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ADESIVOS - Gabriela Sampaio Rodrigues

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ADESIVOS 
● Adesão: processo de ligação entre dois materiais por meio de um agente adesivo que 
solidifica-se durante o processo de ligação. 
○ Ou seja é o mecanismo pelo qual dois materiais mantém-se unidos através de 
uma interface. 
○ Exemplo: Um adesivo será usado para aderir resina composta ao tecido 
dentário. 
■ A camada de adesivo estará em íntimo contato tanto com a resina 
composta quanto com tecido dentário, unindo-os. 
● Porque precisamos de um adesivo? 
○ Os materiais muitas vezes parecem ter uma superfície lisa, mas 
microscopicamente todas as superfícies apresentam uma certa irregularidade 
com picos e vales; 
○ Ao posicionar uma superfície contra outra, os picos e vales de uma superfície 
não consegue se encaixar perfeitamente com os picos e vales da outra 
superfície, ficando espaços vazios entre elas; 
○ Esses espaços prejudicam/reduzem a união eficaz entre os materiais e os 
tecidos dentários e forma uma região suscetível a penetração de micro-
organismos e fluidos orais. 
○ Precisa de um material (adeviso) com baixa viscosidade para escoar por 
esses picos e vales e promover uma união eficaz entre essas superfícies, 
sem deixar espaços vazios. 
■ material com alta viscosidade (com muita carga inorgânica) não 
consegue escoar pelos picos e vales, formando espaços vazios na 
interface entre dente-resina. 
● Sistemas adesivos: permitem que procedimentos restauradores sejam realizados de 
forma direta, ligando o material restaurador ao tecido dental. 
CRITÉRIOS PARA ADESÃO: 
● Molhamento: depende do ângulo de contato, da tensão superficial e da energia de 
superfície. 
○ Capacidade do adesivo de entrar em íntimo contato com o substrato/superfície, 
molhando a superfície com o líquido do adesivo, estabelecendo uma boa união 
entre 2 materiais. 
○ Ângulo de contato: o ângulo de contato criado entre o líquido e a superfície 
influencia diretamente no molhamento. 
■ Quanto MAIOR o ângulo de contato formado entre a superfície, a gata 
e o ar = MENOR o molhamento. 
■ Quanto MENOR o ângulo de contato = MAIOR o molhamento. 
■ Fatores que influenciam no ângulo de contato e portanto também no 
movimento: energia de superfície do sólido e tensão superficial do 
líqudio. 
No interior dos materiais, os átomos e moléculas têm soma vetorial de 
energia que se anula. 
Na superfície, a soma vetorial é diferente de zero, caracterizando a 
tensão superficial dos líquidos ou energia de superfície dos sólidos. 
Para um líquido se espalhar uniformemente sobre uma superfície, 
a sua tensão superficial deverá ser menor que a energia livre de superfície 
do substrato/sólido. 
● Viscosidade do adesivo. 
○ Resistência de um fluido ao escoamento. 
○ O adesivo deve ter baixa viscosidade, para escoar sobre o substrato/sólido e 
preencher todos os espaços. 
○ Adesivo: resina dimetacrilado sem carga inorgânica (ou com pouquíssima 
carga, máximo 5%), caracterizando a baixa viscosidade do material e alto 
escoamento, preenchendo as rugosidades da superfície. 
 
● Rugosidade superficial dos materiais a serem aderidos. 
○ Quanto maior a rugosidade, maior a área superficial, portanto, maior área 
disponível para adesão. 
 
