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Nathalia Fernandes Von Wu – Turma 105 C Princípios Gerais da Função Gastrointestinal (cap.63) Principais processos fisiológicos do sistema digestório: - Motilidade: Impulsiona o alimento ingerido a partir da boca até o reto. - Secreção: Contribui para a digestão dos alimentos e absorção dos nutrientes. - Digestão: Degradação dos alimentos em moléculas passíveis de absorção. - Absorção: Proporciona a captação de nutrientes, eletrólitos e água. - Excreção: Eliminação dos produtos não absorvidos. Integração, coordenação e regulação das funções digestivas: Sulco gástrico: Possui enzimas digestivas e ácido clorídrico Quimo: Quando o bolo alimentar se mistura com as enzimas Intestino Grosso: Secreção de muco Fígado: Recebe sangue venoso, pobre em oxigênio, mas rico em nutrientes. Irá processar esses nutrientes e colocar de volta da corrente sanguínea, que posteriormente será distribuído pelo coração para todo o corpo. Obs: Compreendemos que para haver a digestão, os alimentos precisam passar pelo tubo gastrointestinal, ficar um determinado tempo em cada porção do tubo, entrar em contato com as secreções digestivas e depois digeridos, serem absorvidos e distribuídos pela corrente sanguínea. Tudo controlado pelo sistema nervoso e hormônios. Objetivos: • Compreender a função dos principais componentes envolvidos na motilidade: - Conhecer a anatomia fisiológica da parede GI (plano geral do tubo digestivo): A estrada, o caminho - Músculo liso GI e sua atividade elétrica: - Simpático e Parassimpático, Sistema nervoso entérico, fibras sensoriais e hormônios Anatomia Fisiológica da Parede Gastrointestinal: Sistema Nervoso Entérico: Formado por dois plexos: Submucoso (secreção e motilidade da mucosa) e Miontérico (peristalse). Músculo Liso no TGI: - No TGI é do tipo unitários: Massa de centenas a milhares de fibras (sincício) que se contraem ao mesmo tempo, como uma só unidade. - Membranas: Suas membranas estão aderidas em vários pontos de modo que a força gerada em uma fibra é transmitida a seguinte. - Junções Comunicantes: Além disto, as membranas estão ligadas por junções comunicantes (junções tipo gap). Através destes, íons podem fluir livremente de uma para outra fazendo que se contraiam em conjunto. Repouso: No -40, -50, onde tem ondas lentas que não geram contração muscular. Obs: Quanto mais positiva membrana, ela é capaz de abrir os canais de cálcio e ocorrer a contração para a peristalse. Atividade elétrica do músculo liso: É excitado por atividade elétrica intrínseca, contínua e lenta nas membranas das células musculares lisas. - Ondas lentas: Não são de ação, são variações do potencial de repouso. Geralmente determinam o ritmo das contrações GI, parecem ser resultantes da interação das células musculares lisas com as células intersticiais de Cajal. Não estão associadas à entrada de cálcio (gerador do potencial de ação) na célula muscular, apenas sódio. - Ondas em espículas (potenciais em ponta): São potenciais de ação. Surgem quando a membrana fica mais positiva que -40. Gerado pela entrada de cálcio e sódio (canais para cálcio- sódio), são canais lentos que permitem a contração mais lenta. Mudança na voltagem do potencial de repouso de membrana: Despolarização: Quando ocorre contração. Canis de cálcio e sódio abertos Hiperpolarizada: Quando não tem contração. Canais fechados Parassimpático: Quando aceleramos a peristalse (responsável pela despolarização, contração). A estimulação é feita pela distensão da parede muscular, Acetilcolina e hormônios específicos. Simpático: Paro a peristalse (responsável pela hiperpolarização, para a contração). Envolve Norepinefrina e Epinefrina. Controle Neural da função GI: Motilidade Gastrointestinal: No estômago começa a liberar substâncias para o processo digestivo. Esse processo digestivo se intensifica no intestino. No intestino também ocorre a absorção. Durante esses processos o alimento será misturado com secreções, seu tamanho será reduzido e impulsionado até chegar no ânus. Controle hormonal da motilidade GI: - Colecistocinina: Inibe o esvaziamento gástrico, causa contração da vesícula biliar e secreção pancreática. Age no estômago, diminuindo a motilidade - Motilina: Estimula a motilidade gástrica e intestinal Resumo da regulação e controle da função GI: • Sistema nervoso entérico • Sistema nervoso autônomo: simpático e parassimpático • Fibras nervosas sensitivas • Hormônios endócrinos e parácrinos • Volume e composição do conteúdo luminal Há dois tipos básicos de contração da musculatura lisa gastrointestinal: • Contração fásica: contração e relaxamento periódicos • Contração tônica: contração mantida e sustentada Tipos de movimentos do TGI: Ocorrem dois tipos de movimentos: Movimento Propulsivo e Movimento de Mistura. - Movimentos propulsivos: Peristaltismo. Fazem com que o alimento percorra o trato com uma velocidade apropriada para a digestão e absorção. Requer um plexo mioentérico ativo. *Estímulos importantes para que haja peristaltismo: Irritação