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Doença inflamatória pélvica (DIP)

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1 GINECOLOGIA 
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA 
DEFINIÇÃO 
 Inflamação do trato reprodutor (útero, tubas uterinas e ovários) 
 Ocorre após a ascensão de germes até cavidade uterina e anexos 
 Geralmente são bactérias sexualmente transmissíveis 
 Principais agentes 
o Neisseria e Chlamydia (maioria dos casos) 
o Outros agentes: Gardnerella, Micoplasma, Ureaplasma, E. coli, Strep. agalactiae 
(grupo B); usuárias de DIU: Actinomyces israelii 
 
FATORES DE RISCO 
 Vulvovaginites ou cervicite concomitantes 
 Múltiplas parcerias 
 Início precoce da vida sexual 
 Nuliparidade 
 Jovens 
 Tabagismo 
 Baixo nível socioeconômico 
 DIP prévia 
 DIU (somente 1º mês pós-inserção) 
 Uso de tampões e duchas vaginais 
 Não uso de condom/preservativos 
 
QUADRO CLÍNICO 
 Assintomáticas 
 Dor pélvica (em baixo ventre) 
 Leucorreia purulenta 
 Dispareunia à penetração profunda 
 Ao exame físico 
o Dor à palpação dos anexos 
o EE: secreção vaginal purulenta 
o Toque vaginal: DOR à mobilização do colo 
 
LABORATÓRIO 
 Não são obrigatórios! 
 Hemograma 
 VSG 
 Proteína C reativa 
 
2 GINECOLOGIA 
DIAGNÓSTICO 
 Clínico! 
 
TRATAMENTO 
 Ceftriaxona 500mg IM DOSE ÚNICA + Doxiciclina 100mg VO 12/12h por 14 dias + 
Metronidazol 500mg VO 12/12h por 14 dias 
 Cefotaxima 500mg IM DOSE ÚNICA + Doxiciclina + Metronidazol 
 
E se for usuária de DIU? 
 Estudos recentes mostram que a retirada do DIU provoca uma manipulação mais 
prejudicial do que mantê-lo no útero 
 Não retira! 
 
INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO 
 Suspeita de abscesso tubo-ovariano 
 Estado geral grave com náuseas/vômitos ou febre 
 Falha do tratamento ambulatorial (sem melhora 72horas após o início dos ATB) 
 Gestantes 
 Intolerância aos ATB orais 
 Possibilidade de outro diagnóstico: apendicite, ectópica 
Obs.: os novos protocolos não consideram imunossupressão critério para internação 
 
TRATAMENTO 
 Ceftriaxona 1g IV 1x/dia/14 dias + Doxiciclina 100mg VO 12/12h por 14 dias + 
Metronidazol 400mg IV 12/12h por 14 dias 
 2ª opção: Gentamicina + Clindamicina 
 
ABSCESSO TUBO-OVARIANO 
 Ocorre em casos graves de DIP, em que há a formação de uma loja de pus entre a tuba e o 
ovário 
 
SUSPEITA: quando não existe resposta ao tratamento 
 
DIAGNÓSTICO: US TV 
o Observa uma massa compatível com um abscesso entre a tuba e o ovário 
 Diagnóstico diferencial de gestação ectópica, corpo lúteo hemorrágico 
o Mas se a mulher tem um quadro característico de DIP, com certeza a massa 
encontrada no US TV é um abscesso tubo-ovariano 
 
 
3 GINECOLOGIA 
TRATAMENTO 
 Se o abscesso continua íntegro, não há a necessidade de drenagem/cirurgia (apenas se 
tiver rompimento) 
 Ceftriaxona + Doxiciclina + Metronidazol 
 2ª opção: Gentamicina + Clindamicina 
 
INDICAÇÕES CIRÚRGICAS 
 Abdome agudo (rotura) 
 Massa que persiste ou aumenta após antibioticoterapia adequada 
 Falha do tratamento clínico (48-72 horas sem melhora) 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
 Laparoscopia (quando não há abdome agudo) 
 Laparotomia 
 
COMPLICAÇÕES 
 Infertilidade 
o Tem grandes chances de obstruir a tuba uterina (alterações na anatomia) - 
Chlamydia 
 Aderências pélvicas e evoluir para uma dor pélvica crônica 
 Hidrossalpinge (pode causar infertilidade e dor pélvica) 
 Uma das grandes causas de dor pélvica crônica 
 Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (sequela da DIP) 
 Gestação ectópica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 GINECOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 GINECOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	DEFINIÇÃO
	FATORES DE RISCO
	QUADRO CLÍNICO
	LABORATÓRIO
	DIAGNÓSTICO
	TRATAMENTO
	E se for usuária de DIU?
	INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO
	ABSCESSO TUBO-OVARIANO
	COMPLICAÇÕES

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