MECANISMOS DE ADESÃO: 
● Adesão química: 
○ Se dá por meio de ligações covalentes ou ligações iônicas. 
○ Exemplo: o ionômero de vidro é um material que faz ligações químicas com 
tecido dentário, porém esse material não apresenta propriedades satisfatórias 
para ser usado como material restaurador permanente. 
● Adesão física: se dá por meio de ligações de hidrogênio e forças de Van Der waals. 
● Adesão mecânica: 
○ É o mecanismo de adesão dos sistemas adesivos aos tecidos dentários, 
ocorrendo embricamento micromecânico do sistema adesivo entre os picos e 
vales do tecido dentário/substrato/sólido. 
○ Como ocorre o embricamento micromecânico? 
■ Explicado pela substituição parcial da fase mineral dos tecidos 
dentários/substrato por uma monômero, que ao serem polimerizados 
promovem o embricamento mecânico com esses tecidos. 
■ Depois que o sistema adesivo escoa pela superfície e preenche os 
espaços entre picos e vales, ele é polimerizado, fazendo um selamento 
do substrato/tecidos. 
● Após, a resina composta, por exemplo, pode ser inserida sobre 
esse adesivo polimerizado na cavidade dentária. 
■ Alguns adesivos possuem monômeros que se aderem quimicamente 
aos tecidos dentários. 
● Há benefícios adicionais quando usamos monômeros que 
interagem quimicamente com o tecido dentário. 
MUDANÇA DE PARADIGMA 
● A odontologia restauradora foi revolucionada com a chegada dos sistemas adesivos. 
● Antigamente: havia ausência de adesão dos materiais, e por isso, os materiais eram 
inseridos na cavidade seguindo princípios macroeconômicos. 
○ Material utilizado: amálgama dentário. 
■ Ele definia o preparo cavitário, além de ter baixa estética. 
■ Ele leva a maior remoção de tecido dentário saudável em comparação 
ao uso de sistemas adesivos e resinas compostas. 
■ Remove mais tecido para confecção de uma cavidade própria para esse 
material. 
● Atualmente: 
○ Ao usar adesivos e resina podemos remover apenas o tecido cariado, sem 
remover o tecido saudável. Reduz o preparo cavitário. 
○ Aplicamos o adesivo, polimerizamos e aplicamos a resina composta. 
○ Buonocore (1955): publicou um trabalho mostrando que se usarmos ácido no 
terceiro dentário e depois aplicarmos resina sobre esse tecido, a adesão é 
maior do que se não usarmos o ácido. 
■ Introduziu a técnica de condicionamento ácido do esmalte, criando 
uma nova perspectiva aos procedimentos restauradores, iniciando a 
odontologia adesiva. 
VANTAGENS DOS SISTEMAS ADESIVOS: 
● Permitem a conservação dos tecidos dentários; 
● Pode-se usar materiais que reforçam a estrutura dentária remanescente: 
○ Exemplo: podemos manter pequenas espessuras de tecido dentário e apoiar 
esse tecido em resina composta. 
○ Com amálgama teríamos que remover essa pequena espessura de tecido e 
aumentar o tamanho do preparo cavitário. 
● Possibilitam uma grande variedade de técnicas restauradoras: 
○ isso amplia as indicações clínicas para distintos tratamentos restauradores. 
● Expandem as possibilidades estéticas; 
● Possibilitam o reparo das restaurações, quando há algum defeito pontual, aumentando 
a longevidade do tratamento restaurador. 
DESVANTAGENS: 
● Desafio de fazer a união em tecidos dentários muito distintos. 
● Esmalte: composto essencialmente por cristais de hidroxiapatita compactados na 
forma de prismas e mantidos unidos por pequena quantidade de matéria orgânica e 
água. 
● Dentina: tecido muito mais heterogêneo e muito mais hidrófilo. 
● Os adesivos são essencialmente monômeros dimetacrilato, os quais são materiais mais 
hidrófobos. 
COMO FAZER A UNIÃO DOS ADESIVOS AOS TECIDOS DENTÁRIOS? 
ADESÃO AO ESMALTE: 
● Condicionamento ácido: Aplicação de ácido fosfórico sobre o esmalte. 
○ Condicionamento ácido aumenta a rugosidade superficial do esmalte, ou seja, 
o ácido dissolve parte da superfície da hidroxiapatita, por meio de uma reação 
ácido-base, criando microporos. 
○ A criação de microporos aumenta a rugosidade superficial do esmalte = 
aumentando a área adesiva = aumentando a energia de superfície do esmalte e 
consequentemente um maior molhamento do adesivo sobre o esmalte. 
○ Esse processo possibilita o embricamento micromecânico entre adesivo e 
esmalte dentário. 
ADESÃO À DENTINA: 
● Condicionamento ácido: ao aplicar ácido sobre a dentina, remove-se a lama 
dentinária, remove o conteúdo mineral (dissolve os cristais de HA) e expõe a matriz 
de colágeno. 
○ A dentina é muito mais complexa, composta por 70% conteúdo inorgânico, 
20% conteúdo orgânico e 10% água. 
○ Além de ter uma composição química mais heterogênea em relação ao 
esmalte, a dentina apresenta uma morfologia distinta, dependendo de sua 
profundidade: 
■ quanto mais profunda = maior diâmetro dos túbulos dentinários = 
maior quantidade deágua presente, devido à proximidade com a polpa 
e pressão pulpar. 
■ Além disso, a dentina é recoberta por uma camada chamada LAMA 
DENTINÁRIA: 
● camada de proteínas coaguladas, resíduos de brocas, saliva e 
bactérias. 
● Essa camada impede que ocorra penetração dos monômeros na 
superfície dentinária, ou seja, além da remoção de minerais 
precisamos também remover a lama dentinária desse tecido, 
para que os monômeros adesivos consigam penetrar na dentina. 
■ Essas características dificultam ainda mais o processo de adesão à 
dentina. 
○ Com as fibras de colágeno expostas: 
■ Aplica-se adesivo sobre a dentina. 
■ Os monômeros do adesivo permeiam pela dentina com as fibras 
colágenas dispostas, fazendo um processo de hibridização nesse tecido. 
■ Chamamos de camada híbrida a união entre dentina e adesivo. 
● Como fica o tecido de dentina quando fazemos uma restauração de resina 
composta sob esse tecido? 
○ Primeira camada: resina composta com algumas pequenas estruturas mais 
claras (partículas de carga). 
○ Segundo camada: camada de adesivo (não apresenta partículas de carga). 
○ Terceira camada: camada híbrida (importante para ver a resistência de união 
a dentina), composta pelo adesivo que fez o embricamento micromecânico na 
dentina previamente desmineralizada. 
■ O adesivo consegue penetrar nos túbulos dentinários, criando 
prolongamentos de resina - chamados de TAGS RESINOSOS. 
■ Tags resinosos contribui muito pouco (2-3%) para resistência de união 
a dentina. 
○ Dependendo do tipo de sistema adesivo utilizado, a morfologia muda: 
■ Alguns sistemas adesivos não formam tags longos, formam tags curtos; 
■ A espessura da camada híbrida é diferente dependendo do tipo de 
sistema adesivo; 
■ A camada de adesivo sobre a camada híbrida está presente apenas 
em sistemas adesivos em que utilizamos adesivo em uma etapa 
clínica separada dos demais componentes dos sistemas adesivos. 
PONTOS CARDEAIS DA ADESÃO 
● Condicionamento ácido: feito por soluções ácidas. 
○ Consiste na desmineralização da camada superficial do tecido dentário, na 
dentina ele modifica ou dissolve a camada de lama dentinária e expõe as fibras 
de colágeno. 
○ Sistemas adesivos convencionais: O condicionamento ácido é realizado por 
ácido fosfórico de 35 a 37%, apresentado na forma de gel e aplicado sobre 
esmalte e/ou dentina. 
○ Sistemas adesivos autocondicionantes: Condicionamento ácido realizado por 
meio de uma monômeros ácidos. 
 
