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Exame físico abdominal

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 60 a 70% dos diagnósticos gastroenterológicos são feitos com a anamnese; 
 90 % associados com o exame físico; 
 Exames subsidiários podem ser desnecessários ou confundidores, sempre realizar um bom 
exame físico, seguindo todas as etapas. 
 
 
Distúrbios gastrointestinais 
 Dor abdominal, aguda e crônica; 
 Indigestão, náuseas, vômitos com sangue 
(hematêmese), perda de apetite (anorexia); 
 Dificuldade para engolir (disfagia) e/ou dor 
ao engolir (odinofagia); 
 Alteração do ritmo intestinal; 
 Diarreia, constipação. 
 
 
 
Distúrbios urinários e renais 
 Dor suprapúbica; 
 Dificuldade para urinar (disúria), polaciúria 
ou urgência; 
 Hesitação, redução do jato urinário nos 
homens; 
Micção excessiva (poliúria); 
Incontinência urinária; 
Sangue na urina (hematúria); 
Dor nos flancos e cólica uretra
 A dor visceral ocorre quando órgãos abdominais ocos, como intestino ou árvore biliar, contraem-
se de forma incomum e vigorosa ou são distendidos ou estirados; 
 Dor visceral no quadrante superior direito (QSD) causada por distensão hepática da cápsula na 
hepatite de várias etiologias, incluindo hepatite alcoólica; 
 Pode ser de difícil localização; 
 As características da dor visceral variam; ela pode ser sentida como corrosão, queimação, cólica ou 
ser vaga e imprecisa; 
 Quando intensa, pode associar-se a sudorese, palidez, náuseas, vômitos e inquietação. 
 
A dor parietal origina-se de inflamação no peritônio parietal; 
Constante, vaga e imprecisa; 
Geralmente intensa; 
De modo geral, localizada mais precisamente sobre a estrutura envolvida do que a dor visceral; 
 
 A dor visceral periumbilical na fase inicial da apendicite aguda causada por distensão do apêndice 
inflamado sofre transição gradual para dor parietal no quadrante inferior direito do abdome, em 
decorrência de inflamação do peritônio parietal adjacente. 
 
 A dor referida ocorre em locais mais distantes, que são inervados aproximadamente pelos mesmos 
níveis espinais que a estrutura acometida 
 Dor de origem duodenal ou pancreática pode ser referida para o dorso, dor originada nas vias 
biliares pode ser referida para o ombro direito ou região posterior direita do tórax. 
 A dor proveniente do tórax, da coluna vertebral ou da pelve pode ser referida para o abdome (dor 
da pleurisia ou do infarto agudo do miocárdio pode ser referida para a região epigástrica). 
 O exame físico abdominal começa seguindo uma ordem, (1) inspeção, (2) ausculta, (3) percussão e 
(4) palpação. O paciente deve estar em posição adequada - decúbito dorsal -, e nessa posição 
deve-se expor o abdome do paciente da base da mama ate as cristas ilíacas. Lavar a mão antes de 
iniciar o exame e fazer fricção, principalmente no frio, para evitar desconfortos ao paciente. É 
necessário estar em um ambiente tranquilo e silencioso para que seja feita a correta avaliação dos 
sons provenientes do abdome, assim como uma boa iluminação. 
 
 O abdome é dividido em 4 quadrantes ou em 9 regiões. Sendo de extrema importância reconhecer 
os dois e os órgãos localizados em cada um. 
 
 
 
QUADRANTE SUPERIOR DIREITO 
 
 Lobo superior do fígado 
 Vesícula biliar 
 Piloro 
 Duodeno 
 Cabeça do pâncreas 
 Flexura hepática do cólon 
 Partes do cólon ascendente e transverso 
 
 
 QUADRANTE SUPERIOR ESQUERDO 
 
 Lobo esquerdo do fígado 
 Estômago 
 Corpo do pâncreas 
 Flexura esplênica do cólon 
 Partes do cólon transverso e ascendente 
 
QUADRANTE INFERIOR DIREITO 
 
 Ceco e apêndice 
 Partes do cólon ascendente 
 
 
 QUADRANTE INFERIOR ESQUERDO 
 
 Cólon sigmóide 
 Parte do cólon descendente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A inspeção pode ser dividida em: 
 Inspeção estática, onde o paciente se encontra em decúbito dorsal e se examina o tipo do 
abdome (se tem abaulamento, cicatrizes, retrações, pele e anexos); 
 Inspeção dinâmica, onde se utiliza manobras para avaliar o quadro (inspiração e expiração 
forçada para avaliar hérnias). Avaliar presença de movimentos peristálticos. 
 
