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Sheila Prates – 93 Endodontia II Alterações Da Polpa Dental DEGENERATIVAS Não apresentam sintomas SUBJETIVOS – DOR Diagnóstico é por acaso Radiografia e exame clínico são os principais métodos de diagnóstico destas doenças. Algumas somente são possíveis diagnosticar histologicamente, depois da extração do dente. DEGENERAÇÃO HIALINA A degeneração hialina é caracterizada como um acúmulo de proteínas no interior de células ou no meio extracelular do tecido pulpar. Resulta da ação de irritantes com intensidade moderada. Caracteriza-se pela presença de massas translúcidas de formas redondas ou poligonais, com parte central calcificada ➔ ***Não leva a necrose pulpar ou processo agudo, doloroso. DEGENERAÇÃO GORDUROSA É a deposição de gorduras neutras no citoplasma de células que normalmente não as armazenam. Na degeneração gordurosa observa-se a infiltração de granulações gordurosas ao redor dos vasos e dos nervos. Aos poucos, o tecido pulpar é envolvido totalmente. ESCLEROSE PULPAR A esclerose pulpar é comum em dentes idosos. Seu aparecimento prematuro denuncia a aceleração patológica de um processo normalmente relacionado com a idade. Pode-se notar uma calcificação em toda a extensão do tecido esclerosado, ou localizada em determinados sítios. O que ocorre é a aceleração do processo fisiológico de formação de dentina circumpulpar, reduzindo as dimensões da câmara pulpar. Nódulo pulpar ou calcificação pulpar – reduzem ainda mais a câmara pulpar e dificultam o acesso. O nódulo pode estar solto na cavidade ou aderido em algumas das paredes. Tentar remover com explorador, cureta ou ultrassom. É comum apresentar no terço cervical. TRATAMENTO Depende do caso: ➔ Se for por indicação protética, cárie ou lesão pulpar: tratar o dente removendo o nódulo pulpar e fazer obturação. ➔ Se o dente estiver hígido e sem sintomatologia dolorosa: não precisa intervir! Com o processo de envelhecimento os elementos celulares da polpa diminuem em número, enquanto aumentam os componentes fibrosos. Com isso, o teste de vitalidade pode apresentar falso negativo, ou seja, tecido pulpar do ápice está vital, mas a polpa da câmara está esclerosada. Da mesma forma acontece com grandes restaurações, onde o teste de vitalidade não é eficaz. A presença de nódulos pulpares (envelhecimento precoce) provoca o escurecimento da coroa clínica, devido ao bloqueio de oxigênio e irrigação sanguínea. REABSORÇÃO INTERNA A reabsorção interna da dentina é provavelmente motivada por alterações vasculares, que pouco a pouco vão cedendo lugar a um tecido de granulação que passará a comprimir as paredes dentinárias, provocando reabsorções, ou seja, a polpa reconhece que a dentina é um tecido estranho e inicia o processo de reabsorção. A reabsorção das paredes dentinárias, à semelhança do que ocorre nos outros tecidos duros, faz-se pela presença de células gigantes multinucleadas (dentinoclastos) Não há uma causa aparente. Pode ser uma reabsorção na luz do canal ou uma reabsorção perfurante, que invade a dentina e atinge o meio externo. Nesses casos de invasão, é indicado a extração dental. Na radiografia são observados pontos radiolúcidos. Com o diagnóstico em tempo, o caso pode ser reversível com a remoção da polpa, já que a mesma é quem causa o processo de reabsorção da dentina. A reabsorção interna recebe o nome de mancha rósea quando o processo de reabsorção ocorre na coroa dental, porque a cor da polpa é refletida, por transparência, pelo esmalte. Pode afetar coroa e a raiz do dente e, pode determinar, com sua evolução, a perfuração da parede do canal radicular. • Não há manifestação dolorosa • Teste de sensibilidade – normal Geralmente causada por trauma Polpa não reconhece dentina, reabsorvendo-a internamente • Observação clínica – cárie, restaurações profundas e traumatismo Tratamento: pulpectomia REABSORÇÃO EXTERNA O traumatismo pode também ocasionar a reabsorção externa. Esta inicia-se a partir do periodonto lateral e pode ou não chegar à polpa. Na maioria das vezes, ela limita-se ao cemento, atingindo muito pouco da camada dentinária. Comum observar o biselamento/afinamento das raízes em paciente que fazem tratamento ortodôntico, devido a movimentação dentária, com a aposição e reabsorção óssea. Causa idiopática. Tratamento através da pulpectomia e medicação intracanal a fim de paralisar as células que causam a reabsorção e por fim, a obturação. Sob o ponto de vista do tratamento, é importante saber se a pulpopatia é curável ou não, se a polpa pode ser conservada ou impõe sua extirpação. As alterações inflamatórias, quando combatidas a tempo, podem regredir retornando a polpa à normalidade.
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