● Primer: feito por monômeros hidrófilos 
○ Consiste em monômeros hidrófilos dissolvidos em solventes (como água, 
álcool, acetona ou uma mistura de solventes); 
○ Ele promove a infiltração de monômeros na rede de colágeno e une o adesivo 
que é mais hidrófobo à dentina que é mais hidrófila. 
○ PAPEL DO PRIMER: atuar como um agente de união entre dentina e o 
adesivo. O primer torna a dentina mais hidrófoba e a prepara para receber o 
adesivo. 
■ como o esmalte não tem esse caráter hidrófilo como tem a dentina, não 
precisamos aplicar o primer sobre o esmalte, apenas sobre a dentina. 
○ Principal primer: monômero hidrófilo 2-hidroxietilmetacrilato (HEMA). 
■ HEMA é um monômero curto, portanto, tem baixo peso molecular, 
conferindo pouca hidrofobicidade a esse monômero. 
■ Em um lado o HEMA apresenta um grupamento metacrilato, do outro 
lado o HEMA apresenta uma hidroxila, a qual confere hidrofilia ao 
primer juntamente com os solventes na composição. 
■ Os solventes do primer auxiliam o HEMA a penetrar na dentina 
previamente desmineralizada. 
■ A hidroxila do HEMA (a qual tem caráter hidrófilo) interage com a 
dentina previamente desmineralizada. 
● a hidroxila é um grupo reativo polar que irá se ligar a moléculas 
polares da dentina. 
■ O grupamento metacrilato do HEMA pode então se ligar uma 
monômeros hidrófobos do adesivo. 
 