 Pele (cicatrizes, estrias, veias, equimoses em hemorragia intraperitoneal ou retroperitoneal, lesão 
elementar, edema); 
 Umbigo (sempre avaliar a cicatriz umbilical, fazendo pressão, muitos pacientes possuem hérnia 
nessa região); 
 Formato e simetria do contorno abdominal, órgãos aumentados de tamanho ou massa 
(flancos abaulados da ascite, abaulamento suprapúbico, hepatomegalia ou esplenomegalia, 
tumores); 
 Ondas peristálticas (aumentadas na obstrução gastrointestinal); 
 Pulsação (aumentada no aneurisma da aorta); 
 Abaulamentos (hérnias, eventrações, circulação colateral); 
 Hérnia/herniações (são protusões na parede abdominal decorrentes de uma falha ou fraqueza da 
parede abdominal, geralmente recebe o nome da região em que se encontra, em outros casos pode 
receber um nome específico. Todas as hérnias que se formam após uma cirurgia prévia, e forma por 
algum motivo uma herniação no local, será chamada de hérnia incisional); 
 Equimoses (arroxeado que pode ser devido a um trauma externo ou doenças como pancreatite); 
 Circulação colateral (não é comum conseguir avaliar nos exames físicos abdominais, esta 
frequentemente associada com pacientes hepatopatas). 
 
 
MANOBRA DE VALVASALVA (identificação de possíveis 
hérnias),realizar expiração forçada contra o nariz e a boca 
fechada. Aumenta a pressão intratorácica, diminui o retorno 
venoso ao coração e aumenta a pressão arterial. 
 
 Abdome normal (plano); 
 Abdome globoso (aumentado de forma uniforme, obesos, ovalados, com diâmetro 
aumentado); 
 Abdome pendular ou ‘’em avental’’ (geralmente se apresenta na parte inferior do abdome, 
onde fica mais protuso ‘’caído’’, obesidade de longa duração); 
 Abdome escavado (parece uma cava, geralmente em pacientes muito magros, ou com 
neoplasias que evoluem para caquexia). 
 
 Palpar antes de auscultar pode provocar movimentos involuntários e aumentar a peristalse; 
 Deve manter o esteto por cerca de 2 minutos em casa local de ausculta; 
 Avaliar pelo menos os 4 quadrantes abdominais; 
 Avaliar o estado de motilidade intestinal; 
 Pesquisar sopros vasculares na aorta e seus ramos. 
 
NORMAL 
 Ruídos hidroaéreos (presentes ou abolidos); 
 Estalidos ou gorgolejos (sons de água); 
 Frequência de 5 a 34 por minuto. 
 
 
PATOLÓGICOS 
 Exacerbação, diarreia, obstrução intestinal (aumento de ruídos, em maior frequência); 
 Redução, íleo paralítico, obstrução; 
 Sopros, estenose da artéria renal; 
 Sons de luta (como se fossem espadas batendo), patologia obstrutiva. 
 
 Na ausculta deve se avaliar as regiões circulatórias do abdome (estreitamento da luz ou fístulas 
arteriovenosas, seguir trajeto da aorta e seus ramos). 
 
 
 
 Sequência das 9 regiões abdominais; 
 Percuta o abdome à procura de padrões de timpanismo ou macicez; 
 Vísceras não ocas produzem sons maciços (fígado); 
 Órgãos ocos produzem sons timpânicos; 
 
 Técnica dígito-digital; 
 Identificar presença de líquido ascítico, massas sólidas, aumento exagerado de ar nas alças 
intestinais ou fora delas; 
 Na ausência de suspeita de alterações significativas pesquisar os 4 quadrantes, fígado e baço. 
 
NORMAL 
 Timpanismo (exceto no hipocôndrio direito, região do fígado); 
 Hipertimpanismo (em pacientes com abdome distendido, a percussão pode diferenciar se a 
distensão é por meteorismo/hipertimpanismo, ascite ou presença de tumoração). 
 
MANOBRA DE HEPATIMETRIA 
 Determinação do limite superior do fígado, percussão da linha hemiclavicular a partir do 3o EIC, em 
sentido caudal, seguindo a linha; 
 Avaliar o tamanho do fígado (lobos direito e esquerdo). 
 ATIMPÂNICO – pulmão 
 MACICO – fígado 
 TIMPÂNICAS – alças intestinais 
 
Hepatimetria normal, 8 a 12 cm 
Limite superior, som submaciço – transição entre timpânico e maciço 
 
 
 
 
 
 
SINAL DE JORBET 
 Consiste no desaparecimento damacicez hepática, dando lugar ao timpanismo; 
 É delimitado pela percussão; 
 Indica a presença de perfuração de víscera oca em peritônio livre. Exemplo: úlcera péptica. 
A presença de timpanismo na região da linha hemiclavicular direita, onde normalmente se encontra 
macicez hepática caracteriza pneumoperitônio. 
 