física, química e sinais do parassimpático. *Lei do intestino: Reflexo peristáltico e direção anal. - Movimento de Mistura: Diferem nas várias partes do TGI. Propulsão e Mistura dos Alimentos (cap.64) 1°Etapa – Mastigação: Tipos de dentes: Incisivos (rasga os alimentos) e molares (maceram o alimentam). Controle da musculatura: Esses dentes são controlados pela musculatura da face. Envolve o tronco encefálico e 5° par craniano (trigêmeo). Deglutição: Ato parcialmente voluntário e parcialmente reflexo. Tem uma face oral voluntária e outra reflexa, quando passa da faringe. Reflexo de deglutição: O reflexo de deglutição desencadeia um movimento peristáltico (onda primária) que se propaga ao longo do esôfago. Deglutição – Fase esofágica: A onda peristáltica continua e desloca o bolo alimentar até o esfíncter esofágico inferior, relaxando-o e permitindo a entrada do bolo alimentar no estômago. Estágio esofágico da deglutição: • Peristaltismo primário: Continuação da onda peristáltica que começa na faringe • Peristaltismo secundário: Resultam da distensão do próprio esôfago pelo alimento distendido Lembrando da histologia do esôfago: Primeira porção do esófago é musculatura estriada esquelética (Nervos motores: glossofaríngeo e vago), os dois terços têm mistura de esquelética e lisa e o resto lisa (Nervos vagos em conexão com o plexo miontérico). Obs: Esfíncter fechado (em contração tônica) para evitar refluxo. Quando ele chega próximo ao estômago ocorre o relaxamento desse esfíncter. Essa onda de relaxamento ela é transmitida por neurônios inibidores mioentéricos. Ele relaxando o alimento chega até o estômago. Obs: Quando o alimento chega ao estômago a própria parede do estômago tem um relaxamento receptivo para se adequar a quantidade de alimento. Importância do esfíncter esofágico inferior: Evitar que a secreção ácida, rica em enzimas proteolíticas atinjam o esófago, podendo causar sérios danos. 2°Etapa – Estômago: • Armazenamento de grande quantidade de alimento • Formação do quimo (alimento + secreção gástrica) • Esvaziamento lento para o duodeno Motilidade do estômago: • Relaxamento receptivo • Contração para redução do tamanho das partículas do bolo alimentar e mistura deste ao suco gástrico • Esvaziamento gástrico (controlado por sinais tanto do estômago quanto do duodeno) Relaxamento receptivo: Distensão do estomago causa o relaxamento da musculatura lisa desses órgãos Para a mistura: Ondas lentas e a retropulsão Bombapilórica: Causa o esvaziamento do estômago Esfíncter Pilórico: Evitar o refluxo do duodeno. Controlar a quantidade de coisa que vem do estômago cheio para o duodeno. Esvaziamento gástrico: A velocidade de esvaziamento é rigorosamente regulada, dando tempo para a neutralização do H+ no duodeno, digestão e absorção dos nutrientes. Velocidade de esvaziamento: Líquido, sólidos / isotônicos, hipotônicos ou hipertônicos Obs: O esvaziamento de líquidos é exponencial. Já o esvaziamento de grandes partículas sólidas começa apenas após a trituração/moagem suficiente (fase atraso). Em seguida, o quimo viscoso é esvaziado de maneira quase linear. Fatores que controlam o esvaziamento e a inibição do esvaziamento gástrico: • Promotores: 1) Volume Gástrico: Por estimular reflexos miontéricos que acentuam a bomba pilórica. 2) Gastrina: Aumenta a liberação de HCl e tem efeitos brandos a moderatos sobre a motilidade do estômago. Parece que intensifica a bomba pilórica • Inibidores 1) Distensão ou irritação do duodeno 2) Acidez e osmolaridade do quimo 3) Produtos de degradação de proteínas e gordura Gerando reflexo por 3 vias: P. Mioentérico; simpático e vago Feedback hormonal: Exemplo a colecistocinina 3°Etapa – Intestino Delgado: Velocidade diminui, total de 3 a 5 horas até a válvula íleo cecal Prega circular: Diminui a velocidade no trânsito do intestino delgado Resumo: Funções: • Mistura com secreções duodenais, otimizando a digestão • Contato do quimo com mucosa intestinal, otimizando a absorção dos nutrientes • Propulsão do quimo em direção ao cólon Movimentos no intestino delgado: Movimento de mistura (segmentação) e propulsão (peristaltismo). Válvula Íleocecal: Válvula ente o íleo e o ceco. 4°Etapa – Cólon: Funções: • Absorção (1/2 proximal) de água e eletrólitos do quimo para formar fezes sólidas • Armazenamento (1/2 distal) de material fecal até que possa ser excretado Movimentos do intestino grosso: Movimento de mistura e movimento propulsivo (peristalse, chamado nesse local de movimento de massa, alimento não mais triturado). Movimento de massa: É um estímulo para a defecação. Reflexo gastrocólico: Distensão do estômago → Aumento da motilidade do cólon e da frequência de movimentos em massa. Reflexo de defecação (reflexo parassimpático): Enchimento do reto → Paredes do sigmóide e do reto se contraem e esfíncter anal interno relaxa → Controle do esfíncter anal externo e voluntário → Se defecação é postergada, o reflexo é inibido até o próximo movimento em massa. Resumo dos movimentos:
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