● Adesivo: composto por monômeros hidrófobos. 
○ Os monômeros hidrófobos atuam como um selante hidrófobo para os tecidos 
dentários, auxiliando na estabilização da camada híbrida. 
○ Monômero hidrófobo: com alto peso molecular, exemplo: 
■ BisGMA - principal componente do adesivo. 
■ TegDMA - monômero diluente. 
■ HEMA - encontrado nos adesivos por ser um diluente e por melhorar a 
interação com a dentina. 
● Está em menor quantidade. 
○ Ele também é composto por fotoiniciadores e algumas vezes, por partículas 
inorgânicas. 
○ No esmalte: 
■ após o condicionamento ácido já passamos para etapa de aplicação do 
adesivo. 
○ Na dentina: 
■ após aplicar o primer na dentina, o adesivo é aplicado sobre esse 
tecido. 
■ O adesivo se liga ao HEMA do primer, que está ligado a dentina, 
formando a camada híbrida. 
■ Um adesivo é essencialmente composto por monômeros hidrófobos, 
então ele faz um selamento da dentina, protegendo-a contra a 
degradação hidrolítica. 
■ O adesivo se liga à resina composta aplicada sobre ele. 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ADESIVOS: podem ser classificados por 
● Sistema de condicionamento ácido: sistemas adesivos podem conter: 
○ Ácido fosfórico separado: sistema CONVENCIONAL. 
○ Monômero ácido: sistema AUTOCONDICIONANTE. 
 
● Número de passos: sistemas adesivos podem ter 3, 2 ou 1 passos. 
○ Sistemas adesivos CONVENCIONAIS: tem 3 ou 2 passos. 
■ ambos terão o ácido em um frasco separado. 
■ Convencional de 3 passos: 
● apresenta ácido, primer e adesivo separados. 
■ Convencional de 2 passos: 
● apresenta ácido separado e primer e adesivo no mesmo frasco. 
 
○ Sistemas adesivos AUTOCONDICIONANTES: tem 2 ou 1 passos. 
■ ambos não terão o ácido em um frasco separado, pois utilizam um 
monômero ácido para condicionar. 
■ Autocondicionante de 2 passos: 
● Monômero ácido e primer no mesmo frasco, adesivo separado. 
■ Autocondicionante de 1 passo: 
● Primer, adesivo e monômero ácido aplicados em uma única 
etapa. 
 
● Sistema adesivo não simplificado: quando o adesivo é aplicado separadamente. 
● Sistema adesivo simplificado: quando o adesivo é aplicado juntamente com primer. 
 
SISTEMA ADESIVO CONVENCIONAL DE 3 PASSOS: 
● É composto por: 3 componentes em frascos separados. 
○ ácido fosfórico; 
■ apresentado em uma solução de 35-37% na forma de gel. 
○ primer 
■ composto por monômeros hidrófilos e solventes. 
○ adesivo 
■ composto por monômeros hidrófobos, menor quantidade de 
monômeros hidrófilos e fotoiniciadores. 
● É um sistema adesivo não simplificado: camada hidrófoba de adesivo selando a 
camada híbrida. 
○ aqui a camada híbrida é mais hidrófoba, pois após aplicarmos o primer, 
devemos volatilizar os solventes e aplicamos o adesivo sobre esse tecido. 
 
