais exames complementares, pode-se introduzir 
o cone de guta percha delicadamente (da saída) do trajeto fistuloso até a resistência. 
Uma radiografia será realizada e o dente será localizada. 
Teste de vitalidade pulpar: 
. Testes térmicos: Pelo frio com spray de gás refrigerante e pelo calor com a guta 
percha pre aquecida sendo colocada no dente previamente isolamento com vaselina. 
Isolamento relativo. 
 
 
 
Testes de anestesia: Quando o paciente refere uma dor difusa ou reflexa e não sabe 
qual o dente responsável por ela. Anestesia o dente suspeito, se a dor sessar a 
suspeita é confirmada. 
Teste elétrico: Aplicação de uma corrente de baixa voltagem e intensidade crescente 
utilizando um aparelho especifico e para esse fim (pulp tester). Ele estimula as fibras 
sensoriais obtendo respostas positivas e negativas. 
Testes de cavidade: Deve ser utilizado como último recurso diagnostico. Remove a 
restauração antiga (se houver) e se o paciente continuar sem dor, continua a cirurgia 
de acesso. Se o paciente continuar sem dor ele obteve uma necrose pulpar que na 
minoria dos casos sente-se dor. 
Exame radiográfico 
Periapical, interproximal e tomografia especializada de feixe cônico. 
O exame radigorafico revela detalhes para o diagnóstico e os procedimentos do 
tratamento endodôntico, tem que ter boa qualidade e serve como documento do 
paciente. 
Diagnóstico e classificação das alterações pulpares 
 Condições pulpares reversíveis a normalidade: hipersensibilidade dentária e 
pulpite reversível. 
Condições pulpares irreversíveis a normalidade: pulpite irreversível e necrose 
pulpar. 
 
Hipersensibilidade dentária: 
Prolongamento da célula nervosa da polpa, ausência de esmalte e fluido dentinario 
Características= dor aguda, fugaz e localizada, provocada por estímulos mecânicos, 
químicos e térmicos. 
Tratamento= obliterar os túbulos dentinarios e usar dentifrício especifico para 
sensibilidade. 
Pulpite 
Inflamação que se estabelece quando o organismo sente que a polpa é agredida. Ela 
aumenta o volume de sangue para dentro da polpa do dente fazendo com que haja 
uma vasodilatação. 
Aumento do fluxo e aporte sanguíneo para mandar maior quantidade de anticorpos, de 
glóbulos, ... 
 
Quando a vasodilatação é reversível e quando se administra um anti inflamatório, 
existindo ali uma vasoconstricção, a polpa volta ao normal= pulpite reversível. 
Quando a vasodilatação é maior, fazendo com que haja uma degeneração integral da 
polpa, então trata-se de uma pulpite irreversível, até mesmo necrose pulpar. 
A pulpite aguda= reversível ou irreversível 
 
 
A pulpite crônica= pulpite crônica ulcerada, pulpite crônica hiperplásica e necrose. 
Pulpite reversível 
Leve alteração inflamatória da polpa em que a reparação tecidual inflamada, sai 
quando a causa é tirada. Assintomática, dor ao frio, dor que acelera rapidamente após 
remoção de estimulo, envolvida com a presença de carie profunda, restaurações 
extensas e fraturadas. 
Os testes pulpares que podem ser feitos para diagnosticar uma pulpite reversível são: 
Frio= dor aguda, rápida, localizada que passa logo ou poucos segundos após a 
remoção da fonte estimuladora 
Calor= pode responder da mesma forma que uma polpa normal apresentando dor 
tardia e aplicação inicial do estimulo ou dor aguda e imediata que passa logo após 
remoção do estimulo. 
Cavidade= a estimulação dentaria por meio de brocas ou sonda exploradora provoca 
dor, indicando presença de vitalidade pulpar. 
Tratamento= conservador (capeamento pulpar, restauração). Realização de 
tratamento endodôntico se houver exposição pulpar. 
Pulpite transitória 
Pulpite irreversível aguda ou sintomática: 
Alteração inflamatória severa da polpa, de caráter irreversível em que a remoção do 
agente irritante do processo não é suficiente para reverter o quadro. Dor espontânea, 
persiste por um longo tempo após remoção do estimulo, não aliviada com analgésico 
comum, aliviada ao frio, ao calor essa dor é exacerbada (dor de origem pulpar 
associada a pressão). 
Tratamento= endodôntico (remoção do tecido pulpar total). 
Testes pulpares: 
Frio= estágio inicial, pode haver resposta positiva, estágios avançados geralmente não 
há resposta positiva (está progredindo para um estágio de necrose). 
Calor= Positivo. Muita dor. 
Cavidade= Positiva. 
Pulpite irreversível crônica geralmente assintomática: 
Pode ser ulcerada= alteração inflamatória crônica, resultante de uma irritação de baixa 
intensidade e longa duração, com a presença de uma ulcera na superfície pulpar 
exposta. 
Ou hiperplásica= formação de um tecido de granulação hiperplásico. 
Necrose pulpar: 
Somatório de alterações morfológicos que acompanham a morte celular de um tecido 
infectado. Associado a presença de microrganismos, mesmo quando teve origem por 
fatores não microbianos. 
 