ESPAÇO DE TRAUBE 
(técnica ajuda na palpação) 
Percuta a região inferior esquerda da região anterior do tórax (espaço de Traube), observando se há 
mudança de timpanismo para macicez. 
 
 Palpe o baço com o paciente em decúbito dorsal e, em seguida, decúbito lateral direito e os 
membros inferiores discretamente flexionados na altura dos quadris e nos joelhos. 
 O espaço semilunar deve estar timpânico (maciço é esplenomegalia). 
 O espaço semilunar consiste do 6o ao 10o EIC, na linha axilar anterior esquerda (inspiração); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pode ser feita de duas maneiras, (1) superficial e (2) profunda. 
 A palpação superficial avalia a integridade anatômica e grau de distensão abdominal. Inicia a 
palpação da área mais distante da região dolorosa, deixando esta por último. Deve ser feita com 
uma mão a 45 graus ou duas superpostas, movimentos rápidos e rotativos. 
 A palpação profunda tem como objetivo palpar órgãos abdominais em busca de visceromegalias 
e tumorações, se utiliza a mão de apoio para baixo, para toda víscera avaliar forma, consistência, 
limites, mobilidade e sensibilidade. Procurar distrair o paciente para evitar tensões e queixas falsas, a 
palpação pode provocar ruídos como burburinhos e gorgolejos. 
 
 
Estruturas que podem ser palpadas 
 Borda inferior do fígado 
 Grande curvatura do estômago 
 Sigmóide 
 Ceco 
 Cólon ascendente 
 Partes do colo transverso e descendente 
 Aorta 
 Pólo inferior do rim direito 
 
Palpáveis em situações patológicas 
 Duodeno 
 Baço 
 Vesícula biliar 
 Apêndice 
 Delgado 
 Bexiga 
 Útero, ovários e trompas
 
SINAL DE BLUMBERG 
 Na palpação profunda fazer uma compressão e 
descompressão súbita. Em casos de inflamação 
peritoneal haverá significativo aumento da dor após 
descompressão. 
 Ponto de McBurney está situado a dois terços da 
distância do umbigo à crista ilíaca ântero-superior. 
 
 
 
 
 
 Pedir para o paciente realizar uma inspiração profunda, dessa forma o diafragma se contrai e é 
possível palpar o órgão. Avaliar o tamanho pela hepatimetria. Avaliar a consistência (maciço/normal, 
endurecido/patológico), avaliar superfície (lisa/normal, nodulações/patológicas), Borda (fina, romba, 
cortante), sensibilidade (doloroso?). 
 
 
 
TÉCNICA LEMOS TORRES 
 Mão esquerda sobre a região lombar, apoiando as duas 
últimas costelas, traciona-se o fígado para frente, com mão 
direta tenta-se palpar a borda hepática na inspiração 
profunda, com as falanges distais do indicador e médio, 
fazer o movimento de parábola para tentar sentir a borda 
inferior do fígado. A borda do fígado fica palpável há 4 cm 
abaixo do rebordo costal direito, em situações patológicas a 
borda do fígado é palpada em uma região mais alta do 
abdome. 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DE MATHIEU ‘’mão em gato’’ 
 O examinador posiciona-se à direta do tórax do paciente com 
as costas voltadas para seu rosto. Com as mãos paralelas sobre 
o hipocôndrio direito e as extremidades dos dedos fletidos, 
formando garras, tentando palpar o fígado na inspiração. 
 
 
 
 O baço pode ser palpado quando atinge 2x ou 3x seu tamanho habitual. Classificação em pequeno, 
médio e grande, ou Boyd I a IV. 
 Palpável, Boyd I (sob a reborda costal esquerda), II (entre reborda costal e cicatriz umbilical), III (ao 
nível da cicatriz) ou IV (abaixo da cicatriz). 
 