● Na dentina: 
○ Ao remover tecido cariado com a broca geramos a lama dentinária sobre esse 
tecido; 
○ Aplicamos ácido fosfórico por 15 segundos na lama dentinária e após lavamos 
com jato de água e ar por pelo menos 15 segundos. 
○ OBS.: o tempo de lavagem é sempre no mínimo o mesmo período pelo qual 
condicionamos. 
○ A dentina está coberta por água e deve ser seca para ser aplicado o primer; 
○ Se aplicar jato de ar, as fibras colágenas expostas ficarão colapsadas e o 
primer não conseguirá penetrar a malha de colágeno e haverá uma incompleta 
infiltração dos monômeros. 
○ Mas o excesso de água será um problema: 
■ irá diluir os componentes do primer e do adesivo 
■ torna difícil a infiltração do monômero nas fibras 
■ diminui a polimerização dos adesivos 
○ Utilizar papel filtro absorvente para secar a dentina (deve ficar úmida, nem 
tão seca e nem tão molhada) e após aplicar o primer. 
■ por conta dessa secagem, é chamado de técnica de adesão úmida à 
dentina. 
○ Primer aplicado de forma ativa, esfregando sutilmente o microbrush com 
primer por 20 segundos na dentina. 
○ Os solventes do primer vão ajudar os monômeros hidrófilos do primer a 
penetrar as fibras da dentina, mas precisam ser volatilizados e removidos 
(pois causam degradação hidrolítica, podendo levar a falhas na restauração). 
○ O solvente deve servolatilizado com JATO DE AR por 20 segundos - 
começando de uma distância maior da superfície dentinária e se aproximando 
da cavidade, até não haver acúmulo de primer sob a dentina. 
■ usa-se o jato de ar pois nessa etapa os monômeros do primer já 
penetraram a dentina e não há risco de colapso das fibras. 
○ Resultado final do primer: camada fina e homogênea sobre a dentina, 
dentina com brilho e sem excessos de primer/líquido escoando sobre a dentina. 
○ Aplicamos uma fina camada de adesivo e fotoativamos ela por 20 
segundos (depende da marca comercial). 
○ Inserir a resina composta. 
 
● No esmalte: 
○ Aplicar ácido fosfórico por 30 segundos devido ao alto conteúdo inorgânico e 
após lavar com jato de água e ar por 30 segundos. 
○ Secar o esmalte com jato de ar (ele ficará opaco após o condicionamento e 
secagem). 
○ OBS.: para proteger a dentina, pode-se inserir na cavidade sem pressionar, 
uma bolinha de papel filtro absorvente. 
● Como condicionar por tempos diferentes um dente com preparo para esmalte e 
dentina? 
○ Devemos aplicar o ácido fosfórico em gel apenas no esmalte por 15 segundos; 
○ Quando acabar esses 15 segundos no esmalte, aplicamos o ácido também no 
interior da cavidade para cobrir a dentina por 15 segundos; 
○ Assim, estaremos realizando o condicionamento com ácido no esmalte por 30 
segundos ao todo, e na dentina por 15 segundos. 
○ Lavaremos toda cavidade por pelo menos 30 segundos com jato de água e ar. 
 
SISTEMA ADESIVO CONVENCIONAL DE 2 PASSOS 
● Criado para reduzir as etapas clínicas ao aplicar o ácido e após aplicar o primer e 
adesivo na mesma etapa. 
● É composto por: 2 componentes em frascos separados. 
○ ácido fosfórico; 
■ apresentado em uma solução de 35-37% na forma de gel. 
○ primer e adesivo; 
■ composto por monômeros hidrófilos e hidrófobos + solventes + 
fotoiniciadores. 
● É um sistema adesivo simplificado: temos a camada hidrófoba e hidrófila na mesma 
estrutura. 
○ a camada híbrida é mais hidrófila, pois primer e adesivo foram aplicados ao 
mesmo tempo. 
○ Não há uma camada hidrófoba de adesivo selando a camada híbrida. 
○ Camada híbrida nesse sistema age como membranas semipermeáveis: 
■ Pois ela é mais hidrófila e mais propensa a absorver água ao longo do 
tempo. 
■ Isso deixa o fluido dentinário e fluidos do ambiente oral permearem 
por essa interface. 
■ A água permeia pela interface, gerando canais de água denominados 
water-tree. 
■ A camada híbrida permite a difusão de água da dentina em direção à 
resina (a água flui através da camada adesiva devido ao seu 
comportamento como membrana semipermeável). 
■ Bolhas de água são criadas ao longo dessa interface, e elas podem 
coalescer e criar mais canais de água. 
● Características: 
○ Tem menor quantidade de monômeros hidrófobos; 
○ O polímero formado sobre o tecido dentário apresenta menor resistência 
hidrolítica e piores propriedades mecânicas (quando comparado ao de 3 
passos). 
 
