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Resenha - O EXERCÍCIO FARMACÊUTICO NA BAHIA NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA - DCV 
CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
 
 
IAN BORBA GUEDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA: O EXERCÍCIO FARMACÊUTICO NA BAHIA NA SEGUNDA 
METADE DO SÉCULO XIX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SALVADOR 
2019 
1. BIBLIOGRAFIA 
PIMENTA, Tânia Salgado; COSTA, Ediná Alves. O exercício 
farmacêutico na Bahia da segunda metade do século XIX. História, Ciências, 
Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.15, n.4, out.-dez. 2008, p.1013-1023. 
 
2. APRESENTAÇÃO DAS AUTORAS 
Tânia Salgado Pimenta é pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz 
Possui graduação em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro 
(1994), mestrado (1997) e doutorado (2003) em História Social pela 
Universidade Estadual de Campinas. 
Ediná Alves Costa é professora adjunta do Instituto de Saúde coletiva da UFBA, 
Possui Doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (1998), 
Mestrado em Saúde Comunitária pela Universidade Federal da Bahia (1982) e 
Graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal da Bahia (1973). 
3. PERSPECTIVA TEÓRICA DA OBRA 
Em suma, as autoras objetivam artigo é analisar a história do 
farmacêutico por meio das mudanças na legislação e estas sendo postas em 
prática, o início da formação da identidade do farmacêutico, e a atuação da 
profissão por aqueles que prescreviam e vendiam os remédios sem autorização, 
as reivindicações da classe farmacêutica e as mudanças no regimento 
favoráveis aos profissionais. 
4. SÍNTESE DA OBRA 
Em detrimento de fatores como a desconsideração da sociedade para 
com os farmacêuticos, foi necessário a convocação de um congresso que visava, 
entre outras coisas a criação de uma faculdade de farmácia afim de estabelecer 
autonomia dos atuantes na área. Diante disso, na Bahia foi criada um curso de 
farmácia na faculdade de medicina, tinha duração de 3 anos e os alunos dos 
cursos de farmácia e medicina tinham as mesmas aulas, o que dificultou ainda 
mais o desenvolvimento de uma identidade farmacêutica. 
A Fiscatura-mor regulamentava e fiscalizava as boticas, verificando a 
licença, os instrumentos e o acondicionamento e conservação das drogas, e os 
boticários, conferindo se o mesmo tinha carta, e essa fiscalização mostrava 
preocupação das autoridades com entre outras coisas a saúde pública da 
população, porém não havia nada regulamentado, então foram acrescentadas 
regras de conduta no regimento, as quais proibiam médicos de estabelecerem 
sociedades com boticários afim de evitar uma possível imposição, por parte de 
quem prescrevia, sobre o doente de comprar um certo medicamento em um dado 
local, a exigência de que as receitas estivessem assinadas por um farmacêutico, 
não fazer nenhuma alteração nas substâncias do que foi prescrito e também 
impedia que os boticários ou droguistas de sair e deixar as boticas ou drogarias 
sem que uma pessoa habilitada estivesse disponível para continuar as suas 
atividades, e se alguma coisa errada ocorresse em sua ausência como troca de 
substância ou alteração de dose, e resultasse em nado, incorreria nas penas da 
lei, preocupação que também volta-se para o problema de pessoas sem o 
conhecimento específico que dirigem boticas. 
A seca na Bahia no período entre os anos de 1950 e 1961 atingiu 
principalmente a classe mais pobre, o que despertou a atenção de médicos e 
farmacêuticos, os quais se dispuseram a ajudar, e tendo em vista o quadro no 
qual o país se encontrava, não era possível recusar, ainda que esse ato infligisse 
a lei, o que tornou, de certa forma, normal essas atividades na Bahia mesmo 
quando o estado não estava mais necessitando. Esse quadro trouxe mais uma 
vez preocupação, pois quem prescrevia estava vendendo, apontando a 
necessidade de proibir médicos de comercializarem medicamentos bem como a 
formação de aliança com farmacêuticos e proibindo médicos de atuarem e 
possuírem boticas e drogarias simultaneamente. 
5. REFLEXÃO CRÍTICA 
O artigo mostra a história dos farmacêuticos, principalmente os baianos, falando 
das reformas nos regimentos com as reivindicações da sociedade farmacêutica, 
e essas lutas foram de suma importância para que o profissional de farmácia 
começasse a desenvolver sua identidade farmacêutica, bem como sua 
autonomia na profissão. É importante ressaltar que essa formação de identidade 
profissional e busca por reconhecimento perdura até hoje, visto que existem 
muitas áreas nas quais o farmacêutico trabalha e pessoas desconhecem como 
uma das áreas de atuação do profissional.

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