 O examinador a direita do paciente, traciona com a mão esquerda a face póstero-lateral e inferior 
do gradil costal, deslocando-a em sentido anterior. Com a mão direita abaixo da margem costal 
esquerda, comprime em direção ao hipocôndrio esquerdo, tentando perceber o baço na inspiração 
profunda. 
 Na posição de Shuster, posição intermediária entre decúbito lateral direito e o dorsal, faz-se o 
mesmo procedimento anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONSISTÊNICA E SENSIBILIDADE 
 Mole e doloroso (estados infecciosos agudos); Duro e pouco doloroso (esplenomegalias 
esclerocongestivas, como na esquistossomose mansoni e cirrose hepática); Duro e irregular 
(leucemias crônicas e linfomas). 
 Tente palpar ambos os rins (aumento causado por cistos, câncer, hidronefrose). Verifique se há dor 
há dor à palpação do ângulo costovertebral (dor à palpação na pielonefrite). 
 Limitação propedêutica, devido à posição retroperitoneal (pólo inferior muito difícil de palpar). 
 São utilizadas duas técnicas para avaliação dos rins, (1) Método de Devoto; (2) Método Giordano x 
punho percussão de Murphy. 
 
Devoto ou Israel; colocar a mão espalmada oposta ao rim a ser examinado no ângulo lombocostal, 
elevando o flanco, e a outra mão espalmada abaixo do rebordo costal. Comprimir ambas as mãos ao 
mesmo tempo, procurando sentir e pinçar o pólo inferior do rim na sua descida inspiratória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinal de Giordano, dor na percussão, utilizando a borda lateral da mão, da região lombar. Sugere 
afecção inflamatória retroperitoneal. 
 
Punho percussão de Murphy, realizada com pequenos golpes com a face interna da mão. A indireta 
percute-se uma das mãos que estará espalmada no ângulo costo-vertebral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Normalmente não palpável, pode-se percebê-la quando é sede de carcinoma, ou quando distendida 
em consequência de colecistite ou obstrução biliar por carcinoma pancreático (Sinal de Couvoisier-
Terrier). Mesmas manobras utilizadas para palpação do fígado. Palpável quando há grande aumento 
de volume 
SINAL DE MURPHY, pedir para que o paciente inspire, assim será feita a manobra em direção a 
vesícula biliar (hipocôndrio direito), o paciente interromperá a respiração porque a mão irá encostar 
na borda da vesícula se houver dor. 
 
 Sinal de Gersuny, na palpação do fecaloma, além de sua 
consistência elástica, segue-se a descompressão brusca, o 
deslocamento entre a parede intestinal e o conteúdo fecal, 
devido aos gases presentes. Achado típico do megacólon. 
 Apendicite aguda, palpa-se massa ou plastrão na fossa ilíaca 
direita. 
 
 
 
Foram citadas anteriormente algumas manobras que utilizam da 
percussão para avaliação do paciente, entre elas espaço de Traube, 
sinal de Jobert, sinal de Giordano. 
 Os objetivos da percussão são identificar a presença de ar livre, 
líquidos e massa intra-abdominais, dimensionar os órgãos 
maciços, identificar e localizar diferentes graus de irritação 
peritoneal. O tipo de sons promovidos pela percussão são, 
timpânicos, hipertimpânico, submaciço e maciço. 
 
 
 
PESQUISA DE ASCITE 
 Ascite é o acumulo anormal de líquido no abdome, causa inchaço abdominal e na maioria das vezes 
esta relacionado com doenças hepáticas. 
 Teste de macicez móvel (0,3 a 1L) 
 Semicírculo de Skoda (1 a 3L) 
 Piparote (>3L) 
 
 Macicez móvel, o líquido ascítico encontra-se livre na cavidade peritoneal. Para verificar se há 
macicez móvel, posiciona-se o paciente em decúbito lateral e percute-se o flanco sobre o qual ele 
está apoiado, obtém-se um som maciço; a seguir, sem retirar o dedo do local, solicita-se que o 
paciente vire apoiando-se no decúbito contralateral e realiza-se nova percussão, obtém-se o som 
timpânico. 
 
 
 
 
Semicírculo de Skoda, o líquido ascítico ocupam as áreas de declive do abdome, em hipogástrio e 
flancos, ao se percutir o abdome a partir do andar superior, delimita-se uma linha circular na 
transição entre o timpanismo e macicez das áreas de maior declive; a concavidade estará voltada 
para a região epigástrica, fazendo diagnóstico diferencial com cisto gigante de ovário, que tem sua 
concavidade voltada para o púbis.Sinal do piparote, posiciona-se uma das mãos em um dos flancos, no lado oposto posicionar a 
ponta do dedo médio, dobrado, apoiado e tensionado contra o polegar, disparar contra o flanco 
contralateral; o abalo irá produzir uma onda de choque que será transmitido no líquido ascítico, 
sendo percebido pela palma da mão no flanco oposto. Se houver grande adiposidade ou edema de 
parede abdominal, solicita-se que um assistente posicione a borda cubital da mão na linha mediana 
do abdome, com ligeira pressão, interceptando as ondas transmitidas pela parede, sem impedir a 
onda de choque do líquido ascítico. Também é chamado de teste da onda líquida.

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