OBS.: SISTEMAS ADESIVOS CONVENCIONAIS 
- Condicionamento ácido em etapa separada, necessidade de lavagem e secagem, 
necessidade de saber quanto secar, alta sensibilidade técnica. 
 
SISTEMA ADESIVO AUTOCONDICIONANTE DE 2 PASSOS 
● É composto por: 2 componentes em frascos separados. 
○ adesivo; 
■ monômeros hidrófobos, monômeros hidrófilos e sistemas 
fotoiniciador. 
○ primer ácido; 
■ composto por monômeros ácidos (fosfatados - responsáveis pelo 
condicionamento ácido) + monômeros hidrófilos + solventes 
orgânicos. 
● A maior variação no desempenho clínico dos sistemas adesivos 
autocondicionantes é o tipo de monômero funcional da formulação. 
○ monômero 10-MDP é mais funcional, com potencial de adesão mais estável 
ao cálcio da HA. 
● Monômero 10-MDP: 
○ É uma molécula bifuncional, em uma extremidade tem um grupamento 
fosfatado com hidroxila (responsável pela desmineralização, interação química 
e confere um caráter hidrófilo ao monômero). 
○ Na outra extremidade tem um grupamento metacrilato (responsável pela 
copolimerização com os outros monômeros). 
○ No centro da molécula tem uma cadeia alquila com 10 carbonos (confere 
maior peso molecular e um caráter hidrófobo ao monômero). 
○ Esse monômero gera um sistema adesivo com PH próximo a 2. 
○ Como funciona o monômero? 
■ O grupamento fosfatado reage com o cálcio da HA, ocorrendo a 
liberação de íons fosfato e hidroxila da HA; 
■ Além disso, ocorre a estabilização da ligação entre o grupamento 
fosfatado do 10-MDP e o cálcio da HA. 
■ O grupamento metacrilato pode copolimerizar com outro 10-MDP, o 
qual também está ligado a cálcio entorno da fibra colágena. 
■ A união dessas moléculas de 10-MDP entorno da fibra colágena, forma 
nano camadas de 10-MDP e cálcio. 
■ Monômero ácido 10-MDP permite a desmineralização parcial da 
fibra colágena da dentina, fazendo uma UNIÃO entre o 10-MDP e 
o cálcio resultante da desmineralização parcial da HA da fibra. 
 
 
● Dividido conforme seu PH: 
○ ultra leve: ph > 2,5 
○ leve: ph = 2 
■ melhores resultados na dentina, mas insatisfatórios no esmalte. 
■ se forem utilizados, deverá haver um condicionamento ácido seletivo 
do esmalte. 
● usar ácido fosfórico em gel apenas no esmalte por 30 segundos; 
○ esse ácido deve ter uma viscosidade adequada 
(escoamento nem tão alto e nem tão baixo) para fazer o 
condicionamento seletivo. 
● lavar e secar por 30 segundos (esmalte deve ficar opaco); 
● primer ácido do sistema autocondicionante de 2 passos deve ser 
aplicado na dentina (de forma ativa, por 20 segundos); 
● volatizar o solvente do primer por 20 segundos; 
● aplicar adesivo na dentina e no esmalte; 
● fotoativar. 
○ intermediário: ph = 1-2 
○ forte: ph <= 1 
■ assemelha-se a sistemas adesivos de condicionamento ácido, mas 
mantém os fosfatos de cálcio dissolvidos no local (sem etapa de 
lavagem). 
■ isso piora a adesão à dentina. 
 
