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Antropologia e Escolas Antropológicas

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Disciplina que compõe as Ciências Sociais, 
ao lado da Sociologia e da Ciência Política. 
Surgiu no século XIX e se dedica ao estudo 
das culturas de todo mundo. 
Inicialmente, seu objeto de interesse foram 
as sociedades não industriais, mais 
precisamente, para as regiões que 
“desconheciam a civilização”. 
No decorrer do século XX, incorporou em 
seu objeto de estudo a cultura das 
sociedades industrializadas. 
Antropologia Evolucionista 
surgiu na Grã-Bretanha, em meados do 
século XIX, a partir dos estudos de Edward 
Burnett Tylor (1832-1917). 
Para Tylor, a cultura pode ser definida como 
“o todo complexo que inclui conhecimentos, 
crenças, arte, moral, leis, costumes ou 
qualquer outra capacidade ou hábitos 
adquiridos pelo homem como membro de 
uma sociedade”. 
Influenciado pelo darwinismo e por 
concepções eurocêntricas, a Antropologia 
Evolucionista defendia a tese de que as 
sociedades, historicamente, partem de um 
estágio primitivo, se tornando civilizadas 
com o passar do tempo. 
Tal tese foi utilizada como fundamento 
ideológico da justificativa que os europeus 
deram para colonizarem a África e a Ásia, 
supostamente “levando a civilização aos 
povos bárbaros dos outros continentes”. 
Difusionismo: 
outra corrente antropológica fundada em 
meados do século XIX, opunha-se ao 
evolucionismo ao defender a ideia de que 
as diversas práticas e saberes culturais não 
tiveram uma origem “natural” em uma 
determinada civilização, mas sim foram 
contribuições de diferentes povos que, 
através do contato com outras civilizações, 
difundiram tais práticas para diversas 
regiões do planeta. 
A Teoria Difusionista tem duas escolas: 
-Alemã: fundada por Wilhelm Schimidt 
(1868-1954) e Fritz Graebner (1877-1934), 
acreditavam que os traços culturais 
difundiam-se em círculos para outras 
regiões e pessoas através de centros 
culturais variados; 
-Britânica: representada por Grafton Elliot-
Smith (1871-1937) e William James Perry 
(1887-1949), defendia a tese de que a cultura 
teve apenas um único centro difusor, o 
Egito Antigo. 
Culturalismo: 
originada entre o final do século XIX e início 
do século XX, foi fundada pelo alemão 
naturalizado norte-americano Franz Boas 
(1858-1942). 
Esta escola defende a tese de que o 
conceito de civilização deve ser relativizado, 
pois depende do parâmetro (ponto de 
vista) com o qual se fará a análise das 
práticas culturais. 
Antropologia e Escolas Antropológicas 
Para Boas, as diferenças culturais seriam 
resultado das trajetórias independentes das 
diversas civilizações e povos que compõem 
a humanidade. Desta forma, não haveria 
uma hierarquia que distinguiria os povos 
entre “civilizados” ou “bárbaros”, pois as 
práticas, saberes e valores culturais de um 
povo seriam resultado de suas escolhas e 
experiências no decorrer da História. 
Funcionalismo: 
escola também fundada entre o final do 
século XIX e início do século XX, teve como 
precursor o polonês naturalizado britânico 
Bronislaw Malinowski (1884-1942). 
A Antropologia Funcionalista, influenciada 
pela Sociologia de Émile Durkheim, defende 
a tese de que a cultura é um organismo 
composto pela ação das instituições sociais 
(família, religião, Estado, entre outros), 
sendo estas responsáveis pela perpetuação 
da dinâmica sócio-cultural entre os seus 
membros. 
O Funcionalismo também reconhece a 
particularidade cultural de cada civilização, 
além de ter sido responsável pela criação 
do método de pesquisa etnográfico, no qual 
o pesquisador insere-se na comunidade alvo 
de sua pesquisa para fazer a sua análise 
Estruturalismo: 
surgido na segunda metade do século XX, 
teve como fundador o antropólogo belga 
naturalizado francês Claude Lévi-Strauss 
(1908-2009), que concebe a cultura como 
um conjunto de sistemas simbólicos (arte, 
religião, educação) que atua de modo 
integrado e constitui uma totalidade social. 
Os estruturalistas consideram impossível 
compreender uma cultura com base em 
elementos isolados. Ela só faz sentido como 
um todo. 
Apesar das diferenças culturais, os 
estruturalistas defendem a tese de que há 
elementos universais presentes em todas 
as culturas, que correspondem às 
estruturas, cujas bases são elementos do 
inconsciente coletivo que acabam dando 
um sentido de tudo que compõem o 
mundo para os indivíduos. Ex: o incesto seria 
uma prática condenada em todas as 
sociedades, embora estas não tivessem 
contato direto uma com as outras 
Antropologia Interpretativa: 
tem como principal representante o 
antropólogo norte-americano Clifford 
Geertz (1926-2006). 
Influenciada pela Sociologia Compreensiva 
de Max Weber, considera a cultura como 
um sistema composto por símbolos cujos 
significados foram adquirindo sentido em um 
determinado contexto histórico-geográfico, 
conferindo aos diversos gestos, práticas e 
representações diferentes significados. 
Exemplo: determinados gestos e 
comportamentos, apesar de 
aparentemente iguais, tem diferentes 
significados em culturas tão distintas como 
a brasileira e a norte-americana.

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