 
Cárie ou outros fatores Agressão pulpar Morte da polpa, necrose 
pulpar desencadeia progressos agudos ou crônicos (lesões Peri 
radiculares) para defesa. 
A necrose pulpar tem como característica o escurecimento da coroa, teste de 
vitalidade sempre negativo, um traumatismo, restauração intensa, cárie extensa. 
Testes pulpares: 
Calor: Não provoca dor. 
Frio: Negativo. 
Cavidade: Negativo. 
O progresso de inflamação, necrose e infecção pulpar progride por comportamentos 
em direção apical até que os tecidos perirradiculares sejam afetados. 
Lesões perirradiculares 
A ocorrência do dano aos tecidos perirradiculares pode resultar do efeito: 
Direto: fatores de virulência de bactérias (enzimas exotoxinas e produtos metabólicos) 
Indireto: Efeito destrutivo, por ativarem elementos de defesa do organismo. 
Tudo isso vai depender do estado de defesa do hospedeiro, da qualidade e do número 
de microrganismos da microbiota infectante. 
Resposta dos tecidos periapicais a agressão: 
Os microorganismos estão localizados em posição privilegiada e estratégica. Quando 
o canal radicular é tratado convenientemente, o profissional desequilibra em favor do 
hospedeiro e a reparação é então iniciada. 
Sendo assim, as lesões perirradiculares (Não tem vitalidade) são consideradas como 
uma segunda linha de defesa do hospedeiro. Objetiva confinar a infecção do canal 
radicular. Previne seu egresso para o osso alveolar e para outras regiões do corpo via 
disseminação sistêmica. 
A defesa do hospedeiro: 
Os microorganismos que avançam para fora do canal, inicialmente em direção doligamento periodontal, são imediatamente combatidos pelos mecanismos de defesa do 
hospedeiro. São mobilizados para impedir o avanço da infecção. 
Intensidade da agressão: 
AGUDA CRÔNICA 
Periodontite apical aguda Periodontite apical crônica 
Abscesso periradicular agudo Abscesso periradicular crônico 
 Granuloma ou cisto perirradicular 
 
 
A agressão AGUDA vai ter dor SEMPRE!!!!! 
Periodontite apical aguda 
 
 
Agressão causada pelas bactérias pelo forame apical de alta intensidade, é uma 
resposta inflamatória aguda no ligamento periodontal. 
A polpa está morta, porém no ligamento periodontal há muitos vasos sanguíneos que 
se dilatam e provocam aumento do fluxo sanguíneo e aumento da pressão hidrostática 
vascular, causando o EDEMA onde as fibras nervosas do ligamento são comprimidas, 
fazendo o paciente sentir dor intensa, espontânea e localizada, extrema sensibilidade 
ao toque do dente quando se mastiga, sensação de dente crescido, nos testes 
térmicos, sempre negativo, na precisão, positiva e na palpação, pode ter ou não, 
sensibilidade. 
Na radiografia podemos ver espessamento do ligamento periodontal. 
Abcesso periradicular agudo 
É o processo em que devido a agressão sofrida na polpa, células inflamatórias 
(neutrófilos e macrófagos) são atraídos para o local para visar a eliminação das 
bactérias que invadiram os tecidos perirradiculares. 
Se a resposta inflamatória não conseguir eliminar o agente agressor, acontece 
persistência da agressão e exacerbação da resposta, vindo a ter uma inflamação 
purulenta. (Bactérias altamente virulentas associadas a infecção, enzimas proteolíticas 
liberadas enzimas lizossomais+radicais oxigenados dos neutrófilos+ dano tecidual e 
pus). 
O paciente tem dor espontânea, pulsátil, lancinante e localizada. Tem edema intenso 
com compressão das fibras nervosas, podendo ou não ter evidencias com 
envolvimento sistêmico (linfadenite regional, febre e mal estar). Tumefação intra ou 
extra oral (assimetria facial). 
Os testes térmicos dão negativo, percussão e palpação: positivo. 
Achados radiográficos=espessamento do ligamento periodontal. 
Se por um acaso o paciente estiver com periodontite apical aguda e o quadro está 
diminuindo, o paciente está sendo levado para um quadro de cronificação, onde 
células imunocompetentes como linfócitos, plasmáticos e macrófagos são atraídos 
para a região afetada, dando início a uma resposta imunológica adaptativa e 
especifica, levando a uma inflamação crônica. 
Periodontite apical crônica 
Paciente não apresenta sintomas. 
Testes térmicos= negativos 
Percussão e palpação= negativo 
Achados radiográficos= o espaço do ligamento periodontal normal ou expressado na 
radiografia. 
Se essa periodontite apical crônica não for tratada, ela avança para um quadro de 
granuloma. 
Granuloma ou Cisto Periapical 
É a patologia periradicular mais comumente encontrada em 40,4% de todas as lesões 
radiolucidas. O cisto perirradicular é sempre originado de 1 granuloma que se tornou 
 
 
epiteliado. SÓ TEMOS COMO DIFERENCIAR UM CISTO DE UM GRANULOMA 
PELO EXAME HISTOPATOLÓGICO. Pela radiografia e exame clinico não dá. 
O cisto é uma infecção endodôntica de longa duração. 
Paciente não sente dor, testes térmicos negativos e percussão e palpação negativa, 
com raras ocasiões onde o paciente sente sensibilidade. 
Radiografia= Área radiolucida associada ao ápice radicular ou lateralmente a raiz 
(forame lateral) bem circunscrito. 
Abcesso periradicular crônico 
ASSINTOMATICO e associado a uma drenagem intermitente ou continua por meio de 
fistula (intra ou extra oral ativa ou não). Necessário fazer rastreamento de fistula. 
Testes térmicos de palpação igual ao de cima. 
Achados radiográficos= área de destruição óssea periradicular, com limites não bem 
definidos, bem difusa. 
Se o paciente estiver com uma fistula e voltar depois de 15 dias ainda com a fistula, 
não obtura.

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