● Passos clínicos na dentina: 
○ Aplicação do primer ácido que irá modificar a lama dentinária (não vai 
removê-la completamente); 
○ O primer vai se infiltrando na dentina e o monômero vai por toda a região, 
desmineralizando e preenchendo a dentina; 
○ Após o primer, deve-se volatilizar os solventes; 
○ Em seguida será aplicada a camada de adesivo e por fim ela será fotoativada. 
 
● Características: 
○ Não há etapa de lavagem e secagem após o condicionamento ácido - por isso a 
menor sensibilidade técnica ao usarmos esse sistema em comparação aos 
convencionais. 
○ Adesivo separado do primer faz com que o polímero formado seja resistente a 
hidrólise e tenha melhores propriedades mecânicas. 
○ Camada híbrida é hidrófoba - pela aplicação do adesivo em etapa separada. 
■ a camada de adesivo sobre a camada híbrida também é hidrófoba - 
conferindo um bom selamento hidrófobo da dentina. 
○ É um sistema adesivo não simplificado; 
○ Juntamente com o sistema convencional de 3 passos, SÃO OS 
MELHORES SISTEMAS ADESIVOS. 
■ Proporcionam alta longevidade dos tratamentos restauradores. 
○ É ótimo para ser utilizado na dentina: 
■ reduz a sensibilidade técnica, pois é mais fácil de ser aplicado. 
■ é menos agressivo. 
■ toda a camada de dentina desmineralizada é infiltrada por monômeros, 
enquanto nos convencionais a dentina é totalmente desmineralizada e 
fica desnuda de colágenos. 
■ menor chance de causar sensibilidade pós-operatória (não há 
evidência). 
■ colágeno da dentina protegido pelo 10-MDP. 
 
SISTEMA AUTOCONDICIONANTE DE 1 PASSO 
● É composto por: todos componentes aplicados na mesma etapa clínica, mas em 2 
frascos separados, pois se estiverem no mesmo frasco, eles reagem ali mesmo. 
○ adesivo + primer ácido + solventes + fotoiniciadores; 
■ monômeros hidrófobos, monômeros hidrófilos e sistemas 
fotoiniciador. 
● Características: 
○ É um sistema adesivo simplificado, com o intuito de reduzir as etapas clínicas. 
○ Adesivo e primer são aplicados juntos. 
■ não há selamento hidrófobo da dentina e da camada híbrida tornando-amais hidrófila. 
○ Geram uma interface mais suscetível à degradação hidrolítica. 
○ Formam bolhas e canais de água na interface, pois ela atua como uma 
membrana semipermeável. 
OBS.: SISTEMAS ADESIVOS AUTOCONDICIONANTES 
- não há necessidade de lavar e secar a dentina, protocolo clínico e sensibilidade técnica 
são reduzidos, alguns fornecem baixa capacidade de condicionamento 
(principalmente no esmalte), é vantajoso para a dentina (o de 2 passos), alta hidrofilia 
após a polimerização e menor longevidade (com o de 1 passo). 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA ADESIVO UNIVERSAL 
● É um sistema adesivo autocondicionante de 1 passo COM A ADIÇÃO DE 10-MDP 
(monômero ácido). 
● Universal = reflete a ideia dos fabricantes de que esses adesivos podem ser aplicados 
com qualquer estratégia de adesão e oferecem a versatilidade de uso com uma 
variedade de materiais restauradores diretos e indiretos. 
● Característica: 
○ conceito “all-in-one”; 
○ ph similar aos ultra-leves e leves; 
○ 10-MDP - permite a adesão ao Ca da HA da fibra desmineralizada; 
○ ácido polialquenóico na composição - se adere ao Ca, competindo com o 10-
MDP - não é bom pro material. 
○ silano na composição. 
○ Em dentina: devem ser aplicados sem ácido fosfórico. 
○ Em esmalte: devem ser aplicados com ácido fosfórico. 
○ gera camada híbrida mais hidrófila.

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