Buscar

Aula de introdução à patologia gastrointestinal, PATOLOGIA (BBPM VI)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 PATOLOGIA, Prof. Daniel – BBPM VI 
CAMADAS DO TRATO GASTROINTESTINAL 
• Mucosa: revestimento epitelial, lâmina própria e 
muscular da mucosa. 
• Submucosa: glândulas submucosas e plexos de 
Meissner. 
• Muscular própria: camada interior circular e exterior 
longitudinal com plexo de Auerbach entre elas. 
A camada circular possui a função de comprimir o 
alimento, a longitudinal, por sua vez, tem como 
principal função passar o alimento adiante. 
• Serosa: camada de revestimento externo com tecido 
conjuntivo e mesotélio. 
*Essas camadas se referem a uma explicação genérica, podendo 
variar de acordo com a localização/função a ser exercida dentro do 
TGI. 
• Geralmente se apresentam logo após o nascimento 
com regurgitação durante a alimentação. 
• Correção cirúrgica imediata é importante. 
1. ATRESIAS 
• Na atresia esofágica, uma porção do conduto é 
substituída por um cordão fino e não-canalizado, com 
bolsas cegas acima e abaixo do segmento atrésico. 
Ou seja, é basicamente uma compreensão, uma 
fibrose, a luz que percorre o esôfago é atacada no 
fundo cego por um cordão fibroso, continuando sem a 
passagem de um setor para o outro. 
• O ânus imperfurado é a forma mais comum de atresia 
intestinal congênita, causada pela falha da membrana 
cloacal em involuir. 
Lembrando a embriologia, há uma involução, uma 
apoptose das células na membrana cloacal que irá 
formar o ânus, desse modo, defeitos nesse processo 
irão acarretar em imperfurações. 
• Também estão associadas a defeitos cardíacos 
congênitos, malformações geniturinárias e distúrbios 
neurológicos. 
2. FÍSTULA 
• Uma conexão entre o esôfago e a traqueia ou um 
brônquio principal. 
• Material ingerido ou fluidos gástricos podem entrar no 
trato respiratório. 
• É uma condição grave que exige tratamento imediato, 
pois, pode haver tanto a entrada de alimentos na 
árvore brônquica, quanto o refluxo do conteúdo 
gástrico para a árvore brônquica. 
CLASSIFICAÇÃO CONFORME A LOCALIZAÇÃO DA 
FÍSTULA 
 
 
 
3. ESTENOSE 
• É uma forma incompleta de atresia. 
• O lúmen é reduzido por uma parede fibrosa 
espessada. 
• Pode ser congênito ou resultar de cicatrização 
inflamatória (por exemplo, devido a refluxo crônico, 
irradiação ou esclerodermia – em indivíduos adultos, 
ou seja, não são anormalidades congênitas). 
 
Patologia gastrointestinal 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 PATOLOGIA, Prof. Daniel – BBPM VI 
4. CISTOS DE DUPLICAÇÃO CONGÊNITOS 
• Podem ocorrer em todo o trato gastrointestinal (GI). 
Durante a evolução embrionária do TGI, podem haver 
alguns resquícios de tecidos que possibilitam a 
formação dos cistos, sendo que estes cistos possuem, 
geralmente, o epitélio do órgão do qual ele se originou. 
5. HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA 
• Ocorre quando a formação incompleta do diafragma 
permite o deslocamento cefálico das vísceras 
abdominais. 
• Quando substancial, a hipoplasia pulmonar 
subsequente é incompatível com a vida pós-natal. 
Lembrando: ao subir para a cavidade torácica, a 
víscera, realiza uma compressão dos brotos que 
deveriam originar os pulmões, gerando uma 
hipoplasia, com pulmões pequenos e/ou mal 
desenvolvidos. Desse modo, os recém-nascidos que 
são acometidos têm grandes perdas respiratórias, 
podendo evoluir ao óbito já nas primeiras horas de 
vida. 
6. ONFALOCELE 
• Ocorre quando a musculatura abdominal está 
incompleta e as vísceras se herniam no saco 
membranoso ventral. 
• 40% estão associados a outros defeitos congênitos. 
 
7. GASTROSQUISE 
• É semelhante à onfalocele, exceto que todas as 
camadas da parede abdominal (do peritônio à pele) 
não se desenvolvem. 
 
NA ONFALOCELE HÁ UMA MEMBRANA 
BRILHANTE DE ASPECTO SEROSO RECOBRINDO 
AS VÍSCERAS, JÁ NA GASTROSQUISE HÁ 
EXPOSIÇÃO DAS VÍSCERAS, NÃO HÁ UM SACO 
QUE AS RECOBRE COMO NA ONFALOCELE, A 
FRAGILIDADE DA PAREDE MUSCULAR LEVA A 
HERNIAÇÃO DAS VÍSCERAS (é corrigido 
cirurgicamente). 
IMAGEM EXEMPLIFICANDO AS DIFERENTES 
ANORMALIDADES CONGÊNITAS 
 
• “É um tecido que está onde não deveria”, resultado da 
falha na migração de estruturas durante a 
embriogênese! 
• Os tecidos ectópicos são comuns no trato 
gastrointestinal. 
• Ectopia gástrica: mais comum no esôfago proximal 
(disfagia e esofagite). 
– Intestino delgado ou no cólon (perda de sangue 
oculto ou ulceração péptica). 
Há a liberação de ácidos em mucosas que não são 
preparadas para tal, o que pode levar a lesões nas 
mucosas, causando sangramentos. 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 PATOLOGIA, Prof. Daniel – BBPM VI 
• Ectopia pancreática: ocorre no esôfago e estômago. 
– No piloro pode causar inflamação, cicatrização e 
obstrução. 
 
Na primeira imagem observa um enantema na mucosa 
(região avermelhada) através da endoscopia. Já na 
imagem à direita pode-se observar um ultrassom 
endoscópico, com a evidência de uma área hipoecoica na 
região submucosa. Após a retirada, o aspecto histológico 
está exposto na imagem localizada inferiormente, sendo 
que, a região demarcada à esquerda, corresponde a uma 
mucosa gástrica do tipo pilórica, com a ausência de 
estruturas esperadas como nervos e vasos, e com a 
presença de um tecido pancreático exócrino (demarcado à 
direita), apresentando a presença de células pancreáticas. 
Essas células estão nesse local devido a um problema na 
rotação dos brotos pancreáticos, que acabam deixando 
esses resquícios da sua formação na submucosa.

Continue navegando